Lua de Sangue escrita por BiahCerejeira


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal... Mais um capitulo, desta vez um tanto quanto quente!!! kkk
Espero q gostem...



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Talvez as pessoas não morressem de tédio, pensou Hinata, mas também não entendia como conseguiam conviver com isso.


- Não há nada para se fazer por aqui.


Hinata sentou em uma das cadeiras da cozinha enquanto mordiscava um biscoito de chocolate. Já passava das onze horas, mas não se dera o trabalho de trocar o pijama.


- É tudo sempre igual por aqui, não sei como as pessoas não saem correndo e gritando de angustia e tédio.


Kurenai estava esfregando o balcão da cozinha pela décima vez naquela manhã. Ficara esperando que Hinata aparecesse, sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria ate a cozinha.


- Acho que esta ansiosa por alguma atividade.


Ela apenas observou, com seus olhos de um tom diferente um tanto avermelhado, Hinata e sua expressão inocente. Sabia que de pura a menina que vira nascer não tinha nada.


Passou as mãos pelos cabelos castanhos e sorriu. Sua pele continuava clara porem com um toque caramelo pelo tempo que dispõe a ficar no sol. Adora a cor vermelha por isso a sua boca esta sempre com este tom. Tinha no bolso do avental de trabalho um batom avermelhado que vivia passando nos lábios grossos.


Jamais se casou. Não tinha paciência com o sexo oposto. Adorava sair com homens e fazer festa, mas nada que a levasse para o altar. Isso seria demais. Não se imaginava cuidando de um homem, que peida e arrota quando tem vontade. Gosta do romance e nada alem disso.


Ajudara a criar as três crianças da casa, e ficara muito mal quando perdera uma. As tratava como seus filhos.


Já Hinata, tinha muitos problemas sentimentais. Esta necessidade nem ela mesma não percebera ainda, apesar de que a maioria de seus problemas eram causadas por ela mesma.


- Talvez você deva fazer um longo passeio. – Kurenai sorriu incentivando-a.


- Para onde? – Hinata tomou um gole de café sem vontade. – Tudo parece sempre a mesma coisa.


Kurenai tirou um batom do bolso e retocou os lábios olhando o reflexo no cromado da torradeira.


 - Sei o que serve para me animar, um bom dia de compras.


- Acho que tem razão... – Hinata suspirou pensando na possibilidade de guiar ate Charleston. – Não tenho nada melhor para fazer.


- Isso é ótimo. Aqui esta a lista.


Hinata olhou incrédula para a lista de compras que Kurenai lhe entregava.


- Para compras de comida? Não vou sair para comprar mantimentos.


- Você não tem nada melhor para fazer, lembra? Não se esqueça de ver se os tomates estão maduros e me traga aquela cera do comercial da TV.


Kurenai virou para enxaguar o pano que usava para limpar, fazendo um grande esforço para não rir da cara atordoada da menina.


- Depois passe na farmácia e compre meu creme para pele. Do tipo em pote não em vidro. E os sais de banho. Na volta, passe na lavanderia e pegue as roupas que deixei lá semana passada. A maior parte é sua mesmo!


Hinata contraiu os olhos.


- Mais alguma coisa? – Perguntou docemente.


- Está tudo escrito aí, sem exceções. Dê algo para fazer ao seu ego menina. Agora vá se vestir é um grande pecado ficar até tão tarde de pijama, na maior preguiça.


Kurenai fez um gesto amplo com as mãos, dando o sinal que Hinata precisava para sair dali.


 


 


 


Naruto precisou de três anos e muitos filhotes para convencer à senhora Betrum a remover os ovários de sua cadela supersexuada, mestiça de labrador. A ultima remeça de filhotes acabara de ser desmamada. Enquanto a cadela ainda dormia, sob os efeitos da cirurgia, ele aplicava as vacinas nos pequenos filhotes enquanto latiam alegremente.


- Não posso ver injeções, Naruto, fico tonta.


- Não precisa ficar, sra. Betrum, espere lá fora.


- Oh... – Levou as mãos ate os olhos por detrás das lentes dos óculos. – Sinto que deveria ficar.


A voz da velha senhora quando ele aplicou a primeira injeção.


- Máxime, leve a sra Betrum para a sala de espera. – Deu uma pequena piscadela para a assistente. – Posso cuidar de tudo sozinho.


Naruto continuou cuidando dos filhotes, lhes fazendo carinho e sorrindo com os latidos de felicidade quando coçava as orelhas peludas.


