Lua de Sangue escrita por BiahCerejeira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Aee mais um capitulo!Espero que gostem...



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Ela planejara levantar cedo, quando a batida na porta da frente a acordou às oito horas. Levantou-se um pouco irritada pela visita inesperada e por ter dormido mais do que devia. Esfregou os olhos quando chegou à sala e a claridade era maior. Teve dificuldades com a fechadura, mas assim que a abriu pode ver a face de Sasuke.


- Acho que não deveria pagar aluguel já que os Hyuuga Uchiha estão achando que aqui é sua segunda casa.


- Como é?


- Nada. – Suspirou. – Preciso tomar café.


Virou-se e foi para cozinha.


- Eu a acordei. – Sasuke a seguiu. – Acho que todo lavrador pensa que as pessoas acordam ao amanhecer. Eu também...


Ele parou diante da porta aberta do quarto.


- Essa não, Sakura! Você não tem sequer uma cama!


- Comprarei uma hoje.


- Porque não foi para casa de seus tios?


- Porque não quis.


- Prefere dormir no chão? O que é aquilo?


Entrou no quarto como se estivesse em sua casa, da mesma forma que a irmã. Voltou segurando o facão.


- É minha agulha de crochê, fiz uma manta ontem.


Soltou um grunhido para ele.


- Quase não dormi esta noite, estou de péssimo humor. Tome cuidado!


Sem dizer nada ele largou o facão e observou ela dosar o café. Colocou o prato que trouxe em cima do balcão.


- O que é isso?


- Kurenai mandou. Sabia que eu viria esta manhã. – Levantou o papel. – Ela disse que você sempre gostou do bolo de café com creme dela.


Ambos espantaram-se quando os olhos dela encheram- se de lagrimas. Antes que Sasuke pudesse fazer algo ela levantou a mão barrando-o como um escudo. Virou-se rapidamente.


Incapaz de resistir ele tocou os cabelos dela. Em um movimento rápido ela esquivou-se do toque.


- Diga que agradeço muito. Como ela esta?


- Por que não vai agradecer pessoalmente?


- Não, agora não. Eu não agüentaria.


Já mais controlada adiantou-se e pegou uma xícara.


- Não vai me oferecer?


Virou-se para fita-lo. Agora estava com os olhos secos.


Observou-o. Realmente ele não parecia com um lavrador. Certo que com a pele bronzeada e os cabelos escuros com alguns fios mais claros devido ao sol. Estava com um jeans e camisa azul aberta alguns botões, óculos escuro pendurado no bolso da camisa. Parecia um jovem fazendeiro rico, feito para algum filme. Aquele tipo de galã que com apenas um sorriso faz qualquer mulher cair aos seus pés.


Mas ela não confiava em imagens.


- Acho que tenho que ser bem educada.


- Pode ser grosseira e avarenta se quiser, mas depois vai se arrepender.


Sakura tinha quatro xícaras e quatro pires, tudo branco e resistente, observou. Tinha uma cafeteira automática, mas não tinha cama.


 O que isso falava de Sakura? Especulou Sasuke.


Ela pegou uma faca e fitou-o, com as sobrancelhas levantadas enquanto media o pedaço de bolo. Viu-o gesticular para aumentar o pedaço.


- Acordou com fome esta manhã. – A indagou enquanto cortava a fatia.


- Senti o cheiro deste bolo o caminho todo ate chegar aqui. – ele pegou os pratos. – Por que não comemos na varanda da frente? Eu gosto de café puro.


Sasuke foi para a varanda. Ela serviu o café e juntou-se a ele. Olhou para os campos admirando-os.


Sentira saudade daquilo. A descoberta foi como um tapa de suspresa em que havia um choque de dor. Sentira falta daquele belo lugar.


- É um sorriso simpático. -Sasuke falou. – Foi o bolo ou a minha companhia que o causou?


O sorriso desapareceu como um fantasma.


-Por que veio aqui Sasuke?


- Preciso cuidar do campo, surpevisionar os lavradores... – Partiu um pedaço de bolo. – E queria dar mais uma olhada em você.


Ela balançou a cabeça voltando o olhar para a plantação novamente. Comeu um pedaço de bolo e seu pensamento voltou-se para a cozinha maravilhosa de Kurenai, o que a fez sorrir.


- Por que realmente?


