– Senhor Alfred, Bruce ainda não acordou, mas lhe garanto que ele está bem. – Disse J’onn a Alfred Pennyworth, eles estavam caminhando pelo corredor da enfermaria.

Alfred estava com o semblante cansado, havia quinze dias que ele estava cuidando de todas as papeladas da Wayne Interprises que chegavam à mansão Wayne, lidando com os repórteres que ligavam, para os amigos que estavam preocupados com o sumiço de Bruce Wayne e tudo mais, Alfred já estava velho, não aguentava mais ter que fazer esse tipo de serviço.

No caminho, conversaram sobre amenidades, chegando assim ao quarto onde Bruce estava localizado, a porta estava fechado, J’onn sabia que Diana estaria ali, dormindo ao lado de Bruce, ficou com um pouco de receio em acordá-la, pois ainda eram seis horas da manhã, mas Alfred tinha o direito de ver seu patrão.

J’onn bateu na porta, mas não houve resposta, ‘’Talvez Diana não tenha dormido aqui noite passada’’ – Pensou J’onn. Então, eles adentraram o quarto, acendendo a fraca luz do cômodo e indo para a cama, verificar se estava tudo bem com Bruce...

- Annnn, com licença, acho que estamos interrompendo algo. – Cochichou Alfred para J’onn.

- Não estamos não, como eu havia falado para o senhor, Bruce ainda não acordou. – Disse J’onn.

- Nem Diana. – Disse Alfred divertido. E então J’onn o acompanhou, próximo a cama e viu Diana e Bruce dormirem abraçados, com Diana dormindo sobre o largo peito de Bruce e se sentiu muito envergonhado.

- Me desculpe senhor Alfred, não sabia que Bruce já havia acordado. – J’onn cochichou para Alfred.

- E se vocês continuarem aqui, além de me acordarem, vão me deixar aborrecido – Falou Bruce, com os olhos fechados, beijando o topo da cabeça de Diana que mesmo tendo audição aguçada continuava aparentemente dormindo no peito de Bruce.

- Me desculpe Bruce, fico feliz que você tenha acordado, anh, mais tarde eu volto para examiná-lo. – Disse J’onn.

- Alfred, me desculpe, nós podemos conversar mais tarde? – Perguntou Bruce ainda de olhos fechados abraçando Diana.

- Claro Patrão Bruce, fico feliz de ver que o senhor está bem – Disse Alfred sorrindo. – Muito bem eu diria. – Se referindo à moça em seus braços.

- Vamos? – Sugeriu J’onn que já estava na porta.

- Vamos sim. – Saiu Alfred. – Até mais patrão Bruce.

- Até mais Alfred.

- Então o senhor Bruce está namorando a senhorita Diana Prince? – Perguntou Alfred a J’onn enquanto ambos estavam caminhando para o salão principal onde Alfred seria teletransportado para a Mansão Wayne.

- Não sei senhor Alfred, só sei que ambos se gostam há muito tempo, e eu ficaria muito feliz se o que vimos agora pouco comprovasse nossas suspeitas. – Sorriu J’onn.

- Você tem razão J’onn, esperamos que ambos confirmem esse relacionamento.

E assim, Alfred voltou para casa.

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– Bruce que vergonha! – Disse Diana ela ainda estava deitada sobre o peito largo de Bruce, estava com os olhos fechados e com as bochechas vermelhas.

- EU SABIA! – Disse Bruce. – Sabia que você estava acordada quando J’onn e Alfred estavam aqui no quarto. – Bruce começou a rir e fazer cocegas em Diana.

- Para Bruce, seu safado! – E ambos riam. – Eu não podia ter dormido aqui na cama com você! Você ainda esta muito machucado, eu poderia ter te ferido enquanto estávamos dormindo, me desculpe – Disse ela querendo se levantar, coisa que Bruce não deixou e a enlaçou ainda mais para si.

- Você se encaixa perfeitamente a mim. – Disse Bruce sério no ouvido de Diana, essas palavras misturadas com o som da voz de Bruce fizeram seu coração bater descompassado.

Eles estavam estranhamente relaxados, ambos estavam deitados de lado um para o outro, Diana estava deitada no peito de Bruce, sua mão direita estava descansando seu rosto, apoiado no peito de Bruce e a mão esquerda estava o abraçando, suas pernas estavam entrelaçadas com as dele e ela estava tão confortável que dormirá o melhor de seus sonhos.

Bruce estava muito feliz, abraçando Diana com as duas mãos ele dormira com o rosto entre os cabelos sedosos da princesa.

- Quero dormir com você para sempre – Disse ele novamente.

- Você não pode – Bruce olhou pra ela estranhando.

- Não posso porque? – Perguntou ele.

- Sabe como é, talvez Dannielle não goste. – Disse ela escondendo seus rosto no tórax dele, ela não queria que ele soubesse que ela estava com ciúmes.

- Dannielle? – Bruce tentava se lembrar da onde conhecia esse nome. – Não creio, você está com ciúmes daquela moça que eu levei no casamento de Clark?

