O feriadão nas montanhas passou sem mais nenhum susto, mas estava “pegando fogo”. Amber decidiu que era besteira encrencar com filmes de terror e já estava subindo pelas paredes. Fábio e Claire chegaram até a quebrar o estrado da cama.

Enfim, quando voltaram para a cidade, resolveram descansar, pois todos teriam que trabalhar no dia seguinte. Mônica foi tomar um banho enquanto Dante e Cebola conversavam. Denise estava no quarto arrumando as suas coisas.

Quando Mônica saiu do banho, o banheiro estava todo cheio de vapor. O espelho estava embaçado. Ela passou a mão no espelho para se ver melhor e tapou a boca com as mãos. Richard a encarava, como se estivesse atrás dela. Mônica virou-se, mas não tinha ninguém. Saído do banheiro, foi até o quarto de hospedes, onde estava dormindo. Ao abrir a porta e se olhar no espelho, quase gritou. Havia uma mensagem escrita lá. Parecia escrita com batom ou, “Tomara que não seja!” pensou Mônica, com sangue.

MÔNICA. FICO FELIZ QUE NÃO TENHA FICADO DEPRIMIDA E TENHA ENCONTRADO ALGUEM PARA VOCÊ. O CEBOLA É MUITO GENTE FINA. E O RICHARD JR. É MUITO BONITO.

ESTAREI SEMPRE COM VOCÊ. SEMPRE QUE PRECISAR, ME CHAME.

BEIJOS DO RICHARD.

Quando Mônica foi tentar ler de novo, a mensagem desapareceu.

Ela estava desconcertada. Sentou-se na cama, ainda enrolada na toalha. Começou a chorar.

Alguém bateu na porta.

– Quem é? – perguntou Mônica.

– Sou eu, gatz. A Denise. – respondeu Denise.

– Pode entrar, Dê. Eu queria contar uma coisa pra você e pra Magá. – disse Mônica, pegando o celular e passando para Denise. – Liga para ela, por favor? Enquanto eu troco de roupa? – pediu Mônica.

– Claro, amada. – disse Denise, discando um número.

Enquanto Denise falava com Magali, Mônica se vestiu. Colocou um vestido vermelho (que original) e um casaco preto. Magali chegou uns dez minutos depois.

Mônica narrou toda a historia. Denise estava maravilhada, mas Magali franziu a testa.

– Estranho. – disse Magali.

– Ai ,gatz. Não tem nada de estranho. Ele só quer que a Mô seja feliz. – disse Denise.

– Eu sei. Mas ela não tem que ficar por aí dizendo que falou com o Richard. Afinal, ele morreu. Vão achar que ela enlouqueceu. – continuou Magali. – Siga o conselho dele, Mô, mas não se prenda muito a esse acontecimento.

– Vou tentar. – disse Mônica, abraçando as amigas.