Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 25
Capítulo 25 - Você é tão boba!


Notas iniciais do capítulo

Capitulo novinho em folha para vocês!
Espero que gostem e que deixem reviews!
Boa leitura para todos!!! =)



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Fui na ultima aula da manhã e fiquei sozinha a aula toda. Marta estava faltando e a razão se chamava Miguel. O que será que eles estão fazendo? Será que está rolando algum clima? Ou já estão se insultando e se agredindo um ao outro?

Estive a aula de filosofia, toda desatenta. A cena com Bernardo no bar foi reciproca e escusada. Aquela coisa grudenta se fez á ele em pleno bar. Estava capaz de a matar. E de Bernardo eu nem quero sequer ouvir falar.

Tocou e eu sai. Fui até á saída e procurei Marta. Ela não estava em sitio nenhum. Também não esperei por Bernardo. Estava “zangada” com ele pela cena no bar e a ultima coisa que eu queria é velo na frente. É estranho mais eu acho que estou sentindo ciúme. Bernardo estava conseguindo mexer comigo…

Já estava andando á um bom tempo, não era que a escola fosse muito longe de minha casa, mas eu estava indo com calma e devagar afinal não tinha pressa. Olhei o céu e uma nuvem cinzenta dava vestígios de que a qualquer momento ia rebentar e inundar toda aquela superfície com água. Aprecei o passo, não queria levar com chuva em cima. Mais não valeu de nada depois de uns quantos passos dados, uma chuva torrencial começou caindo e eu vi minha roupa se encharcar. Estava toda molhada e por muito que eu corresse tinha a certeza de que quando chegasse a casa nem as meias iriam estar secas. Procurei um abrigo, mais não encontrei. Não havia sitio nenhum onde eu pudesse me abrigar e meu corpo estava já gelando. Vi um carro aparecer no fundo da rua. Ele foi se aproximando e parando mesmo ao meu lado. Vi o vidro se abrir e o rosto familiar de Bernardo aparecer.

_Vai entre, você tá toda encharcada. – circulei o carro e entrei. Eu estava toda molhada e por muito que eu estivesse tentando evitar Bernardo, recusar uma carona era quase inevitável. Entrei no carro e passei minhas mãos envolta de minha boca bufando de seguida tentando as aquecer. Bernardo me olhava.

– Você é louca? Ainda vai apanhar um resfriado. – ele tirou seu casaco e me envolveu nele. – Porque não esperou por mim?

_Pensei que você tivesse mais preocupado com o bem da Rosana! – Falei sínica e fria.

Ele riu abafado. Não estava entendendo o motivo para tanta risota:

_Tá rindo de quê? Qual é o motivo para tanta gargalhada?

_Fala a sério que você está assim por causa da Rosana?

_Eu não tou de jeito nenhum!

_Tá sim! Você tá morrendo de ciúme!

_Ciúme? Eu não tou com ciúme nenhum, eu tou é com frio e se você não começa dirigindo até casa eu volto para a chuva e faço o caminho a pé.

_ Tá bom, então me diga no fundo de meus olhos que não sentiu um pingo de ciúme quando ela me agarrou em sua frente no bar? – fiquei sem reação apenas o encarando. – Vá me diga?

Ele voltou a insistir e num impulso eu colei nossos lábios. Ele levou suas mãos em meu rosto e eu me aproximei mais dele. A língua dele tomou conta de minha boca e eu tentava ao máximo infiltrar a minha na dele. O ar se fez necessário e a gente se separou. Acho que ele estava esperando algo vindo de mim.

_Se calhar você até pode ter razão. – admiti falando baixo, não queria dar parte fraca.

_Ter razão, Leonor? Ao que se está referindo? – sabia muito bem o que Bernardo estava tentando arrancar de mim palavrinha por palavrinha.

_Eu-tive-um-pouco-de-ciúme-de-você-e-da-Rosana. – falei rápido demais e ele se fez de desentendido pedindo para eu repetir.

_Você o quê? Acho que não escutei muito bem!

_Eu admito que tive um pouco de ciúme de você e da Rosana. – falei devagar e com um grande esforço.

Ele jogou uma mexa de meu cabelo,  que estava colado na minha testa graças á molha, para trás e limpou os últimos vestígios da água da chuva que havia em meu rosto.

_Você é tão boba?

_E você, tinha que dar alguma bola para aquela piriguete? Eu sei muito bem o que ela quer de você!

_Você acha que se eu tivesse dado bola para ela já não estava em casa enfiado na cama com ela ou com esse lugar de carona ocupado?

Fiquei sem resposta e olhei para ele com cara de má.

_Mais…

_Mais nada. Eu agora só tenho olhos para você, e não vai ser uma qualquer que vai conseguir me mudar de direção.

