Após o jantar, Sansa e Tyrion se dirigiram para o quarto. Fora o longo dia para os dois, que já se mostravam visualmente cansados. Uma boa noite de sono era o que cada um tinha em mente. Naquele momento.

Sansa já havia posto seu vestido com o qual normalmente dormia, o cabelo ruivo solto caía, como sempre, pelas costas. Enquanto ela se colocava na cama, Tyrion se despia de uma enorme quantidade de roupas que colocara para se aquecer nesse inverno rigoroso.

Na cama, Sansa mantinha-se sentada, olhando para nada em especial ao que parecia, e sorrindo. Tyrion sorriu instantaneamente simplesmente por vê-la sorrir.

- O que há de engraçado, milady? - perguntou ele, subindo nada cama.

- Eu não diria engraçado, milorde. Eu diria... Novo. Ninguém nunca fez nada que se comparasse ao que você tem feito por mim todos esses anos.

Surpreso, o anão não tinha certeza do quanto havia feito por Sansa durante todos esses anos.

- E que eu tenho feito?

- Quando nos casamos, eu odiei cada segundo. Odiei ainda mais Tywin, Cersei, Joffrey e você por concordar com isso - aquelas eram palavras fortes, com as quais ele já estava acostumado. - Mas naquela primeira noite, quando Joffrey veio com a ideia do rito nupcial... E você disse que não haveria nenhum rito e depois quando disse que nós não iríamos fazer... Não iríamos partilhar a cama, por mais que eu quisesse continuar te odiando, eu não consegui. Qualquer outro homem teria me tomado sem mais delongas - ela sorriu mais uma vez e ele pegou-a pela mão. Ele fez menção em dizer algo, mas antes que pudesse se pronunciar, ela o interrompeu. - Eu não conseguia te chamar de outra coisa senão “milorde”. E o meu nome parecia ter um som diferente na sua boca. Os primeiros anos foram ruins, eu achei que apenas ficariam piores - ela olhou para as mãos entrelaçadas deles antes de continuar - e olha onde estamos agora. Agora é fácil dizer que você é meu marido. E que eu te amo.

- Eu estou sem palavras, milady - respondeu Tyrion, sorrindo. - Eu nunca achei que fosse ouvir nada do tipo. Estou lisonjeado. E extremamente feliz em poder dizer que eu te amo. E... Eu gostava de ouvi-la chamando-me de milorde e gostava de chama-la de milady.

- Eu não fazia ideia, milorde.

Os beijos que trocavam ficavam apenas melhores. Cada vez mais, Tyrion desejava que não acabassem nunca, acreditava que poderia ficar ali, com ela, pelo resto da sua vida. E talvez realmente pudesse.

Quando se separaram em buscar de ar, Tyrion encontrou-se por cima de Sansa, uma das mãos apoiava-se na cama impedindo que caísse em cima dela, enquanto a outra descia por sua cintura. As mãos dela permaneciam no seu cabelo. Meio sem saber o que fazer ele esperou. Sansa puxou o rosto dele contra o dela e se beijaram novamente.

Dessa vez, as mãos dela desceram em direção ao seu peito e costas, arranhando-o levemente. Tyrion apertou a cintura dela com uma das mãos e sentiu-a estremecer por baixo dele. Tyrion moveu sua boca para o queixo dela e depois para a base do pescoço dando beijos e leves mordidas. Ela reclinou a cabeça para trás dando-o mais espaço. Uma das mãos dele percorreu as costelas, sem intenção, passou pelo seio dela em direção ao rosto. Ouviu-a gemer.

Por mais que quisesse continuar, Tyrion parou. Ofegante sussurrou para ela:

- Sansa, acho que devemos parar. Posso não ser capaz de me controlar se as coisas continuarem assim...

- Não quero que pare. Por favor. Continue - sussurrou ela de volta. - Eu o quero.

No mesmo instante, Tyrion abriu os olhos e encarou-a deitada ali, sob seus braços, com os olhos ainda fechados, tentando recompor a respiração.

- Tem certeza, Sansa? Não quero que se sinta, de forma alguma, obrigada a fazer...

- Não. Não. Eu o amo, Tyrion. E acho que já esperei demais por esse momento.

Sem dar chance de resposta ao anão, Sansa mudou as posições, ficando por cima de Tyrion. Os dois sorriram durante o beijo.

As mãos ávidas por aquele momento percorriam o corpo todo um do outro. As carícias tornavam-se mais ardentes. Os beijos, mais ambiciosos.

Tyrion retirou o vestido de Sansa e logo, ela o ajudou a retirar sua camisa e calças. Com ela deitada sobre a cama, o anão parou por alguns instantes e admirou o que estava à sua frente. O rosto de Sansa corou, e ela tentou cobrir-se com as mãos. Ele logo impediu que ela fizesse isso.

- Não. Sansa você é perfeita - disse, cobrindo o corpo todo dela de beijos, simultaneamente, ela gemia e sussurrava seu nome.

Lentamente ele passou as mãos pela parte interna das pernas dela abrindo-as. Ela estremeceu mais uma vez com receio.

- Não irei machuca-la. Nunca - ele sussurrou.

Sansa entregou-se para Tyrion.

Ele era dela e ela era dele.

[...]

Quando abriu os olhos, Tyrion viu Sansa deitada em seus braços. Fechou os olhos e passou a lembrar da noite passada. Do que dissera e do que fizeram. Sorriu sozinho no quarto parcialmente escuro. Ele a tinha tomado para si de uma vez por todas. Algo pelo qual ele esteve esperando durante anos.

Entretido em pensamentos, mal ouviu Sansa ao seu lado.

- O que é tão engraçado que o faz sorrir dessa forma, milorde?

- Eu estava apenas lembrando de nossa última noite, milady.

- E eram lembranças boas?

- Sem dúvida nenhuma - respondeu o anão, dando um leve beijo nos lábios dela. - Bom dia, dormiu bem? Eu... Por acaso, te machuquei?

- Melhor impossível. E não, não machucou. Não que eu tenha reparado pelo menos.

Tyrion congelou. E ela pareceu ter percebido, pois se levantou e sentou-se na cama, cobrindo-se com uma das pelas que os cobria.

- Eu estou brincando. Foi perfeito. Eu não conseguia pensar em nada melhor do que a noite passada. Foi perfeito. Você é perfeito.

- Sou seu milorde perfeito.