Lua de Sangue escrita por BiahCerejeira


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pessoal pela demora... Mas aee esta mais um cap novinho. Espero q gostem!!!



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Às vezes a comida era apenas um complemento, e naquele momento ambos estavam o usando. Sakura mexia a lata de sopa enquanto Sasuke preparava os sanduíches de queijo quente. Parecia um casal feliz, preparando uma refeição enquanto conversavam.

Bem que poderia aproveitar aquela noite de uma maneira diferente, pensou Sasuke. Em vez disso, estava ali preparando sanduíches pensando em uma maneira de quebrar o escudo protetor que Sakura havia colocado em torno de si.

- Poderia comer algo melhor em Beaux Reves.

- É verdade. – Sasuke confirmou enquanto colocava a frigideira no fogão ficando ao lado de Saki. – Mas gosto da companhia aqui.

- Então há alguma coisa errada com você.

Ela falou de maneira tão sarcástica que Sasuke demorou a entender. Soltou uma risada de canto, enquanto colocava os sanduíches na frigideira aquecida.

- É bem provável. Afinal, sou um solteiro cobiçado. Alem de saudável, e com uma aparência boa, uma grande casa, boas terras e dinheiro o suficiente para uma geração inteira. E depois há o meu imenso charme, e ainda faço deliciosos sanduíches de queijo quente.

- Se tudo isso é verdade, por que nenhuma mulher esperta ainda não o fisgou?

- Milhares já tentaram.

- Escorregadio, hein?

- Ágil. – Sasuke virou os sanduíches. – Já fui noivo uma vez.

- É mesmo. – Sakura pegou tigelas de maneira indiferente ao que ele falava, mas sua atenção era total.

-É sim.

Sasuke deixou o silencio reinar. Isso aumentaria a curiosidade de Sakura fazendo-a se render. Enquanto isso ela colocava os pratos e tigelas na mesa.

- Você se acha muito esperto não é?

- Ora querida, um homem na minha posição tem que ser. Aconchegante aqui dentro, não é, com a chuva lá fora?

- Está bem, está bem o que aconteceu?

- Com quem? – ele fitou Sakura que lhe lançou um olhar contraído. – Ah sim... Com Deborah? A filha do juiz. A filha dele é adorável, que me amou por algum tempo, até chegar à conclusão de que não queria ser mulher de um fazendeiro.

- Sinto muito.

- Não foi uma tragédia. Eu não a amava. Apenas gostava muito dela. – Sasuek pensou enquanto provava a sopa. – Ela era muito bonita e tinha uma conversa interessante... Digamos que éramos compatíveis em áreas vitais. Apenas não queríamos a mesma coisa. Rompemos de maneira agradável alguns meses depois do noivado. Ela foi passar algum tempo em Londres.

- Como foi capaz...

Parou de falar colocando um pedaço de sanduíche na boca.

- Continue, pode perguntar.

- Eu fiquei pensando como foi capaz de pedir uma mulher em casamento e depois deixá-la ir.

Sasuke pensou a respeito enquanto mastigava um pedaço de sanduíche.

- Lembro-me da pressão das famílias, já que minha mãe e o juiz eram muito amigos. Sabe faziam gosto do casamento, apesar de ter na época vinte e três anos. Era tempo de ter herdeiros. Essa era a idéia.

- E de uma perspectiva muito fria.

- Nem tanto. Eu me sentia atraído por Deborah. Tínhamos amigos em comum. Nossos pais se conheciam. Depois conforme a data do casamento se aproximava comecei a me sentir sufocado. E comecei a especular como me sentiria depois de cinco anos de casado.

Sasuke mordeu novamente o sanduíche.

- Descobri que ela se sentia igual. Então nos separamos. – Fez uma pausa observando-a comer. – E não podemos levar a vida fazendo só o que nossos pais querem, não é mesmo, Saki?

- Não, não podemos. Passei a vida tentando ser outra pessoa, já que minha família não me aceitava. – Ergueu o rosto e fitou-o. – Mas não consigo.

- Gosto do jeito que você é.