_E eu sou sua direção?

_Você garota, é tudo nesse momento pra mim.

_Garota?? Eu pra você não passo de uma garota? Bom saber!

_Garota, rapariga, Leonor, mulher da minha vida, a minha pequena…- ela falou alto abrindo os braços para me envolver neles.

_Fale baixo! Tá doido?

_Sim, completamente doido por você.

Ainda falando ele me beijou de novo e depois seguimos para casa, lá estaríamos mais á vontade.

Chegamos em casa e Bernardo me agarrou por trás, não dando nem sequer tempo para eu fechar a porta. Esse trabalho ficou com ele que lhe deu um chuto com o pé  e depois andou até mim e me envolveu em seus braços juntando sua boca na minha, tirando minha mochila do ombro e jogando ela num canto qualquer.

Agarrei seu pescoço e ele minha cintura. Um beijo caloroso e selvagem estava começando a nascer, quando um barulho vindo da cozinha desfez todo o clima.

_Que foi isso, hein? Será que meu pai já chegou em casa? – preguntei baixo, suspeitando que quem quer que estivesse na cozinha já tivesse nos ouvido.

_Não havia carro nenhum lá fora. Por isso…

_Acho melhor a gente ir ver lá o que é!

Bernardo assentiu e foi na frente eu o ia seguindo. Entramos na cozinha e não vimos ninguém, Tudo estava no seu lugar e não havia sinais de lá poder ter estado alguém. Só quando uma cabeça com cabelos brancos se ergue é que reconhecemos a mulher que agora lavava a loiça.

Kate estava remexendo no armário e limpando os pratos com o seu uniforme habitual. Eu e Bernardo começamos rindo e ela se virou para nos encarar.

_Meninos? – ela esboçou um sorriso quando viu a gente e Bernardo foi logo ter com ela a abraçando. Visto que para ele ela sempre foi como uma mãe!

_Como você tá? – ela perguntou para Bernardo que a abraçava bem forte.

_Tou bem. Mais você não imagina a falta que faz cá em casa.

Ela sorriu com as palavras pronunciadas por Bernardo.

_Sim Kate, você não imagina o quanto confusa e desorganizada essa casa fica sem você. – me pronunciei indo também ao sem encontro.

_Como está sua mãe? – Bernardo perguntou.

Kate baixou a cabeça e deu a perceber que ela havia morrido. Bernardo percebeu também a mensagem e desviou o papo.

_Mas sabe do que é que eu estou sentindo falta mesmo? – ela abanou a cabeça em sinal negativo – Dos seus brigadeiros. Porque não faz um grande panelão pra gente?

_Sim, boa ideia – falei – Nada melhor de que uma boa dose de chocolate numa tarde fria e de chuva como essa!

_Sabe que isso também me parece uma ideia legal! – ela falou animada. – vou fazer, quando estiver pronto eu chamo os dois.

Eu  e Bernardo subimos e fomos para meu quarto. Ele sentou em minha cama com as costas encostadas na cabeceira e eu sentei em seu colo. Ele fazia carinho com meu cabelo. Kate ia estar entretida com o brigadeiro e por isso a gente ainda podia aproveitar a tarde para namorar. Namorar? Era estranho falar desse jeito, afinal Bernardo ainda não me tinha pedido em namoro. Mas será que a gente estava mesmo namorando?

_Tão perdida no subconsciente, estava pensando em quê?

Sorri e hesitei um pouco e me sentei, ele passou para o meu lado e aguardava minha resposta.

_Estava pensando em eu, … em você,… nisso...

_O que a está atormentando tanto? Eu sei que você não é de rodeio, seja direta!

_A gente está…

_Está… - ele suplicou pela resposta.

_Está namorando? – ele me lançou um olhar malicioso e brincalhão ao mesmo tempo, como se quisesse alimentar essa conversa.

_Porquê? Você quer namorar comigo?

_E isso é um pedido?

_E se for? Qual era sua resposta? – ela falou sedutor e todo gato.

_ Qual você acha que seria?

_Não sei me diga você! – ele estava se dando na provocação e dando força aquele papo gostoso.

Me joguei em cima dele e o beijei, ainda que com um montão de cabelo na frente, que ele insistiu em arrumar assim que descolou de mim.

_E isso é um sim? – ele falou invertendo nossas posições e ficando por cima. Tomando conta da situação e se fazendo de desentendido.

_Talvez…


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Notas finais do capítulo

Kate voltou! E será que ela vai ser mais um obstáculo para esses dois??
O que será que vai rolar agora? O pedido de namoro estava feito e a resposta meio dada!
Será mesmo oficial?
Deixem reviews!!
Um grande beijo para todo o mundo,
Duda :]