Cotidiano escrita por Léo Cancellier


Capítulo 18
Casamento E Lua De Mel




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Dia 26 de Setembro chegou. E não poderia ser um dia melhor. O pôr do sol estava perfeito. Dava um clima totalmente romântico. Mas antes de chegar ao pôr do sol, voltemos ao início do dia.

Magali acordou às 7 da manhã. Estava muito nervosa. Não conseguira pregar os olhos. Cascão não estava muito melhor.

Seu nervosismo diminuiu um pouco quando ela e as madrinhas (Mônica, Denise, Luiza, Amber Claire e Ale) foram fazer as unhas dos pés e das mãos. Depois ainda iriam arrumar os cabelos.

Na hora de provar o vestido, Magali estava quase chorando.

– Ai. Isso não vai caber. Eu sabia que não devia ter comido aqueles docinhos ontem. – choramingava.

– Bobeira, Magali. Vai caber sim. – diziam Dona Lili e Dona Lurdes.

Na parte das madrinhas, o nervosismo era um pouco menor, mas ainda existia.

– Meu Deus. Esse zíper que não fecha. – dizia Mônica.

- Quem mandou não controlar o que come? – Luiza chamou sua atenção. – Faz o seguinte: Respira fundo, como se fosse puxar todo o ar ao seu redor.

Quando Mônica fez isso, Luiza fechou o zíper com um puxão contínuo.

- Luh! Eu estou sem ar. – disse Mônica. – Esse vestido está muito apertado.

Luiza ainda teve de fazer isso em Denise, que, como Mônica e Magali, ajudara a experimentar os docinhos que iriam servir na festa.

- Dê. – disse Mônica, sussurrando. – Vamos levar umas roupas de festa para trocarmos depois do casamento. Eu acho que não agüento esse vestido me apertando a noite toda.

- Você acha? – perguntou Denise, arfando. – Eu tenho certeza.


Quando o sol começou a sumir, dando ao céu um tom meio alaranjado, todos os convidados já estavam acomodados na igreja. A música começou a tocar. Cascão entrou com a sua mãe. Seu Antenor entrou com Dona Lili, Amber entrou com Fontes, Luiza com Drew, Ale entrou com um primo da Magali e Claire entrou com um primo do Cascão. Logo depois, entraram Denise (ainda arfando) e Cebola, seguidos por Mônica (arfando também) e Richard. Daniela (irmãzinha da Mônica) entrou jogando pétalas de flores no chão. Quando todos foram para os seus lugares, a música principal começou a tocar. Magali e Seu Carlito entraram, ambos sorridentes.

Denise e Mônica estavam suando frio. Elas se abanavam com as mãos. Richard e Cebola perguntaram se estava tudo bem com elas e as duas apenas acenaram com a cabeça afirmativamente.

Enquanto o padre falava, Dona Lurdes e Dona Lili choravam de emoção. Seu Carlito e Seu Antenor se seguravam. As madrinhas choravam também. Menos Mônica e Denise, que tinham a sensação que se chorassem, o vestido arrebentaria. Não que estivessem gordas, mas só um pouco cheinhas. Quando o padre disse “os noivos podem se beijar”, as duas já estavam roxas. Bem na hora do beijo, as duas desmaiaram. Luiza foi correndo abrir o zíper dos vestidos.

Depois de trocarem de roupa e colocarem um vestido de festa mais largo, foram jogar arroz nos noivos, que entraram em um carro que iria até a festa.


Cascão e Magali iriam passar a lua de mel no Havaí. Duas semanas inteiras lá. Nessas semanas, eles colocaram fotos nos bookfaces deles. A turma ficava olhando as fotos e fazendo hipóteses sobre o que eles faziam lá. Denise era a mais direta: “sexo e turismo, é claro” respondia ela quando perguntavam.

Duas semanas depois, Cascão e Magali voltaram, cheios de novidades. Cascão contara como o Havaí era incrível, falava sobre o tamanho das ondas (apesar de não ter entrado muito no mar), etc. Magali já falava sobre as comidas típicas, sobre a fome que o Havaí despertara nela no fim da segunda semana, etc

.

Algumas semanas depois, a turma estava se preparando para ir ao shopping. Magali iria de carona com Mônica, porque Cascão, Cebola e Richard precisariam arrumar uns aparelhos na academia. Mônica estava passando um perfume e virou-se para Magali.

- Magá. O que você acha desse perfume? Eu queria usá-lo no casamento. Falta menos de um mês.

Quando Magali sentiu o cheiro, correu para o banheiro para vomitar.