- Você não me parece bem comparada a ontem. Mas depois de ter passado a noite no chão.


- Você não precisa vir verificar se estou bem. Vai levar alguns dias ate eu me instalar, alem do mais vou passar mais tempo na loja do que em casa.


- Sei. Janta comigo esta noite?


- Como?


Não escutou a resposta dele então se virou para olhá-lo. Ele estava com a expressão suave de quem esta achando algo engraçado e os lábios um pouco contraídos. Naquele momento ela viu algo que a muito estava evitando, o interesse masculino.


- Oh não, não e não.


Sakura tomou um gole de café.


- Foi uma resposta bastante clara. Que tal amanhã?


- Não Sasuke, fico lisonjeada, mas não tenho tempo ou inclinação para... esse tipo de coisa.


Sasuke esticou as pernas cruzando-as na altura do tornozelo.


- Não sabemos que tipo de coisas qualquer esta querendo neste estagio. No meu caso gosto de uma boa refeição e uma boa companhia.


- Não aceito encontros deste tipo.


- É uma obrigação religiosa ou uma preferência social?


- Uma opção pessoal. Agora... – Por que ele parecia muito à vontade, levantou-se. – Desculpe, mas tenho muito que fazer e preciso iniciar o meu dia.


Sasuke levantou. Observou os olhos dela se arregalarem quando se inclinou para a frente.


- Alguém a fez sofrer muito, não é?


- Não, não fez.


- É esse o ponto Sakura. – Como não queria vê-la esquivar-se novamente se afastou. – Eu não a faria sofrer. Obrigado pelo café.


Ele se encaminhou para a pickup. Virou-se e a fitou. Seria ótimo se ela se acostumasse com isso.


- Eu estava enganado. – Acrescentou enquanto subia no carro. – Você continua tão linda quanto ontem.


Sakura sorriu antes de poder se controlar. Observou-o sorrir também de maneira discreta, como qualquer Uchiha, enquanto afastava-se com a pickup. Sozinha, tornou-se a sentar no degrau.


- Essa não... – Murmurou antes de comer mais um pedaço do bolo.


 


 


 


Foi ao Progress bank and Trust, que era dirigido por seu tio Jiraya. Escolheu este pois alem de ter alguem conhecido trabalhando, era duas quadras da loja que abriria em breve.


O prédio era antigo de tijolos vermelhos, mas muito bem conservado. Fora fundado pelos Hyuuga Uchiha em 1853 e ainda eram acionistas.


Por dentro o banco havia mudado, já não havia mais as grades de segurança. Agora era tudo aberto com mesas e poltronas, alem dos belíssimos quadros que molduravam as paredes. Pensou em convencer o tio a comprar os quadros que em breve estaria vendendo.


Uma mulher de aproximadamente quarenta anos veio ate ela e a encaminhou ate a sala de seu tio.


- Senhor. – Ela falou enquanto passava a mão pelas costas de Sakura e sorria.


Observou seu tio tão grande levantar da cadeira. Como aquele homem enorme havia saído de sua avó que era tão pequena? Sempre se perguntava isso.


- Aqui esta ela!


A voz trovejava enquanto a abraçava fortemente. Teria que se acostumar a ser tocada e abraçada novamente.


-Tio Jiraya!


Saki encostou o rosto na curva do pescoço de touro do tio, finalmente voltara para casa.


- Jiraya cuidado para não quebrá-la ao meio!


- Não se preocupe ela é pequena, mas muito forte.


A mulher saiu da sala sorrindo para os dois.


- Seja bem vinda Saki querida. Sente-se. Quer algo para beber?


- Não obrigado. – Sentou-se colocando as mãos em cima da mesa, depois tornou a abaixá-las. – Deveria ter vindo ontem, mas...


- Não tem problema, você esta aqui!


Ele sentou-se na mesa, o que parecia muito estranho para Sakura devido ao seu tamanho. Ele era alto e pesado devido aos músculos, provavelmente pesava mais de cem quilos. Tinha cabelos longos e brancos devido à idade já avançada. Isso não o deixava menos bonito. Sorria com facilidade apesar de suas expressões às vezes serem meio sofridas, principalmente quando falavam do passado dela. Derrepente ele sorriu.


