Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 2
Capítulo 2 - Ele é mesmo bipolar...


Notas iniciais do capítulo

Segunda Capitulo pra vocês!!
Vou ver se ainda consigo publicar o 3º hoje mais não sei depende!!
Ainda Ninguém falou da Capa!! O que acham???



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Foi andando pelo corredor fora pensando nas palavras do meu “novo irmão”.

Cheguei na porta que o Bernardo me tinha indicado. Pousei minhas malas no chão e levei minha mão no rosto limpando umas ultimas gotas salgadas. Respirei fundo e abri a porta.

Era um quarto grande , roxo, rosa e branco. Tinha uma cama e um mesinha com um abajur, tinha uma janela e uma poltrona, uma secretária, uma televisão e o roupeiro. Tinha quadros na parede e um tapete. Tinha também um banheira privado.

 Deixei cair minhas malas no chão e olhei em volta. Era um bonito quarto, me pareceu legal. Entrei no banheiro que me despertou logo muito curiosidade visto que estava bem escondido e vi o que por lá havia, me olhei no espelho. Tinha o rosto vermelho e os olhos inchados. Abri a água e passei por minha cara, limpei com a toalha e  voltei ao quarto. Pensei em arrumar minha roupa e minhas coisas e deixar o jantar “em família” para outra altura.

Tinha perdido a fome! E também não estava com muita vontade de olhar para a cara de Bernardo de novo. Seria inevitável não o fazer visto que agora iriamos passar um bom tempo juntos, mas naquele momento ele era a pessoa que eu mais queria evitar. Deixei as arrumações para depois e desci. Meu pai, Carolina  e Bernardo já estavam sentados na mesa. Meu pai de um lado e Carolina ao seu lado. Bernardo estava na frente da mãe e por incrível que pareça o único lugar na mesa de vago era ao seu lado. Torci o nariz. Que legal!! Mas pensando bem por um lado até tinha sido bom assim não o tinha que encarar de frente.

_Leonor, querida senta ai. – Carolina falou carinhosa.

Puxei a cadeira e sentei. Meu pai estava a ser servido e Bernardo já mexia os talheres no prato. Carolina pegou no meu prato e me serviu também. Fui comendo e todo o mundo estava calado. Sentia olhares vindos de todas as direções para mim. Me sentia observada. De vez em quando olhava de canto para Bernardo, quando ele desviava o olhar para o outro lado da mesa. Tava já começando a me cansar com todo aquele silêncio quando o meu pai toma a iniciativa e toma a palavra:

_  Então, gostou do quarto?

_ É legal. – respondi pondo uma garfada na boca e assentindo com a cabeça.

_ A Carolina teve um tempão decorando aquele espaço pra você! – Encarei Carolina ela sorria.

_ Tá ótimo Carolina, o quarto ficou muito legal. Eu amei. Fez um excelente trabalho. Obrigada! – sorri de volta e reparei que Bernardo pela primeira vez no jantar tinha levantado a cabeça não estava com cara de quem tinha gostado da conversa, mais nem liguei.

Depois da pequena troca de palavras o silêncio predominou de novo na sala. Bernardo voltou a colar o seu olhar no prato que agora tinha uma bolinha de sorvete. Vi ele dar uma garfada e decidi atacar a bolinha que preenchia o meu prato também.

Quando todo o mundo terminou eu pedi permissão para sair. Não queria estar mais sentada naquela mesa com todo o mundo me olhando, não queria me senti incomodada com o o Bernardo e também queria arrumar minha roupa.

_Já vai Leonor, pensei que a gente pudesse ficar conversando.

_Já é tarde pai eu ainda queria arrumar minhas malas. Acho que vamos ter muito tempo para conversar. – dei um sorriso fraco e me levantei.

Subi as escadas depressa e entrei no meu quarto. Peguei num CD qualquer da minha mala e liguei a aparelhagem. Tocava Safe and Sound de Tayler Swift. Abri minha mala e fui colocando peça por peça a minha roupa no roupeiro. Lembrei das palavras de Marcos: sobre fazer um novo jardim, acho que era isso que eu tava a fazer naquele momento, plantando flores.   Quando dei pela hora já era muito tarde, me perdi nas arrumações e esqueci o tempo. Tava ficando com sono já, por isso me troquei, vesti meu pijama e me joguei na cama. Enterrei a cabeça na almofada e fiquei ali por um bom tempo, revirando na cama tentando encontra a posição certa para dormir. Todas as tentativas foram em vão. O sono não vinha. Será que era o sono que não pegava ou eu é que não queria dormir? Me sentei na cama e lá decidi ir na cozinha pegar um copo de leite.