Para Naruto Uzumaki, o seu pequeno paraíso estava ali.


 Quando terminou teve que recusar, como sempre, a oferta de ficar com um dos filhotes. Mas tinha uma idéia de onde um dos filhotes poderia ficar.


- Doutor Naruto? – Murmurou Máxime entrando na sala.


- Já acabei. Vamos recolher a tropa.


- Eles são tão graciosos... Pensei que mudaria de idéia e ficaria com um.


- Depois que você começa não para mais.


Mas o rosto dele amoleceu quando um dos filhotes espreguiçou-se em suas mãos.


- Eu bem que gostaria de ficar com um.


Máxime suspendeu um enquanto lhe fazia afagos.


Ela adorava animais, mas não podia levá-lo. Os pais se mataram de trabalhar para dar um sustento merecido a família, mas mesmo assim o dinheiro era curto.


- Ele é lindo doutor, mas entre o trabalho e a escola eu não teria tempo de cuidar de um. -Ela tornou a botar o filhote no chão. – Alem do mais papai me mataria.


Naruto apenas sorriu o pai dela a adorava.


- Como vai à escola?


Ela revirou os olhos. O tempo era tão curto quanto o dinheiro, se não fosse Naruto lhe ajudando permitindo que estudasse quando não tinha movimento ou dando horários flexíveis, ela não teria chegado tão longe.


Naruto era seu herói. Teve um tempo em que era apaixonada por ele, agora apenas queria ser tão profissional e bom caráter como este.


- As provas finais estão chegando e minha cabeça esta tão cheia de coisas que acho que vai explodir. Vou levar a caixa com os filhotes, doutor. – Suspendeu a caixa nos braços. – O que devo falar para a sra. Betrum?


- Que ela poderá vir buscar a cadela hoje à tarde. Por volta das quatro horas. E peça a ela que guarde um dos filhotes, já tenho alguém para quem dar.


- Esta bem. Posso ir almoçar agora? Pensei em estudar no parque.


- Não tem problema. – Naruto foi ate a pia lavar as mãos. – E tire a hora inteira vamos ver quanta coisa mais cabe em seu cérebro.


- Obrigada.


Lamentaria ter que perde-la, mas sabia que isso aconteceria assim que ela estivesse com o diploma em mãos. Não encontraria uma assistente como ela, tão boa com animais e pessoas.


Mas a vida continuava.


Naruto estava olhando o estado da cadela quando Hinata entrou pela porta dos fundos.


- Doutor justamente quem eu procurava.


- É fácil me encontrar a esta hora.


Ele alteou as sobrancelhas.


- É um vestido em tanto para quem esta apenas de passagem.


- Ah o meu vestido... - Hinata passou o dedo pelo vestido de algodao vermelho, com alças finas e saia larga. – Gostou? Estou muito animada hoje.


Ela jogou os longos cabelos negros para trás, e aproximou-se de Naruto passando a mão pelos seus ombros largos.


- Adivinhe o que estou usando por baixo?


Bastava que Hinata estralasse os dedos, pensou Naruto, para que ele fosse capaz ate de suplicar por ela.


- Por que não me dá uma pista?


Ela pegou a mão dele e deslizou por baixo do vestido.


- Oh, não... – O sangue de Naruto pareceu ferver. – Esta andando pela cidade sem nada por baixo?


- E você e eu somos os únicos que sabemos. – Ela mordeu o lábio inferior. – O que pretende fazer doutor?


- Subir.


- Não há tempo. – Com uma risada ela empurrou a porta atrás de Naruto. – Quero você agora e depressa.


- Não tranquei a porta.


- Vamos viver perigosamente. – Ela abriu o botão e baixou o zíper da calça de Naruto. – Hum... Olha o que eu descobri!


Hinata segurou observando os olhos azuis céu de Naruto se enevoarem.


- Leve-me para algum lugar. – Suas bocas já se encontravam, devorando uma a outra. – Um lugar quente, escuro e selvagem. Preciso ir. Me leve Naruto.


Ele desceu os beijos ate o pescoço alvo dela fazendo-a suspirar.


O nervosismo e o desespero dela atingiram o coração dele. Aquilo não tinha nada de afetuoso, mas quando ela falava assim Naruto queria ser carinhoso.


Tudo o que ele queria era Hinata.


Naruto levantou o vestido dela sentindo-a entregue, quando a penetrou.


Hinata passou uma das pernas por sua cintura e gemeu. Ele a preenchia como ninguém, ocupava todos os espaços.


