Lua de Sangue escrita por BiahCerejeira


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pessoal!!! A historia começa a desenrrolar e os romances a aparecer! Este cap esta um pouco menor mas mais emocionante...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/28701/chapter/4

Entrei no antigo prédio observando o local, estava muito melhor que antigamente e os moveis mais novos. Observei a mulher que estava na escrivaninha da recepção. No mesmo instante imagens de quando era menina vieram a minha mente.


Um playgraud com varias crianças correndo com expressões de medo e nojo, olho para o outro lado e vejo o sorriso vitorioso de Karim, a miss popularidade.


Vejo a moça da escrivaninha largar um livro de brochura que estava lendo onde se via na capa um homem com o tórax nu. Ela continuava do mesmo modo, seu cabelo perfeitamente arrumado e liso, sorriso simpático e falso, e óculos que possivelmente começou a usar quando adulta mas que a deixavam muito glamurosa.


- Ola, posso ajudá-la? – Perguntou com aparente interesse.


- Sim, como esta Karim? – Falei observando a mesma levantar da cadeira. Agora pude notar que devia estar grávida de seis meses, devido ao tamanho da barriga.


- Você me conhece? Desculpe-me, mas não consigo... – Ela franziu o cenho e depois fez cara de espanto. – Oh meu Deus! Sakura? Haruno Sakura, certo?


Sorri imaginando que poderia passar cinqüenta anos que ela ainda me reconheceria.


- Nossa depois de tantos anos você realmente esta de volta!


Contornou a mesa e eu dei involuntariamente um passo para trás, mas ela não percebeu. Chegou perto me evolvendo em seus braços e me tocando levemente com sua barriga.


- É tão legal, isso me fez lembrar quando éramos meninas.


Sorriu como se fossemos amigas quando criança, o que me deixou desconfortável afinal ela nunca se quer me cumprimento.


- Estão todos comentando sobre sua loja. – Ela sorriu mais abertamente. – Estou louca para conhecê-la e gastar o dinheiro de Suigetsu.


Sorri levemente ao entender o que ela queria dizer.


- Então se casou com Suigetsu? Não consigo imaginar, pareciam pessoas tão diferentes.


- Pois é, mas já são cinco anos de casamento feliz e um lindo filho de dois anos. Fora este, - Bateu em sua barriga delicadamente. – que esta por vir. Ainda não sabemos se é menina ou menino.


Pensei comigo mesma que a melhor coisa a fazer era sorrir, afinal ela seria uma de suas melhores clientes.


- Queria muito botar o papo em dia Sah querida...


A cortei antes que tivesse uma das suas idéias geniais, que me colocariam na frente de toda a cidade.


- Mas infelizmente não posso, preciso urgentemente me instalar.


- Ah claro, provavelmente deve estar cansada.


- Sim, seu pai já viu uma casa para mim?


- Provavelmente. –Gesticulou para que me sentasse na cadeira à frente da escrivaninha. Observei o seu crachá da empresa onde se lia seu nome.


- Estou trabalhando alguns dias da semana para meu pai, só para ajudá-lo já que realmente não necessito deste emprego. Assim que o bebe nascer vou ter que parar com tudo. – Digitava em seu computador enquanto falava.


- Ótimo, temos alguns apartamentos aqui perto ótimos. – Gesticulava enquanto proferia essas palavras.


- Oh, eu estava pensando, na verdade Naruto me disse que a minha antiga... Humnm casa estava disponível.


- Sim esta, os inquilinos saíram de lá há algumas semanas.


- Gostaria de morar lá. – Falei firme, apesar de que no fundo não me sentisse tão segura assim.


- Você tem certeza, aqueles apartamentos que falei são muito melhores e são aqui na cidade!


- Não obrigado, prefiro o campo e o silencio.


- Bom é você quem sabe querida.


Digitou novamente e olhou-me nos olhos.


- Acho que tenho que assinar o cheque do primeiro e ultimo mês certo?


- Correto, mas estou preocupada. É meio deserto por lá...


- Não se preocupe sei me virar sozinha! – Sorri para encorajá-la, afinal não éramos nada para que se preocupasse tanto.


Assinei e saí de lá prometendo voltar para por a conversa em dia, mas se pudesse evitaria esse encontro o tanto que fosse possível.


 


 


 


 


 


 


Parou o carro em frente a casa que ficava há alguns metros do pântano. Via a esquerda a plantação de algodão que estava começando a crescer e aparecer como crianças na escola. A casa permanecia igual, na mesma posição apesar de haver agora uma pequena varanda onde se encontrava uma cadeira de balanço. Em baixo da janela dava para se observar algumas flores, provavelmente o ultimo inquilino havia plantado.


 Subiu os degraus que levavam a porta. Suas mãos começaram a tremer fazendo com que as chaves chacoalhassem e fizessem barulho. Abriu a tela e logo após a porta, escutou o som da tela chocando-se com o batente da porta. Não fechou a outra, entrando com cuidado, pois ali haveria muitos fantasmas. Viu o sofá antigo e já desbotado, a televisão velha estava no canto como recordava.


 Sakura, já falei para não demorar seu pai gosta que a mesa esteja posta quando ele chega do trabalho.


O chão continuava sendo de madeira apesar de estar bem lustrado e brilhante. Percorreu o resto da sala entrando na cozinha, onde se viam novos balcões e a janela que dava para o pântano. Aquele ambiente também se parecia ainda muito como era quando criança.


Seguiu para o seu antigo quarto, surpreendendo-se com o tamanho. Era minúsculo e mal dava para caber uma cama e uma pequena escrivaninha, mas seria um ótimo local para ser seu escritório. Colocaria uma escrivaninha perto da janela, uma poltrona e um abajur. 


-Ficaria ótimo, pensou.


Seu quarto seria o outro onde antigamente seus pais dormiam. Fez menção de sair, mas não pode resistir. Foi ate o closet e passou os dedos pelo batente em baixo. Sentiu as letras gravadas ali: “Eu sou Sakura”. Sorriu ao lembrar o dia que fez aquilo, mas logo seu rosto fechou-se novamente.


É isso aí, apesar das surras e das lagrimas eu continuo sendo Sakura e isso ninguém pode tirar de mim, pensou.


Saiu do quarto com falta de ar, precisava respirar. Quando chegou à sala, viu através da grade da porta a silhueta de um homem. Trancou a respiração e um arrepio passou por sua coluna. Não podia estar acontecendo isso, pensou. Naquele momento ela era uma criança de apenas 8 anos novamente, sozinha e com medo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me deixem recados please!!! Quero saber o que estao achando...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lua de Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.