Lucy corria desesperadamente em direção da casa da Mira, não podia deixar eu levassem o filho dela, Akihito (filho da Mira) era seu afilhado e se algo lhe machucasse Lucy se culparia por não ter ajudado, atrás de si vinham em disparada os membros da equipe provisória que ela criara para a guerra, desespero era a única coisa que se podia ver nos olhos dos membros da equipe.

Lucy virou a esquina e se deparou com um cenário de guerra, as coisas pareciam estar tomando um rumo errado, Mira, Lisanna e Elfman lutavam incansavelmente contra alguns magos, Lucy na hora se tocou de quem eles eram conhecidos como os imortais, no total cinco membros faziam parte daquele grupo.

Cada um deles tinha o poder de levar seu inimigo à morte e menos de dois minutos, por isso Lucy foi direto para o meio da briga, mandou Lisanna e Elfman saírem de onde estavam enfrentando três dos cinco magos imortais para deixá-la que daria conta de tudo.

Lucy não sabia o porquê de eles estarem ali, afinal de contas eles eram de guildas diferentes da que nos atacava, olhei um pouco mais para o lado e vi algo que fez meu coração gelar, vindo de outra rua estava Kiará e Kise, os dois com sobretudos, apenas seus rostos podiam ser vistos, seus olhos eram os mesmos olhos de assassinos, mas isso já era de se esperar afinal de contas eles eram os magos mais poderosos da guilda especializada em assassinatos.

Nada estava fazendo sentido, aqueles magos não eram das mesmas guildas, mesmo que as Dark Guilds trabalhassem juntas nunca atacavam ao mesmo tempo uma única cidade, foi então que Lucy viu algo que jamais imaginaria ver em um único dia, os dez magos mais poderosos das três Dark Guilds Top estavam vindos juntos pelo outro lado da rua, tinham nos encurralado.

– Mas que merda está acontecendo aqui? - eu perguntei mais para mim mesma do que para os meus inimigos, todos deram um sorriso torto com prazer nos olhos, senti meus amigos vindo para perto de onde eu estava, olhei para eles todos tinham algo incomum nos olhos, medo. Eu rangi os dentes ao perceber que eles estavam desistindo de tudo antes mesmo de lutar.

Então fiz algo que jamais pensei que iria precisar chamei os outros membros da guilda, coloquei a mão na minha marca e assim entrei em contato com todos que tinham a marca, cada um deles estavam em complicações, Laxus lutava arduamente contra um dos três reis de Fiore, conhecido por suas artimanhas na batalha, ele fora conhecido como um rei quando derrotou três magos santos ao mesmo tempo.

Desisti de chamar Laxus, ele já tinha sua própria luta para travar, olhei pela mente do Haru e vi que eles também não estavam em uma situação boa, lutavam os três Dragon Slayers contra mais um dos três reis de Fiore, conhecido como o caído, por ter deixado a guilda Sabertooth para entrar para uma Dark Guild, logo sai da mente deles, não podia contar com a ajuda deles naquele momento.

Percorri mais uma vez Magnólia com a minha mente através de algum membro da guilda para nos ajudar, encontrei com o grupo de Jellal, ele lutava com o ultimo rei de Fiore, o mais poderoso, que carregava no rosto a marca da morte, aquele de longe era o pior inimigo para se enfrentar sozinho.

Não distante dali encontrou Gildarts lutando contra Penélope, uma das rainhas supremas da magia aquela seria uma luta e tanto, mas Gildarts parecia estar com a vantagem e ele também tinha Kana para ajudá-lo.

Passei a olhar um pouco mais pela cidade e encontrei Gajeel, Kaya, Levy e Juvia lutando contra a maga conhecida como a sinistra, ela era forte, mas não me preocupei pois Juvia e Levy estavam ali, mas algo me incomodou, só os magos de enorme poder estavam lutando, ou melhor, os de classe SS ou magos santos, onde estavam as tropas daquelas guildas? Eram no total dez guildas que enviaram seus magos fortes para a luta, então onde estavam os outros membros dessas guildas?

Eles não podiam estar acreditando que com apenas aqueles magos iam nos derrotar, mesmo que os mesmo fossem muito fortes isso não era típico deles, e também tem o fato de que por algum motivo eles mandaram gente demais para tentar destruir uma única guilda, somos fortes, mas não era necessário eles mandarem tanta gente.

Olhei mais um pouco para a cidade e o que vi não me animou em nada, todas as tropas das guildas inimigas marchavam pelas lacunas da cidade onde não havia nenhum mago para proteger, eram mais de mil magos inimigos as pessoas que ficaram na guilda não podiam resistir por muito tempo a tantos magos.

Voltei ao meu corpo, algo não estava certo, olhei para Mira que parecia desesperada, afinal de contas não é todo dia que se descobre que seu filho vai ser seqüestrado.

– Chamou ajuda Lucy? - me perguntou ela, eu olhei para todos, eles olhavam para os inimigos que ficavam cada vez mais próximos, se eu não agisse logo, não teria como sobrevivermos a isso.

