Cotidiano escrita por Léo Cancellier


Capítulo 16
Cinco Anos Depois




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Cinco anos se passaram.

Mônica, assim como os seus amigos, se formara e agora era uma psicóloga. Junto com Drew, abrira um consultório. Richard, Cascão e Cebola abriram uma academia. Luiza, Amber, Claire e Denise foram passar uma temporada na Europa para participar de um desfile que haveria por lá.

Esses cinco anos foram recheados de baladas Vips, graças aos ingressos grátis que Fontes arranjava. Mari voltou para o Brasil, mas sempre se correspondia com todos. Mônica agora tinha mais uma alegria: a sua irmãzinha, Daniela, que agora estava com 5 anos. Sempre que podia, ia visitá-la no Brasil, porém, no Natal passado, Dani e seus pais passaram com Mônica, Richard e a família. Fora Mônica quem escolhera o nome e batizara Dani.

No seu consultório, só recebia gente famosa.

Certo dia...

– Ai, Drew. Eu não agüento mais essas crises da Eime CasaDeVinho.

– Nem me fale, Mô. Depois que ela decidiu largar a bebida e as drogas, está tentando voltar ao normal.

DINGUE-DONGUE (onomatopéia da campainha do consultório).

– Ué. Quem será? – perguntou Mônica.

Drew foi atender. Era Péris Riltom, que estava desesperada.

– Ai, Dra. Mônica. Eu estou deprimida. Muito deprimida. Acabei de brigar com a Britneide!

– Calma, Péris. Venha até a minha sala. – e, virando-se para Drew, sussurrou. – Ajude-me.

Os três entraram na sala. Paris foi até o divã e deitou-se.

– Conte como tudo aconteceu. – pediu Mônica. Drew começou a tomar notas.

– Nós estávamos tomando sorvete juntas. – começou Péris. – Daí, Tinkerbell pediu um pouco e eu dei. E a Brit disse “Ai que nojo, Péris. Animais não podem comer doces. Faz mal” e eu respondi que Tinkerbell não era um animal. Ela riu e enfiou o sorvete na minha testa.

Mônica suspirou e Drew continuou a tomar notas. Quando terminou, Mônica disse:

– Péris. Nós vamos fazer uma avaliação e ligamos para você o mais rápido possível.

Quando Péris saiu, Mônica passou a mão na testa e Drew começou a rir.

– Pai amado. Tinkerbell não é um animal? – disse, rindo. Pegou o telefone e discou um número.

– Alô? Britneide? Aqui é a Mônica. Péris acabou de me contar o que aconteceu. Não enfie sorvetes na testa dela. Você conhece a Péris muito bem e sabe como ela é sensível. Conversa com ela, ok? Beijos. – e colocou o telefone no gancho. – Drew, eu posso com isso?

– É engraçado. Opa! – exclamou. – É o carteiro.

Drew foi até o portão e pegou dois envelopes. Um era para ele e um era para Mônica. Quando abriram, tiraram um convite chique de dentro.

– “Você está convidado (a) para a formatura da turma de Psicologia.” – leu Mônica. – Vamos ver os alunos, para ver se conhecemos. – e passou o olho pela lista de alunos. – Cara. É da Ale. Ela vai se formar esse ano.

– Bacana. Aposto que toda a turma recebeu. – disse Drew.

E não deu outra. Todos tinham recebido. Só não sabiam se Luiza, Amber, Claire e Denise viriam a tempo, pois estavam na Europa.

Quando Mônica estava voltando para sua casa e parou no semáforo, ouviu alguém chamar seu nome. Quando olhou, viu um garoto de uns 14 anos acenando para ela. O sinal abriu e ela estacionou o carro. O garoto veio em sua direção.

– Professora Mônica. Não se lembra de mim? – perguntou.

– Eu já fui sua professora? – perguntou Mônica, confusa.

– Claro que foi. E de karatê. – disse o garoto.

– Robert?

– Eu mesmo.

– Eu nem te reconheci. – disse Mônica, dando um beijo em seu rosto. – Continua no karatê?

– Sim. Quando eu me formar, quero ser professor de karatê também. Ih! – exclamou, olhando para o relógio. – Tenho que ir para a aula. Agora eu treino com a turma da noite. Tchau, Professora.

– Me chama de Mônica. Tchau. Bom te ver. Até qualquer dia. – disse Mônica.

Quando ele foi embora, ela ligou o carro de novo e foi para sua casa. Chegando lá, tudo estava escuro. Apenas velas estavam acesas.

– Caramba. Será que o Richard está praticando magia negra? – ela andou pela casa. – Bom... Não existem pentagramas no chão em animais mortos por aí...

Caminhou até a cozinha e viu uma mesa com velas, duas taças, um champanhe, pratos, etc. Do forno saía um aroma muito bom. Quando ela deu outra olhada, alguém tapou seus olhos com as mãos.

Ela já sabia de quem eram as mãos. Virou-se e deu um beijo em Richard. Um beijo quente e apaixonado.

– Mademoiselle Mônica. Porr aqui, porr favorr. – disse Richard, tentando forçar um sotaque francês. E indicou a cadeira para ela se sentar.

