Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 16
Capítulo 16 -Bem vinda! Esse aqui é o meu lugar.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo.

Desculpem algum erro, não tive tempo de o revisar.

Deixem a vossa opinião sobre o que vai rolar no resto da semana entre estes dois, que têm uma casa enorme só pra eles.



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Já tínhamos almoçado e Bernardo estava me ajudando á lavar a loiça. Era estranho, pois ninguém diria que um playboysinho machista, preconceituoso e cheio de reputação estaria ajudando sua “ meia irmã ”, com um paninho na mão e limpando a loiça para ela. Estava pensando nisso e comecei a rir sozinha. Bernardo me olhou confundido.

_O que tem assim tanta piada?

_Você.

_Eu?

_Sim, quem diria que um garotinho como você cheio de fama e pegador, estaria de paninho na mão limpando a loiça para guardar.

Mal falei isso um montão de espuma e bolinhas de detergente sobrevoaram a cozinha e começou uma luta de espuma entre mim e Bernardo. Ele jogava espuma e água em mim e eu jogava nele. Em pouco tempo nossa roupa ficou encharcada e a cozinha se tornou num rio. O chão estava escorregadio e qualquer passo mais acelerado da gente acabava em tombo. Sem ver onde poisei o pé escorreguei mesmo caindo por cima do corpo perfeito de Bernardo. Para me proteger da queda ele me envolveu num abraço me impedindo de me machucar. Meu cabelo molhado colou na testa dele e nossas respirações se cruzaram. Os braços fortes de Bernardo agarravam minha cintura e nossa roupa molhada se grudou uma na outra. Caímos no chão e começamos a rir que nem dois bobos. Nos levantamos e olhamos em volta. Toda aquela cozinha estava ensopada em água. Era raro o lugar onde não houvesse sinais de água. A espuma cobria parte daquele espaço e a cozinha que era preta agora estava totalmente branca. Eu e Bernardo nos entreolhamos e suspiramos em conjunto. A gente ia ter muito que arrumar, ou muito me enganava ou a sujeira que a gente fez obrigaria a ficar uma tarde enfiada dentro de casa, mais propriamente na cozinha, limpando água em todo o canto.

Começamos limpando toda aquela bagunça…

Quando terminamos já eram quase seis horas da tarde. Estava cansada e meu corpo pedia descanso. Me encostei na bancada e esperei que Bernardo acabasse o que estava fazendo.

_Estou morta! – afirmei – nunca pensei que uma cozinha pudesse ser tão complicada e cansativa de limpar.

_Acho que sei como fazer você esquecer disso. – Bernardo me lançou um olhar sedutor e malicioso.

_Ai sim. Como?

Bernardo pegou na minha mão e subiu para o andar de cima. E do andar de cima ele me conduziu para o terraço. Havia lá duas cadeiras e uma mesinha. Bernardo me olhou e disse:

_Bem vinda! Esse aqui é o meu lugar.

_O teu lugar? Como assim? – Bernardo sentou-se numa das cadeiras e eu fiz o mesmo.

_Eu gosto desse lugar a essa hora. Me acalma, me faz esquecer de tudo, me limpa a mente, me ajuda a tomar decisões… Mas também tem outra razão…

_ E… Qual é essa razão?

_Essa aqui. – Com a sua mão Bernardo rodou minha cadeira para trás e um sol vermelho, grande e quente apareceu na minha frente. Dava para se ver ao fundo o imenso mar azul que não dava sinais de grande ondulação, onde o reflexo daquele Sol se fazia aparecer.

Bernardo tinha razão esse lugar era incrível. O céu não estava azul, acompanhava o sol com tons quentes e o esboço da lua já era visível. Bernardo se levantou e veio até mim me pedindo a mão. Não a dei logo e olhei bem no fundo de seus olhos.

_Venha comigo, te quero mostrar uma coisinha mais. – sorri e pus minha mão na sua. Ele fez um carinho nela e me guiou até mais perto da beira do terraço. E agora não se via apenas o azul do mal mais sim a cidade praticamente toda. As casas eram como miniaturas e os carros como bichinhos ambulantes. Os grandes candeeiros da cidade faziam correntes de luzinhas amarelas todas paralelas umas as outras se cruzando em alguns pontos, dando um brilho especial á paisagem.

