Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 48
Capítulo 48 - Ele não é o que parece....


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!
Quem estava com saudade? Pois eu estava morrendo por vos voltar a escrever.
Espero que gostem deste capitulo.
Boa leitura!!!



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Ninguém falava. Duarte e os nossos meninos continuavam a trocar olhares de morte. Miguel e Bernardo estavam de braços cruzados e esperando resposta de alguém, mas ela nunca mais aparecia. Obrigando Miguel a repetir a pergunta.

_Estou esperando uma resposta. O que é que está bom? – a questão não era propriamente dirigida a mim e Marta mas sim a Duarte.

_Então Miguel! – Duarte falou num tom sarcástico que me surpreendeu, - E Bernardo – completou ele depois ironicamente. – Isso são maneiras de se cumprimentar um velho amigo?

A afirmação e a zombaria de Duarte, fez o sangue de Bernardo e Miguel fervilharem mais. Mas que história é essa de velhos amigos?

_Velho amigo? – Bernardo perguntou ironizando também.

_Você tem razão. Não é velhos amigos. É mesmo Ex melhores amigos. – Duarte riu. Eu não estava entendendo nada e a parada estava ficando bem estranha.

_Olhe Bernardo,  - Miguel falou sem tirar os olhos daquele que disse que em tempos foi seu melhor amigo. – eu acho que ele está achando graça.

_Mas sabe que mais. Eu acho que ele ainda vai achar mais graça quando levar um soco e aí nos dizer o porque de tanta animação e segundo o que a gente ouviu nos explicar o que é que está bom!

_Ele apenas me pediu os apontamentos das aulas que faltou e eu lhe disse que amanhã lhe entregava, só isso. – Marta falou.

_Eu apenas pedi á Marta os apontamentos. Não quero tirar má nota nas provas. – o sinal tocou. – Olhe Bernardinho e Miguelsinho acho que está na minha hora. As aulas vão começar e eu não quero faltar.  Bem pelo contrário, não quero ter que pedir mais apontamentos a Leonor e a Marta. – Duarte estava se dando na provocação.

O garoto começou a andar mais quando chegou ao pé da gente se virou de novo.

_E já agora, sabem onde é a sala exatamente?

_Sala 4. – disse esclarecendo a duvida.

Ele deu mais um passo e quando chegou ao pé de Miguel e Bernardo se voltou a dirigir para nós.

_Vocês não querem aproveitar o lance e me acompanhar até lá. – Ele disse o principio da frase nos encarrando mais no final ele o disse bem na cara dos meninos. Acho que Miguel naquele momento estive prestes a bater em Duarte mais Bernardo não deixou ele o fazer nem nos deixou responder. Fui tudo muito rápido.

_Elas não vão com você para lado nenhum. A gente faz questão de as deixar na porta da sala. – Duarte furou pelo meio deles os dois os desafiando. Bernardo apertou os punhos.

Depois do lance eu e Marta nos pusemos bem na frente deles. Estávamos precisando de algumas explicações. 

_Que foi isso? – Marta questionou.

Nenhum ousou responder. Esperamos mais um tempo e nada.

_Mas vão falar ou a gente vai ter que preguntar para o vossos Ex melhor amigo? – ameacei.

_Não. – Bernardo e Miguel falaram juntos e em coro num impulso.

_Eu quero ver você longe daquele garoto, ouviu! – Bernardo falou autoritário.

_Sim, o que Bernardo falou para a Leonor também vale para você Marta. – Miguel tomou a palavra. – E que fique bem claro que você não vai dar apontamento nenhum para aquela coisa.

_Duarte. O nome dele é Duarte. E não é você que me vai falar o que eu vou ou não vou fazer. – Marta se impôs perante Miguel.

_Ah, eu não acredito que estou ouvindo isso! Você não sabe como ele é…

_Não desculpe, eu não sabia era como você era. Deixe eu dizer que desconhecia essa sua forma rude perante outra pessoa, novata na escola e…

_Você não o conhece, você não sabe as coisas que aquele garoto é capaz de…  - Bernardo se intrometeu e acho que foi propositadamente. Bernardo não queria que Miguel pronunciasse o resto da frase.

