Lua de Sangue escrita por BiahCerejeira


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal... Mais um cap para voces... As coisas começam a esquentar!!! Espero q gostem!!!



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Um tremor percorreu a espinha de Sakura, como se um dedo gelado passasse por ali.


Afinal era uma intrusa, uma invasora, não poderia se demorar.


- Desculpe não ter ido até você naquela noite, após a surra. Meu pai não acreditava que eu pudesse desafiá-lo saindo de casa então ninguém me vigiava. Mas nunca consegui contar para você como me sentia depois das surras. Era como se não restasse nada de mim alem do medo e da humilhação. Se eu tivesse tido coragem de ter pulado a janela poderia ter te salvado, amiga.


As nuvens no céu estavam ficando negras, uma tempestade se aproximava.


Pegou o globo balançando mais uma vez.


- Mas estou de volta. Nunca lhe disse o que você era para mim, assim como fato de você ser minha amiga abriu algo dentro de mim, que após você se for fechou-se. Tentarei abrir agora, ser o que era quando você estava aqui. Irei compensá-la Hope.


Olhou por sobre o ombro o muro de pedra lá em cima, onde era o castelo Beaux Reves. Será que eles podiam a observar de lá. Era assim que se sentia, observada, como se olhos e mente a estivessem observando.


Pois que a olhassem. E esperassem para ver.


- Nunca descobriram quem fez isso com você. Se puder irei fazê-lo.


Sakura virou-se e largou o globo com as estrelas cintilando. E deixou-o sobre o tumulo, saindo.


 


 


Já estava chovendo quando Sasuke saiu da cidade. Pensou em sua plantação e ficou feliz, a chuva ajudaria muito os pés de algodão.


Sasuke tentara se concentrar nas tabelas o dia inteiro para não pensar em Saki, mas fora em vão. Então resolvera ir falar logo com ela antes de ir para casa.


Ficou chateado ao ver o mustang vermelho que vinha seguindo durante o caminho dobrar e parar na frente da casa de Sakura. Viu quando Jiraya saltou do carro. Ele parou e saltou também.


- O que você acha?


Sorrindo de orelha a orelha, Jiraya mostrava o carro enquanto Sasuke se aproximava.


- É seu?


- Peguei esta manhã. Tsunade diz que entrei na crise de meia-idade. Mas me pergunto se posso pagar e o quero por que não tê-lo?


- É mesmo lindo.


Mesmo abaixo de chuva Jiraya abriu o capô e os dois homens admirarão o motor.


- Envenenado ainda. – Sasuke balançou a cabeça numa crescente admiração. – Quanto puxa na estrada?


- Cheguei a cento e cinqüenta por hora, sem a menor dificuldade. – Sorriu passando as mãos nos cabelos longos e brancos. – Fui a cidade trocar de carro quando vi este. Foi amor a primeira vida.


- Quatro marchas?


- Claro. Não tinha um desses desde a sua idade Sasuke. E você não sabe a saudades que tinha. Odiei ter que baixar a capota quando começou a chover.


- Se pisar no acelerador e andar a cento e cinqüenta vai acabar com uma pilha de multas.


- Valerá à pena. – Jiraya deu um tapinha no carro antes de virar-se para a casa. – Veio visitar Sakura?


- Vim.


- Ainda bem. Tenho uma noticia que ela não receberá muito bem. É bom ter um amigo por perto.


- Qual o problema o que aconteceu?


- É melhor eu dizer de uma só vez. – Subiram os degraus e bateram a porta. – Olha só minha sobrinha predileta!


Ela falou num tom caloroso quando Saki abriu a porta.


- Tio Jiraya! Sasuke! – Deu um passo para trás sentindo o estomago dar voltas. – Entrem logo e saiam desta chuva!


- Encontrei Sasuke aqui, estava lhe mostrando meu carro novo.


Olhou e admirou o veiculo.


-Parece um tremendo... – Ia dizer brinquedo, mas isso deixaria o tio chateado. – Que carro espetacular!


- Vou levá-la para dar uma volta em um dia de sol.


- Eu gostaria muito. – Sakura estava com dois homens molhados e uma terrível dor de cabeça. –Vamos para a cozinha fiz chá quente.


- Parece uma boa idéia, apesar de não querer deixar a casa toda molhada.


Sakura seguiu para a cozinha com os dois a seguindo. Sentaram nas cadeiras e ela serviu as xícaras.


-Como esta a tia?


- Ótima, de dieta novamente, mas está bem.


Sakura sorriu.


- A sua loja está ficando incrível.


- Obrigado, tio. Espero que apareça no sábado.


- Não perderia por nada querida. – Puxou o ar rapidamente. – Saki, tenho uma noticia não muito agradável para lhe dar.


- Será melhor se disser tudo de uma vez.


- Não é fácil. Recebi um telefonema de sua mãe após o jantar. Ela está meio histérica caso contrario não teria telefonado. Não nos damos muito bem.


