Save Me escrita por Milena


Capítulo 3
Capítulo 3 - Maldito Malfoy!




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O dia amanheceu claro apesar dos pequenos flocos de neve que ainda caiam. Rose não dormira direito noite passada, graças ao evento na biblioteca. Sonhara de novo, o mesmo sonho com Tom Riddle. Quando levantou-se da cama, já estava sozinha no dormitório, lavou o rosto e vestiu as roupas de Hogwarts. Ainda desanimada caminhou até o Salão Principal, que já estava lotado, sentou-se no seu típico canto afastado e se serviu de suco de abobora e panquecas quentinhas. O olhar de Rose vagou pela mesa da Sonserina, viu Abraxas e seu sorriso arrogante e outros alunos, mas Tom Riddle não estava ali, ele não havia ido ao café da manhã.

Depois de tomar o café, Rose se apressou para ir até o lado de fora do castelo. Sua primeira aula seria Trato De Criaturas Mágicas, cobriu-se com a capa e chegou até embaixo a uma árvore. Havia poucos alunos ali, a maioria da Grifinória e uns três pertencentes a Sonserina. Rose sentou-se embaixo da árvore, ajeitou a roupa e começou a observar o horizonte e a neve caindo. A aula demoraria a começar, pois nem metade dos alunos havia chego. Rose brincava com a barra de sua capa enquanto sua cabeça estava recostada no tronco da árvore, distraída nem ao menos percebeu a chegada dele, a pessoa que ela mais odiava na face da terra. Abraxas Malfoy.

- Olha o que temos por aqui! Rose Jones! – disse Abraxas com sua voz arrastada

- O que quer Malfoy? – perguntou Rose tentando manter a voz firme.

- Ora, aprendeu a falar sem gaguejar Jones? – disse Malfoy com a voz zombadora.

Os risos a volta de Rose começaram a soar. Rose sentiu um soco na boca de seu estômago, seus olhos começaram a marejar. Afagou seus braços e se encolheu ali, tentando ignorar os comentários do Malfoy.

- Agora me conta ruiva, como é ser a ovelha negra da família, ser excluída? – perguntou Abraxas e novamente os risos de seus fies escudeiros foram ouvidos.

Toda a Sonserina estava ali, inclusive Tom Riddle, que não ria. Tom estava parado apenas assistindo a cena, ao ver toda a fragilidade da garota, sentiu vontade de lançar um Avada Kedrava em Malfoy, porém repreendeu-se a si mesmo, achando uma tremenda estupidez se importar assim, ainda mais com uma grifinória. Rose sentiu a primeira lágrima solitária escorrer por sua face, Abraxas continuava com suas piadas, fazendo o coração da ruiva comprimir-se. As gargalhadas vindas dos Sonserinos, agora ecoavam na cabeça de Rose, trazendo consigo uma profunda sensação de dor e angústia. Rose, com as mãos trêmulas, limpou as lágrimas, levantou-se de cabeça erguida. Lançou um olhar de profundo desprezo a Malfoy que ainda ria e caminhou de volta ao castelo. Estava disposta a perder aula, pois sabia que as piadinhas de Abraxas não parariam, não tão cedo. Voltou para o quarto, vendo-o vazio, sentiu que poderia derrubar todas as lágrimas que quisesse, poderia xingar Abraxas e até mesmo sua família. Por que Malfoy não mentira, em partes, a verdade era aquela. Rose foi rejeitada, por não ser perfeita, por viver na sombra de Charlotte e Anthony: seus irmãos mais velhos. Charlotte era alta e ruiva assim como Rose, porém seus olhos eram negros e ela era perfeitamente inteligente, conseguiu passar em todos os exames e hoje é uma medi-bruxa. Anthony também era inteligente, mas era jogador de quadribol, trabalha hoje em Gringotes.