- Ciumes? Claro que não – Tentava a moça se justificar.

- Olha, vamos esquecer de tudo isso, certo? Você de Dannielle e eu de Wally. – Disse Bruce sério.

- Eu não consigo. – Falou Diana se levantando da cama e ficando de pé em sua frente. – Se não conversarmos agora, essas coisas ficaram presas na minha garganta até o dia que eu não suportar mais.

- Tudo bem Diana – Disse Bruce pegando nas delicadas mãos da morena. – Tudo bem, vamos esclarecer tudo, para que assim possamos ter uma chance, certo?

- Certo! – Sorriu à morena.

- Dannielle nada significou para mim, assim como todas as outras antes, sempre foi você, só você, na minha vida, nos meus sonhos – Disse Bruce levando a mão direita de Diana aos lábios para dar um suave beijo.

- Ela era tão parecida comigo só que tão diferente. – Diana estava divagando.

- Ninguém se compara a você nesse mundo, você é única, especial e essencial para mim. – Disse Bruce.

- Você nunca mais á viu? – Perguntou Diana com um pouco de medo da resposta.

- Nunca mais, ela era como um sangue suga sempre atrás do meu dinheiro e do meu poder como Bruce Wayne, dono das indústrias Wayne Interprises. – Disse Bruce admirando sua princesa.

- Me desculpe – Pediu Diana.

- Pelo que?

- Por fingir que namorava Wally, não sei onde estava com a cabeça quando aceitei fazer parte daquilo. – Disse a moça.

- Tudo bem, Wally já me contou tudo, eu te entendo. – Disse Bruce.

- Estamos bem então?

- Mais do que bem, estamos ótimos. – Disse Bruce puxando Diana para um beijo.

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Durante a semana que se seguiu, Bruce e Diana dormiram todas as noites no quarto destinado á ele, trocavam longos beijos, conversavam sobre amenidades, riam das histórias de quando eram pequenos.

Na última noite de Bruce no quarto da enfermaria, ele estava sozinho, Diana havia ido para sua casa na terra. Ele não queria admitir isso para ninguém, mas ficar algumas horas sem ver Diana já o estava deixando morrer de saudade.

- Espero que você não esteja zangado comigo ainda. – Disse uma voz feminina entrando no quarto.

- E porque estaria? – Disse Bruce agora já conseguindo se sentar na cama.

- Qual é Bruce? Vai ficar com esses joguinhos agora? – Disse Shayera divertida. –

- Ah é, Esta tudo bem Shayera. De verdade – Disse Bruce.

- E então, já que esta tudo bem, me conta! – Pediu Shayera animada se aproximando da cama de Bruce.

- Te contar o que?

- Ué, é namoro, amizade? O que ta acontecendo entre você e Diana? – Insistiu ela.

- Hey, sua intrometida, isso é assunto nosso – Disse Bruce.

- Isso mesmo, nosso. – Disse Shayera divertida.

- Sua ruivinha chata. – Disse Bruce.

- Isso, maltrate a mãe de seu afilhado pra você ver – Disse Shayera.

- Eu não estou te maltratando, só que... O que? – Bruce se assustou. – Você me escolheu como padrinho de seu filho?

- Claro né! Quem melhor que um morcegão super forte, inteligente e bla bla bla, para cuidar do meu bebê caso aconteça algo a John ou a mim. – Disse Shayera radiante passando uma mão por sobre a barriga de quatro meses e meio.

- Não acredito, você me elogiando? Só pode ser a gravidez mesmo. – Disse Bruce agira entrando na brincadeira. – Fico muito feliz em saber que você me quer como segundo pai para seu filho ou filha.

- Filho. – Sorriu Shayera.

- Um lindo garotão? – Bruce estava sorrindo agora.

- Parabéns! E como está o papai? – Perguntou Bruce se referindo a John.

- Ele não para de comprar presentes, quer ficar todo o momento conversando com o bebê, não me deixar comer nada, fica falando o tempo inteiro o que eu tenho que vestir, como eu devo dormir e tudo o mais, mas apesar de tudo isso está muito feliz, um chato, insuportável, mas muito feliz.

- O John sempre sendo o John.

- Pois é, aquele ingrato, eu que vou passar por todas essas transformações e ele que vive mudando de humor. – Disse Shayera meio que se confessando com Bruce, sentando-se ao seu lado na cadeira que pertencia a Diana e conversando com ele durante muitas horas.

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A Dra. Pamela Lillian Isley era uma botânica de Seattle, na verdade, uma das mais respeitadas cientistas em seu campo de atuação. Isso até que Jason Woodrue (também conhecido comoHomem Florônico) conduzisse alguns experimentos em Pamela. Ao injetar toxinas em sua corrente sangüínea ela se tornou imune a todas as espécies de venenos, viroses, bactérias e fungos. Como "bônus", Pamela ainda ganhou um toque mortal. Basta um beijo seu e qualquer pessoa fica sob seu comando. Um pouco mais de contato e a pessoa cai dura a seus pés. Desnecessário dizer que isso fez com que a pobre doutora ficasse pinel e, como todo doidão do Universo DC que se preze, migrasse para Gotham City.

