Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 13
Capítulo 13 - Vou levar você em um lugar...


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo como prometido para vocês.

Espero que curtam.



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Nossas cabeças foram arranjando forma de se encaixarem, nossos olhos estavam um dentro do outro. A gente se foi aproximando e…

Um som de fundo tocando fez a gente se desviar. O celular de Bernardo estava tocando. Ele largou sua mão da minha e a enfiou pelo bolso, retirando de lá um aparelho pequenino que fazia um barulho insuportável. Ele me encarou confuso. Pressionou a tecla verde e o levou no ouvido.

_Oi, cara. O que você quer? – Bernardo falou coçando a cabeça. Me parecia que quem estava falando com Bernardo era Miguel, o seu melhor amigo e como eu não estava para estar feito estátua á espera que ele terminasse sua conversa com o Miguel, fui arrumando á bagunça que deixamos na sala. Levei as caixas para a lixeira e os copos para a cozinha. – Tá bom. Então a gente se vê logo.

Estava esfregando as mãos e chegando á sala ao mesmo tempo que ele se despedia do amigo. Olhei para Bernardo, que agora olhava para o visor do celular.

_Logo vai haver uma festa na casa de Lourenço. – ele parou de falar e eu não entendi nada.

_E, o que eu tenho haver com isso. – falei bruta. Estava irritada por Miguel ter interrompido aquilo que não devia.

_E… eu pensei em levar você comigo. – ele sorriu para mim me acalmando e aliviando o meu estresse.

_A que horas é a festa?

_Oito.

Peguei no celular que ele tinha na mão e olhei o visor. Marcava 6 e meia. Não falei mais nada apenas troquei um olhar de “ vou me preparar se não me vou atrasar” e voei para o andar de cima.

Fui no banheiro e liguei água. Voltei no quarto e abri o armário. Estava difícil escolher uma roupa para levar. Ia ir com o Bernardo e ainda por cima a uma festa com os da turminha dele por isso tinha que agradar. Espalhei a roupa pela cama e fiquei tentando combinar peças. Não queria ir de vestido pois parecia mais velha, mas também não queria ir com uma roupa descontraída de mais.

Já tinha a água a escorrer á um tempo no banheiro, por isso achei melhor decidir o que levaria depois. Entrei no chuveiro e deixei a água escorrer por meu corpo.

Saí e alisei meu cabelo. Me enrosquei na toalha e foi até ao montão de roupas que estavam espalhadas por minha cama. Vesti e troquei, troquei e vesti e fiquei nisso assim. Até que lá no meio de tantas combinações achei uma roupa apropriada.

Fui no banheiro e passei uma maquiagem bem levezinha. Procurei uma bolsa e coloquei lá dentro meu celular e minha carteira.

Desci e Bernardo já estava me esperando. Usava uma calça preta e uma camiseta. Na mão segurava um casaco. Estava mexendo no celular, pareceu estar escrevendo uma mensagem desviou o olhar para mim quando se apercebeu que eu descia as escadas.

Não sei mais pareceu que ele bloqueou no momento em que me pôs os olhos em cima.

Quis provocar e ser atrevida…

_E então que tal? Estou bem?

Ele hesitou em falar, se confundiu e fez uns quantos movimentos com a boca. Mas finalmente lá conseguiu, porém ainda gaguejando, falar alguma coisa.

_Você tá, tá… linda, tá espetacular, tá maravilhosa,…

_Muito obrigada, mais porquê tanta hesitação? – queria tirar mais informação e elogios da parte dele.

_Hesitação, quem hesitou aqui? – agora não gaguejava e mas falava nervoso. Comecei rindo.

_Mas e aí, a gente vai indo ou vai ficar aqui olhando um para o outro?

_Sim claro, vamos, bora.

Seguimos para o carro ele me abriu a porta como um verdadeiro cavalheiro. Ele entrou em seu lado e ligou o carro, se pondo na estrada. Já dirigia a algum tempo quando falei:

_Posso ligar o rádio? – aquele carro tava um saco, o único som que se ouvia era o motor. Já estava estressando.

_Claro. – quando estendi minha mão ele fez o mesmo provocando o choque de nossas mãos. Me virei para ele e ele para mim. Foi tudo muito rápido visto que Bernardo estava dirigindo e não podia tirar o olho da estrada. Tirou sua mão e deixou eu controlar o aparelho que dava som. Passei umas quantas emissoras e parei na que me pareceu passar o som melhor.

Fomos o resto da viagem em silencio. Quando chegamos ele desligou o carro e eu ia sair quando seu braço me impediu.

_Tenha cuidado durante a festa. Eles costumam beber demais e depois acabam fazendo coisas com vocês, garotas, que são desnecessárias. – sorri com seu aviso.

_Não se preocupe, eu vou ter. Será que fazia muita mossa se eu tivesse sempre… do seu lado, é que eu não conheço ninguém. – falei um pouco envergonhada. Ele sorriu e pôs uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

_Claro que não, você não faz mossa nenhuma.

