Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 30
Capítulo 30 - Você lhe contou?


Notas iniciais do capítulo

A continuação do capitulo 29 está aqui! Espero que curtam e que tenham uma boa leitura,
Não se esqueçam de deixar reviews, não imaginam o quanto isso motiva a continuação da fic!!
Espero que gostem!!
Se divirtam a ler!



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_Não era você que estava com sono?

Sabia o que Bernardo queria e como ele á pouco não tinha respondida a minha pergunta achei por bem também me fazer de difícil.

_Sim, eu estava com sono mas,… - o interrompi sem dar tempo dele se explicar.

_Mas nada. Não me disse que estava com sono? Então!! Vá toca a nanar, Bear! – estava fazendo um esforço para não rir, mas foi impossível, por isso esbocei um sorriso quando ele fez beicinho, como bebé fazendo birra.

Ele fazendo beicinho era tão fofo que tive que me controlar para não o abraçar e beijar naquela hora, me fazendo de durona e marrenta, ainda que tenha encarado esse papel sorrindo e tentando não cair na gargalhada por completo.

Quando finalmente fiz desapareceu o esboço do sorriso em meu rosto e o encarei séria, foi ele que partiu o pau a rir que nem um perdido. Não me consegui controlar e acabamos rindo na cama. Bernardo me chegou para ele e fez minha cabeça pousar em seu peito nu.

Bernardo não dormia de camisa ou t-shirt. Apenas com as calças de um moletom. Me encostei nele e fiquei fazendo caricia em seu peito. Estava quente e fazia os movimentos do seu peito assim como dava para se ouvir os batimentos de seu coração. Bernardo era magro e seus músculos eram muito bem definidos e eu adorava ficar percorrendo as suas marcas do peito com meu dedo. Acho que ele também gostava porque muitas vezes ele punha a sua mão por cima da minha e fazia o percurso comigo.  

Bernardo fazia com sua mão carinho em minhas costas, a outra estava em meu braço, ele me arrepiava cada vez que me tocava. Estávamos olhando para o infinito daquele quarto vazio, escuro e que a noite parecia mais pequeno. Não havia luz nenhuma acesa apenas a luz fraca da noite dava alguma iluminação aquele quarto. Meu corpo começou a arrefecer, e eu fiquei com frio. Bernardo percebeu e puxou os cobertores para cima, tapando minhas costas, me repuxou mais para ele e beijou minha testa, se aproximando depois de meu ouvido:

_Até manhã Leonor.

Ri com o gesto e depois o escuro veio. Não me lembro de mais nada, apenas tudo escureceu.

Acordei com a luz forte do sol rebentando na janela aberta. Tateei a cama á procura de Bernardo e não o encontrei. Abri o olho e confirmei o que não tinha a certeza. Bernardo já não dormia ao meu lado. Varri o quarto á sua procura. Ele apareceu furando pelo meio dos raios. Já estava vestido e vinha abotoando uma camisa azul. Veio ao meu encontro e apoiou um joelho na cama.

_Bom dia, dorminhoca.

_Bom dia, Bernardo. – falei com um sorriso no rosto, com a maior calma e serenidade do mundo.

_Acho melhor você se apressar.  Se não vai se atrasar para o seu ultimo dia de aulas da semana.

_Que horas são? – me assustei com a parte do “atrasar”.

Ele pegou o relógio que estava na mesinha ao lado da cama e o virou para mim. Dei um grande salto na cama e corri em direção á porta.

_Mas o que é isso? Tanta pressa para se arrumar que nem sequer  tenho direito a um beijo de bom dia?

Fiz o caminho inverso e corri para ele, sorrindo e lhe dando um beijo. Ou melhor “o beijo de bons dias”.

Voltei a correr para a porta e de novo a voz de Bernardo ecoou naquele quarto vazio.

_Leonor? A minha camiseta! – ele apontou para o que eu vestia.  Esse garoto era impossível. E ainda para mais estava se dando na provocação.

Me virei de costas e tirei a camiseta. A joguei para trás e a fiz ir na direção de Bernardo que não deixou que ela caísse por completo em seu corpo e se defendeu com as mãos. A agarrando.

