Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 36
Capítulo 36 - Não me deixe esquecer!


Notas iniciais do capítulo

Quem queria capitulo novo?

Bem. Ele aqui está. Estou amando os reviews das leitoras que gostam de deixar a sua marca. Continuem comentando.

Boa leitura :)!!



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Estava deitada em minha cama remexendo no computador. Bernardo arranjou a desculpa de que a gente esteve correndo atrás da moeda rebolando pelo chão e nossos pais por muito que não tivessem acreditado não pediram mais explicações e eu e Bernardo subimos para nossos quartos. Já tinha tomado um bom banho para tirar toda aquela sujidade de cima de mim. Vesti roupa lavada e fresca e decidi dar uma olhada nas redes sociais.

_Leonor? – alguém gritou se dirigindo a mim.

_Sim? – gritei de volta, dando sinal que ouvi.

_Venha jantar, querida, chame o Bernardo também e não resmungue, é apenas ir em seu quarto e o chamar para comer.

_Tá bom. Se tem que ser!! – falei me fazendo de aborrecida. – Desço já!

Fechei o computador e fui bater na porta de Bernardo.

_Entre! – Ele falou do outro lado.

Entrei e agarrei na porta, apoiando meu braço na parede.

_Venha comer ó coisa sem jeito. – disse alto para se ouvir minha voz na cozinha.

Bernardo sorriu entrando na onda.

_Já vou. Me deixe só acabar aqui uma coisa da escola.

Ele se levantou e me agarrou, me jogando na cama.

_Você tá louco? O jantar está pronta e na mesa, á gente tem qu… - ele não me deixou terminar e me calou com um beijo que terminou depressa pois eu perdi o ar muito rápido.

_Quem se vai importar se a gente chegar 4 ou 5 minutos mais tarde? Eles estão na cozinha, não vão subir para nos chamar!

Bernardo não deu tempo sequer para eu me manifestar e voltou a me beijar. A gente estava deitado na cama. Bernardo estava por cima e minhas mãos rodeavam seu pescoço. Estávamos envolvidos no clima até a voz da mãe de Bernardo voltar a interromper:

_Então meninos? A comida está ficando fria. Se despachem!

Olhei para Bernardo que tinha a maior cara de desilusão. Ele se levantou e segui para a cozinha e eu acompanhei.

Sentamos nos nossos lugares e esperamos que a Carolina nos servisse. Dei meu prato para ela:

_Vocês não chegavam só depois do jantar?

_A amiga de Carolina se arranjou sem a gente e nos dispensou mais cedo.

O jantar foi normal, tirando a parte de que dessa vez eu e Bernardo não brigamos, acho que já tínhamos feito nosso teatro antes.

_Leonor querida, será que é pedir muito se te pedir para me ajudar a lavar e arrumar a loiça?

_Claro que não Carolina, eu te ajudo. - me levantei da mesa e comecei a levantar os pratos da mesa.

Ao contrário daquilo que todos dizem, as madrastas nem sempre são más. E Carolina era um exemplo. Ela era uma pessoa muito legal. Ela por um lado é a mãe que completa a minha mãe. Ela tinha formas de pensar diferentes do que as da minha mãe. Ela me compreendia de uma forma que minha mãe não me compreendeu. Não tinha a certeza mais tinha a sensação de que ela sabia de minha história e que o contador foi meu pai.

A ajudei a arrumar a loiça e foi no sofá. Liguei a televisão e vi o que passava. Liguei num seriado que passava sobre o sobrenatural e criaturas fictícias. Meu pai estava no escritório e Carolina subiu. Não havia sinais de Bernardo. Devia estar no quarto ou até devia ter saído com o Lourenço e o Miguel.

Meu celular vibrou e eu deu uma olhada nele. Quem ousava me atormentar no dia que muitos consideravam o dia santo e da família.

“Venha ter comigo ao meu lugar. Estou morrendo de saudade de você! :) ”

Ri para a mensagem e corri para o andar de cima. Bernardo estava me esperando no terraço, estava sentando em uma cadeira de lá com o violão no colo. Tocava umas notas que juntas faziam um grande som, som que me era conhecido. Fui de mansinho ter com ele e me sentei ao seu lado, numa cadeira que por lá havia.

Mesmo com a minha presença Bernardo não parou de tocar no violão. Só que agora tocava para mim e eu curtia o som. Até que parou. Parou apenas de tocar, porque o olhar continuava no mesmo sitio. Pousado sobre mim.

_A nossa musica! - falei baixinho.

_A nossa musica!- ele repetiu pondo uma mecha de meu cabelo para trás da orelha.

_Ainda se lembra quando a cantou para mim?

