Save Me escrita por Milena


Capítulo 13
Capítulo 13 - Amor Assassino


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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- Bom, meus jovens, tudo começou há muitos anos atrás. Durante o século XII, Hogwarts já havia se tornado uma das maiores escolas de magia e bruxaria de toda Grã Bretanha e foi lá que Baltasar Norton passou grande parte de sua vida. Os Norton eram uma família de sangue puro e muito preconceituosa, os casamentos entre primos para manter o sangue puro era algo banal para eles. Aos onze anos, Baltasar entrou em Hogwarts. Não demorou para que se mostrasse um menino extremamente inteligente, era o melhor aluno de toda Hogwarts, principalmente em feitiços. Ele executava os feitiços difíceis de forma simples, até mesmo aqueles que os melhores bruxos demoraram tempos para aprender. Mas Baltasar ainda sim, era um jovem ingênuo, não sabia da maldade do ser humano, por mais inteligente que fosse, acreditava na pureza, na bondade e no amor. E o amor o destruiu, meus jovens, o amor o levou de vassoura até o fracasso.

Flashback

Dias de verão eram os preferidos de Baltasar, o sol brilhava tanto que chegava a doer os olhos, o céu azul sem nuvens, o verde vivo da grama aos seus pés. Ele costumava a acordar mais cedo em dias como aqueles, ir até o lago negro e observar o sol nascer. Mas o dia anterior fora longo e cansativo e hoje começavam as aulas de seu segundo ano em Hogwarts. Levantou-se com esforço, vestiu o uniforme e arrastou-se para fora do quarto, sem ânimo. Depois do café da manhã, Baltasar foi o primeiro a entrar na sala, como sempre, não queria encontrar com os grandalhões do quinto ano no meio do caminho. Sentiu alguém sentar-se do seu lado e não se ao trabalho de olhar quem era, deveria ser mais alguém querendo implicar com ele.

- Hum, bom dia... – Comentou uma voz fininha, Baltasar levantou os olhos cor de mel do livro de Herbologia e encarou a pessoa ao seu lado.

Uma pequena menina estava sentada ao seu lado. O sorriso esperto brincando nos lábios, os cabelos loiros pálidos estavam cortados na altura dos ombros e olhos azuis esverdeados pareciam vazios, os lábios eram finos e pouco rosados, o nariz fino e arrebitado dava um ar de superioridade natural. Era linda.

- Bom dia... - Respondeu-lhe Baltasar

E ela sorriu. Um sorriso simples, mas não inocente.

Flashback Of.

- Rose por favor, beba seu chá. Sei que comeu quase nada hoje. – Pediu-lhe a avó com ternura.

Rose corou levemente e bebeu um gole demorado de seu chá. Tom encarava a avó de Rose pensativo, com o olhar perdido.

- Baltasar se apaixonou, meus filhos. Baltasar se apaixonou por uma linda menina, mas não imaginava o que se escondia por trás dela, o tempo passou e a paixão de Baltasar se tornou uma obsessão doentia, pois a paixão não era recíproca, pois a menina nem ao menos olhava para Baltasar mais. Isso o machucava tanto a ponto de deixá-lo louco. A ponto dele fazer qualquer loucura. O amor enlouquece até mesmo o mais normal dos homens, o mais sério. O amor mexe é como uma venda que cega os olhos, que cegou os olhos de Baltasar. A menina tornou-se a obsessão de Baltasar, ele a olhava de longe todos os dias, se encantava com os sorrisos, com o jeito que ela jogava os cabelos para trás, ele a amava. Mas ela não o amava, seu sentimento não era recíproco. Enquanto Baltasar daria a vida pela garota, ela jamais faria isso por ele. E Norton parecia não enxergar isso, ele continuava a ser aquele garoto inocente, aquele garoto que não via a malícia e as más intenções nos olhos de uma pessoa, Baltasar não sabia ver a alma das pessoas através de um olhar, esse era seu maior defeito, ele confiava demais.

