Bernardo parou o carro no lugar mais apropriado que encontrou pois a gente foi a pé parte do caminho. Estávamos longe de casa e por terras desconhecidas pela minha pessoa. Não sabia para onde me dirigia. Bernardo prendia minha mão e me guiava pelas ruas vazias. Eu também agarrava sua mão firme e punha meu cabelo sistematicamente para trás da orelha, visto que a ventania o fazia esvoaçar. Bernardo andava por becos e ruelas, até entrarmos em um caminho de areia que ia dar em um lugar iluminado. Tentei alcançar o que estava lá no fundo , mas Bernardo não deixou. Pois se pôs na minha frente. Olhei para ele com cara de sei lá o quê.

_Tá curiosa! – ele preguntou rindo.

_Muito! Quero saber o que você reservou hoje para mim. Acho que já tenho saudade de suas surpresas.

Bernardo saiu de minha frente e me deixou passar. O caminho ia ter a um lugar rodeado de água. Era como um pedacinho de areia rodeado de água. Havia velas de várias cores espalhadas por todo o lado. Cores quentes dominavam o clima. O vermelho, o laranja e o branco estavam a decorar. Um cheio bom predominava. O lugar parecia o paraíso. No chão haviam algumas mantas e almofadas.

Bernardo veio por trás de mim e agarrou minha cintura.

_ E então? Gostou?

_Mas Bernardo… - sussurrei perdendo a voz.

_Shhh… Não diga nada. Essa noite é nossa. – fechei meus olhos e me arrepiei com o que Bernardo proferiu.

Me virei para ele e fiquei com minha boca muito perto da sua. Me afundei em seus olhos . A medida que me foi pondo direita á sua frente, nossas bocas se foram juntando. Bernardo levou suas mãos em meu rosto. Começou me beijando calmamente e com suavidade, passeando suas mãos apenas por meu rosto e cabelo. As minhas estavam em volta de sua cintura e de vez em quando passeavam por seu abdómen.

Deixei minha bolsa escorregar por meu ombro e acabar por cair no chão. Eu e Bernardo começamos a andar bem devagarinho em direção ao meio da ilhota. Quando chegamos na parte que tinha uma ponte para passarmos de um lado para o outro Bernardo me pegou no colo e eu o olhei o beijando de seguida. Parou ao pé das mantas me levando ao chão de novo.

_Confia em mim?

_Confio.

_E… - não deixei ele acabar levei meu dedo aos seus lábios, me aproximando depois de seu ouvido.

_ Shhhh…….. Essa noite é nossa, só nossa. – Sussurrei em pontas de pés visto que Bernardo era alto e eu mais baixinha.

Acho que ele gostou de minha atitude pois agarrou de um jeito diferente minha cintura. Ri baixo perto de seu ouvido e depois voltei a dedicar minha atenção á sua boca.

Devagar ele foi levantando minha blusa, ele não tinha pressas e beijava meu pescoço com muito carinho. Quando finalmente a tirou e a jogou em um lugar qualquer me levantou de novo para seu colo. Depois se foi baixando até estar em cima das mantas, Me pousou por lá e foi minha vez de tirar uma das suas peças de roupa. Fui desabotoando seu casaco e o fiz deslizar pelos braços. Depois ele se foi deitando bem devagar em cima de mim. Bernardo estava meigo, doce, terno e isso também contribuía para o clima.

Ainda sem o casaco, Bernardo estava superior a mim, pois ainda tinha sua camiseta vestida.

Passei minhas mãos por dentro dela e toquei em sua pele. Ele se arrepiou e sorriu de canto. O apertei para mim e fui puxando a camiseta para cima até a tirar de vez e a arremessar para uma parte indefinida.

Ele passou suas mãos para minha lateral e levou seus lábios ao meu pescoço. O sugando e beijando. Gemi fraco e o apertei para mim. Ele também não passou despercebido ao meu gemido pois soltou um sorriso rouco e baixo.

Seu toque me arrepiava cada vez mais. Seu jeito de sedução, sim porque ele o estava usando naquele momento despertava em mim uma sensação inexplicável. Minhas mãos não paravam quietas e variam seu corpo. Um arrepio estranho e um sensação esquisita tomou conta de mim e eu podia dizer que tinha um nome: era desejo, era prazer, era vontade…

Depois das camisetas, as calças, os sapatos, as meias também foram parar em um lugar qualquer da mini ilha. A noite estava quente. Muito quente. Eu já não conseguia saber se era o ar ou mesmo o meu corpo que estava reagindo a tantas emoções.

Bernardo levou as mãos a meu sutiã e o desapertou. Depois foi o fazendo cair lentamente.

Depois de todas as peças de roupa tiradas nossos corpos se tocaram por completo. Bernardo beijava meu pescoço irreversivelmente. Acho que meus hormônios já estavam muito acelerados e pressenti que mesmo sem ainda ter rolado alguma coisa eu ia gozar.

_Bernardo… - gemi com dificuldade e quase suplicando.

_Calma. – ele me olhou e beijou minha testa.

Ele me enxergou bom no fundo dos meus olhos:

_Não quero magoar você…

_Eu tenho a certeza que isso é impossível.

Ele ri, voltando a me beijar mas por pouco tempo porque depois me penetrou. Me contrai por completo. Ele foi cuidadoso e me beijou no preciso momento em que o fez. Talvez tivesse tentando abafar meu gemido de dor, ou tentando me distrair da dor. Cravei minhas unhas em suas costas e todo o ar que existia em meus pulmões se foi. Os movimentos lentos e cuidadosos á medida que eu me ia habituando passaram a ser mais fortes e a dor passou a prazer. Gemia abafado contra a curva de pescoço de Bernardo e ele também dizia algumas coisas que eu não compreendia. De vez em quando dizia meu apelido e umas besteiras quais quer. Arranhei suas costas constantemente e tinha  certeza que deixaria marca, mas ele também não era muito cuidadoso pois meu pescoço era seu ponto preferido de meu corpo.

_Bernardo… eu acho que vou…

_Sim, eu também.

Acabamos gozando ao mesmo tempo. Estávamos os dois cansados e nossas respirações estavam pesadas.

Bernardo se deitou de meu lado e eu vesti sua camiseta. Ele pegou umas mantas para a gente e eu deitei sobre seu peito, envolvendo sua cintura com as mãos. Ele fez carinho em meu cabelo e beijou minha cabeça.

_Te amo, minha pequena… - ele murmurou bem baixinho.

Abracei mais sua cintura e beijei seu peito.

_Também te amo.

Não lembro de mais nado pois meus olhos começaram falhando e o escuro aparecendo. O sono começou pegando e o meu subconsciente despertou.

Amanhã seria um novo dia …