Rose soltou a gravata vermelha e dourada de seu pescoço e jogou sobre a cama, retirou a capa comprida e negra e o suéter grosso. Ficou apesar com sua blusa branca leve, tremia de frio, mas isso não importava. Jogou os sapatos para um canto, soltou os cabelos e deitou-se na cama. Ainda chorando desesperadamente, fechou a cortina do dossel e fechou os olhos. Poderia dizer que passou mal e não quis incomodar Madame Pomfrey, pois não era sério. Só não queria encarar o mundo, só não queria encarar a verdade, por que no fundo ela não estava pronta, ela não era forte. Passou-se horas, quando Rose percebeu que já estava anoitecendo e que perdeu todas as aulas do dia, sabia do esforço que seria para pegar a matéria de poções e transfiguração. Recolheu as roupas que havia jogado ao chão e vestiu-se com outras extremamente quentes, lavou o rosto para esconder as lágrimas e foi até o Salão Principal. Evitou levar o olhar até a mesa da Sonserina, fingiu não escutar os risinhos quando passou por lá. Engoliu sua sopa e nem ao menos bebeu seu suco. Saiu apressadamente do refeitório e caminhou pelo corredor, quando esbarrou em alguém. Alguém de cabelos negros, pele quente e olhar gélido, olhos gélidos que Rose conhecia.

- Não olha por onde anda não...? – ia resmungando Tom

- Anh... me desculpa, eu estava distraída e... – tentou argumentar Rose.

A voz adocicada da menina, fez com que Tom sentisse uma sensação estranha em seu corpo. Virou-se para ela, encarou os olhos cor-de-mel melancólicos.

- Sem problemas. – disse seco e tentou forçar um sorriso, algo que pareceu uma careta estranha.

Rose riu fraco, pela primeira vez no dia, fazendo com que Tom desejasse ouvir sua gargalhada. Deveria ser aquelas que te fazem rir junto, mas Riddle preferia os olhos de Rose melancólicos e banhados em lágrimas, a fazia parecer mais bonita.

- Boa noite, então... – desejou a menina encabulada e tornou para seu caminho.

Tom Riddle voltou a caminhar até o salão principal, sentou-se na mesa da Sonserina longe de Abraxas, que como seu cachorrinho de estimação, não tardou a vir sentar-se do seu lado e começar a tagarelar. Mas Tom não se importava, hoje era um dia especial para ele, olhava fixamente para a mesa da Corvinal, onde uma menina ruiva comia e conversava. Um sorriso sádico rasgou o rosto de Riddle, enquanto o mesmo remexia seu prato de comida, Abraxas percebeu o sorriso no rosto de seu mestre e encarou a menina curioso, largou seu suco de lado e começou uma avalanche de perguntas sussurradas.

- É ela, mestre? Ela é a próxima?  - perguntou entre sussurros Abraxas.

- Quieto Abraxas! – disse Riddle em tom seco. Abraxas calou-se e voltou a atenção para seu prato de comida quase vazio.

Rose chegou ao quarto vendo Katie sentada sobre a cama, de primeira resolveu ignorar, até ouvir os altos soluços da garota. Rose queria perguntar o que estava acontecendo e confortar Katie, essa era sua natureza, apesar de todas as grosserias da menina, Rose era assim. Então, talvez um pouco confiante, levantou-se da cama e andou até o dossel da garota.

- Está... hum, tudo bem? – perguntou Rose sentada ao lado de Katie.

A menina levantou a cabeça, revelando os olhos vermelhos e inchados. Rose sorriu fraco e quando ia falar alguma coisa, foi interrompida por constantes batidas na porta. Franziu um cenho e encarou Katie, que já estava limpando as lágrimas e saindo do quarto. Respirou fundo e deu de ombros, trocou a roupa pelo pijama e deitou-se na cama. Fechou os olhos e mesmo sem querer lembrou das palavras de Abraxas.

- Agora me conta ruiva, como é ser a ovelha negra da família, ser excluída?

- Ora, aprendeu a falar sem gaguejar Jones?

Respirou fundo para não deixar nenhuma lágrima escapar, fechou as cortinas do dossel e dormiu. 


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Notas finais do capítulo

Sei que não tem bem um propósito esse capítulo, mas precisava desse para o próximo fazer sentido. Quarto capítulo que irá demorar a sair por que eu simplesmente travei nele, sim. Eu não consigo sair dele e nada do que eu produzo fica bom, então eu posso demorar para postar, mas prometo que valerá a pena. Quero agradecer a todos que estão comentando, vocês fazem a minha alegria, e comentem mais! Beijos!



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