Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 55
Capítulo 55 - Não conseguimos controlar isso...


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo, meus amores!!
E um capitulo que deu muito trabalho.
Espero eu gostem!
Boa leitura!!



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O dia estava passando bem devagar e apesar de já estar em casa cada hora que passava parecia durar um eternidade.

Durante o tempo em que a gente esteve na escola digamos que a troca de mimos entre Miguel e Bernardo com Duarte, não foi das melhores. Cada vez que se cruzavam alguém mandava uma boca ou se dava na provocação, já para não falar que os seus nervos tiveram em constantes mudanças de estado durante a manhã.

Já tinha comprado meu celular, com ajuda e opinião de Bernardo.

Estava em meu quarto fazendo meus trabalhos da escola, enquanto falava com Marta por chat e camara. Resolvíamos os exercícios em conjunto até ela sair da conversação, pois Miguel tinha chegado á sua casa.

Olhei em volta de meu quarto e procurei alguma coisa que me fizesse passar o tempo, mais não havia nada. Aquele quarto estava um tédio.

Olhei para a porta e me surgiu uma ideia. Arrumei todos aqueles manuais e cadernos que estavam espalhados pela secretária e pela cama e fui bater na porta em frente.

_ Entre!

Invadi o quarto de Bernardo. Ele estava sentado na estante em frente do computador e rodeado de livros. Estava sem camiseta e seu peito moreno estava completamente á mostra. Seus olhos estavam de um azul infinito e brilhante que dava a ele ainda mais glória.

_ Me veio fazer uma visita? – andei até ele e sentei em seu colo alcançando depois o conteúdo que ocupava toda a tela do computador.

_ Meu quarto estava um saco e pensei que o seu estivesse um pouco menos tedioso.

_ Agora que você apareceu posso jurar que ficou menos secante. – ri.

_ Ciências?

_ Parece que sim.

_ Já vi que está ocupado, não quero te perturbar.

_ Não perturba nada, qual é ?

_ É que você tem que estudar e se empenhar para subir a nota e eu aqui com você só venho destabilizar e distrair. Por isso eu acho melhor voltar noutra altura. – me levantei de seu colo mais ele impediu, me fazendo voltar a sentar.

_ Fique vai! Eu prefiro muito mais você do que esse montão de livro chato, que só tem letras e mais letras e que por muito que eu leia eu não fixo nada.

_ Mas ó Bernardo eu nã…

_ Fique. Por favor! – ele franziu o senho e fez beicinho. O beicinho mais perfeito que eu já tinha visto.

_ Como eu posso resistir quando você me olha desse jeito?

_ Não pode!! – Ele falou e depois me foi roubando beijinhos e falando algumas besteiras. O afastei e levantei meu dedo.

_ Mas, ó. Eu fico apenas 5 minutos e depois me vou!

_ 5 Minutos? Só? – ele voltou a fazer carinha de cachorro abandonado e eu não consegui controlar minha língua.

_Ò meu Deus. Porque você faz isso comigo, hein garoto?

_ Porque eu amo você! – Ri e depois mais um beijo roubado, e mais outro, e mais outro ainda…

Quando dei pela gente, já estávamos na cama. Bernardo tinha sua cabeça apoiada em minhas pernas e eu brincava com seu cabelo. Falávamos de uma besteira qualquer e riamos que nem crianças.

Bernardo acabou por adormecer em meu colo e eu também não suportei o chamamento do sono e fechei o olho ali também.

_Mas o que é isso? – Fui abrindo meu olho bem devagar e tentando me ambientar a claridade que rasgava aquele local.  Tinha a leve sensação que era meu pai que falava e quando me apercebi na situação que eu estava com Bernardo me exaltei.

_ Tenha calma Afonso, por favor tenha calma! – Carolina falou pousando a mão no ombro de meu pai. Entretanto Bernardo também despertou.

_ Mãe? – ele falou.

_Pai ? – falei de seguida.

_ Parece que o garoto que apareceu cá em casa tinha razão. Eles não são apenas irmãos!

_ Calma pai. Isso não é o que parece.

_Ai, não é? Então como justifica isso? – percebi que nossas mãos ainda estavam juntas  e quando ele falou nós as soltamos de rompante.

_ A gente só estava… - Bernardo tentou se expressar.

_ Você só estava agarrado a minha filha, ó seu…., seu…. Eu nem tenho palavras para descrever o que você nesse momento é para mim.

_ Afonso, por favor, a gente tem uma justificação para tudo isso!

_Ai tem? Eu não preciso que me dê justificação nenhuma. Eu já ouvi e vi tudo o que tinha a ver e a ouvir. E não me venha dizer que estão namorando, que estão se envolvendo e que se apaixonaram. Porque  parece que no meio de tanta mentira ao menos á um amigo vosso que decidiu contar para a gente tudo aquilo que vocês esconderam! E mais do que contar foi mesmo mostrar.

_ Mas que história é essa do amigo?

_ Um tal de Duarte apareceu cá á pouco e nos falou sobre…, sobre… sobre essa coisa que rola entre vocês!