– Não - Mira me olhou sem entender - Cada um deles está lutando sua própria batalha - eu olhei para a albina mais nova que tinha nos braços um pequeno bebe que chorava baixinho - Mira você vai ter que confiar o Akihito á Charles - A albina mais velha me olhou sem poder acreditar em minhas palavras, afinal não queria por nada no mundo sair de perto do seu pequeno - Charles leve ele para aquele lugar - a gata branca entendeu o que eu queria dizer e logo pegou o bebe e saiu voando, deixando para trás uma albina chorosa - O resto vai direto para a guilda, eu e a Mira vamos cuidar disso aqui - eu falei, nenhum deles quis deixar apenas nós duas para cuidar daqueles magos, que tinham níveis extraordinários de magia quase invencíveis - A guilda precisa de ajuda, a maior parte do exercito deles está marchando pra lá agora mesmo.

Eles seguiram as minhas ordens e foram direto para a guilda pela única rua que não estava com inimigos, Natsu não foi tão fácil, mas Erza deu um jeito nisso com um único soco bem dado, depois de eles saírem eu vi alguns magos irem atrás deles então na hora eu e Mira demos um pulo parando na frente deles.

– Se vocês quiserem ir atrás dos nossos amigos vão ter que passar por nós - falamos juntas, nossa voz trasbordava ódio e raiva, pude ver alguns magos tremerem só de nos ouvir.

– Vocês são muito corajosas de nos enfrentar apenas em duas - falou Kiará.

– Não é coragem, é apenas certeza de que somos mais fortes - eu falei sorrindo de canto, vi Mira fazer o mesmo gesto, ela estava pronta para matar, também por que foram se meter logo com o filho da Mira? Eles ficaram vermelhos de ódio só em ouvir as nossas palavras e vieram nos atacar.

Mira na hora usou sua transformação mais forte e se preparou, eu peguei ao mesmo tempo duas chaves, uma delas era completamente negra e a outra era vermelha, Lucy quase nunca usava aquelas chaves em especifico, mas aquele era um caso de vida ou morte, seu poder estava quase esgotado e se não acabasse com tudo de uma vez traria muito perigo.

Quando convocou os espíritos apareceu em sua frente uma mulher de longos cabelos vermelhos seus olhos também vermelhos e um corpo de dar inveja, o outro era um homem de cabelos negros e curtos com uma expressão séria, ambos olharam para Lucy que estava já fraca, mas ainda assim com sua espada na mão, eles se voltaram para os inimigos que vinham correndo em sua direção e perguntaram em uníssono.

– Estamos liberados para matar sem piedade? - falaram, suas vozes ecoaram através da rua chegando a todos que ali estavam Mira se virou para eles com um sorriso de canto, já os inimigos olhavam assombrados para os dois a sua frente, quem nunca ouvira falar dos dois demônios que Lucy carregava consigo e até hoje qualquer pessoas que os enfrentou não viveu para contar a historia? Lucy olhou para seus espíritos com aquele olhar assassino que lhe tomava o ser nas lutas e falou.

– Com toda a certeza do mundo - falou ela com uma voz ainda mais fria que a de seus espíritos, os espíritos de uma hora para a outra desapareceram, os outros magos expressaram um leve sorriso acreditando que Lucy já não tinha magia para manter os espíritos no mundo humano e que os mesmos tinham regressado ao mundo espiritual.

Antes que eles pudessem dar um passo em direção da albina e da loira, os dois espíritos apareceram nas costas dos inimigos cada um com uma bola de poder de tamanho médio, mas mesmo a Km de distancia podia ser sentido o força de seu poder.

E assim a batalha começou, mas mesmo com tantos poderes, Mira e Lucy estavam em total desvantagem pelo numero de magos inimigos e pela força dos mesmos, mas não era isso que lhe atrapalhava e sim o fato de eles estarem inacreditavelmente lutando juntos.

Mira e Lucy estavam tão fracas depois da luta que caíram no chão totalmente fracas e sem magia, ambas olhavam para os inimigos feridos e que olhavam para elas sorrindo e dando risada, mas as duas já tinham gastado muita magia antes da luta, é claro que se elas tivessem com suas magias fortes teriam derrotado eles com uma mão nas costas, o que não era o caso, elas já sem nenhuma esperança ficaram olhando para os inimigos esperando a morte certa.

Mas como um milagre que veio para salvar elas, no céu apareceu o que elas menos esperavam o Cristina 2 da Blue Pegasus, de lá pularam cinco pessoas, eles caíram com um pequeno barulho ao lado das magas.

– Pensaram que nós íamos deixar nossos velhos amigos na mão desse jeito? - falou uma voz grave, que pertencia a Takao, atual mestre da Guilda Blue Pegasus, ele era possuidor de enormes músculos e diferente do antigo mestre uma pessoa mais fechada, mas apenas com as pessoas que não conhece ou não tem intimidade, mas muito bom em certos pontos e até agradável, Lucy e Mira o conheciam muito bem e sabiam que aquele homem era muito poderoso, causando assim muito medo naqueles que o desobedeciam.

Tinham ficado próximas dele, por sempre estarem arquitetando planos para fugir do conselho.

– Nunca imaginei que um dia veria uma cena com o essa - falou uma maga que vinha para perto das duas.

– Somos fortes Akemi, mas nem as pessoas mais fortes do mundo mágico podem agüentar lutar duas batalhas de tamanhos extremos sem perder toda a magia - eu falei, ela me olhou com um sorriso de canto, seus cabelos loiros balançavam de acordo com a brisa ela estendeu uma mão em minha direção e outra para Mira, quando suas mãos começaram a brilhar pude sentir meu corpo voltar a ter a força de antes e também a minha magia voltando.

Levantamos-nos e olhamos para os dezessete magos a nossa frente, sorrimos diabolicamente e é claro atacamos sem piedade com um único intuito, matar.