Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 14
Capítulo 14 - E como era esse sonho?


Notas iniciais do capítulo

Nova capitulo!!

Foi dificil escrever ele mais consegui e ele está aqui prontinho pra vocês!!

Espero que gostem.



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Bernardo já dirigia á um bom tempo. Eramos o único carro que se via naquela estrada vazia e longa onde eu não conseguia alcançar o fim. Bernardo tinha um olhar misterioso e sedutor digno de um gato como ele. Eu estava com a cabeça colada no vidro e varria com o olhar cada imagem que via passar muito rápido na janela do carro. Estava curiosa, mais não ousei perguntar para onde ele me levaria. Deixei ele me surpreender. Um silêncio bom nos envolvia. Havia magia entre a gente.

O carro começou abrandando até parar de vez. Bernardo saiu e veio me abri a porta. Pegou minha mão e eu sorri com o ato. Vi ele fechar a porta atrás de mim e olhei em volta. Corria uma brisa leve e quente o que fazia meus cabelos acompanharem o vento. O cheiro a mar encantava mais aquele lugar, e eu não tinha duvidas de que devíamos estar muito próximos da praia. A lua estava grande, brilhante e iluminava a noite escura. Vários pontinhos brilhavam no céu.

Deixei todas as coisas más saírem de meu corpo e respirei fundo aquele ar quente. Bernardo apareceu de meu lado e sorriu estendendo a mão. Como se pedisse para eu deixar ele guiar-me pela noite. Sorri e pousei minha mão sobre a sua. Devagar ele foi me conduzindo até umas escadarias e como eu suspeitava elas davam para um longo areal. Ao fundo já se via o mar. Estava calmo e as ondas iam e vinham num ritmo constante. Bernardo ia na frente e tirou seus tenis quando seus pés se encontraram com a fina areia. Fiz o mesmo. Fios de areia passavam entre meus dedos. Fomos andando até mais perto da água e nos sentamos, olhando aquele mar infinito que enrolava grãozinhos amarelos, cintilantes e finos. Meu cabelo dançava na ar e eu fazia de tudo para o impedir, porém foram tentativas falhadas.

Bernardo riu com a situação e ele próprio com a mão prendeu meu cabelo atrás da orelha. Sorri em sinal de agradecimento. Ele olhou o infinito daquela paisagem.

_Meu pai costumava me trazer aqui. A gente ia para ao pé daqueles rochedos ali e ficava procurando bichinhos. Ele jogava comigo futebol na areia e me dava sempre sorvete. – ele respirou fundo.

Enchia sua mão e deixava os grãos finos de areia escorregarem pelo seu meio. Depois a pousou na areia. Fechei meus olhos e me libertei de tudo o que me rodeava.

_Linda. – Bernardo me fez abrir meus olhos e me virar para ele.

_Sim, essa paisagem é linda. – olhei para ele que me encarava.

_Não. Você é que é linda. – fiquei sem graça mas não desviei o olhar. Continuei olhando bem no fundo daqueles olhos cinzentos que com o escuro da noite se tornavam mais negros e brilhantes.

_Você… - ia falar, mais o dedo indicador de Bernardo pousou em meus lábios, como me mandando estar em silêncio.

_Se o Miguel não tivesse me ligado, lá na sala, eu tinha beijado você!! – sorri ainda com seu dedo em cima de minha boca.

Não queria brigar com Bernardo e acho que tava na altura de a gente se intender. Entrei na onda.

_Eu acho que vou matar o Miguel!! – falei irônica.

_Eu te ajudo.

Começamos a rir juntos e um clima bom pairou entre a gente.

_E você sabe o que é pior… – Não o interrompi, por incrível que parecesse deixei ele continuar – é que eu ainda quero te beijar.

Fiquei surpreendida com o que ele disse, mais sinceramente eu também queria beija-lo. Queria voltar a sentir seu corpo no meu, queria voltar a beijar aqueles seus lábio macios e finos, queria voltar a sentir os seus braços me envolvendo e suas mãos percorrendo meu corpo me provocando arrepios incontroláveis.

_Não vai falar nada? Não me faça morrer de vergonha. – pela primeira vez eu fiquei sem uma resposta na ponta da língua.