- Mas ontem a noite teve problemas com isso.

- Um pouco. Admitiu Sasuke. – Você me deixou preocupado.

Colocou a mão por cima da de Saki antes que ela pudesse retirá-la.

- E frágil. O que me fez sentir-me um incompetente. Não sabia o que fazer, e estou acostumado a sabê-lo.

- Não está acreditando em mim.

- Não duvido do que viu ou sentiu. Mas não posso negar que parte pode ser por causa do seu retorno, pela lembrança do que ocorreu com Hope.

Sakura pensou no telefonema de Ino. Mas se conteve. Já confiara uma vez. E perdera tudo.

- Tudo está misturado. Se não fosse por Hope você não estaria sentado aqui.

Outra vez um terreno firme. Sasuke recostou-se e continuou a comer.

- Se eu tivesse te visto pela primeira vez a quatro ou cinco semanas, teria dado um jeito de estar sentado aqui. Se tivéssemos começado a semanas e não há anos eu já teria dado um jeito de te levar aquela cama interessante ali.

Ele sorriu tranqüilo, quando Saki largou a colher no prato.

- Acho que é tempo de esclarecermos este problema, para que possa pensar a respeito. – Disse ela.

 

 

 

A viagem com o tio foi tranqüila. Ela olhava as arvores passando assim como as casas. Ela não conhecia onde os pais moravam e nunca se interessou em saber.

- Estamos quase chegando. – Jiraya falou. – Pela ultima noticia que tive Pain estava trabalhando em uma fabrica e eles arrendaram um terreno para criar galinhas.

- Hum.

- Nunca estive na casa deles. Konan me explicou como chegar quando disse que iria vir para saber o que estava acontecendo.

- Não se preocupe tio. Ambos sabemos o que esperar.

Entraram por uma rua onde os terrenos eram cheios de matos com casas velhas. Pode observar o cheiro de sujeira, assim como a pobreza do local.

Subiram mais a rua parando em frente a uma casa. Na verdade para Sakura aquilo era mais uma choça. O telhado estava caindo com varias falhas. A madeira estava cheia de cupins e podres. Ao lado da casa podia se vir um cercado de arame onde se viam alguma galinhas esqueléticas.

O fedor de galinha impregnava o ar.

- Pó Deus. – Jiraya estava em estado de choque pelo que via.

- Ela sabe que estamos aqui. – Musmurou Saki enquanto saia do carro. – Esta nos esperando.

Jiraya saiu do carro e levou o braço aos ombros da sobrinha.

A mulher que saiu da casa parecia mais velha do que era. O cabelo estava repuxado e desgrenhado. Usava um vestido de algodão todo amarrotado, grande demais.

Os olhos muito vermelhos fitaram Sakura, depois desviaram rapidamente como se pudesse queimar-se.

- Você não disse que a traria.

- Olá mamãe.

- Você não me avisou dela. – Konan disse antes de abrir a porta. – Já não basta as preocupações que tenho?

- Viemos para lhe ajudar Konan.

Com a mão ainda no ombro de Sakura eles entraram. O ar fedia a lixo e suor rançoso. A desesperança.

- Não sei o que podem fazer. Só se fizessem aquela vagabunda falar que mentiu. – Ela colocou a mão no bolso tirando um lenço sujo e rasgado assuando o nariz. – Estou tão preocupada nunca meu Pain ficou tão longe de casa.

- Por que não sentamos?

Ele tirou o braço de Saki e colocou na irmã. Levou-a sentar-se em um sofá velho e afundado, olhando para Sakura desolado.

- Por que não fazemos um café?

-Ainda resta um pouco de café solúvel. Achei melhor não ir ao mercado já que ele poderia voltar.

Sakura foi ate a cozinha e olhou aquele lugar sujo. Sentia os sapatos grudarem no assoalho. Lembrou-se de quando a mãe limpava tudo freneticamente, um costume que pelo que notou havia sido deixado de lado. Provavelmente no momento em que a desilusão tomou conta dela.