- Menina você esta com cara de cidade grande. Tão bonita e elegante, Tsunade vai adorar mostrá-la para as amigas. – Ele riu quando ela estremeceu com o comentário. – Não pode ser um pouco indulgente com ela? Tsunade nunca teve uma filha e Naruto não esta ajudando, já que ainda não casou para dar a neta que ela sempre quis vestir.


- Se ela tentar me vestir como criança, nos teremos uma briga. – Sorriu. – Claro que irei visitá-la, mas preciso me instalar primeiro. As mercadorias da loja começarão a chegar nos próximos dias.


- Pronta para trabalhar?


- Mais que isso, estou ansiosa. Será que este banco maravilhoso tem espaço para mais uma conta?


- Sempre a espaço para mais dinheiro. – Ele sorriu. – Estive pensando e conversando com Tsunade e chegamos à conclusão que Sasuke Hyuuga Uchiha não ficaria chateado caso você não cumprisse com o contrato de locação da casa.


 Ela olhou-o confusa.


- Você poderia ficar conosco, a casa é grande e tem espaço o suficiente para todos nós.


- Foco muito agradecida tio Jiraya...


- Não fale o “mas” ainda querida. Você é uma mulher adulta não sei o porquê de querer voltar para aquele lugar.


- Foi naquele lugar que ele me espancava tio.


A face de Jiraya se contraiu a escutá-la.


- Tio eu não queria que o senhor se sentisse culpado, eu apenas falei.


- Me sinto mal só em te imaginar naquela casa com aquele homem, que mais parece um monstro. Eu devia ter feito algo naquela época, mas não fiz. Apenas fiquei observando. Devia ter tirado as duas de lá Saki!


- Não, você sabe que mamãe não teria o seguido tio.


- Mas eu deveria ter tentado!


- Eu estou bem lá. Sei que é estranho para o senhor, mas assim posso provar para ele que não tenho mais medo. Não o temo, tio!


- Eu sei. Mas você poderia pensar e...


Viu-a balançar a cabeça, o que o fez soltar um suspiro.


- O meu problema é que tenho muitas mulheres teimosas na família. – Olhou-a sorrindo encorajando-a. – Vamos tratar de negócios. O banco vai adorar ficar com seu dinheiro!


Ambos sorriram.


 


 


Escutou o sino de a igreja soar, era meio-dia. Suspirou e limpou o suor do rosto. Olhou os vidros recém limpos, estava tudo ficando ótimo. Escutou alguém bater no vidro e virou-se.


- Desculpe-me, mas ainda não abrimos.


O homem do outro lado era magro e forte, provavelmente fazia exercícios periodicamente. Os cabelos eram mais longos e claros. O sorriso era grande e perfeito, usara algo para ficar assim ou era natural, isso ela não saberia dizer. Definitivamente era bonito. Usava uma calça e uma camisa de botões, e óculos no rosto encobrindo seus olhos.


- Olá Sakura. – Ele disse retirando os óculos.


Ela apenas sorriu sem saber o que dizer.


- Fiquei sabendo que vai precisar de um marceneiro e provavelmente um vidraceiro. – Bateu o dedo no vidro rachado.


- Posso entrar? – continuou.


- Ah claro! – Ela deu espaço para ele passar.


- Deixe eu me apresentar. Sou Suigetsu.


Ela o encarou e percebeu que não o reconheceria se este não falasse.


- Eu sei estou diferente. – Ele a observava avaliá-lo. – Um tanto mais alto e muitos quilos mais magro. E também, sendo o prefeito, tenho que te dar boas vindas.


Sorriu para ela.


- Oh, realmente.


Lembrava-se dele como um menino gordinho e de aparelho que seguia seu primo e Sasuke. Viu-o se movimentar olhando a loja.


- Você vai querer mostruários e prateleiras, certo? Posso ajudá-la nisso, a minha empresa pode auxiliá-la.


- Isso depende, o meu orçamento pode não combinar com o seu.


Ela estava com uma mão na cintura e a outra perto do rosto, como se estivesse analisando algo.


- Posso ter certeza que daremos um jeito de ambos ficarmos satisfeitos. – Sorriu mostrando mais uma vez os belos dentes. – Você terá que me falar o que precisa e como gostaria, então faço o orçamento e te paço.


- Ótimo.


- Então está combinado. Vamos ver se podemos chegar a um acordo.


