Cotidiano escrita por Léo Cancellier


Capítulo 14
Disco Night




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Mônica e Magali pegaram os seus os seus livros, entraram no conversível cor-de-rosa de Mônica e foram para a universidade. Havia passado uma semana desde o aniversário de Mônica.

            Chegando lá, elas encontraram com Drew, que estava comendo um sanduíche natural.

            - Ê, Drew. Comendo a essa hora? Vai ficar gordinho, heim. – riu-se Mônica.

            Drew riu. Em um piscar de olhos, Magali já estava o acompanhado, comendo um sanduíche natural também.

            - Ai, Mô. Deixa o menino viver em paz. – disse Magali, mordendo o seu sanduíche.

            - Era só brincadeirinha, Magá. – explicou Mônica.

            O sinal tocou.

            - Gente. Vamos para a aula. – e Mônica deu um tapa na testa. – Putz! Ninguém merece. Agora é aula com aquele cara que fala espirrando cuspe na gente. Vamos rápido. Se chegarmos antes dele, conseguimos um lugar no fundo. – disse, correndo. – Vamos Drew, vamos Magá!

            Quando Mônica chegou à sala, viu que tinham três carteiras com uma plaquinha na qual estava escrito “Reservado” em cima de cada uma.

            Magali entrou.

            - Reservas no nome de Magali. – disse.

            Uma garota indicou as três carteiras. Elas ficavam no fundo da sala. Magali sentou em uma, Drew em outra e Mônica em outra.

            - Amiga, é só usar o celular. – explicou Magali.

            - Claro! Por que eu não pensei antes? – Mônica deu um tapa na testa.

            - Porque você já tinha saído correndo quando a Magali ia te explicar a idéia. – disse Drew. 

            Ele e Magali riram. Mônica resmungou.

            - Não foi engraçado.

            O professor entrou na sala.

            - Bom dia, alunos. – disse, espirrando cuspe em uma garota e em um garoto que estavam sentados na primeira carteira.

            - Coitados. – sussurrou Magali para Drew e para Mônica.

            - Só que eles não foram espertos como a gente. – sussurrou Mônica.

            - É verdade. – concordou Drew.

            E a aula continuou normalmente. Quando terminou, o garoto e a garota estavam com as roupas molhadas, de tanto cuspe que levaram.

            Depois dessa aula, Mônica e Magali foram para uma aula diferente da que Drew ia.

            - Drew, a gente se vê na próxima aula. – disse Mônica.

            - OK. Até a próxima aula. – falou Drew.

            - Tchau Drew. – disse Magali.

            Ela e Mônica foram para outra aula, que passou normalmente.

            Quando elas estavam indo encontrar Drew, o celular de Mônica tocou. Ela viu o número e reconheceu logo.

            - Que estranho. A minha mãe me ligando a essa hora. – estranhou e atendeu. – Alô. Oi, mãe. O que foi?

            - Mônica. Tenho que te contar uma coisa. Eu estou... Grávida! – disse a voz de Dona Luisa. Ela parecia empolgada.

            Mônica deixou seus livros caírem.·.

            - O quê? Sério!?! Que tudo!!!! Em breve irei te visitar! – vibrou Mônica. – Mas eu não sabia que você e o papai... Ai que nojo, mãe!

            Doa Luisa riu.

            - Bom, era isso. Eu queria te contar o mais rápido que pudesse. Agora eu vou desligar. Beijo. Te amo, filha.

            - Beijo, mãe. – e desligou. – Magali, você não sabe da maior.

            - O quê?

            - A minha mãe está grávida!

            - Sério que a Dona Lu tá grávida? – perguntou Magali, incrédula.

            - Sério. – confirmou Mônica.

            - Mas eu não sabia que pais faziam... Argh. Que nojo!

            - Eu pensei a mesma coisa. Bom, pelo menos ela vai poder dividir o amor que ela tem por mim e não vai ficar deprimida e sozinha lá.

            - Isso é. – concordou Magali.

           

            Depois de assistirem todas as aulas, tinham combinado de ir para o Shopping com a galera. Chegando lá, encontraram com Luiza, Amber, Claire, Cebola, Denise, Cascão e Richard. Mônica deu um beijo em Richard, Magali em Cascão e Drew em Luiza.