Colocou água para esquentar pegando alguns grãos de café com uma colher. O leite estava azedo e não encontrou açúcar. Levou duas canecas para a sala, não queria beber aquele liquido de aparência horrível.

- Aquela mulher mentiu. – Sussurrava Konan chorosa. – Pain me contou tudo. Ela tentou seduzi-lo, mas ele a recusou. Então deve ter procurado outro homem e ele a bateu. Depois jogou a culpa no meu marido para se vingar.

- Tudo bem Konan. – Falou Jiraya tranqüilo. – Você tem alguma idéia de onde ele possa estar?

- Não! Se soubesse teria ido procurá-lo. Já chega àqueles policiais corruptos e ímpios, mas achei que minha família acreditaria em mim.

- Eu acredito querida. – Jiraya pegou uma das canecas de café e colocou na mão dela. – Apenas pensei que talvez tivesse alguma idéia, quando ele saia de casa para onde ia...

- Não posso dizer que ele saia de casa. Apenas precisava esclarecer a cabeça de vez em quando. Sabe os homens precisam fazer isso às vezes. Ele saia para orar e colocar as idéias em ordem. Mas nunca por tanto tempo. Estou preocupada ele deve estar ferido por aí.

Recomeçou um choro desolado.

- Aquela mulher mentiu e deixou-o desolado. Agora os policiais falam como se ele fosse um foragido. Eles não entendem.

- Pain estava num programa de reabilitação de alcoólatras?

- Acho que sim. – ela fungou. – Mas não precisava, ele não era beberrão. Só passava da conta às vezes pra relaxar. Jesus também bebia vinho, não é mesmo?

Jesus não entornava uma garrafa de vodka e depois batia nas mulheres da família. Mas a mãe não via isso, ou simplesmente fingia não ver.

- Esta sempre atrás dele no trabalho, por que sabem que ele é mais inteligente. O negocio com as galinhas também não deu certo, aquele miserável da loja de ração aumentou os preços para manter sua amante com perfumes. Pain me contou tudo isso, ele viu.

- Querida, você tem que entender que Pain foi contra a lei ao sumir assim.

- A lei esta errada. O que vou fazer irmão? Todos estão cobrando dinheiro, e o que ganho com os ovos das galinhas não dá para pagar. Fui ao banco e eles mentiram para mim. Disseram que Pain retirou todo o dinheiro, mas isso é mentira eles pegaram tudo para eles. Eu sei.

- Pode deixar que eu cuido das contas. Acho que o melhor para você fazer agora é pegar algumas roupas e passar um tempo comigo e com Tsunade. Ate se resolver esse problema.

- Não posso partir Pain pode voltar a qualquer momento.

- Você pode deixar um bilhete.

- Isso o deixaria furioso.

Os olhos de Konan passaram pela sala como se vissem o marido irritado.

- Um homem tem o direito de ter a mulher o aguardando sob o teto que ele poe sob sua cabeça.

- Seu teto esta cheio de buracos mamãe. – Murmurou Sakura recebendo um olhar irado da mulher.

- Nada jamais foi o suficiente para você, não é. Sempre queria mais apesar dos esforços de seu pai.

- Nunca pedi mais.

- Era bastante esperta para não pedir. E na primeira oportunidade fugiu. Não honrou pai e mãe. Pecou. Tinha a obrigação de pagar os esforços de seus pais, afinal tínhamos uma vida decente em Progress que você arruinou.

- Konan! – Jiraya batia de leve na mão da irmã. – Isso não é justo e não é verdade.

- Ela nos trouxe vergonha desde o momento em que nasceu. Éramos felizes antes dela nascer.

Konan recomeçou a chorar.

Sakura levantou-se e começou a ajuntar o lixo espalhado. Konan vendo a cena levantou.

- O que pensa que está fazendo?

- Está determinada a ficar. Pensei em limpar a casa para você.

- Não preciso de suas criticas. – Ela jogou pratos de plástico e sujo que estavam em cima da mesa para o chão. – Virou-me as costas um dia, não preciso de você agora.

- E você me virou as costas na primeira vez que ele me bateu ate me tirar sangue.

