Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 56
Capítulo 56 - Prometa que me vai buscar!


Notas iniciais do capítulo

Olá gatas,
Cheguei de novo. E mega feliz. Tenho uma nova recomendação e vocês nem imaginam como isso me deixa.
Espero que gostem deste novo capitulo.
Divirtam-se!



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Acordei com fortes batidas na porta. Estava toda torta na cama e com uma manta a me cobrir. Minha cabeça doía. Doía muito e meus olhos mal se abriam.

Meu pai entrou por meu quarto dentro e abriu as cortinas que impediam que a luz do sol entrasse para dentro.

_ Se despache. Tem meia hora para estar lá em baixo. Vou levar você de novo para casa. Para a sua casa. – tentei repostar mas não deu em nada. Meu pai não me deixou falar. Quando ia a fechar a porta o chamei:

_ Pai? – ele parou o movimento e me olhou. – Eu amo ele. E não vai ser a distância que você vai impor entre nós que vai fazer eu mudar o rumo de meu coração. – Ele bateu a porta com força e eu me levantei. Troquei minha roupa, por uma lavada e comecei arrumando o que era meu para dentro das malas que á tanto tempo que já não eram usadas até ganharam pó.

Primeiro arrumei a roupa, depois as fotos, depois os livros e os CD’s, depois todas as bolsas que tinha, depois o calçado e os meus óleos e perfumes, meus pósteres e minhas bijuterias…

Até o quarto estar completamente vazio e sem quase nada a num ser aquilo que já lá estava antes.

Levei minhas malas para o corredor e voltei a passar por uma ultima vez os olhos por meu quarto. Respirei fundo e desci. Ainda estive a ponto de bater na porta de Bernardo mais desisti. Não queria arranjar mais confusão e ainda para mais ele devia estar na escola, pois apesar de ser o ultimo dia da semana ele tinha classes.

Desci e pousei minhas malas ao pé da entrada. Meu pai estava na sala e Carolina estava ao seu lado.

_ Pensei que tinha pedido para você se despachar. – Meu pai falava frio comigo e eu não gostava disso. Não gostava nada disso.

Para minha surpresa quando desviei o olhar para a cozinha Bernardo vinha de lá. Trazia os óculos escuros na cara e vinha a apertar a corrente de seu casaco. Quando me viu parou e eu parei nele também. Queria correr para ele e o abraçar mas…

_ Vamos embora. Já é tarde! Eu e Carolina vamo levar você de novo para sua antiga cidade. –

Meu pai cortou a troca de olhares entre mim e Bernardo e carregou minhas malas até ao carro. Abriu a porta para eu entrar e aí eu não resisti. Voei até Bernardo e o abracei bem forte, ele também me correspondeu. Tentei segurar as lágrimas mas foi inevitável. Encostei minha cabeça na curva de seu pescoço e agarrei a camiseta que ele vestia com força. Ele também estava fazendo um esforço para não dar parte fraca naquele momento pois respirava fundo perto de meu ouvido. Tinha a sensação, não a certeza porque eu estava de costas, que não tirou o olho de meu pai que não devia estar gostando nada da cena.

_ Amo você! – ele falou baixinho.

_ Prometa que me vai buscar! – disse no meio de um soluço que o fez abraçar meu corpo mais contra o seu. Depois descolou-se de mim e me encarou de frente. Seu olhos estavam tapados pelos óculos e não dava para os ver.

_ Eu não vou deixar que uma distância idiota separe e gente… - ia falar mas ele se pronunciou por cima - e também não vou deixar o sacana do Duarte a rir, se era isso que você queria saber.

Os óculos escondiam muita coisa, mais uma lágrima traiçoeira escorregando pelo rosto eles não escondiam, e eu vi uma deslizar por o de Bernardo. A limpei e depois e ele me abraçou de novo. Confesso que queria muito mais que um abraço, mas meu pai…

_ Então já acabaram com as despedidas?

_ Será que você não pode reconsiderar sobre… - Bernardo falou.

_ Minha decisão está tomada. Eu cá não sou homem de meias palavras.

Entrei no carro e quando meu pai acelerou fiquei vendo Bernardo com as mãos nos bolsos e todo encolhido passando pelo vidro da janela.

Quando já não havia sinais dele respirei fundo. Agora estava indo para casa. Pousei minha cabeça na janela, liguei a musica e fiquei vendo tudo o mundo á minha volta passar muito rápido, segurando a onda para não quebrar o pau ali a chorar e a soluçar.

Perdi completamente a noção das horas e só dei conta de que a gente tinha chegado quando o carro parou e eu me desviei de meus pensamentos.

Estava mesmo em frente da porta que em tempos eu entrava e saía. As luzes da sala e da cozinha estavam acesas. Meu pai tirou as malas do carro e Carolina tocou na campainha. Segundos depois minha mãe e meu padrasto estavam ao pé de mim. Carolina e meu pai os cumprimentaram e depois se enfiaram no escritório todos a falar sobre mim. Fiquei sentada num banco qualquer que havia também por lá não ligando nada para o que eles falavam apesar de me aperceber que desviavam o olhar para mim muitas vezes e que referiram meu nome muitas vezes também.

Quando acabou o papo, meu pai e a Carolina se foram embora e Marcos e minha mãe ficaram comigo. Não fizeram nenhuma pergunta e eu subi para meu quarto. Joguei a mala num lugar qualquer e tirei meu sapato, os chutando depois também.

Apreciei meu quarto e me deparei com as mudanças que havia nele. Que eram exatamente nenhumas. Abri a janela que estava fechada e olhei por ela. Tudo parecia estar igual e nos mesmo sitio, e eu tão diferente e transformada.

_ Gloriando as mudanças que fiz no quarto? – não respondi a Marcos que estava perto de minha cama. Ele sentou por lá e deus duas palmadinhas no colchão fazendo sinal para eu me acomodar também. – Como isso aconteceu hein, garotinha?

_ Aconteceu, acontecendo. Quando dei por mim já não conseguia parar nem voltar a trás, não havia jeito de voltar e de recomeçar, eu já estava completamente apaixonada por ele. Eu já era dele sem o ser. Eu me envolvi mais nele do que na meu próprio eu. Ele estava lá sempre que eu precisava. Tanto para me limpar uma lágrima como para me roubar uma risada boba e alta. Ele me fez esquecer de tudo e me ajudou a acreditar e a valorizar eu mesma e á não duvidar sempre de tudo e de todos. Ele me mostrou o outro lado do mundo e com uma simples troca de olhares ele me levou ás estrelas, com uma simples explicação ele me mostrou o seu mundo. Ele me encantou com o seu jeito de ser. Com a forma de como arranjava o cabelo, ou quando sorria e por entre os dentes de via a língua, ou até quando me olhava todo sedutor e me roubava um beijo. Com tantas coisas pequeninas foi brotando dentro de mim um sentimento que eu jurei nunca mais voltar a abrir. E quando me apercebi eu já o estava amando sem saber. – comecei falando calma e acabei com gotinhas salgadas escorrendo por minha cara.

Marcos atentava na minha explicação e sorria quando eu falava alguma coisa que se calhar ele não esperava ouvir. Não falou nada, apenas escutou e depois com o dedo limpou minhas lágrimas e me abraçou…



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Notas finais do capítulo

Quem gostou? Será que Bernardo vai mesmo ir buscar a Leonor?
Deixem comentários com a vossa opinião. Fico esperando. ( será que chego aos 300 reviews com esse capitulo?)
Beijão para todas e muito obrigada,
Duda :)