            Todos estavam tomando milk-shake. Mônica já tinha contado a notícia para todos. Eles estavam ansiosos para ver o bebê quando nascesse. E perguntavam a mesma coisa: Será que terá os mesmos dentes charmosos da Mônica?

            - Gente, mudando de assunto – começou Denise – Vocês viram esse anúncio? – disse, tirando um panfleto da bolsa. – Vai ter uma balada disco sábado. Vamos?

            - Já é. – disse Amber, pegando o panfleto. – Ei, tem que ir fantasiada de “Era Disco”. Que mico.

            - Deixem comigo. – falou Luiza. – Eu crio os modelitos. E sem pedrinhas preciosas dessa vez – acrescentou rapidamente ao ver o olhar de Mônica fuzilando-a. Ultimamente, Luiza havia feito fantasias e roupas que só foram usadas uma vez e Mônica dissera que era um desperdício usar pedras preciosas em roupas que seriam usadas uma vez só.

            - Nós ajudamos. Temos que treinar para aquela prova da universidade. – disseram Claire e Amber.

           

            Sábado chegou rapidamente. No meio da semana, todos tinham ido até a casa de Luiza, Amber e Claire para elas poderem fazer as fantasias. O restante ficaria responsável pelos acessórios (perucas black-power, óculos escuros extravagantes, colares, etc.).

            Todos iriam se encontrar na porta da balada. Mônica e Drew iriam ser os “amigos” da vez, porque não beberiam e depois levariam a “turma pé-de-cana” para a casa, dirigindo.

            Quando se encontraram, todos riram juntos. Estavam muito engraçados.

            - Estou pronta para divar! – disse Denise, passando as mãos na peruca black-power e ajeitando os óculos.

            - Colei junto! – completou Amber.

           

            A turma entrou na balada. As músicas que tocavam eram apenas dos anos 70/80. Todos estavam dançando no ritmo. Alguns já estavam com bebidas nas mãos. Menos Mônica e Drew, que bebiam suco.

            No meio da noite, Denise berrou:

            - Puta merda!! Eu preciso fazer xixi!!

            - Caraca, Dê! – exclamou Mônica. – Que susto! Peraí. Eu vou com você.

            As duas foram até o banheiro, Denise meio tonta. Ela bateu na porta da primeira cabine e estava trancada. Bateu na segunda e estava trancada também. Na terceira, Denise ouviu gemidos e nem bateu.

            - Ai, Mô! Quê que eu faço? Tá tudo ocupado. – disse Denise, já pulando de vontade de fazer xixi. De repente, estalou os dedos. – Já sei!

            E saiu correndo do banheiro. Mônica foi atrás. Quando viu o lugar em que Denise ia entrar, a segurou pelo braço.

            - Denise. Você não está pensando em...

            - Sim, Mô. É a minha única chance. É isso ou fazer nas calças.

            E entrou. Mônica foi atrás. Era o banheiro masculino. Quando elas entraram, os homens estranharam e saíram do banheiro. Menos os que estavam nas cabines, que estavam trancadas.

            - Ai, ai, ai! Tá tudo ocupado também!

            Denise virou a cabeça para os mictórios e sorriu.

            - Dê...

            - Mô. Não dá para agüentar!

            E, abaixando a calcinha, se posicionou em um dos mictórios e começou a fazer xixi. Depois, pegou os papéis de secar mãos e se limpou.

            - E agora? Como dá descarga? – perguntou. – Será que é assim?

            E puxou uma válvula do mictório. De repente, começou a espirrar água na cara dela. A válvula tinha estourado. Nesse momento, Amber entrou no banheiro.

            - Gente, que fuá! – disse.

            Um homem entrou no banheiro para ver a bagunça.

            - Quê está acontecendo aqui? – perguntou o homem.

            - Nada não... – começou Amber, mas parou de falar rapidamente. – Como é o seu nome, gato?

            - Felipe, mas pode me chamar de Fontes. E o seu? – respondeu ele.

            - Amber, mas pode me chamar de Amor. – disse, meio bêbada.

            Fontes parecia meio confuso.

            - Ei. Para início de conversa, o que mulheres fazem no banheiro masculino? – perguntou.

