Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 33
Capítulo 33 - Confia em mim?


Notas iniciais do capítulo

Mais um pedacinho da história de Bernardo e Leonor aqui!
Um capitulo bem romantico pra vocês!
Boa leitura!!



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O dia estava a ser secante. Até agora a única coisa que fiz foi ver televisão, comer chocolate e descansar. Não tinha almoçado porque sinceramente também não estava com fome. Passei a manhã  e presumia passar a minha rica tarde a me empanturrar de doces e suco e até já não haver espaço em minha barriga. Passava A Bússola de Ouro. Ouvi alguém descer  as escadas e desviei o olhar do televisor.

Bernardo pousou os pés no chão e se sentou na outra ponta do sofá. Ficamos frente a frente. Sorri pra ele e voltei a prender os olhos no filme. Passado alguns segundos, meu celular vibrou dentro de meu bolso. Com esforço o retirei de lá e abri a mensagem que recebi.

“Você está me deixando completamente louco!” – a mensagem chegou como desconhecido mais não era difícil de adivinhar quem a tinha escrito. Bernardo sorria na minha frente, e batia com o celular na mão.

“E você está me distraindo e roubando minha atenção do filme!”

“Porque não presta sua atenção em mim?”

“Porque tem coisa melhor para eu ver!” – sorri para ele e levei minha unha á boca.

“Sabe que você fica ainda mais gostosa quando me trata mal e faz esse ar e ar de safadinha!”

Olhei a mensagem dele e sorri, pousando o celular na mesa á minha frente. Voltei a me concentrar no filme.

Por muito que eu não o quisesse olhar era impossível pois Bernardo não tirava os olhos de mim e isso já me estava incomodando. Peguei de novo no celular e digitei um pequeno texto:

“Corro o risco de me devorarem com os olhos?”

“Te devorarem?” – Ele fez expressão de desentendido.

“ Se me continuar olhando assim!”

“Quero estar com você!! Venha ter comigo ao parque.”

Bernardo se levantou e saiu, batendo a porta trás de si. Estava prestes a bate-la também quando meu pai chega em casa.

_Onde vai a minha menina a essa hora?

_Pai? – fiquei sem jeito quando o vi. Não sabia o que dizer e não lhe podia falar que ia ter com Bernardo. – Já em casa?

_Hoje me despachei  mais cedo e vim mais rápido para casa. Mas ainda não me disse, onde ia tão apressada e sorridente?

_Eu? Eu… Eu... Eu ia ter com a Marta, ela está a minha espera no parque, e se não me despachar me vou atrasar. – Sabia muito bem como meu pai era e como eram seus questionários, por isso desviei o assunto e comecei a andar.

_Filha? – meu pai falou quando já estava um pouco afastada.

_Sim pai…

_Tenha cuidado.

_Não se preocupe, eu vou ter, pai!

Passei o portão de entrada e segui até ao parque. Bernardo estava sentado num banquinho de jardim e já devia estar convencido que eu já não iria aparecer. Tendo em conta a quantidade de mensagens que me tinha enviado enquanto eu conversava com meu pai. Asselarei o passo quando o avistei e em pontas de pés e sem imitir qualquer ruido me fui aproximando, tapando seus olhos com minhas mãos. Ele tateou com suas mãos as minhas e eu lhe dei um beijo no pescoço, destapando seus olhos depois e o fazendo me reconhecer. Ele rui e bateu em sua perna, fazendo sinal para eu sentar em seu colo.

_Desculpe a demora, mais meu pai estava entrando enquanto eu estava saindo e você sabe como é que é. Perguntas e mais perguntas.

_O que interessa é que veio.

_Não será melhor a gente ir para outro lugar? Aqui a gente está sujeita a encontros desagradáveis.

_E para onde você quer ir?

_Não sei. Deixo isso por sua conta. Me surpreenda mais uma vez…

Ele sorriu para mim e me agarrou pela mão. Corremos juntos até ao carro.

Já estávamos dirigindo á um bom tempo, por ruelas e becos e eu não estava conseguindo me situar. Só via carros e mais carros passarem pelo vidro.

O carro parou.

_Onde a gente está?

_Não reconhece esse sitio? – olhei em volta, e não estava mesmo conseguindo me situar.

_Não. Eu já estive aqui? – ele me olhou e estendeu sua mão. Entrelacei meus dedos nos dele e ele me puxou. Passeávamos a algum tempo de mãos dadas como um verdadeiro casal. Quando chegamos a uma determinada altura ele parou e se pôs na minha frente.

_Porque paramos?

_Você já vai ver!

_E o que eu vou ver?

_Confia em mim?

_Confio. – falei determinada.

_Se eu pedir para que dessa vez seja você a fechar os seus olhos, você fecharia?

_Deixa ver se eu entendi. Você quer que eu feixe meus olhos, certo?

_Certo! Agora os feixe, mas sem fazer batota tá bom!

_ Tá!

Fechei meus olhos e me deixei levar por Bernardo que passou suas mãos por cima de meus olhos e me guiou . Enquanto andava ia cantando baixinho ao lado de meu ouvido:


Me dê a  sua mão e...

Se deixe levar por mim
Me deixa te dar o mundo assim
Sei que pode resultar!
Me deixe mostrar quem sou
Se deixe ir com o que te dou
Só você me pode alcançar!

Bernardo andava devagar e a determinada altura parou, fazendo suas mãos deslizarem por meu rosto. Respirei fundo e á medida que sentia o percurso de suas mãos fui abrindo meus olhos.

De fato eu já tinha estado naquele lugar. A gente estava em um sitio alto, onde lá em baixo se via o rebentar das ondas e o mar enroscar na areia. Lá no infinito indeterminado se via o sol a se pôr. A gente estava na praia. Foi lá que eu e Bernardo de um certo jeito nos intendemos e onde tudo começou.  

Bernardo abraçou minha cintura com os braços e apoiou o seu queixo em meu ombro.

Fiz minha cintura deslizar sobre as suas mãos e me virei de frente para ele e voltei a juntar nossas mãos.

_Já lhe dei a minha mão!

_E se deixa levar por mim?

_Não, me deixo levar por nós.

_Me deixar te dar o mundo assim?

_Não, me deixa construir ele com você

_Me deixa mostrar quem sou?

_Não. Me deixe descobrir quem você é

_Se deixa ir com o que te dou?

_Não. Me deixe merecer o que você me dá.

_Será que isso vai resultar?

_ Isso só a gente pode alcançar!

A gente se foi aproximando e nos beijamos sobre aquele sol escaldante de fim de tarde . Beijo calmo, bom, intenso, carinhoso, terno…

_Ah, estava me esquecendo. A  canção era linda. – falei entre o beijo, fazendo com que ele me abraçasse ainda mais para ele.

Terminamos o beijo com alguns selinhos roubados e com um abraço gigante um no outro. Adorava quando Bernardo me abraçava eu era pequenina e ele alto por isso eu me sentia muito protegida, já para não falar no seu cheiro que me deixava completamente atordoada e fora de mim…


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Notas finais do capítulo

Quem curtiu? Eu espero que sim!
Quero reviews com a vossa opinião gente!! Eles inspiram muito quem escreve e acima de tudo incentivam para que o autor escreva mais, por isso deixem um.
Bjs para todas,
Duda c(:



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