- Mamãe está doente?


- Não. Parece que seu pai se meteu em encrenca.


Jiraya levantou os olhos para Sakura enquanto largava a xícara no pires.


- Parece que atacou uma mulher.


Em sua imaginação Sakura viu o cinto grosso descer três vezes sob sua pele. As mãos tremeram levemente, mas logo recuperou o controle.


- Atacou?


- Ela disse que uma mulher o acusou de molestá-la. É claro que sua mãe acha tudo um grande mal entendido.


- Ele tentou estuprar uma mulher?


- Konan não foi muito clara nos detalhes. Ele foi solto com a condição de fazer um tratamento contra o alcoolismo. Não deve ter gostado nem um pouco disso, mas não tinha escolha.


Jiraya bebeu um gole de chá.


- Há duas semanas ele sumiu.


- Sumiu?


- Konan disse que não o vê a duas semanas, e que ele voltara para a cadeia já que violou a liberdade condicional.


- Era de esperar.


- Konan esta apavorada. Esta ficando sem dinheiro e cada vez mais preocupada. Irei amanhã lá.


- E acha que devo ir também?


- A decisão é sua, meu bem. Posso cuidar de tudo sozinho.


- Irei com você.


- Adoraria a sua companhia. Poderia estar pronta às sete horas?


- Claro.


- Então estamos combinados. – Sem jeito Jiraya levantou-se. – Não se preocupe faremos tudo rapidamente. Pode ficar sentada tomando seu chá.


O tio afagou a cabeça de Sakura.


- Posso sair sozinho.


Assim que ouviu a porta da frente se fechar Sakura murmurou:


- Tio Jiraya está embaraçado. Contou na sua frente, pois deve ter escutado a fofoca de Karin.


Sasuke não tirava os olhos de Sakura. Ela não expressara nada, nenhuma emoção. Ficou admirado pelo autocontrole dela assim como frustrado.


- E ele está certo? Você precisa de minha companhia para se sentir melhor?


- Não sei. Estou acostumada a enfrentar tudo sozinha. Deve estar se perguntado por que não me preocupo com eles?


- Não. Na verdade gostaria de saber o que aconteceu para você agir assim. Ou o porquê de não querer demonstrar que esta mal com isso.


- Por que ficar transtornada? Minha mãe opta em ficar com Pain que bebe e bate em mulheres.


- Ele agredia sua mãe?


Um canto da boca de Saki se elevou em um sorriso falso.


- Não enquanto eu estive em casa. Ele descontava em mim.


- Por que você era um alvo mais fácil.


- Já faz muito tempo desde a última vez que ele me bateu. Não permito mais.


- Por que está se culpando?


- Não estou. – Como Sasuke não tirava os olhos dela, ela optou em fechar os olhos. – É habito. Ele transformou-a em saco de pancadas depois que fui embora. Só vi eles duas vezes depois que completei dezoito anos. Uma vez quando achei que poderíamos concertar o que havia ocorrido entre nós, ou pelo menos algumas coisas. Eles viviam em um trailer perto da fronteira com a Geórgia.


Sakura manteve-se imóvel.


- Papai não conseguia manter-se em emprego nenhum. Perdi a noção de quantas escolas freqüentei e quantos rostos diferente vi. Mas não tinha importância, apenas aguardava ter idade para escapar. Guardava dinheiro escondida esperando o tempo passar.


- Não poderia ter pedido ajuda? De sua avó, por exemplo?


- Ele a agrediria. – Sakura abriu os olhos fitando os de Sasuke. – Tinha medo dela assim como tinha de mim. Faria algo contra minha avó. Mamãe ficaria a seu lado como sempre fazia. Por isso não falei com ela quando fui embora. Nunca consegui explicar como é viver sempre com medo. Querer falar o que planeja para as pessoas e não poder.


- Acaba de fazê-lo.


- Quer mais chá?


- Fique sentado eu providencio. – Sasuke levantou-se e colocou água na chaleira para ferver. – Conte-me o resto.


- Não contei quando ia e para onde ia. Saí e fui para rodoviária, peguei o primeiro ônibus para Nova York. Não pretendia voltar, mas...


Ela entrelaçou os dedos como se estivesse fazendo uma prece.


- Fui procurá-los dois anos após ter saído de casa. Tinha vinte anos. Trabalha em uma loja de artigos maravilhosos. Ganhava bem, tinha meu apartamento. Então saí de férias e fui visitá-los. No momento em que entrei na casa era como se nunca estivesse saído.


Sasuke balançou a cabeça concordando. Saíra para fazer faculdade e achara que tinha se tornado um homem durante aqueles quatro anos fora. Mas quando voltou o ritmo era o mesmo.


Só que para ele aquele ritmo era o certo, pelo qual ansiara.


