Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 18
Capítulo 18 - Mas isso é ridículo! Você tem noção?


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal, mais um capitulo com as aventuras de Leonor e Bernardo.
Espero que gostem e deixem reviews!!



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_Leonor? Está tudo bem. Posso entrar, filha? – meu pai perguntou do outro lado da porta. A gente não contava com a chegada repentina de nossos pais e como nem sequer tínhamos pensado a nem tive que inventar qualquer coisa para nos tirar dessa.

_ Entre. – meu pai invadiu o meu quarto e me encarou. Não disse nada pois eu estava de costas. Me virei.

_ Mas, essa semana foi assim tão má?

_Sim, claro! – falei nervosa. – Eu tive que levar com o Bernardo me enchendo o saco o tempo todo! Já para não falar que a Kate tive que ir ter com a mãe que pelo visto piorou. Imagine o que é eu ter que levar com esse garoto preguiçoso e grosso, não querendo fazer nada e jogando todas as tarefas em mim.  Mas bom, vamo mudar de assunto. Eu não quero falar mais daquele verme.

Meu pai me olhou como se eu tivesse dito uma palavra feia quando me referi ao Bernardo.

_Tá bom Leonor, para a próxima vez eu fico em casa tomando conta de uma garota com 17 anos que se prepara para fazer 18 e com um garoto de 19 que passam o tempo todo se comportando como duas crianças, que consequentemente se deveriam dar como dois irmãos, visto que seus pais se estão casados.

_Pai, não diga isso, eu não quero prejudicar o que á entre você e Carolina.

_E eu não quero que você e o Bernardo passem a vida discutindo como cão e gato. Cresçam, pó. Vocês não têm 10 anos. Se deixem dessas briguinhas ridículas e comecem a se comportam como gente grande.

_Mas, e aí você e Carolina só não voltavam á noite?

_A gente decidiu vir mais cedo, justamente por causa disso. – acho que ele se estava referindo á  minha briga com Bernardo. Saiu de meu quarto e fechou a porta. Trinquei meu lábio inferior e passei meu braço pelo pescoço. Olhei para o infinito daquele quarto e me joguei na cama olhando aquele teto branco.

Queria falar com Bernardo, aquilo na sala foi uma confusão. Me levantei e fiquei andando de um lado para o outro. Vinha e ia. Ia e vinha. Da esquerda para a direita. Da direita para a esquerda. Minha cabeça estava a mil, pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo. Varri o quarto com os olhos que se estacaram em meu celular. Peguei nele e inseri o numero de Bernardo porém sem carregar na tecla de ligar.

Veio uma ideia na minha cabeça. A única forma que a gente tinha para conversar era por celular. Mas logos os “ e se…” vieram na minha cabeça.

E se ele ainda tivesse na sala…

E se ele não quisesse falar pra mim…

E se ele ficou zangado com a minha atitude…

Duvidas e duvidas… Voltei a pousar o celular na secretária e voltei ao mesmo. Andava de um lado para o outro tentando arranjar um plano para falar com Bernardo.

Voltei a olhar para o celular e tomei coragem. Disquei o numero de Bernardo e esperei que atendesse.

Fiquei ali parada com o celular no ouvido. Não recebia nenhuma resposta do outro lado da linha. Acabei desistindo e jogando com raiva e brutalidade o celular em cima da cama.

Bernardo de certeza que estava furioso comigo. Sentei no largo parapeito da janela de meu quarto e fiquei olhando o imenso espaço que da janela dava para ver.

Senti meus olhos marejarem e uma culpa gigante me invadir. Estava desiludida comigo mesma e tinha desiludido Bernardo.

Meu celular vibrou eu cima da cama. Tinha recebido uma mensagem. Não liguei e desliguei daquilo. Tinha tempo de ver depois.

