Save Me escrita por Milena


Capítulo 4
Capítulo 4 - Estupore!




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- Vamos Katie, não é tão difícil! – Dizia Karina encorajando a amiga.

Katie sentia o ar faltar em seus pulmões, sabia de sua obrigação, sabia que deveria fazer aquilo. Mas ia além de suas forças, brilhando na escuridão, estava lá o animal. Imponente e brilhante, deslumbrando pureza e inocência. Doía em seu coração, pensar em tamanha crueldade que teria de praticar com aquele animal, ficaria marcada para sempre. Matar um unicórnio era o maior crime que um bruxo poderia cometer, mas era agora seu dever, sua missão. Temia o que poderia acontecer se não o fizesse, tinha medo por ela, por sua mãe e seu pai. Bruxos já idosos, sem tantas chances de defesa. Respirou fundo mais uma vez, levantou a varinha com a mão trêmula e sentiu a primeira lágrima quente escorrer por seu rosto. Toda sua força parecia ter esvair-se de seu corpo.

- Ava.. da...A .. – Largou a varinha no chão e caiu em prantos, não podia mata-lo.

O animal estava amarrado no chão e contorcia. Katie pegou sua varinha no chão, sobre o olhar incrédulo de Karina. Soltou o animal, que saiu galopando entre as árvores e com um último olhar triste e melancólico correu de volta para o castelo. Karina tentou avisar, tentou chama-la de volta, tentou fazer com que ela matasse aquele unicórnio. Mas já era tarde, ele já havia visto tudo.

A cena se repetia na cabeça de Katie enquanto a mesma caminhava em passos firmes pelo corredor estreito e escuro. O barulho de sua capa negra arrastando e os saltos batendo contra o piso de pedra, era o único som que poderia ser ouvido. Nervosa, Katie apertava as mãos freneticamente, poderia estar indo de encontro com a morte agora, poderia estar indo de encontro a sua humilhação ou salvação. Ao se deparar com a porta negra e grande, sentiu seu coração falhar em algumas batidas. Abriu a porta, mesmo sentindo que deveria correr dali. Não correria, havia chorado demais por hoje, apenas Karina conseguiu retira-lá do quarto, não poderia desperdiçar a sua única chance de sair viva. Uma mesa também de pedra se posicionava no centro, Karina estava sentada a esquerda, depois Abraxas, Druella Rosier e outros estudantes de Hogwarts que ela nunca ao menos tinha visto e no centro deles estava Tom Riddle.

- Bem vinda Katie! – Disse Riddle com um sorriso sadicamente frio.

Os dias se arrastaram de forma tediosa, Abraxas Malfoy parecia ocupado demais para perturbar Rose, que se sentia aliviada. Era véspera de natal, Rose acordou mal disposta, pois hoje, ainda teria aulas. Entre elas Trato De Criaturas Mágicas com a Sonserina, significava aturar Malfoy e suas piadas infames. Mas apesar de tudo, jogou as cobertas para o lado e levantou-se da cama. Karina prendia os cabelos em uma trança de lado, enquanto Katie ajeitava sua gravata. Katie era uma coisa que deixava Rose preocupada, nunca mais falara com a garota depois do incidente no quarto, mas a via sempre com os olhos vermelhos e ouvia seus soluços durante a noite. Imaginou o que havia acontecido de tão ruim, para deixar a garota daquele jeito. Vestiu o uniforme preto de Hogwarts, prendeu os cabelos e desceu até o Salão Principal, que já estava cheio. Sentou-se na mesa da Grifinória e serviu-se apenas de suco de abóbora. Bebeu o suco rapidamente e voltou para o dormitório, pegou os livros necessários e caminhou em direção ao jardim. Sentou embaixo de uma árvore, de pequenas flores brancas e abriu seu livro. Um romance trouxa que estava lendo, chamava-se O Vento Dos Morros Uivantes de Emily Bronte. Seus olhos percorriam as folhas com cuidado, capturando cada palavra. Já podia ouvir o barulho dos alunos se aproximando, principalmente os da Grifinória. Quando ouviu a voz mais irritante do mundo, dizer:

- Ora, se não é Rose Jones, a grifinória excluída... – Abraxas caminhava sozinho, com um sorriso arrogante no rosto.

