Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 57
Capítulo 57 - Depois da diversão vem a parte pior!


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!
300 Reviews!!!! *.*
Muito obrigado gente! Nunca pensei que essa fic fosse dar certo!
Novo capitulo!!
Boa leitura!



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Estava sentada na mesa, o jantar já estava servido e minha mãe e Marcos já tinham o prato quase vazio. Eu mal tinha tocado no meu. Remexia no que lá havia e a única coisa em que toquei foi no suco de laranja que havia em meu copo.

_ Não está com fome? – minha mãe falou carinhosa, pousando sua mão em cima da minha.

_ Não. Acho que a perdi. – não olhei para ela.

_ Você quer  que eu faça como quando você tinha 5 e 6 anos, quando era criança e não sabia comer sem se sujar!?! – ela falou, fazendo aquele joguinho que as mães fazem para animar os filhos.

_ Que saudade disso! – falei melancólica.

_ Eu já estou percebendo tudo. Você quer é que eu lhe dê a comida na boca. Vá venha cá. – minha mãe se levantou e depois eu sentei em seu colo. Acho que já se rasgava um sorriso em meus lábios.

A dona Eva pegou no garfo e o encheu com massa depois foi fazendo aviãozinho e quando chegou em minha boca eu a abri e depois ela o enfiou lá dentro.

_ Muito bem. Estou vendo que a Leonorzinha está comendo tudo. E assim é que é. Quer suco? – abanei com a cabeça e ela pegou no guardanapo. Depois pôs ele debaixo de meu queixo e enchei de novo minha boca.

A medida que o tempo passava o prato ia ficando vazio, e no meio de tanta tristeza e confusão, minha mãe me estava animando. Marcos brincava com um bonequinho atrás de minha mãe, fazendo de papai ajudando mamãe a dar de comida ao bebé. Fazia caretas e sons estranhos e ia contando aquelas histórias todas que a gente sabe de cor desde que nasce e ouve nos contando antes de dormir. Eu me ria e entrei no meu personagem de bebé. De vez em quando fazia birra e beicinho pedindo suco ou o boneco de meu padrasto.

Era estranho mais eles estavam fazendo isso tudo para eu me animar e me divertir e de um certo jeito para eu esquecer por umas horas Bernardo, a despedida, a descoberta e tudo aquilo que eu tinha na minha cabeça.

_ Pronto. Estou muito orgulhosa de você minha bebé mais linda de todas.

_ A minha princesa papou tudo o que tinha a papar. – Marcos falou seguido de minha mãe. Todos nós nos rimos.

Depois da diversão veio a parte pior.

E vocês perguntam: Parte pior?

Sim. Há alguma coisa mais chata do que arrumar a cozinha?  Não há não.

Marcos foi para o escritório, acabar de fazer um relatório que estava precisando e eu fiquei na cozinha arrumando pratos e copos para os armários depois de minha mãe os lavar no lava loiça.

_ Você está bem?

_ Já estive melhor!

_ Não vou perguntar pra você como tudo começou, ou porque escondeu de todo o mundo. E muito menos dizer que vocês estavam errados e que o que os dois fizeram não se faz. Porque na real eu sei que no coração ninguém manda e que quando se ama alguém se ama de verdade e se faz de tudo para não estragar tudo. Quero que você saiba que se precisar de alguma coisa, nem que seja apenas para me mandar á merda ou para eu ir matar á mosca que não lhe dá sossego, eu estou aqui!

_ Se eu pedir para você me emprestar seu celular para falar com Marta você mo daria?

_ Com Marta?

_ Uma amiga. Ou mais precisamente a minha melhor amiga. Ela já deve saber da novidade mais eu queria falar com ela.

_ Você também vai ligar para Bernardo?

_ Queria, mais tenho a certeza que o Senhor Afonso lhe tirou o celular por um tempo. Não adianta eu ligar vai ter a caixa.

_ Porque não tenta ao menos? Acho que uma troca de palavras entre vocês ia ser bom, para os dois.

