In Love With a Goth Guy escrita por Tsukishima


Capítulo 9
Paraíso




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Como prometido, na hora da saída, ele estava lá, na frente da escola... me esperando! Não esperando a EX-namorada dele, nem outra garota fútil ou mimada, e sim, EU. Mas dessa vez ele estava de carro. E que carro!

Um Porsche 911 Turbo preto. OMG! O carro preferido dos vampiros! QUE SONHO!!!

Assim que me viu, ele me mostrou um sorriso de canto que quase me fez cair. Me aproximei do carro, boba, devia estar babando! Como pode um gato desses se envolver com um projeto de garota como eu? Fala sério, mas sou mais eu do que a loira oxigenada

- Entre aí. – ele abriu a porta pra mim e então eu entrei. Percebi que todos os olhares da escola estavam em cima da gente agora. MORRAM DE INVEJA PORQUE EU TENHO ESSE GOSTOSO SÓ PRA MIM HAHAHA, ok, menos... quase nada.

Ele colocou um CD de música pra tocar. Que música? Ah, aquela! Claro que não curto a banda, mas AQUELA música era perfeita! Vermilion pt. 2, do Slipknot. É a única música do Slipknot que é romântica, eu acho. Pelo menos não tem berração!

Ele começou a cantar, perfeitamente bem!

“She seemed dressed in all of me stretched across my shame All the torment and the pain Leaked through and covered me I'd do anything to have her to myself Just to have her for myself

Now I don't know what to do, I don't know what to do When she makes me sad...”

---

Ela pareceu vestida em todo o meu ser esticado através de minha vergonha. Todo o tormento e a dor Escaparam completamente e me cobriram Eu faria qualquer coisa para tê-la para mim Apenas para tê-la para mim Agora eu não sei o que fazer Eu não sei o que eu faço quando ela me deixa triste”

Essa música é boa, muito boa, mas tinha um motivo pra ele colocá-la. Claro, eu. Eu era o motivo. É como se ele fosse o vocalista e estivesse falando de mim na música. E, enquanto cantava a música, ele dirigia e às vezes me olhava rapidamente e voltava sua atenção para a rua.

- Você gosta dessa música? – me perguntou.

- É ‘ouvível’!

- Então não gosta.

- Gosto. É a única do Slipknot que gosto. E você?

- Passei a ouvir quando te conheci.

- Só quando me conheceu? Quer dizer que não gostava...

- Vamos mesmo falar de música? – me olhou, senti malícia naquele olhar, mas fingi não notar.

- Não, tem razão, quero saber onde está me levando...

- Você logo saberá! – ele cantou a parte em que a música estava: “She is everything to me...”, porém, cantou mais baixo, essa deve ser a parte que mais o toca, e me toca também, com toda certeza!

Sorri em pensamento. Ele estava cantando a música para mim somente!

Passaram-se alguns rápidos minutos, e chegamos em uma estrada cercada por florestas. Ele parou o carro ali.

- Está louco? Vai parar nesse fim de mundo?

- Relaxa. – ele tirou o cinto de segurança e me olhou, com aquele olhar Uchiha – Você não viu nada...

To apaixonada! O quanto sedutor ele pode chegar a ser? Será que eu ainda não vi nada mesmo? Nada da sua sedução, seu poder de me fazer estremecer cada vez que me olha... Era disso que ele falava?

- Não quer ficar aqui sozinha, certo? – ele abriu a porta do meu lado e pegou em minha mão, para que eu fosse com ele, pra onde quer que seja.

Ele me guiava entre as árvores com sua mão, agora mais gelada que a minha e, de vez em quando, olhava pra trás e sorria para mim. Ele é um príncipe? Será?! OMG, estou me envolvendo com um príncipe! Um príncipe das trevas!!! Claro que não é das trevas, até porque este está deixando de ser rockeiro, e sinto que é por minha causa. Ele agora veste uma calça jeans, um All Star, uma camiseta azul marinho – que vi por baixo de seu casaco preto que era a coisa mais linda do mundo, no corpo de Sasuke, claro.

Um pouquinho mais à frente, aparecia uma luz, percebi que era o fim de todo aquele matagal. Porém, Sasuke passou a ficar atrás de mim e então colocou suas mãos em meus olhos.

- O que está fazendo? – coloquei minhas mãos sobre as dele, sem enxergar nada.

- Somente te guiarei. Mas prometo que não irá se arrepender!

Assim andamos mais um pouco até que pude sentir a claridade chegando cada vez mais perto. Mais alguns passos e...

- Nossa... – sussurrei ao ver a paisagem.