Eu e Bernardo estávamos também conversando, mas com o olhar. Não conseguia entender o porquê daquela forma de agir com o novo garoto.

_Marta, - ele falou calma, ao contrário de Miguel, - tenha cuidado com esse garoto, ele não é o que parece.

Marta queria responder mais não sabia o que falar, por isso optou pelo silêncio.

_Agora, tá na hora de vocês irem para ás classes. Já vão atrasadas! – Bernardo olhou para o relógio e apontou para a sala. Eles viraram para a sua sala e a gente seguiu para a nossa.

A aula já tinha começado. Passei ela toda olhando para Duarte. Estava tudo tão estranho. Ele parecia ser tão legal. Mas aquela frase de Bernardo tinha muito que se dizer.

Quando a aula terminou e por incrível que parecesse  Bernardo e Miguel foram nos buscar na sala.

_Pensei que a  gente tivesse combinado no bar. – estranhei.

_E combinamos, só que nós achamos por bem vos vir buscar na sala. Num vá aves raras vos porem as asas em cima. – Miguel falou alto quando Duarte saiu.

Depois se dirigiu para Marta para lhe dar um beijo mais esta virou a cara e desviou conversa.

_Leonor estou precisando ir no banheiro você vem?

_Claro. – troquei um ultimo olhar com Bernardo e depois fui puxada á força por Marta.

Essa história toda está me deixando completamente perdida. Não consigo perceber o porquê de tanta embirração com Duarte mas, por um lado, algo me diz que Bernardo e Miguel estão certos e que além de todas as especulações e aparências, a verdade está com eles.

O resto do dia escolar passou depressa.  Entre Marta e Miguel rolava um clima estranho e ao que se devia nem era preciso dizer. Temia que entre mim e Bernardo também houvesse chatices. Queria saber o que o incomodava em Duarte e receava a gente brigar por isso. Marta e Miguel foram para casa separados o que era muito estranho.

Quando cheguei em casa Kate tinha um lanche para a gente e por isso não fui para meu quarto logo, ao contrário de Bernardo que mal pôs o pé em seu rico lar subiu sem dar sinais. Mas se ele pensava que não lanchando e correndo para seu cantinho evitaria a conversa que era mais que obrigatória estava muito enganado. Comi o que me apeteceu e quando acabei fui a procura dele.

Bati várias vezes na porta do quarto e nada. Ninguém respondia, ninguém contestava, ninguém falava, nem gritava por isso decidi abrir a porta. O meu moreno não estava no quarto e também não havia vestígios dele. Se não estava no canto só podia estar no refugio.

Subi até ao terraço e não me enganei. Bernardo estava lá com o seu violão. Fui até ele e me pus na sua frente. Ele percebeu o que eu queria e ao contrário daquilo que eu pensava pousou o violão e não esperou que eu tomasse a palavra.

_Acho que sei o que você quer saber! – Me sentei de seu lado.

_Então se sabe, porque não começa falando. – estava calma e tranquila e não queria arranjar briga. Apenas queria conversar e esclarecer as coisas. Acho que Bernardo também estava de acordo.

_Eu prometo que vou contar para você, mais na altura certa.

_Como é que é!!! Você me vai falar na altura certa? E quando é isso?

_É quando for.

_Mas… - Bernardo não deixou eu terminar.

_Leonor, - falou rouco e agarrou minhas mãos. – Confia em mim? – Me limitei a assentir. – Então se confia não insista em saber a verdade porque eu te falarei quando achar que é o momento. E por favor – ele beijou minha mão. – Se mantenha afastada de Duarte. E …

_Porquê? Me diga porquê!

_Um dia você vai perceber, mas agora fique longe dele! – Bernardo afagou meu rosto e eu suspirei.

Queria saber o porquê mas também não queria pressionar Bernardo. Confiava nele e por muito curiosa que eu estivesse, eu não o podia obrigar a falar. Mas também não iria esperar pelo momento certo, o melhor era eu investigar por mim mesma e ir tirando conclusões…


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Notas finais do capítulo

E agora?? Alguém já sabe quem Duarte é?
Quem está curioso?
Deixem muitos reviews!! ( eu os leio a todos apesar de não responder e eles me deixam muito feliz!)
Vos espero amanhã!!!
Bjs para todas!!!! :)