Uma mulher muito atraente, Pamela seduz tanto homens quanto mulheres pelas toxinas retiradas das plantas que tanto conhece. Ela se especializou em híbridos e é capaz de criar as mais poderosas toxinas conhecidas. Uma inimiga muito perigosa.

Num dos lugares mais sombrios da face da terra se encontrava agora Pamela, mais conhecida como Hera Venenosa. Trajava suas costumeiras roupas verdes e segurava um dispositivo que imitava a voz de um cachorrinho recém-nascido chorando.

– Isso é de partir o coração. – Disse a vilã gargalhando.

Colocou o dispositivo ligado dentro da caixa, fechou-a e fez um enorme laço colocando um bilhete num lugar bem visível.

– Entregue isso a ela agora. – Disse ela a um de seus capangas, e não saia de lá até ter certeza que ela viu a caixa. – Entendido?

– Sim senhora. – Disse um jovem alto, muito magro que trajava roupa roxa, já saindo da imundice do local.

– Vamos ver se essa nova namoradinha do Batman irá gostar do presente que ganhará do Morcegão. – Disse Hera.

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Depois de longas quatro semanas dormindo ou com Bruce na pequena cama dele na enfermaria, ou na cadeira ao seu lado, Diana agradeceu por ele finalmente estar bem, saudável e curado, a dor de vê-lo daquele modo, com uma bala em seu peito e vários machucados em seu rosto, costas e pernas á tinha deixado apavorada, se não fosse por seus amigos, Diana teria sucumbido a uma forte depressão, J’onn teve que operar as pressas Bruce, e durante alguns momentos ela pensou que iria perdê-lo para sempre, a dor a matava, Shayera fazia de tudo para ajudar à amiga, mas Diana não cooperava, passava todas as horas de seu dia ao lado de Bruce, não comia, não dormia, e também já não era mais ela mesma.

Quando Bruce Wayne acordou naquela noite o coração de Diana voltou a viver, ela voltou a ser quem era e melhor de tudo estava junto dele, eles haviam se beijado, dormiam juntos e Bruce disse que queria estar com ela para sempre, e ela queria estar com ele também, enfim os dois seriam um só e tudo estaria resolvido.

Na manhã seguinte Bruce receberia alta e Diana estaria ao seu lado para leva-lo para casa e ajudar Alfred a cuidar dele, mesmo bem Bruce ainda teria que andar de muletar por mais alguns dias, pois os cortes de suas pernas haviam sido profundos, sem contar de suas costas, mas estavam se cauterizando muito bem e Bruce só teria que continuar com a fisioterapia.

Diana não estava dando devida importância à revista que estava lendo, o assunto era sobre ela e Mulher Gavião que haviam sumido das batalhas, as palavras estavam desconexas, ela se arrependerá amargamente de deixar Bruce sozinho na torre, queria estar com ele, para que assim pudessem assistir algum filme ou ler algum livro juntos. Um arrepio frio passou por sua coluna e ela se cobriu melhor.

A campanhia tocou.

- Quem será uma hora dessas? – Disse ela bem baixinho.

A campanhia não parou de tocar um segundo sequer, meio revoltada Diana saiu de sua cama e foi para sala atender a porta. Ela estava usando uma camisola roxa curta de alças e estava descalça.

- Já vai! – Gritou ela alcançando a maçaneta da porta.

Quando abriu a porta não havia ninguém, a campanhia cessou no momento que ela alcançou a maçaneta, ela estava desconfiada, antes de voltar para dentro e deitar em sua cama, sua atenção foi captada por uma caixa que estava ao seus pé e um latido de filhote de cachorro começou a chorar.

Diana ficou emocionada, pensando ser um presente de Bruce, Diana rapidamente pegou a caixa, que estava um pouco pesada para ser um filhote, mas Diana não se preocupou com isso, afinal sua força era descomunal, nem percebendo o peso em si, fechou a porta, entrou na cozinha, acendeu a luz e pegou o bilhete que estava preso no laço que envolvia a grande caixa.

‘’Minha querida, vim te presentear com algo que você JAMAIS se esquecerá.

Abra a caixa com cuidado para a surpresa ser maior.

Se isso não for o bastante para te impressionar, dá próxima vez você ganhará muitas flores que irá te enroscar.

ASS: Bruce Wayne’’

- Bruce é um romântico – Disse Diana abrindo a caixa.

Quando Diana abriu a caixa ela sentia feliz, radiante, isso mudou no segundo que desfez os nós da caixa, o cachorrinho não parava de latir, porém não se mexia ou fazia outros barulhos, Diana fez como mandava na carta, abriu a caixa bem devagar, deparando-se um uma bomba, enorme, não deu tempo de ela fazer nada, o último segundo desvaiu, seus olhos presenciaram algo que ela jamais esqueceria. De repente aquela enorme bomba explodiu na sua frente. A bomba que havia sido raptada do poder do governo havia sido achada, estava agora em poder de Diana Prince.

Continua...