Era tudo perfeito. Flores. Sim, eram flores. Flores de cerejeiras. A grama era tão verde que até doía de tanto olhar. E tinha um lago. Era a imagem dos sonhos.

A princípio cheguei a pensar que ERA um sonho! Mas mudei minha hipótese ao tocar as gramas e as flores. Me lembrei então do dia em que Sasuke me falou sobre minha camiseta com os escritos japonês. Flor de cerejeiras.  

- Nem vou perguntar se gostou... – disse, sentando-se na grama.

- Eu... Nunca vi um lugar assim... Em toda a minha vida. Nem em sonhos!

Fui me sentar ao seu lado.

- Como sabe desse lugar?

- Um dia eu estava meio nervoso, então quis dar uma volta pela floresta, sozinho. Então andei... andei... até que cheguei nesse lugar, sem querer!

- E tem dono?

- Não sei. – juro que não esperava esta resposta.

Então fez-se silêncio. Pudemos ouvir o som da água, dos poucos pássaros que voavam por ali, das folhas das árvores se movimentando conforme o vento batia.

Estava frio. Mas não tanto quanto os outros dias.

Então me lembrei do dia anterior, em que eu o beijei, sem querer. Com certeza enrubesci e acho que ele percebeu isso, pois me chamou. Então eu quis explicar que foi sem querer, aquele beijo.

- Er... sobre ontem... eu queria te dizer que foi... sem querer.

- Ah, foi sem querer... – então ele me puxou pra si, fazendo-me ficar sobre ele – Então agora não vai ser ‘sem querer’... – colocou sua mão em meu pescoço, me puxando para juntar nossos lábios. E esse foi, novamente, mais um delicioso beijo, porém, com mais entusiasmo. O último beijo aconteceu por minha causa, mas foi ótimo. Até porque ele havia me retribuído. Esse então foi... quente! Eu estava em cima dele, sentindo sua quentura, e ele me apertando cada vez mais contra seu perfeito corpo.

Botei minhas mãos em seu peitoral e fiz pressão para que me separasse dele. Precisava de ar, não respirava desde quando ele me puxou para si. Ele me deixa sem ar, de qualquer forma.

- O que foi?

- Preciso de ar.

- Ah.

Recuperei rapidamente e então eu voltei a beijá-lo.

Após mais esse beijo, deitei minha cabeça em seu peitoral, e que peitoral!!! E fechei os olhos, sentindo seu cheiro. Lembrei-me de sua blusa que havia dormido comigo... OMG! SUA BLUSA AINDA ESTAVA COMIGO! Ele havia falado pra mim devolvê-la quando parasse de fazer frio...

- Hum... Sasuke..

- Sim.

- Sua blusa de frio está comigo. – olhei pra cima, para poder encará-lo.

- Sim, e daí?

- E daí que eu tenho que devolvê-la!

- Não se preocupe com isso...

- Hum... – voltei a deitar a cabeça em seu peitoral.

Estava muito silencioso. Eu não queria assim.

- Acho melhor irmos embora...

- Você já quer ir?

Não! Eu não quero! Mas temos que ir! Meus pais podem perguntar onde eu estava e eu me ferro...

- Não que eu quero, só temos que ir...

Me levantei e ele fez o mesmo logo em seguida. Então estendeu a mão para mim.

- Vamos.

Seguimos de volta para o carro.

- Esse lugar é muito bonito... – eu disse colocando o cinto e querendo puxar assunto.

- Podemos vir sempre, se você quiser.

Olhei pra ele e respondi:

- Claro.

Fomos para minha casa, sem falar nada. Já estava começando a pensar que ele se arrependeu do que havia feito.

Chegamos, eu disse somente um ‘xau’ e ia saindo do carro.

- Ei! – ele pegou em meu ombro, me fazendo virar pra ele – É só assim? Xau e mais nada? – então se aproximou para beijar-me. Quando terminou, encostou seus lábios nos meus mais uma, duas, três vezes.

- Obrigada por essa tarde... – sorri e saí do carro.

Ouvi a buzina de seu Porsche antes do mesmo sair dirigindo até sua casa, ou não sei aonde. Espero que seja até sua casa mesmo! Uma a uma floricultura comprar flores pra sua querida futura namorada. Certo, parei de sonhar...

Abri meu diário e escrevi tuuudo como prometido. É tão bom escrever sobre ele. Sobre nós! Mas sinto que esse ‘relacionamento’ não irá pra frente! Ele é bom demais pra mim... buáá! Vamos ver se estou certa... só o futuro nos dirá.


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