_ Eu vou matar esse garoto! – Bernardo apertou os punhos e eu também me passei por completo. Ele agora abusou da sorte.

_ Mas você falou que ele tinha mostrado?!

_Sim, ele mostrou para a gente isso aqui ó ?- dessa vez foi Carolina que falou e ao mesmo tempo nos entregou um montão de fotografias para nossas mãos.

Eram todas de mim e de Bernardo, nos mais variados sítios. Na praia, no bar, no parque, na escola… Umas nos beijando, outras nos abraçando, rindo, brincando…

Como é que ele conseguiu aquilo tudo? Como ele foi capaz de fazer aquilo tudo?  A gente não tinha como negar, nem nos defender para com nossos pais!

Meu pai estava zangado e desiludido, Carolina também não estava com muito boa cara e eu e Bernardo estávamos em pânico.

_ Afonso por favor me oiça. – Bernardo tentava falar para meu pai que o ignorava e que estava quase lhe batendo. – Eu sei que isso é estranho pra vocês, mais não foi a gente que escolheu o que o coração mandou. Aconteceu pronto! Não tem volta a dar. A gente se apaixonou e acabou por se envolver.

_ A gente não conseguiu controlar isso, pai!

_ Como é que é? Vocês não conseguiram controlar? Vocês tinham mais era que se dar como irmão.

_ Mais a gente não é irmão. Não é apenas irmão. A gente é mais que isso.  – me manifestei.

_ Me digam uma coisa. Quem, além de Duarte sabia disso? – Carolina perguntou.

_ Pouco gente, mãe. Apenas Marta e Miguel!

_ Viu, eu falei pra você eles esconderam isso de todo o mundo e eu nem quero imaginar o que você fez com a minha filha. E se eu desconfio que você tocou com um dedo que seja na Leonor eu …, eu … - meu pai evitou a palavra  e eu explodi naquele momento.

_ Escusa de estar para ai rodeando, porque se quer saber eu e Bernardo já dormimos juntos e para lhe esclarecer ainda mais a gente já transou. – falei alto enfrentando aquele que eu chamava de pai. Acho que foi a gota de água para meu pai pois se não fosse Carolina agarrando ele pelo braço já estava em cima de Bernardo.

_ Calma Afonso. Ele apesar de tudo ainda é meu filho. – Carolina protegeu o filho.

_ Leonor, faça suas malas. Hoje é o ultimo dia que você passa dentro dessa casa. Amanhã bem cedo te levo a sua antiga casa. E não quero mais discussão. – meu pai andou até a porta e fez sinal para eu sair imediatamente para meu quarto.

_ AH, me dê seu celular não quero troca de mensagens entre vocês os dois! – deu meu celular para sua mão. – E você meu menino só não te ponho na rua por causa de sua mãe.

Entrei em meu quarto e me joguei na cama. Lágrimas começaram caindo e altos soluços ecoaram naquele quarto. Queria deitar tudo cá para fora. Me senti tão livre mais tão presa. Queria estar com Bernardo. Ele também devia estar mal com a descoberta.

Tudo o que foi construído até agora estava prestes a acabar. E eu, eu amanhã ia para bem longe. Para as velhas andanças e recordações. Os beijos, os abraços, os carinhos e os segredos, tudo ia acabar.

A porta de meu quarto abriu e Carolina entrou se deitando ao meu lado e me abraçando e fazendo carinho em meu cabelo.

_ Já chega! Não vale a pena tanto soluço. Tenha calma, tudo se resolve, tudo se resolve.

_Porquê Carolina, porquê?

_ Tenha calma. Eu também estou chocada com isso mais eu de um certo jeito compreendo vocês! Eu sei que a gente não manda no coração e sei que o mais difícil é deixar um amor para trás. E eu prometo ajudar vocês com isso.

_ Pensei que estivesse de acordo com meu pai!

_Mais não estou. Eu nunca vi meu filho estar tão contente como ele andou nesse tempo que você esteve cá. Eu nunca vi o seu olhar brilhar tanto. E para você saber eu também já passei por um amor proibido. O pai de Bernardo é um bom exemplo disso. Eu lutei contra tudo e contra todos para ficar com ele. E pelo o que eu vi ali, no quarto vizinho á pouco, eu tenho a certeza que o que Bernardo sente por você e você sente por Bernardo é puro e verdadeiro e eu prometo ajudar vocês com isso, mais têm que ter calma. Muita calma.

Carolina ficou um longo tempo comigo no quarto. Chorei muito tempo em seu colo e ouvi suas histórias e aventuras. Mas por muito que ela falasse e me tentasse animar, naquele momento eu queria era chorar…


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Notas finais do capítulo

E isso? O que foi?
O que vai acontecer agora?
Isso foi uma bomba?
Tou sentindo falta de algumas leitoras! Cadê vocês?? :(
Deixem reviews com a vossa opinião.
Novo capitulo só amanhã e se o mundo não acabar!!
Beijão C(:
Duda!