 Me levantei e olhei a janela que deixava a luz da lua invadir aquele quarto vazio e escuro, sem vida. O céu estava estralado e a lua estava imensa linda. Ocupava grande parte do escuro céu. Fiquei apreciando aquela imagem por um tempo. Mais depois voltei meu olhar para a porta e percorri aquele corredor grande, iluminado por um abajur fraco. Desci as escadas e entrei na cozinha. Era grande, muito grande. Era rodeada por uma banca. Abri a enorme geladeira que por lá havia e peguei o pacote do leite. Abri alguns armários para tentar encontrar um copo. Virei leite no copo e voltei a guarda o pacote.

Me encostei na banca e fiquei olhando para o nada. Até que uma voz já me conhecida percorreu toda a cozinha:

_Nunca pensei que uma garota pudesse ficar tão sexy e charmosa ao mesmo tempo, dentro de um pijama. Você sempre se veste assim??

_ Ó menos eu me visto. – falei o examinando. Estava apenas de bermuda. Não usava T-shirt, tinha os músculos bem definidos. Tinha a pele morena e as marcas da barriga bem notáveis.

Hein, que foi?? O que você faria se tivesse um garoto tudo de bom na sua frente, apesar de ele ser seu meio irmão? Não olharia? Isso era inevitável ele era bom de mais!!

Estava escuro, mas acho que ele percebeu que eu estava vidrada no seu peito e o examinando.

_Leonor, - ele falou irónico – tou ficando um pouco preocupado com esse seu olhar em meu corpo! Será que corro o risco de ser comido? Quer que eu tire mais alguma peça de roupa?

_ Até parece que eu queria vê isso! Eu aqui gosto de homens não de animais.

_ Gosta pouco, gosta. – Vi Bernardo a fazer o mesmo que eu, foi no armário e pegou leite para ele também. Se encostou do meu lado e ficamos os dois olhando o escuro. Um silêncio constrangedor tomou conta daquele lugar. Sabe aquele momento em que têm os dois algo para dizer mais ninguém toma a palavra com medo da resposta? Era assim que a gente estava.

Ficamos naquilo por um tempo até que Bernardo abriu a boca pela primeira vez soltando um grunhido.  Vi sua boca fazer varias formas até que lá conseguiu dizer alguma coisa.

_Não conseguia dormir? – Ele perguntou.

_Isso é da sua conta?

_Ó garota porque você é assim?

_Assim como?

_Primeiro fala bem e depois já me está tratando mal!

_Desculpa mais aqui o que tem duas caras é você! Primeiro me trata bem quando chego e depois no corredor me trata como uma coisa.

Vi que ele hesitou em falar, foi como se sentisse culpa! 

_Desculpe, por… pela forma grossa que eu… eu falei com você á pouco. Pode parecer estranho mais essa sua mudança e a mudança do seu pai para aqui foi muito estranha pra mim! Viver com  minha mãe por algum tempo e depois  ver a sua própria casa ser ocupada por uns estranhos que se dizem seu pai e sua irmã é esquisito pra mim e…

Bernardo ia começar falando qualquer coisa quando se arrependeu e se calou. Eu estava mesmo achando que aquele garoto era bipolar. Primeiro me trata mal e provoca depois me pede desculpa. Percebi que estava esperando pela minha resposta.

_Deixe pra lá. Já passou… - Não sabia o que falar por isso assenti apenas com a cabeça para terminar a frase.

Ele pousou o copo agora vazio no balcão e foi andando em direção a porta. O barulho de seus pés raspando o chão era o único são que se ouvia.

_Boa noite, Leonor! – ele disse se despedindo de mim.

_Boa noite, Bernardo! – retribui. Pousando meu copo no balcão e seguindo as pegadas de Bernardo, subi as escadas e entrei em meu  quarto. 

Deitei na cama e fiquei me mentalizando daquilo que se tinha passado hoje. Primeiro Bernardo trata-me bem, depois age como se eu fosse uma vadia e depois me pede desculpa por tudo. Estava perdida no meus pensamentos que nem dei conta que meus olhos já estavam fechados e o meu subconsciente estava começando a acordar...


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam??
Deixem reviews!!!
Bjs DUDA!! :)