- Nossa. O cheiro é tão ruim assim? – perguntou Mônica.

- Não. – respondeu Magali, do banheiro. – Ultimamente eu tenho me enjoado muito facilmente.

Mônica ficou paralisada no meio do quarto.

- Enjoado facilmente? Magá... Será que você está... Grávida?

- Heim? - disse Magali, saindo do banheiro. – Será?

As duas foram até a farmácia comprar um teste de gravidez. Quando voltaram para a casa, Mônica lia as instruções.

- Se ficar azul, é negativo. Se ficar rosa, seu bebê é gay. – disse Mônica.

As duas riram. Magali olhou para a tirinha do teste. Estava rosa. O rosto de Magali abriu-se em um sorriso.

- Mô! Que bacana! O Cas vai ficar maluquinho quando souber. Vamos passar lá na academia antes de ir ao shopping.

As duas entraram no conversível vermelho de Mônica e foram até a academia. Quando contaram a notícia, Cascão parecia que iria cair para trás, tamanha felicidade que o invadia. Elas foram para o shopping sozinhas, pois, apesar da notícia, eles ainda tinham que arrumar os aparelhos da academia.

A turma já estava esperando quando elas chegaram. Ao falarem a notícia, a mesa em que a turma estava estremeceu sobre os aplausos e “vivas”.

De repente o celular de Mônica tocou. Era Richard.

- Fala, amor.

- Mô. Tenho uma notícia meio chata para te contar. O nosso casamento vai ter que ser adiado para agosto do ano que vem. Parece que a igreja precisa de uma reforma urgente. Foi isso que me disseram quando me ligaram agora a pouco. Você se importa?

- Ai, que chato. Mas eu não me importo não. È melhor esperar o bebê da Magali nascer primeiro. Amo-te. Beijos.

- Que foi, Mô? – perguntou Magali.

- O meu casamento foi adiado para depois do nascimento do seu bebê.

- Não precisa fazer isso. – disse Magali.

- Ah, a gente precisa sim. Parece que a igreja vai ser reformada. E eu quero me casar na mesma igreja que você casou.

As duas riram.


Mais tarde, na casa de Cebola e Denise estava ocorrendo uma briga feia.

- Cebola! Você anda muito distante de mim! O que eu te fiz? – berrava Denise.

- Não é nada, Dê! Eu gosto muito de você! Não estou afastado! Estou apenas ocupado com a academia! – berrava Cebola também.

- MENTIROSO! Se você gosta de mim, por que ainda não marcou o nosso casamento?

- Sei lá. Só acho que é cedo! – Cebola disse, berrando.

- Cedo? Cedo, Cebola? Olha só a Magali e o Cascão, que casaram mês passado! E a Mônica, que vai casar ano que vem! – Denise continuava berrando.

Quando ela falou o nome de Mônica, Cebola parou de berrar por um momento.

- Mas olhe para o resto da turma que ainda não casou: O Drew com a Luiza. O Fontes! O Fontes, que já tem 30 anos, não casou ainda com a Amber! – recomeçou a berrar.

- Cebola! Não precisa arranjar desculpas. Se não gosta mais de mim, eu vou entender. Podemos ser amigos! – disse Denise, que parara de berrar e começara a chorar. – Você gosta de outra, não é?

Cebola ficou calado.

- Eu sabia, Cebola. Eu sabia. E já até sei quem é. – falou Denise, agora sorrindo. – Você não me engana, Cebola. Eu poderia estar sufocando no casamento da Magali, mas eu vi quando você olhou para ela. Vocês formariam o casal perfeito. E posso falar uma coisa, Cebola? Eu também estou gostando de outro homem. Podemos terminar como amigos? Podemos continuar morando juntos.

- Ok, Denise. Podemos terminar como amigos. – Cebola suspirou abraçou Denise. – Só por curiosidade. Você gosta de quem agora?

- É um italiano que eu conheci quando eu fui passar uma temporada na Europa. Ele perguntou se eu o namoraria, mas eu disse que não. Disse que era comprometida. Mas sempre fui apaixonada por ele.

- Por que não me disse antes?

- Eu não sabia que você iria se afastar de mim assim. Eu gosto de você, Cebola. Muito mesmo, mas sei que você gosta de outra. Pena que será uma missão quase impossível conquistá-la. Eu recomendaria que você procurasse outra que não fosse ela.

Rindo, os dois se abraçaram de novo. Cebola e Denise estavam felizes por serem amigos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Façam review. Não gostaram? Façam review. O importante é mostrar a opinião =)
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E se gostaram dessa, leiam as minhas outras fanfics, garanto que gostarão também. =P



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