 


 


 


Sentiu que ela o observava, mas já estava acostumado com isso. Seu pai passou sua infância e adolescência o olhando e julgando. Ele nunca era bom o suficiente para os padrões do pai. Gordinho e desajeitado era o típico garoto que todos zoavam na escola, e para completar tinha um cérebro maravilhoso. Era inteligente o que o fazia o queridinho dos professores.


Ainda não entendia como conseguira a amizade de Naruto e Sasuke. Eles eram bonitos, tinham porte atlético e eram ágeis, coisa que ele não chegava nem perto. Mas se conheceram devido a suas famílias, as melhores da cidade. A amizade começou assim em reuniões familiares e ate hoje eram amigos.


Quando chegou à adolescência resolveu que queria mudar. Começou correndo a noite.


- Comecei a correr quando tinha quatorze anos.


Falou enquanto fazia medições.


- Como?


- Estava especulando. – Ele abaixou-se e fez outra anotação na prancheta. – Cansei de ser gordo e resolvi mudar. Perdi seis quilos nos primeiros meses. Deixei de comer o bolo e chocolate da sobremesa. Pensei que ia morrer de fome.


Suigetsu levantou sorrindo.


- No primeiro ano do curso secundário eu comecei a correr a noite na pista de atletismo da escola. Um dia peguei o professor Gai com uma mulher que já era casada. Ele me ameaçou, mas depois prometeu me ajudar. Se eu perdesse mais cinco quilos e continuasse correndo ele me deixaria entrar no time de atletismo. Segure essa ponta para mim, por favor.


Sakura estava fascinada, pegou a ponta da trena e segurou-a enquanto Suigetsu media o balcão.


- Parece que deu certo.


- Sim. Consegui emagrecer e surpreender todo mundo quando ingressei na equipe e ainda ganhei de todos os concorrentes. Tornei-me um velocista excepcional. Ganhei o troféu de melhor atleta por três anos consecutivo e o amor da linda Karin.


 Sakura ficou feliz por ele.


- Uma bela historia.


- Com final feliz. Creio que também posso fazê-la ter um final feliz aqui na loja. Por que não deixa que eu te pague o almoço para conversarmos a respeito?


- Eu não...


Ela parou de falar quando ouviu a porta abrindo-se.


- Não me diga que esta contratando este vigarista. – Naruto passou os braços largos e fortes em volta dos ombros de Sakura. – Ainda bem que cheguei a tempo.


- Você é um veterinário não sabe nada do meu trabalho. Ei Naruto, porque não vai cuidar de um poodle! Estou prestes a levar a sua linda prima e cliente em potencial para almoçar.


- Então terei que ir junto para poder defendê-la de você.


- Preciso muito mais de prateleiras do que de um sanduíche.


- Estou certo de que sou capaz de fazer os dois.


Os dois homens, que mais pareciam crianças sorriram.


- Querida pode levar este peso morto com você! – Suigetsu falou sorrindo para ela.


 Acabou demorando mais do que queria no almoço, afinal fazia tempo que não se sentia tão confortável. Mas foi fácil já que um era seu primo e o outro era um homem casado, o que tornava as coisas menos complicadas. Suigetsu mostrou as fotos de seus filhos enquanto Sakura sorria e fazia os elogios, afinal as crianças eram mesmo lindas.


Conversou e passou suas idéias para Suigetsu, este a ajudou a melhorar e reestruturar algumas falhas em seus planos. Conseguiram entrar em um consenso e fecharam o contrato, já que os valores ficaram bons para o orçamento dela.


Saiu do almoço feliz e aliviada, menos um problema em sua lista. Agora teria que compra sua cama, estava fora de questão passar mais que uma noite no chão.


Sua intenção era comprar apenas uma armação e um colchão, simples e pratico, mas quando viu a cama se apaixonou. Ela era de ferro liso, muito resistente, com armação nos pés e na cabeceira. Não conseguiu resistir, mesmo esta sendo mais cara do que previra afinal ela precisava de uma cama porque não se dar o luxo de comprar algo que realmente gostasse?


Estacionou a caminhonete no compartimento de carga para pega-la, depois se dirigiu para casa onde começou as argumentações e resmungos na hora de carregá-la para dentro.


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Notas finais do capítulo

Ahhhh... quero que me falem o que estao achando... sou movida a comentarios alheios... kkkkkk
O que vcs acham de haver hentai no futuro??? Sei la ainda estou pensando se coloco ou nao... Bom comentem!!!



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