Fui até a aparelhagem e liguei a musica. Passava Heartbeat. Voltei na janela e fiquei ouvindo as musicas passarem. Já devia ser tarde quando a playlist acabou e eu decidi tirar o olhar do que se passava lá fora. Fui no banheiro e me olhei no espelho. Tinha o cabelo todo melado e bagunçado e a minha cara estava inchada, meus olhos estavam vermelhos e minha expressão estava horrível.

Ouvi de novo algo vibrar em cima da cama.

Fui lá e peguei meu celular, olhei o visor. Tinha duas mensagens não lidas.

“Desculpe não ter atendido seu telefone. Tinha minha mãe do meu lado. Acho que a gente precisa de conversar. Aquilo fui muito confuso!!”

Acho que naquele momento um brilhozinho se formou em meus olhos, mas por outro lado me sentia uma inútil e burra. Como eu não desconfiei que fosse Bernardo me tentando falar???

Abri a segunda mensagem não lida, que também era dele.

“Está tudo bem com você? Porque não respondeu á minha msg? Me liga, por favor!! Estou muito confuso!”

Marquei o numero de Bernardo e dessa vez ele me atendeu. Sua voz estava baixa e rouca.

_Leonor!! Porque não respondeu a minha mensagem?

_Porque… Não vale a pena tenta explicar. – me arrependi de ter falado e desviei conversa.

_Aquilo na sala foi muito, muito estranho. Eu fiquei sem reação.

_Desculpe o filme, mais é que eu entrei em pânico e… - ele não deixou eu terminar.

_Isso aqui é muito irreal, Leonor!

_Eu sei Bernardo, mais o que é que nós podemos fazer? A gente não pode falar assim pra eles do nada. Acho que é melhor falarmos amanhã na escola.

_Mas isso é ridículo. Você tem noção??

_Eu sei que é ridículo mais tem que ser assim Bernardo.

_Ok… - ele falou ainda mais baixo.

_Ok… - disse sem saber o que dizer mais. – Até amanhã!!

_Até amanha, pequena!!

Apertei a tecla vermelha e terminei a chamada. Ouvi a voz de Carolina pronunciar meu nome:

_Leonor, Bernardo? Venham jantar!

Abri a porta de meu quarto com rapidez e desci para a cozinha. Sentei em meu lugar, meu pai também já ocupava o seu e Carolina punha o resto do jantar na mesa. Bernardo se fez aparecer e trocou uns olhares comigo. Ocupou sua cadeira e a mãe o serviu. Não tirou o olhar de cima de mim nem por um segundo durante a refeição. E nossos pais nem notaram, passaram o jantar falando da sua semana e relembrando momentos mais caricatos das sua aventuras. Até que de repente pararam de tagarelar e nos olharam com umas caras.

_O que foi? – preguntei um pouco incomodada com aqueles olhares.

_É que a gente já está conversando á imenso tempo e vocês os dois ainda não abriram a boca!

_Não me digam que discutiram de novo! – Carolina falou preocupada e pousando o garfo no prato.

 _E do que é que vocês estavam falando mesmo? – Bernardo perguntou cortando aquele clima chato.

Meu pai explicou do que é que estavam falando e eu e Bernardo nos começamos manifestando acerca disso.

Ajudei Carolina a lavar a loiça do jantar e fui pra meu cantinho de novo. Bernardo já tinha subido á algum tempo.

Estava com sono apesar de ainda ser cedo por isso vesti meu pijama e me preparei para dormir. Hoje seria um dia para esquecer. Entrei na cama grande e larga. Estava fria o que fez com que meu corpo arrefecesse com muita rapidez.

Dei umas quantas voltas na cama, tentando encontrar a posição ideal para dormir e já estava pegando no sono quando a porta se abriu bem devagar  e cuidadosamente não gemendo e alguém entrou em meu quarto escuro e vazio, se deitando de meu lado e encostando seu corpo no meu…


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Quem será o misterioso que se deitou ao lado de Leonor (acho que já é óbvio)? O que vai rolar a seguir?
Deixem comentários com a vossa opinião!!



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