- Deus fez do homem o dono de sua própria casa. Você nunca apanhou sem merecer.

- É assim que você consegue dormir a noite?

- E não seja desrespeitosa! Você sabe onde ele está então me diga! Você vê tudo. Fale-me para que eu possa ir até ele para cuidá-lo.

- Não vou procurá-lo. E se o encontrasse sangrando em uma vala, não o ajudaria.

A cabeça de Saki virou-se para trás bruscamente ao levar um tapa de Konan.

- Konan por Deus!

Jiraya a segurou, imobilizando seus braços, enquanto ela se debatia e chorava.

- Eu ia dizer que desejava que ele estivesse morto. – A voz de Sakura saia controlada. – Mas prefiro que ele volte para você mamãe, e continue lhe proporcionando a vida que você merece.

Abriu a bolsa retirando uma nota de cem dólares que havia guardado ali de manhã.

- Se ou quando ele voltar avise-o que este é o ultimo pagamento que ele receberá de mim. Fale que estou em Progress, e se ele ousar levantar a mão para mim outra vez é bom que me espanque até a morte. Pois se não fizer isso, se não acabar comigo... Eu acabarei com ele.

Fechou a bolsa olhando em seguida para o tio.

- Esperarei no carro.

Assim que entrou no carro um tremor subiu pelas pernas se espalhando pelo corpo. Envolveu os braços em trono de si, côo se para se proteger. E aguardou que passasse.

Escutou o som de pássaros. Concentrou-se neste som para se desligar dos pensamentos da casa. Lembrou-se de Sasuke e suas palavras de conforto no dia anterior. Em seus braços a envolvendo e protegendo. Estava tão concentrada que não ouviu o tio chegar e sentar no banco ao lado.

- Eu não deveria ter deixado você vir. – murmurou. – Mas achei que talvez vocês pudessem fazer as pazes agora que Pain foi embora.

- Não faço parte da vida dela. Só por ser culpada de tudo. Ele é a vida dela. Ela quer assim.

- Por que Saki? Eu não entendo. Viver assim com um homem que não lhe dá alegrias.

- Ela o ama.

- Isso não é amor. – Estava raivoso. – É uma doença. – Lembrou das palavras dela. Sempre acreditava nele.

- Ela quer acreditar. Precisa acreditar. – Sakura nunca viu o tio tão transtornado. Por isso colocou a mão em seu ombro. – Você fez tudo o que podia.

- Dei dinheiro a ela e deixei-a aí nessa choça... Saki dei graças a Deus por ela não querer vir comigo, para não levar a doença dela para dentro da minha casa. Mas estou me sentindo horrível por isso.

A voz tremeu no final. Ele encostou a testa no volante. Sakura soltou o sinto e inclinou-se sobre o tio acariciando as costas largas dele.

- Não há vergonha nisso tio. O senhor queria proteger sua mulher e sua casa. Eu podia ter atendido ao pedido dela, mas não o fiz e não vou fazer.

Jiraya balançou a cabeça para se controlar.

- Somos uma família terrível, não é?

Ele tocou o rosto de Saki onde estava a marca do tapa.

- Se não se importa, querida. Vamos para casa.

Sakura apenas concordou com a cabeça.

 

 

 

Quando chegou a casa pegou o carro e seguiu direto para a loja. Precisava cuidar dos preparativos para a inauguração, alem de que queria manter a cabeça ocupada para não pensar nos fatos ocorridos.

No final do dia, escutou a sineta da porta tocar. Lembrando-se que se esquecera de fechá-la após a última entrega de produtos.

- Vi você aqui ao passar. Suigetsu entrou e deu um assobio baixo ao olhar as prateleiras lotadas. – Iria perguntar se precisa de algo, mas vejo que está tudo sobre controle.

- Acho que sim. – Sakura sorriu tímida. – Seu pessoal fez um ótimo trabalho. Estou muito satisfeita.

- Não se esqueça de fazer propaganda se caso alguém perguntar.

- Pode contar com isso.