Dito isso saímos do carro e entramos na casa de Lourenço. Era grande e espaçosa. Bernardo me deu a mão e me olhou. Fomos percorrendo aquela sala sendo quase esmagados por garotos e garotas que se movimentavam de um lado para o outro muito animados. Já tinha muita gente lá dentro. A musica estava alta e predominava um cheiro a vodka e tabaco. Já havia algumas pessoas bêbedas caídas pelos cantos daquela casa. Umas nas escadas, no sofá, fora ao pé da entrada,… Tinha gente descendo as escadas, vindas do andar de cima, com o vestido toda amaçado ou apertando uma peça de roupa qualquer. Não era eu ser perversa mais imaginei o que eles puderam ter feito lá em cima. Tinha gente se comendo e amaçando por toda a festa. Bernardo me conduziu até a mesa das bebidas e me deu um copo para a mão. Me pareceu vodka preta. Dei um gole e ele me levou com ele até aos amigos. Os cumprimentou e me apresentou:

_Essa aqui é a Leonor. – não deu pormenores de quem eu era, apesar de me aperceber que eles já sabiam que eu era “meia irmã” de Bernardo. Uma quantidade de olhares indiscretos pousou em mim. Escondi minha cabeça olhando para o chão.

_Então essa aqui é a sua meia irmã!! – algum garoto falou. Não consegui ver quem, meu olhar estava grudado no chão.

_E olha que até é bem boa.

_Não é nada de se deitar fora. – várias vozes falaram e zoaram ao mesmo tempo. Senti minhas bochechas queimarem. Bernardo tinha razão eles bebiam mesmo demais e depois diziam e faziam coisas que não deviam. Acho que Bernardo percebeu minha aflição.

_Acabem mais é com as bocas antes que as coisas corram mal.

_Fala sério que você tá defendendo uma garota? Ela é sua meia irmã por isso você não pode comê-la, deixe pelo menos seus amigos fazerem isso. – Vi um garoto se aproximar de mim com a intenção de me por a mão em cima. Bernardo se pôs sua frente, obrigando ele a parar.

_ Moleque olhe lá como você fala com ela. – Bernardo afastou o garoto o encostando na parede e agarrando sua camiseta. Todos os garotos que estavam lá se afastaram.

_Bernardo, pare com isso. – falei segurando no seu ombro.

Bernardo me olhou e eu lhe supliquei com o olhar. Ele lá soltou o garoto, que mal pousou os pés no chão desapareceu no meio daquela multidão. Os outros foram pelo mesmo caminho, apenas me deixando a mim e a Bernardo. Queria sair dali e ir para casa. Acho que a festa pra mim tinha acabado.

Bernardo trocou um olhar comigo, como se percebesse meu pedido. Bem, pelo menos não foi preciso pedir!!! Agarrou de novo minha mão, agora com mais brutalidade. Dava para perceber que a raiva transbordava dentro dele.

Saímos de casa de Lourenço e o ar fresco da noite nos bateu de frente. Estava frio e como não tinha trazido casaco meu corpo gelou e minha pele se arrepiou. Ao contrário de á pouco Bernardo num gesto meigo e calmo tirou seu casaco e vestiu em mim. Era grande de mais, me dava quase até aos joelhos. Fomos andando até onde o carro estava estacionado.

_Desculpa se estraguei tua festa. Não era essa minha intensão! – falei fraca quase num fio de voz, no caminho até ao carro. Me sentia culpada pelo que aconteceu. Se eu não tivesse ido…

_A culpa não foi tua, mais sim daqueles babacas. Eles não deviam ter falado aquilo.

Chegamos onde queríamos e ele se encostou no carro. Fiquei plantada na sua frente.

_Se eu não tivesse vindo você ainda estaria curtindo sua noite e não fazendo de babá de uma garota de 17 anos.

_Mas eu não estou fazendo de babá de ninguém. Que eu saiba fui eu que te convidei pra vir.

_Agora sua festa acabou! – falei brincando com os pés no chão e puxando as mangas longas e largas daquele casaco, que cheirava ao perfume daquele Playboyzinho irritante que muitos consideram ser meu meio “irmão”

Quando levantei a cabeça, um olhar diferente e um sorriso fora do comum estava estampado no rosto de Bernardo.

_Talvez a nossa festa ainda não tenha acabado. – não percebi o que ele queria dizer com aquilo.- Vai, entre no carro. – ele falou quando ocupou seu lugar na frente do volante.

_Entro no carro, mas pra quê?

_Quero mostrar pra você uma coisa.

_O quê? – falei pondo o cinto e me ajeitando no banco.

_Vou levar você em um lugar…



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Notas finais do capítulo

O que acharam??

Proximo capitulo só amanha ou domingo. Depende!! SE der vou ver se posto um amanha e outro domingo.

DEixem reviews!!

Bjs Duda xD