- Nada do eu fizera era certo. Continuou Saki. – Eu me tornara uma vagabunda. Ele conhecia essa gente que morava em Nova York, achou que eu voltara para casa, pois engravidara de algum dos homens que saía. Eu ainda era virgem, mas para meu pai eu era uma prostituta. Pela primeira vez na vida ousei desafiá-lo. Precisei do resto de minhas feiras para curar as contusões em meu rosto e poder disfarçá-las.


- Que coisa terrível, Saki!


- Ele só me bateu uma vez. Mas tinha uma mão enorme e dura, fechada em punho. – Distraída passou a mão pelo nariz meio torto. – Papai me acertou em cheio, me fazendo bater no balcão da cozinha. Não senti na hora que havia quebrado o nariz.


Por baixo da mesa as mãos de Sasuke fecharam-se em punhos atrasados.


- Quando ele tornou a avançar peguei a faca da cozinha. Não pensei muito a respeito apenas fiz. Ele percebeu que eu a usaria caso viesse perto de mim. Então saiu do trailer furioso com mamãe em seu encalço. Ela suplicava para ele não ir embora. Lembro-me que ele lhe lançou no chão e ela continuou se rastejando e implorando para ele ficar. Nunca me esquecerei disso.


Sasuke levantou pegando a chaleira com a água fervendo, dando tempo para que ela se controlasse. Preparou o chá em silencio.


- Você tem o dom de ouvir.


- Acabe de contar. Livre-se de tudo.


- Está bem.


- Senti pena dela. E repugnância. Naquele momento odiei mais ela do que a meu pai. Peguei minha mal e saí. Escutei-a fala o porquê de ter voltado só para trazer problemas. E desde aquele dia não vi ou falei com minha mãe.


- Não foi culpa sua.


Ela podia ver paciência nos olhos de Sasuke. Não queria pena dele, e ele não demonstrava isso.


- Não, não foi culpa minha. Precisei de anos de terapia para dizer isso com firmeza. Eu era problema de minha mãe ate ele saber que eu era diferente. Então não passava uma semana sem que ele abusasse de mim.


Ao perceber a expressão de Sasuke, Saki acrescentou:


- Não sexualmente. Mas eu sentia que ele queria. E isso me assustava ainda mais. Podia ver o prazer enquanto ele me batia. Sexo e violência estão entrelaçados dentro dele.


- Disse que os viu duas vezes?


- Não os dois, só papai. Ele descobriu um ano após ando eu morava e me abordou pedindo dinheiro. Podia sentir o cheiro de bebida vindo dele.


Ela poderia sentir o cheiro do álcool agora se quisesse.


- Ele segurou o meu braço e estava disposto a quebrá-lo. Assinei um cheque de quinhentos dólares. Disse que se não me incomodasse mais mandaria cem dólares todos os meses.


Sakura largou uma risada curta.


- Ele sempre gostara de dinheiro fácil. Falava de passagens da bíblia sobre homem rico, mas sempre adorara o dinheiro. Entrei em minha casa e passei a noite acordada com o telefone e o atiçador da lareira no colo. Mas ele não tentou entrar. No final os cem dólares me compraram paz de espírito. Não foi um preço alto.


Sakura tomou um gole de chá e levantou-se, indo olhar a chuva.


- Aí estão Sasuke, algumas das terríveis historias dos Haruno.


- Os Hyuuga Uchiha também têm historias terríveis saki. – Levantou e foi ate Sakura passando a mão na trança que ia até metade de suas costas. – Você foi corajosa. Fez o que precisava. Ela não conseguiu quebrá-la e muito menos dobrá-la.


Sasuke roçou os lábios por cima de sua cabeça. Ficou feliz por ela não se afastar como sempre fazia.


- Já jantou?


- O que?


- Provavelmente não. Sente-se. Vou fazer ovos mexidos.


- Do que está falando?


- Estou com fome. E você se não está deveria. Vamos comer ovos.


Ela se virou e teve um sobressalto quando sentiu Sasuke abraçá-la. Lagrimam rápidas e ardentes, afloraram sem seus olhos. Piscou para reprimi-las.


- Sasuke, nosso relacionamento não pode levar-nos a lugar algum.


- Saki... – Ele fez pressão em sua nuca ate encostar a cabeça em seu ombro. – Já levou. Por que não ficamos onde estamos para ver se gostamos?


Era confortável ser abraçada de maneira suave e carinhosa.


- Não tenho ovos. – Sakura afastou-se para fita-lo nos olhos. - Vou fazer uma sopa.


 


 


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Notas finais do capítulo

Nossaaaa mais d 1500 leitores e somente 24 Reviews... Q triste... Buáhhhhhh
Apartir d agora soh posto quando receber muitos Reviews, preciso de incentivo!!! Entao me façam feliz e escrevam!!!
Soh para deixa-los curiosos... O cap com hentai SasuSaku esta proximo, muito proximo... kkkk
Abraços



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