_O que quer que eu diga? – o silêncio incomodativo se instalou entre a gente. Seu olhar estava distante, seu azul do olho estava quase impossível de alcançar e suas mãos estavam quietas esticadas para tás segurando todo o peso do corpo de Bernardo. De repente um sentimento de culpa vazou sobre mim. Eu era tão boba, porque não podia ter falado alguma coisa, assim ele não ficava envergonhado.

Num ato de loucura me joguei em cima dele e colei meus lábios nos seus. Bernardo mostrou surpresa mas depois se deixou levar. Segurou meu quadril com força e me puxou para ele, a gesto não fez muita diferença visto que nossos corpos estavam grudados um no outro. Foi um beijo ofegante e cheio de vontade. A gente estava ofegante mais não parou. Bernardo me seduzia mordendo meu lábio inferior e depois  puxando ele bem de leve para ele. Ria com o gesto e fazia o mesmo com o seu quando tinha oportunidade. Bernardo estava fazendo de tudo para assumir o controle do beijo. Sua língua fazia uma luta com a minha. Ganhava quase sempre. Bernardo percorreu todos os cantos de minha boca e eu conhecia os cantos da sua.

Tinha as mãos ora no peito de Bernardo, ora em sua cabeça, puxando em seu cabelo, na sua cara, em volta de seu pescoço…

Quem estava por cima era eu e quando ele se apercebeu disso rodou em cima de mim, tomando conta da situação. Com essa sua atitude a gente foi lutando pelo liderança, rebolando que nem duas crianças na areia. Muitas vezes ria entre o beijo ou quando parava para respirar. Acho que estava viciada no beijo de Bernardo pois não me conseguia desgrudar dele. Quanto mais o beijava, maia queria beijar.

Mas a gente já se estava beijando a algum tempo e tinha que parar. Bernardo tomou a iniciativa e descolou sua boca da minha. Estávamos ofegantes e nossa respiração descompassada. Nos olhamos. Bernardo estava por cima de mim e fazia força com as mão para não deixar o peso de seu corpo desabar sobre mim. Tínhamos rebolado até longe pois pelo que se conseguia ver nosso calçado estava longe e mal se via.

_Acho que valeu a pena ter estragado a festa. – Bernardo se pronunciou me arrancando um sorriso. Decidi provocar e mexendo na sua camiseta perguntei me fingindo curiosa interpretando um personagem qualquer:

_E…. então porquê??

_Porque você me fez perder uma festa porém me fez ganhar o dia.

Mal disse isso Bernardo pegou em mim no colo e me rodou no ar. Agarrei seu pescoço e meu cabelo esvoaçou com o vento.

Quando pousei meus pés no chão, bernardo jogou o montão de cabelo que cobria meu rosto pra tás e olhou bem no fundo de meus olhos:

_Você não imagina á quanto tempo sonhava com isso. Você não sabe quantas vazes eu imaginei a gente junta.

_E como era esse sonho? – provoquei.

_Assim, ó… - muito rápido Bernardo depositou um beijo leve e carinhoso em minha testa, me abraçando de seguida. Minha cabeça se encaixou em seu peito. Seu coração estava acelerado, mostrava nervosismo e felicidade ao mesmo tempo. Imaginei que o meu também estivesse assim, visto que um turbilhão de sentimentos passou por ele hoje.

Voltamos para onde tínhamos deixado o calçado e Bernardo se deitou para trás na areia. Pousei minha cabeça em seu peito e ele me envolveu com um braço e encaixou sua mão com a minha. Enchi meus pulmões com aquele ar com cheiro a maresia e suspirei.

_Sabe á quanto tempo eu não estava assim com ninguém? Não queira imaginar! Não quero que isso acabe. – falei olhando para o céu estrelado que agora tinha um encanto especial para mim.

_Fique descansada que ninguém vai meter-se no meio da gente. – ele deu mais um beijo suave em minha testa. – Hoje a noite é nossa, só nossa…



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Notas finais do capítulo

O que acharam??

Mereço reviews?

Agora novo capitulo só amanha!!

Bjs Duda!!



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