– Oui, mon amour. – disse Mônica, rindo. – Mas nem é o nosso aniversário de namoro.

– E existe um motivo especial para agradar o meu amor? – perguntou, em um tom apaixonado.

Mônica quase desmaiou de emoção. Quando se sentou, Richard tirou um frango assado do forno (“Bom, tem um animal morto, mas foi por uma boa causa”, pensou Mônica) e colocou-o sobre a mesa, onde já havia uma travessa de arroz. Sentou-se e começou a servir Mônica.

– Sabe que o Cascão que me deu a idéia. Ele ia fazer isso com a Magá também.

– Sério? Aposto que ela iria se derreter toda. – disse Mônica, rindo.

Richard passou o prato para ela e se serviu.

– Opa. Não podemos esquecer disso. – e estourou o champanhe. Colocou um pouco em sua taça e na taça de Mônica.

Começaram a conversar. Depois de comer, Mônica tomou seu champanhe. Quando terminou, reparou em algo no fundo da taça. Era... “Um anel?” pensou.

– Quê que é isso, Richard? – ela perguntou.

Richard tirou o anel do fundo da taça e se ajoelhou.

– Mônica. Aceita se casar comigo? – perguntou.

As lágrimas saltaram dos seus olhos.

– Claro! Claro que eu quero, Richard! – e se ajoelhou também, beijando-o.

A comida fora esquecida. Richard colocou o anel no dedo dela, pegou o champanhe e as taças e foi até o quarto, correndo. Mônica foi atrás.

– Ei! Volte aqui, Rich! – berrava Mônica.

Quando entrou no quarto, quase caiu para trás. A cama estava coberta por um lençol vermelho e tinha pétalas de rosas sobre toda a sua superfície.

Deitado no meio da cama encontrava-se Richard, segurando a garrafa de champanhe e as taças. Mônica foi se aproximando e Richard foi se sentando. Ela sentou junto dele e começaram a esvaziar a garrafa de champanhe. Depois de fazerem isso, colocaram a garrafa e as taças no chão e começaram a se beijar. Richard dava beijos no pescoço de Mônica, enquanto tirava a sua blusa lentamente. Mônica se ocupava em desabotoar a camisa de Richard. “Que perfume bom!” pensava Mônica. Ela deitou-se e Richard começou a beijar sua barriga. Tirou lentamente a calça dela. Depois disso, foi a vez dela repetir o ato nele. Após tirarem as roupas de baixo, Mônica sussurrou no ouvido dele.

– A melhor noite de todas... – e deu uma mordida na orelha dele.

Foi uma noite longa...

Mônica acordou se sentindo leve. Era sábado e não precisaria trabalhar. Parecia tudo um sonho. Um lindo sonho. Porém, quando olhou para o seu dedo direito, viu que não era. Estava noiva. Virou a cabeça e olhou para o lado. Richard estava dormindo. “Como é lindo!” pensou Mônica. Começou a acariciar o rosto dele. Richard abriu os olhos.

– Bom dia, flor do dia. – disse, ainda com sono.

– Bom dia. – disse Mônica, beijando-o. – Volte a dormir. Eu vou te fazer uma surpresinha.

Richard obedeceu e voltou a dormir. Mônica foi até a cozinha. Magali estava lá, fazendo o café da manhã. Parecia que tinha tido a mesma idéia que Mônica tivera. Café na cama.

– Amiga. – disse Magali sussurrando. – Olha isso.

E mostrou a sua mão direita. No penúltimo dedo havia um anel. Mônica tapou a boca com as mãos. Depois do choque, também mostrou o seu.

– Ai que bacana, Magá. – disse Mônica, batendo palmas. – E eu vi que você teve a mesma idéia que eu tive. Levar café na cama para o noivo, depois de uma noite maravilhosa, não foi?

– Exatamente. Foi uma noite maravilhosa. – disse Magali.

– É, eu sei. Nós ouvimos. – riu-se Mônica, preparando o café.

– Ei, você não fica muito atrás não. Nós também ouvimos vocês. – Magali começou a rir.

As duas subiram as escadas levando bandejas com suco de laranja, ovo frito, bacon e umas torradinhas. Despediram-se e cada uma foi em uma direção do corredor. Mônica entrou em seu quarto. Richard estava dormindo. Ela depositou a bandeja na cama e deu um beijo no rosto de Richard, que acordou.

– Surpresa. – disse Mônica.

– Ah, amor. Assim você quebra as minhas pernas. – disse, rindo. – E você, não vai comer nada?

– Já comi lá em baixo. Encontrei a Magali. Você não sabe o que aconteceu.

E começou a contar para Richard a história.

– Eu já sabia. O Cascão me contou lá na academia. Eu te disse que ele me deu a idéia de fazer esse jantar. Eu estava querendo te pedir em casamento há um tempo, mas não sabia como.

– Que bom que você esperou. Foi exatamente como eu imaginei. – disse Mônica, beijando-o. Não se cansava de fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Façam review. Não gostaram? Façam review. O importante é mostrar a opinião =)
.
E se gostaram dessa, leiam as minhas outras fanfics, garanto que gostarão também. =P



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