Rose fechou os olhos, respirando fundo. Encarou Malfoy com desprezo e desdém, era uma criatura tão desprezível e arrogante, não merecia ter nem metade do que tem.

- O que quer dessa vez Abraxas?! – Perguntou exasperada

- Rose, Rose, será que ainda não percebeu que é a escória de Hogwarts? Não tem ninguém, não tem nem mesmo seus pais.  – Disse Abraxas

Rose sentiu seu sangue borbulhar, seu estômago afundou e uma sensação de raiva jamais sentida antes, tomou conta de seu corpo, percorreu suas veias, fazendo suas bochechas ficarem ainda mais vermelhas. Enfiou a mão nas vestes e segurou com força sua varinha, quando sentiu seus olhos marejarem, brigou consigo mesma internamente. Não iria permitir-se chorar, não deixaria que Malfoy, um ser tão desprezível e mal amado, a machucasse. Engoliu as lágrimas, que queria cair e levantou o olhar para Abraxas. Riddle observava tudo curioso, havia acabado de chegar e escutar as provocações de Malfoy, como um ótimo observador, percebeu que Rose não estava tendo as prováveis reações, não havia derramado lágrimas e nem saído correndo. Isso o deixava curioso e incomodado, não gostava de pessoas imprevisíveis como Rose estava sendo agora, por mais que ele mesmo também fosse.

- Sabe, me lembro bem de quando você tentou entrar para o time de quadribol da Grifinória? Ora Jones, você foi espetacular caindo da vassoura! – Disse Abraxas, arrancando risadas dos Sonserinos.

Os grifinórios apesar de tudo olhavam desgostosos e com nojo para Abraxas. Davam as costas e tentavam ignorar o quão estúpido Malfoy era. O professor ainda não havia chegado. Rúbeo Hagrid observava tudo, com pesar da menina. Mas não se meteria com um Malfoy, jamais.

- Cale a boca, Malfoy! – Ordenou Rose

- O que? – Riu – Aprendeu a responder as pessoas, Jones?

- Malfoy, me deixe em paz!

- Não! Sabe, por que eu adoro ver a sua cara, quando ouve as verdades. Você é odiada por todos, Rose Jones.

Quando acabou de falar, Malfoy havia acabado de ultrapassar um novo nível. Rose havia se cansado, cansado de ser certinha e ouvir tudo calada. Não iria, não iria nunca mais deixar Malfoy falar algo dela, tinha sangue grifinório correndo em suas veias.

- Estupore! – Gritou apontando sua varinha para o peito de Abraxas.

Uma longa luz vermelha iluminou o jardim, ofuscando a visão de todos. Quando a luz cessou, viu Abraxas caído no chão do jardim, desacordado. Por um momento, sentiu-se arrependida, mas balançou a cabeça negativamente e preparou-se para sair dali, quando ouviu uma voz estridente dizer:

- Aonde pensa que vai Srta. Jones? – Seu sangue gelou.

Virou-se devagar a tempo de ver a face rubra do professor, Malfoy recuperava aos poucos a consciência e mexia-se desconfortável no chão. Rose guardou a varinha e tomou fôlego para falar.

- Professor eu... – foi interrompida

- PROFESSOR NADA! PARA A SALA DO DIRETOR, AGORA! – Berrou Silvanus Kettleburn


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Notas finais do capítulo

AEE! Pediram uma Rose que soubesse se defender e aí está, a partir de agora, ela vai mudar um pouquinho, mas sempre vai continuar sendo a Rose meiga e doce. Desculpem a demora, mas estou em uma crise de sono constante. É sério, sinto sono a todo momento. Enfim, me indiquem fics dos marotos também! Tenho uma paixão enorme por James Potter, Remu Lupin e Sirius Black. Comentem e beijos!



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