_E como é possível eu conseguir esquecer?

_Então não esquece!

_Não me deixe esquecer!

_Não vou deixar. – a gente foi falando e se aproximando cada vez mais e quando demos por nós já tínhamos os lábios praticamente colados. Porém sem beijo. Apenas provocando e seduzindo com o olhar e com a boca.

Bernardo agarrou meu lábio com os dentes e o puxou para ele eu sorri e quebrei aquele joguinho gostoso de sedução. Bernardo tirou o violão do colo e o colocou em um lugar qualquer, se aproximando de mim e agarrando meu rosto.

_Você está me pondo completamente louco. – ele falou entre o beijo, quando parou para tomar algum ar.

_Sabe quantas vezes já me falou isso?

_É porque não me canso de o dizer e porque cada dia estou mais viciado em você.

_Sabe que eu também estou cada vez mais infetada por esse seu jeitinho de ser. – a gente ia falando quando tinha oportunidade no meio daquele beijo prazeroso e intimidador.

_Isso quer dizer que está apaixonada por mim?

_Não, isso quer dizer que estou começando a me encantar por seus encantos.

Ele parou o beijo e me olhou.

_Porque é tão difícil pra você admitir que está apaixonada por mim… ?

_Não estou intendendo a pergunta. Pode reformular?

_Eu estou com você e estou dando tudo de mim, mas eu sinto que você não. Você hesita sempre quando te faço alguma pergunta sobre isso que está rolando entre a gente. Porquê? È só isso que eu quero saber.

_Você está supondo que eu não sinto o mesmo por você? É isso?

_Não. Eu não estou dizendo, eu estou mesmo afirmando. – ele falava baixo mais frio.

_Bernardo, para ficar bem claro. Eu estou gostando de você e cada dia me sinto mais atraída por esse seu jeitinho. Mais agora você está me perguntando se eu estou apaixonada por você como se eu tivesse que dizer que sim e eu não gosto disso. Eu não gosto de quando me forçam ou de quando me põe á prova, eu não gosto disso, Bernardo! – falei fria também. – E se eu ainda não disse que estou apaixonada por você é porque não o preciso de dizer. È porque acho que isso se sente e não se diz. É porque acho que não sou obrigada a te provar nada. E eu te dou um conselho: não me force a nada. Você sabe pelo que eu passei e aquilo que vivi por isso não me obrigue a ter que falar para provar meus sentimentos.

Me levantei e deixei ele lá no “ seu lugar” não queria brigar com Bernardo. Não me queria zangar. Deixei ele lá, pensando ou se achando.

Foi para meu quarto e vesti meu pijama. Nada que uma boa noite de sono para pensar na vida. Sabia que não ia dormir tão cedo e que ia passar a noite ás voltas na cama.

A lua estava alaranjada e meu quarto estava mais escuro que o normal.

Já tinha dado a milésima volta na cama e aquilo que Bernardo e falou não saia de minha cabeça. Suas palavras vagueavam por ela e sentia meu coração muito apertado. Umas borboletas voavam em minha barriga e meus batimentos do coração estavam muito rápidos.

Uma gota salgada incontrolável escorregou por meu rosto. Era estranho mais eu estava chorando por causa de Bernardo. De uma passaram a ser muitas lágrimas a escorregarem por meu rosto. Agarrei forte minha almofada e enterrei minha cabeça por lá. Meus soluços abafados e desesperados eram o único ruido existente naquele quarto. Respirava fundo tentando os controlar mais era em vão, eles eram inevitáveis de exalar.

Uma luz vinda da porta iluminou meu quarto por um curto espaço de tempo porque muito rápido se viu o escuro de novo. Senti alguém se aproximar e se deitar de meu lado, passando seus braços em torno de meu corpo e me abraçando, ainda que fosse de costas.

Senti o cheiro de Bernardo chegar a meu nariz e contra a minha vontade me aconcheguei nele. Apesar do que tinha rolado acho que ele era a única pessoa que me ia conseguir acalmar.

_Desculpe ter posto você á prova. Eu adoro você! – ele murmurou e eu me virei para ele enterrando minha cabeça no dobra de seu pescoço.

_Está desculpado, mas tem que me prometer que não vai voltar a fazer o mesmo.

_Eu prometo.

_Ah, e mais uma coisa. Nunca duvide de meus sentimentos porque eu posso não mostrar, e muito menos não dizer, mais eu sinto…



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Notas finais do capítulo

Quem gostou?

Agora a briga foi séria!

Deixem reviews dizendo a vossa apinião.

Quem quiser uma foto da Leonor tem que pedir nos comentários.

Bjs para todas,

Duda c(:



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