- Nossa, que peça extraordinária! – Ele andou ate uma peça trabalhada em madeira. – Uma bela obra prima. Quase bonito demais para se usar.

- Forma e função é o segredo aqui.

- Karin ficou feliz com o castiçal e o espelho que comprou aqui. Mostra para todos que entram na casa. Falou-me que não ficaria chateada se caso eu quisesse passar por aqui e olhar uma jóia para animá-la.

- Ela não tem se sentido bem?

- Está ótima. – Acenou com a mão. – Mas de vez em quando tem uma melancolia por causa da gravidez.

Ele colocou os dedos no bolso da calça, olhando para Sakura com um sorriso constrangido.

- Acho que lhe devo desculpas.

- Hum... Por quê?

- Por Karin pensar coisas de você e Sasuke.

- Não me importo com a companhia de Sasuke.

- Bom, é que Karin tem mania de ver meus amigos casados. Se não é Sasuke, é Naruto. Então da ultima vez Sasuke tentou se desvencilhar e me pediu que...

Corou ao notar que Sakura o olhava em silencio.

-... Falasse que estava envolvido com alguém.  Eu dei seu nome, pois como havia acabado de retornar a cidade, achei que ela não fosse se meter.

- Já entendi.

- Eu deveria saber que ela não sossegaria. – Sorriu constrangido. – Antes de Sasuke me falar já tinha ouvido comentários de outras seis pessoas, que afirmavam que estavam para se casar e queriam filhos.

- Acho que teria sido mais fácil se você tivesse dito a verdade.

- Não, não seria. – O sorriso amplo e encantador voltaram aos lábios dele. – Se falar isso ela irá querer saber o por que. Então direi que alguns homens não precisam de casamento para ser felizes. Daí já caí em desgraça, pois ela me perguntará se eu também gostaria de ser solteiro como meus amigos.

Tentando parecer aflito, Suigetsu coçou a cabeça.

- Se quer saber, Saki, casamento é como andar em uma corda bamba. E outra, muitas pessoas já os viram juntos.

Ela balançou a cabeça.

- Acho que deveria ter dito que falar com mulher é como andar na corda bamba. É melhor eu parar por aqui enquanto ainda estou em terra firme.

- Boa idéia.

- Karin está proporcionando uma reunia de matracas lá em casa... Só de mulheres. – ele se corrigiu ao ver a testa franzida dela. – Vou ver se Naruto gostaria de jantar comigo e me fazer companhia até que seja seguro voltar para casa. Passarei por aqui amanhã. Então você me ajuda com a jóia para Karin.

- Terei o maior prazer.

Ele caminhou ate a porta e parou.

- A loja ficou linda, Saki. De muito bom gosto. Vai ser ótimo para a cidade.

Ela esperava isso. Foi ate a porta para fechá-la. Mas esperava também que a cidade fosse boa para ela.

 

 

 

 

Suigetsu desceu a rua para atravessar no sinal. Como prefeito tinha que dar bom exemplo, por isso não atravessava o sinal vermelho ou corria em alta velocidade.

Comprimentou o senhor do carro que lhe buzinou. O que queria mesmo é infligir de vez em quando essas regras de bom moço.

Não teve muito tempo para isso na adolescência, afinal ate quase a metade dela era um garoto zombado pelas outras pessoas. Quando tornou-se um garoto mais bem apresentado e as garotas caiam aos seus pés, levou-as para o banco traseiro de seu carro acabando no final noivo da mulher mais linda e popular do colégio. Antes de piscar já estava com o smoking alugado para o casamento.

Não se arrependia deste fato. Sua mulher era tudo o que queria. Já que mesmo depois de tanto tempo e de estar na segunda gravidez continua tão linda como na escola secundaria.

Tinha uma linda casa, uma linda mulher, um filho maravilhoso e esperava um bebe. Alem de ser prefeito da cidade que um dia ele fora alvo de zombarias.

Entrou na sala de Naruto sendo atropelado por um enorme cachorro.

- Desculpe! Calma Mongo.