Ofegos estridentes e animais, o som firme e ritmado de seus corpos contra a madeira, a sensação de Naruto arremetendo dentro dela. Hinata largou-o quando o orgasmo veio. Sempre era assim com ele. Ela sempre acabava gozando depressa e intensamente com Naruto, sempre uma surpresa, sempre um choque formidável para seu organismo.


E depois, mais devagar, mais profundo, com movimentos longos, num ritmo gradativo que a fazia abrir-se para ele.


E, porque era Naruto, ela podia agarrar-se, podia se render, podia se perder, pois sabia que ele sempre estaria ali caso caísse.


Naruto escutou o telefone tocar, ou será que era uma ilusão, não sabia responder. Perdia a cabeça com Hinata. Sentiu-a se abrindo para ele, ajudando na penetração, com movimentos certeiros e ritmados. Às vezes se perguntava por que os dois não se engoliam de uma vez, ate que não restasse nada.


Hinata balbuciava o seu nome antes de vê-la fechar os olhos como uma prece, para depois gozar.


- Oh meu Deus. – Ela pendeu a cabeça na porta. – Me sinto muito feliz, como se fosse de ouro.


Hinata abriu os olhos.


- E você?


Naruto contraiu-se e pendeu a cabeça no meio dos cabelos dela. Não seria tolo de dizer as palavras doces que lhe vinham à boca. Já fizera isso uma vez, há anos atrás.


- Foi muito mais saboroso do que o almoço que eu pensei em comer.


Hinata sorriu, passando os braços por sobre os ombros dele, de uma maneira amigável e intima.


- Ainda há umas partes de mim que não provou. Se quiser...


- Naruto? Naruto querido você esta aí em cima?


- Essa não! – A parte dele que ainda permanecia aconchegado dentro dela murchou na hora. – É minha mãe.


- Isso... é interessante.


No instante que ela começou a gargalhar ele tapou a boca com a sua mão.


- Fique quieta droga, por esta eu não esperava.


O rosto de Hinata contraia-se de vontade de rir.


- Não é nada engraçado!


Naruto teve que reprimir o próprio sorriso, ao escutar os passos da mãe que andava de um lado para o outro o chamando, como se ele ainda tivesse dez anos.


- Fique quieta e fique aqui! – Falou a Hinata.


Naruto contraiu-se um pouco ao afastar-se, vendo-a morder o lábio para não rir.


- Naruto, querido... – Chamou Hinata quando ele chegou a porta.


Ela fechou a boca com os dedos quando ele a olhou furioso.


- Quieta!


- Esta bem, mas pensei que você quisesse guardar isto. – Apontou para baixo da cintura dele.


Ele olhou para baixo, recolhendo tudo e fechando o zíper.


- Mamãe? – E lançando um ultimo olhar de divertimento para Hinata saiu da sala fechando a porta. – Estou aqui em baixo examinando um paciente!


Ele subiu as escadas, aliviado pela ter ido procurá-lo primeiro lá na casa.


- Você chegou, estava pensando em lhe deixar um bilhete afetuoso.


Eles conversaram como se não se vissem há três anos e não dias.


- Vamos almoçar juntos, querido. – Ela sorriu simpática. – Você esta bem? Você está tão corado!


- Hum, claro! Vou descer para dar uma olhada na cadela e já volto.


Ele amava a mãe e não podia lhe dizer que não. Desceu as escadas que lhe levavam a sala de cirurgia.


Ela sabia que o filho já era adulto, mas mesmo assim ficaria de olho. Sorriu presunçosa. Uma mulher não chegava a sua idade sem saber distinguir certos sons, o que a fazia saber o que estava ocorrendo naquela sala minutos antes. Tinha certeza que certa garota estava envolvida e a partir daquele momento estaria observando Hinata.


 


 


 


Ela já havia ido embora. Naruto não precisava nem imaginar para saber que ela não o esperaria. Ela deixara um papel colado com um adesivo na porta, onde se via um lindo coração com um beijo seu no fundo.


Naruto descolou o papel pensando em como era idiota. Ela voltaria quando estivesse a fim. Guardou o pedaço de papel praguejando. Ele a receberia sempre, só se seu coração voltasse a lhe pertencer.


Olhou a cadela na mesa cirúrgica. Agora estava acordada. Verificou as funções vitais e pegou-a no colo, levando-a para seu apartamento.


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Notas finais do capítulo

Eiii gostaria muito, mas muito mesmo de reviews!!!!
Entao me mandem e me façam feliz!!!
Abraços.



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