Cotidiano escrita por Léo Cancellier
Um mês antes, Cebola estava pensando em como esquecer a Mônica. Ficou amigo de uma galera meio esquisita. Estava se afastando dos amigos e agindo estranho. Magali e Cascão eram os que mais se preocupavam.
- Magá. Ultimamente o Cebola está agindo muito estranho. Eu tô preocupado com ele. Tem dias que ele parece que perdeu os sentidos. Parece que ele não nos reconhece mais.
- Cas. É verdade. Acho que foi aquele vídeo que o Toni passou. Mas eu vou dizer umas verdades para a Mô para ela se ligar e fazer algo. – e pegou o celular para ver o número. – Não. Não vou. Pelo menos não pelo celular. É ligação internacional e eu não tenho créditos para tanto.
- Ei, Magá. – Cascão cutucou o ombro da amiga, apontando para algum lugar. – Não é o Cebola com aquela gangue?
- Cas, você tem razão! E aquilo entre que ele está segurando é... Não. Não acredito que ele esteja fazendo isso por causa da Mô! Nós precisamos falar com ele.
Os dois foram até onde a gangue estava. Bem no momento em que Cebola tomava um gole de alguma bebida em uma garrafa que estava escondida no saco de pão.
- Cebola. Nós precisamos falar com você. – disse Magali, tirando a garrafa da mão dele e dando para um dos membros da gangue, que estava rindo.
- O que vocês querem? Eu estou com os meus amigos agora.
Cascão estava furioso.
- Amigos? ESSES são os seus amigos agora? O que você está fazendo, Cebola? Bebendo! Aposto que foram os seus “amigos” Quer saber? Vamos embora, Magá. Acho que esse daí ficou maluquinho.
- Só porque eles bebem, não quer dizer que são maus. – Cebola tentou se defender.
- Cebola, não vale a pena fazer isso só por causa da Mônica. – Cascão tentou trazer o amigo de volta à razão.
Quando ele ouviu esse nome, pareceu que havia levado um choque.
- Mônica. Ela está bem? – perguntou.
- Não sei. Da última vez que eu falei com ela, parecia uma nojenta. – respondeu Magali.
- Cara, ela precisa de mim! – e, como se nunca tivesse bebido ou fumado, foi falar com a gangue. – Ei, caras. Eu preciso ir. Talvez vocês nunca me vejam mais. A minha amiga está chateada e eu preciso ajudá-la!
- Vai na paz, cara. – disse um cara da gangue. – Nós não precisamos de um “plego” como você.
E riram. Cebola deu as costas para eles e correu até Cascão e Magali.
- Vamos à casa da mãe da Mônica. Eu preciso falar com ela. – disse Cebola.
- Cebola, vai escovar os dentes primeiro. Tirar esse bafo de bebida. – disse Magali.
- Valeu, galera. Por me trazerem de volta à realidade.
Cascão e Magali sorriram para ele. Cebola retribuiu o sorriso.
- O que aqueles caras da gangue falaram? – quis saber Cascão.
- Se eu não denunciá-los, nós estamos a salvo.
- Que ótimo – disse Magali.
E foram até a casa de Cebola. Depois de se arrumar, Cebola foi até a casa de Mônica. Quando tocaram a campainha, se surpreenderam. Um Sr. Souaa todo triste atendera a porta. Quando entraram, viram Dona Luisa sentada no sofá, chorando. Magali se adiantou e a abraçou.
- Dona Lu, o que aconteceu com a Mônica?
- Magali. Cebola. Cascão. Se preparem para o que vocês vão ouvir. É uma história muito triste. – disse Dona Luisa, chorando.
- Dona Luisa, não vai me dizer que a Mônica... – Magali não conseguiu terminar a frase.
- Não. Ela não morreu. Magali. Lembra da última vez que você veio aqui, com o Cascão, falar com a Mônica?
- Lembro. Ela estava muito metida.
- Então. Ela ligou várias vezes, mas vocês não quiseram atendê-la. Em uma dessas ligações, há um mês, ela me contou que estava grávida.
Magali tapou a boca. Cascão não acreditou. Cebola ficou verde.
- Ela estava muito feliz. Não me olhe com essa cara Cebola. O namorado dela disse que iria assumir o filho junto com ela.
Cebola grunhiu ao ouvir a palavra “namorado”.
- Bom, pelo menos isso. – murmurou Magali.
- Só que hoje, ela ia treinar para o campeonato de líderes de torcida e tinha de fazer uma pirâmide. As amigas dela insistiram em mudar a coreografia, mas vocês conhecem a Mônica. Ela não aceitou e foi tentar. Só que estava chovendo e a grama estava escorregadia. Ela escorregou, tomou um tombo feio e... E... Perdeu o bebê.
Magali ficou paralisada com a notícia. Cascão estava abobalhado e Cebola estava indiferente à notícia.
- Se ela na fosse tão boba, nada disso teria acontecido. Ela foi acreditar na armadilha da Carmem. – disse Cebola.
- Cebola. Não fale isso! – disse Magali. – Olha só o estado da Dona Lu.
- Não, Magali. Se Mônica não fosse...
- Desculpe, Cebola. Mas já estava decidido que ela estudaria lá, independente da trapaça da Carmem. – disse Dona Luisa, séria.
- Mas ela continuaria comigo e não engravidaria! – berrou Cebola. – Mas se é assim que vai ser, eu vou arranjar outra garota pra mim. Uma que não seja tão ciumenta.
E levantou-se, enfurecido. Saiu pela porta, sem dar ouvidos aos outros. Magali e Cascão abraçaram Dona Luisa.
- Não se preocupe, Dona Lu. Eu vou falar com o Cebola. – disse Cascão.
- E eu vou falar com a Mônica. Ela vai nos ouvir. Quando ela ligar, me avise, tá?
- Tudo bem Magali. Eu avisarei. Muito grata por vocês virem aqui.
Magali e Cascão levantaram-se e foram embora. Dona Luisa recomeçou a chorar.
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