Uma mulher loira segurava a correia, fazendo um esforço para conter o cachorro. Suigetsu a observou era bonita e desconhecida. Ofereceu a ele um gesto de desculpas, com seus olhos verdes suaves e a boca de boneca em um sorriso.

- Ele acaba de tomar a vacina e se sente traído.

- Não posso dizer que o culpo. – Agir de outra forma seria um demérito para sua virilidade. Por isso, Suigetsu afagou os pelos do cachorro. – Não me lembro de ter visto você ou o Mongo na cidade antes.

- Só estamos aqui há poucas semanas. Vim de Dillon. Sou professora de inglês. Estou aqui para ministrar um curso de verão. Mas só começarei mesmo no outono. Sente-se Mongo!

Sacudiu os cabelos e estendeu a mão.

- Sou Temari... E pode me desculpar pelo Mongo.

- Suigetsu. Prazer em conhecê-la. Sou o prefeito qualquer coisa é só me procurar.

- Obrigada, não me esquecerei disto. Todos estão sendo muito cordiais e prestativos. Agora é melhor eu ir antes que Mongo arrebente a correia e você terá que me multar.

- Precisa de ajuda?

- Não eu consigo controlá-lo. – O cachorro puxou a correia fortemente a arrastando para a porta. – Ou quase. Foi um prazer. Ate mais.

- Até.

Suigetsu revirou os olhos para Máxime, a recepcionista.

- Não havia professoras de inglês assim na minha época de escola. Eu poderia ter demorado mais para me formar.

- Vocês, homens... – Máxime riu, enquanto pegava a bolsa. – Tão previsíveis. O doc Naruto já esta se lavando lá atrás, já que Mongo foi nosso ultimo paciente. Poderia avisá-lo para mim que estou saindo correndo para na  perder a aula?

- Pode ir, e tenha uma boa noite.

Suigetsu foi encontrar o amigo que estava arrumando a prateleira de remédios.

- Tem algo para mim aí?

- Posso oferecer uns asteróides para fazer crescer cabelos no seu peito já que nunca teve nenhum.

- Por que ficou tudo no seu rabo. – Disse Suigetsu bem jovial. – O que achou daquela loura?

- Que loura?

- Essa não, Naruto! Estava tão preocupado com o cachorro que não notou a dona?

- Ah, sim Mongo.

- Já vi que é tarde demais. – Sentou-se na mesa. – Quando começa a ignorar uma loura como aquela que estufa o jeans, acho que nem a Karin pode dar jeito.

- Não pretendo comparecer em nenhum jantar que Karin promova. E notei a loura.

- Ela lhe passou alguma cantada?

- Ora, ela é só uma paciente.

- O cachorro é o paciente. Não perca a oportunidade.

- Não se meta na minha vida intima.

- Você não tem nenhuma. – Suigetsu inclinou-se nos cotovelos para trás. – Se eu fosse solteiro e meio feio igual a você teria colocado aquela loura nesta mesa e não o cachorro.

- Talvez eu tenha feito isso.

- Em seus sonhos.

- São meus os sonhos. E por que você não esta em casa lavando as mãos como um bom menino?

- Karin esta fazendo uma reuniãozinha com algumas mulheres. Quero distancia disto.

- Hum. Minha mãe também vai.

- O que acha de bebermos uma cerveja?

- Tenho coisas a fazer aqui.

Hinata podia aparecer por aqui, pensou Naruto.

- Ora, Naruto, só por duas horas.

Pensou em recusar, mas seria ridículo. Não iria passar mais uma noite em casa esperando por ela. Estava parecendo um adolescente apaixonado.

- Você paga.

- Merda! – Animado Suigetsu desceu da mesa. – Vamos ligar para Sasuke e chama-lo. Daí o fazemosele pagar a conta.

Sorriram.

- Boa idéia.

Iria ser como nos velhos tempos.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos q leem a fic e q deixam comentarios, qnto mais melhor!!!! heheheheh
Talvez eu demore mais para postar apartir d agora, estou trabalhando muito sabem como eh neh??? hehehehh
Mas vou fazer o possivel para ter pelo menos um cap por semana!!!!
Bjux e me deixem reviews...



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