Saí do quarto sem olhar para trás e entrei no meu. Não tinha tempo para tomar um banho e por isso fui direita ao armário. Me arrumei e prendi meu cabelo.

Voei para a cozinha e tomei meu café da manhã. Meu pai já não estava em casa e também não havia sinais de Carolina. Kate arrumava as ultimas coisas da mesa. Peguei no leite e em um copo e o engoli. Bernardo desceu logo a seguir, cumprimentou Kate e fomos para o carro.

Chegamos rápido na escola e ainda não tinha tocado. Fomos juntos para o bar, com alguns olhares indiscretos pousando em cima da gente.

Miguel e Marta estava no bar e a gente foi até eles.

_Então, o que se passou. O despertador não tocou? – Miguel preguntou.

_Sim o meu despertador não tocou por isso nos atrasamos.  – eu e Bernardo falamos ao mesmo tempo, nos referindo um ao outro.

Marta se ria no meio de tudo aquilo enquanto Miguel fazia cara de confundido. Tinha a breve sensação de que ele já sabia de alguma coisa e não era assim muito estranho se fosse verdade visto que agora ele e Marta andavam sempre grudados um no outro. Amor pra cá, bebé para lá, coisa linda, coisa do meu coração, meu bem,… tudo e mais alguma coisa. Eles não se descolavam.

_Não acredito que os dois despertadores não tocaram. Isso é coincidência de mais, não Bernardo? – ele preguntou enquanto Bernardo puxava uma cadeira para mim e outra para ele.

_O que você sabe? – Bernardo preguntou enquanto trocava um olhar comigo. Acho que Bernardo também já desconfiava que Miguel já sabia de alguma coisa

_Nada de especial!

Achei que estava na minha altura de falar e por isso me virei para Marta.

_Você lhe contou? – lancei um olhar de desilusão para Marta.

_Não foi bem contar. Ele começou a  desconfiar…. E a fazer perguntas, e depois vocês passam a vida se atrasando, … desaparecendo ao mesmo tempo sem darem sinais de vida, e…

Marta estava atrapalhada e Miguel teve que se intrometer:

_A culpa não foi dela. Eu já desconfiava á algum tempo e depois eu a pressionei e ela acabou me falando…

Eu e Bernardo trocamos uns olhares cúmplices e não foi preciso palavras. Estava na hora da gozação.

_Eu não acredito que lhe coutou. Eu confiei isso á você e você acabou contando pra ele. Eu pensava que você era a minha melhor amiga, mas afinal!

_Eu era? Porquê? Já não sou mais? – eles estavam atrapalhados e Marta estava assustada com a minha afirmação. Bernardo segurava a  gargalhada e eu encarava meu personagem, tentando mostrar ao máximo desilusão e desprezo.

Fiquei um tempo sem falar e vendo o ar de medo e de receio que Marta tinha estampado na cara. Miguel também estava acreditando no meu jogo e de Bernardo.  Quando achei que ela já estava assustada demais abri a boca.

_Você acha mesmo que ia deixar de ser sua amiga, só porque decidiu contar para essa coisa aí ao seu lado o que rola entre mim e Bernardo?!

_Mas afinal o que rola entre você e Leonor, Bear? – Miguel preguntou se referindo a Bernardo, que pousou sua mão em cima da minha.

_A gente está namorando!

_Namorando? Mas a Leonor não me tinha falado desse negócio de estarem namorando? – Marta me olhou surpreendida.

_E desde quando eu devo justificações daquilo que faço ou deixo de fazer pra você?

_Desde que, que … - ela não sabia o que dizer.

_Bem me parecia. – Bernardo falou e todo nós caímos na gargalhada.

Estávamos na risota e na galhofa quando o sinal de que as aulas iam começar soou naquela escola. Estava na hora de a gente se separar…



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Notas finais do capítulo

Quem curtiu?
Caprichei um pouco nesse capitulo.
Mas acho que ficou legal!
Quem quiser capitulo novo tem que deixar reviews!!
Bjs Duda :)



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