Flashback

‘’ - Você sabe o que eu quero Baltasar e somente você pode me dar. ‘’– As palavras da menina ecoavam na cabeça de Norton.

Ele sabia bem o que ela queria e dói saber que não era ele. Era outra coisa, era poder. Mas ele a teria se lhe desse poder, não teria? Ela se sentiria tão grata a ele e o amaria de todo o coração. Eles seriam felizes, ele a teria finalmente. Parecia o final feliz, parecia o paraíso para ele. Vestiu o casaco grosso de lã por cima das vestes e enfiou o pergaminho amarelado no bolso. Saiu de seu quarto  direto para o silencioso corredor de Hogwarts, o barulho de sua bota de couro era audível, ele se esgueirava entre as curvas, pilastras e escadarias tentando fazer o menos de barulho possível. Parou enfrente a porta do salão comunal da Sonserina, aquele que já havia visitado milhares de vezes, murmurou a senha já decorada e entrou. Silenciosamente, como um felino a procura da presa e subiu as escadas do dormitório feminino. O corredor era longo, com várias portas de madeira e números escritos. Seguiu até o final do corredor, o último quarto, de porta escura e o número 10 escrito. Girou a maçaneta ouvindo o barulho baixo e empurrou a porta. Lá estava ela.

A camisola de seda cobria-lhe pouco o corpo, podia ver a pele arrepiada pelo vento frio que entrava da janela aberta. A luz da lua iluminava a pele branca dando-a um contraste perolado, como se ela fosse feita de porcelana. Tudo parecia tão poético e bonito na cabeça dele. A menina virou-se lentamente, os cabelos loiros pálidos estavam maiores e caiam sobre os ombros, os olhos cintilavam e os lábios pouco rosados se abriram em um sorriso pequeno. Ela nada disse. Caminhou até ele em passos silenciosos e tocou-lhe o rosto levemente.

- Eu sabia que viria... – Sussurrou-lhe ao pé do ouvido, causando-lhe arrepios na nuca.

- Eu... – Tentou dizer ele, mas atrapalhando-se no final. Puxou das vestes o pequeno pergaminho e o colocou sobre a mão da menina, beijando-a em seguida.

- Meu doce Baltasar... – Acariciou-lhe o rosto - Tão puro, tão ingênuo.

Seus lábios frios tocaram os quentes e macios de Baltasar levemente e seus olhos escureceram.

- Nós iremos ficar juntos? – Perguntou-lhe

Ela riu em escárnio.

- Eu jamais ficaria com alguém como você Baltasar, jamais me apaixonaria. Mas devo agradecer pelo feitiço, será muito útil. Adeus. – Disse para ele antes de puxar a varinha e aponta-la para Baltasar e murmurar: - Avada Kedrava!

Flashback

- Então, a menina matou Baltasar? – Perguntou Rose

- Sim, ela matou. E fugiu, levando consigo a o feitiço que ele havia criado. – Explicou-lhe Amélia

Rose bebeu o último gole de seu chá e respirou fundo. Estava confusa, ainda não entendia o que isso tinha haver com ela.

- Qual era o nome dela? – Perguntou Tom com a voz rouca

- Catelyn. Catelyn Gaunt. 


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Notas finais do capítulo

Eeer eu finalmente apareci! Desculpem a demora, mas como eu expliquei está realmente difícil de postar e eu provavelmente só vou postar agora no final do mês que vem, ou se eu der sorte, no meio do mês. Mas enfim, tô aqui pra esclarecer algumas coisas. Me disseram que a fanfic não tem muita ação e tal, gente eu sei disso. Mas olhem, Save Me é uma fanfic originalmente de romance e ela ainda não chegou no seu clímax. Onde as coisas realmente começam a acontecer, então esperem que ação só terá mais pra frente. Ah e eu não pude me aprofundar em Norton e Gaunt por motivos de: estragariam meus futuros planos. Então esperem, tudo irá se esclarecer. Beijos e comentem!