Bernardo veio por trás de mim e abraçou minha cintura com seus longos braços. Depositou um beijo doce e leve em meu ombro e encaixou sua cabeça na curva de meu pescoço. Me aconcheguei em seu peito e fechei meus olhos. Um sorriso se formou em meu rosto e uma sensação de descontração e tranquilidade me percorreu da cabeça aos pés.

Ficamos apreciando aquela imagem até o sol desaparecer por completo no horizonte. O escuro da noite começou chegando e um vento frio começou a gelar nossos corpos. Fomos andando na mesma posição em que estávamos para dentro de casa, entrei para o quarto de Bernardo. Ele se acomodou, apoiando suas costas na cabeceira da cama. Me sentei no meio se suas pernas e ficamos brincando com as mãos. Meus dedos finos se encaixavam perfeitamente entre os grossos de Bernardo. Minha mão pequenina era tapada pela grande de Bernardo, mas quer saber isso me fazia sentir protegida.

Enquanto estava nos braços de Bernardo o pensamento dos nossos pais me veio na cabeça. Estava imaginando se eles desconfiassem disso o que podia acontecer quando a voz de Bernardo ecoa na minha mente me tirando de meus devaneios.

_Leonor…

_Ah…Que foi? – falei meia atordoada.

_Você estava longe! Em que estava pensando para nem sequer ter dado bola pra mim?

_Como vai ser quando os nossos pais chegarem? A gente vai continuar com isso?

_Ah, você está me preguntando se eu acho melhor a gente contar pra eles né? – Bernardo conseguiu decifrar as minhas perguntas. Facilitando um pouco. – eu não sei Leonor. Se você quiser contar tem o meu consentimento, se não quiser a gente arranja um jeito de esconder isso deles. – respirei fundo e olhei para a janela do quarto.

Era estranho mas a gente ainda não tinha um nome para chamar aquilo que estava rolando, por isso quando nos dirigíamos ao que se passava a palavra usada era “isso”.

_Eles estão sempre a ver, Bernardo e Leonor versão irmãos. Isto vai ser uma bomba, e causará bastantes danos. - Afirmei me virando um pouco para ele.

_Eu sei, mais a gente não pode fazer nada!! Já aconteceu. – ele falou sorrindo sincero.

_Pois, é isso mesmo que me preocupa. O meu pai vai pirar.

_Se quiser eu falo com ele?

_Não por enquanto não. – falei num impulso.

_Leonor, - ele se pronunciou no meio de um suspiro. – de que tem tanto medo?

Parei de mexer em sua mão e o olhei séria.

_Eu só não quero magoar-los. Eles estão tão felizes, eu não quero estragar isso tudo.

_Vendo as coisas assim você é capaz de estar certa.

Voltei a deixar escorrer meus dedos por entre os seus.

_Vamos, fazer assim. Vamos aproveitar essa semana sem eles cá por casa e depois a gente arruma um plano para esse assunto. – Bernardo falou calmo. – Em vez de estramos para aqui pensando neles vamos mas é curtir e pensar em nós.

_E eu posso saber o que é que o principe tem em mente?

_Claro minha donzela. Vem cá, vem. – ele segurou minha cabeça e me puxou para ele, pondo sua boca ao alcance de meu ouvido sussurrando lá umas coisas.

Mordi meu lábio inferior e ele muito devagar foi aproximando sua boca da minha, nunca tirando seus olhos de dentro dos meus. Me deu um selinho longo e dai partiu para um beijo muito natural, sem pressão, sem pressa, sem segundas intenções, foi um beijo, carinhoso, calmo, manso, sereno e tranquilo, onde nossas bocas dançavam e cada toque era especial.

Pela primeira vez, um garoto fútil, mimado, imbecil, que pensa que o mundo gira em sua volta, faz meu coração acelerar, faz meus nervos aumentarem quando ele está por perto, faz um frio bom mas incomodativo nascer em meu estomago quando alguém pronuncia seu nome, faz meu pensamento apenas se concentrar nele. E mesmo quando eu tento fugir, os meus pensamentos não vão muito longe, vão sempre dar a ele. E eu acho que o julgava por aquilo que não devia. Mas agora que o conheço melhor posso dizer que aquilo que ele é não é aquilo que ele mostra ser e acho que foi esse seu lado que quase ninguém conhece que fez nascer dentro de mim um sentimento sincero e puro…



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Notas finais do capítulo

Ficou legal??

Deixem reviews!!

Bjs, Duda xD



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