            - É que o banheiro feminino estava cheio. – disse Denise, fazendo uma tentativa frustrada de parar o vazamento com o seu “casaco da era disco”. – ai que difícil. Tenta aí, Amber. – e passou o casaco para Amber, que obteve tanto sucesso quanto Denise.

            Fontes perdeu a paciência e fechou o registro.

            - Viram como é simples?

            - Simples para você, que é homem – disse Amber – E quem é você?

            - Eu sou o filho do dono dessa boate. – respondeu Fontes.

            Ninguém reparou em um bombeiro que tinha chegado para arrumar a válvula. Denise nem ligou que estava com a roupa molhada e saiu. Mônica também reparou no climão e vazou dali. Amber se apoiou em uma pia, meio bêbada.

            - Tá tudo bem? – perguntou Fontes.

            - Só um pouco zonza. É o álcool. – disse Amber.

            - Sabe que beber não faz bem para as pessoas?

            - Ah, Torneira. Vai catar chuchu no mato, vai. Eu estou me divertindo.

            - É Fontes.

            - É tudo parecido. Soltam água, não? E olha como eu estou animada.

            Amber começou a dançar e pular, escorregou na água e quase bateu a cabeça no chão. Foi amparada por Fontes.

           

            Enquanto isso, Denise, que continuava molhada, dançava com Cebola. Ambos estavam alterados por causa da bebida e faziam uma dança estranha no ritmo da música. Mônica e Richard também dançavam. Richard não estava bebendo para não começar a atazanar Mônica e porque não gostava de beber muito.

            - Ué. Cadê a Amber? – perguntou Claire. Estava com uma voz meio enrolada.

            - Acho que ela está dando “uns cato” no cara que a gente conheceu no banheiro masculino. – disse Denise.

            - Heim?

            - Esquece, gata. Longa história. Chata de contar e triste de ouvir. – Denise acenou com a mão.

            - MÔ!!!!

            Quando Mônica virou-se, encontrou com Ale, que estava toda fantasiada para a Festa Disco e usava uns colares que piscavam em várias cores.  Ale logo entrou na dança. Mari apareceu logo depois, cheia de acessórios neon.

            A festa estava muito divertida, mas Amber não aparecia.

            - Mô. Vamos lá “desentalar” a Amber do banheiro. – disse Denise, agarrando o braço de Mônica.

            Denise e Mônica foram até o banheiro masculino. Graças ao conserto que o bombeiro fez, não estava vazando água. Á princípio, não havia ninguém no banheiro. Elas acharam que os dois tinham vazado da balada. Mas logo depois, ouviram barulhos em uma cabine trancada.

            - Ops. Dê, acho melhor não interrompermos. – disse Mônica.

            - Ai, que bafão. Essa menina não vale nada mesmo! – disse Denise, rindo. E, de repente, gritou. – AMBER! SUA PUTA! VOCÊ ME DEIXA ORGULHOSA!

            O barulho na cabine parou. Mônica e Denise saíram depressa do banheiro, rindo. Voltaram para a pista de dança, como se nada tivesse acontecido. E continuaram se divertindo. Dez minutos depois, Amber apareceu com Fontes, ambos com as roupas ligeiramente amassadas e com as perucas fora do lugar. Começaram a dançar. Amber se moveu para o lado de Denise e sussurrou no ouvido dela.

- Era você?

- Claro! – respondeu Denise.

- Você e quem? A Mô?

- A própria. – a garota acenou com a cabeça.

- Ai que vergonha! – Amber corou.

- Usou camisinha, gata?

- Claro!! Eu não quero uma gravidez inesperada. E o cara tem 25 anos. Pode rolar um namoro, mas eu não quero filhos.

- É assim que se diz. Vamos divar!– berrou Denise.

Ela começou a dançar com Cebola, que a beijou. Mônica aproveitou o embalo e beijou Richard. Drew beijou Luiza. Amber beijou Fontes. Claire, Ale e Mari, que estavam com “a vela na mão”, foram “à caça”. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Façam review. Não gostaram? Façam review. O importante é mostrar a opinião =)
.
E se gostaram dessa, leiam as minhas outras fanfics, garanto que gostarão também. =P



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