Não respondi e segui para meu quarto. Disquei o numero de Marta, pois o sabia de cor e esperei algum “oi”, “alô”, “diga” ou outra reação qualquer do outro lado da linha.

_ Alô.

_ Alô.

_ Quem fala? – Marta não me reconhecia pois o numero do celular de minha mãe devia aparecer como desconhecido no seu telefone.

_ Será que em apenas dois dias você esqueceu a voz de sua suposta melhor amiga?

_ Leonor? Meu Deus, eu não esperava que você me ligasse. Já sei de tudo, Bernardo contou para a gente. Ele não está nada bem. E você? Como você tá? – ela falava rápido demais e eu só entendia as coisas pelo sentido.

_ Como você quer que eu esteja?

_ Eu não sei. Mas tenho pena. As coisas não deviam ter sido desse jeito.

_ Nunca pensei que deixar você e os amigos, que deixar essa cidade e essa praia, que deixar essa casa e aquele garoto que eu detestava ao principio, por ser marrento, por ser provocador, por ser estupido e pegador, mais que eu amava, por ser tudo aquilo que eu não queria que ele fosse. Por ser carinhoso e por mostrar para todos que era um gatão  quando na realidade era um gatinho. Fácil de domar e que com aquele seu jeitinho me encantava e me fazia ainda gostar mais.

_ Você está mal. Mas ele não está muito melhor. Andou o dia todo sem abrir a boca. Sentou com a gente mais apenas estava com o corpo presente porque o pensamento e a mente estava bem longe. E não era difícil de saber onde seu cérebro estava fixo.

_ Quero falar com ele por celular. Acho que vou ligar para ele.

_ Não vale a pena. Seu pai lhe tirou o celular e parece que ainda não lhe deu descanso. – meu coração se contraiu ao ouvir aquilo. O que será que meu pai estava fazendo com Bernardo? E o pior é que eu me sentia culpada, afinal ele era meu pai e um estranho para Bernardo. Mas também não posso esquecer a Carolina. O que Carolina me falou. Ela disse que ia ajudar a gente e tenho a certeza de que não vai deixar meu pai fazer o que quiser com Bernardo.

_ Está falando sério?

_ Foi o que Miguel me falou. Ah, e você não sabe da melhor.

_ Tá esperando o quê para me falar?

_ Bernardo deu uma tareia em Duarte.

_ O que?

_ Sim, foi o que você ouviu.

_ Se explique!!

_ Duarte hoje, quando Bernardo chegou na escola começou com a provocação e até a mim tirou do sério. Quando as classes terminaram, Duarte saiu e Bernardo e Miguel o esperaram no portão quando cheguei ao pé deles aquela coisa sem jeito já estava vendo o chão ao pormenor com a tromba grudada nele.

_ E como está Bernardo?

_ Digamos que ele e Miguel deram mais do que aquilo que receberam. Também dois para um, ia dar em vitória certa.

_ Bem feito. – estava satisfeita por um lado, mais preocupada com as consequências. A sova e a lição, era tudo muito bonito mais tinha a sensação que o pior ainda estava por vir.

_ Bem feito, mesmo. Aquele garoto já estava precisando de uma boa surra á muito tempo.

_ O pior é que Duarte não vai ficar parado e de braços cruzados esperando um pedido de desculpa! E vai revidar piormente.

_ Também já pensei nisso, mais os meninos devem saber como passar por cima.

_ Vou acreditar nisso também. Queria passar o resto da noite aqui falando com você mais estou gastando dinheiro a minha mãe. Ligo de volta amanhã. Um grande beijo.

_ Beijo pra você também. Fico esperando sua chamada. – Me custou a apertar a tecla vermelha do celular, mais tinha que ser…


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Notas finais do capítulo

Que tal? Quem curtiu? Eu espero que tenham gostado e que continuem comentando. Próxima meta são os 350!!
Um beijão para todas!!
:) ♥ ♥ ♥