POV Narrador

Percy passou a maior parte da viajem dormindo no avião. E incrivelmente, não teve sonhos com ela. Na verdade não sonhou com nada.

A distância entre Percy e Annabeth diminuía cada vez mais. Será por isso que os sonhos se cessaram? Percy não precisaria sonhar com ela se os dois se encontrassem.

Percy foi despertado do seu profundo sono com a voz de um homem no alto-falante.

– Senhores passageiros chegamos ao nosso destino. Por favor, sentem-se e coloquem seus cintos.

Percy olhou pela janela, estavam sobrevoando a grande Nova York. Os prédios e casas eram pontos minúsculos em sua visão.

Passaram-se alguns minutos e o avião já tinha estava em terra.

– Senhores passageiros, bem vindos à Nova York. Os que têm destino a Boston continuem no avião. Uma boa tarde a todos. –

Os passageiros se levantaram espremendo uns aos outros no pequeno corredor do avião. Pisos nos pés, empurrões e xingamentos aconteciam dentro do amontoado de pessoas.

Percy esperava pacientemente sentando em seu assento. Não se preocupava em esperar, afinal estava evitando aquela bagunça.

Quando todos já haviam saído do avião, Percy se levantou de sua poltrona e andou pelo corredor. Passou pelos comissários de bordo e os cumprimentou.

O rosto dos mesmos assumiu uma expressão surpresa. Não estavam acostumados a palavras dirigidas a eles, a não ser reclamações e xingamentos dos passageiros. A final aquela era a primeira classe, e algumas pessoas tinham o comportamento de achar-se melhor que os outros.

Percy já esperava essa reação, não era a primeira vez que acontecia. Mas ele lamentava, queria que os outros tivessem sido educados como ele. Mas infelizmente as coisas não eram assim.

[...]

Percy estava em seu quarto, tinha chegado a sua nova casa há exatamente quatro horas. A mudança toda já havia sido completa, com praticamente dez profissionais trabalhando era isso que se esperava.

A nova mansão era maior que a outra, incrivelmente era possível. O quarto de Percy havia sido montado do jeito que o mesmo queria. As paredes estavam pintadas de tipos diferentes de azul e verde e o quarto estava repleto de objetos marítimos. Percy adorava o oceano, seu sonho era ser Biólogo marinho, mudando totalmente a política da família. Seu avô (por parte de pai) era advogado, seu pai também, mas não era o que Percy queria fazer. E seus pais respeitavam isso.

Percy estava entediado de ficar deitado em sua cama, queria sair e conhecer a cidade. E era isso que iria fazer. Saiu do seu quarto e foi para o andar de baixo.

– Pai! Mãe! Vou sair! – avisou.

Foi para a enorme garagem e pegou seu carro, ligou o GPS e saiu pela movimentada Nova York.

[...]

Percy já tinha visitados todos os melhores lugares da cidade, o sol estava começando a se por quando o mesmo foi a um Starbucks.

Entrou na grande cafeteria e pediu um café com leite e Muffins de chocolate.

O verão estava no final, daqui a dois dias as aulas começariam. Percy iria estudar em um colégio de elite chamado Goode High School, um dos melhores do país. Nele só estudava quem tinha uma ótima condição financeira, isso significava um bando de riquinhos exibindo seus pertences caros. A Goode recebia muitos alunos de diversos países, graças a seu programa de intercâmbio.

Percy já estava acostumado com isso, afinal seu antigo colégio era o melhor de São Francisco e dentro dele continha muito riquinhos mimados. E ele conseguiu encontrar amigos que não era assim. Mas sua preocupação era que talvez ele não encontrasse pessoas assim nessa escola.

Percy se levantou de sua mesa pagou sua comida e pediu mais um café com leite para viajem. Saiu do Starbucks e foi andando em Nova York.

Percy estava distraído observando a cidade, quando se esbarrou com alguém e acidentalmente todo o seu café cai em cima dessa pessoa.

– Porra! Minha blusa. –

– Sério, me desculpe. – diz Percy levantando a cabeça e olhando a pessoa.

Era um garoto, devia ter a idade de Percy, dezesseis anos. Tinha cabelos da cor da areia e olhos azuis como duas piscinas brilhantes. Usava um camisa do Nirvana, agora toda encharcada de café.

– Eu adorava essa camiseta! – disse o garoto.

– Me desculpe mesmo, eu compro outra. – diz Percy preocupado.

– Tudo bem cara, eu estava brincando. Eu nem gostava mesmo dessa camisa. Você está de carro? Porque eu preciso de uma carona. – diz o garoto.

– Estou sim. É só me acompanhar. Ah, meu nome é Percy. - diz Percy.

– Sou o Luke. –

[...]

Percy estava na casa de Luke, que também morava em uma mansão. Luke estava trocando de blusa enquanto Percy olhava seu quarto.

– Cara, não acredito! Você também gosta de Borderlands? – diz Percy olhando para um enorme pôster do jogo.

– Adoro. Voce tem o 2? – fala Luke.

– É claro. Nem sei qual é melhor, o 1 ou o 2. – diz Percy.

– Eu tenho ai, quer jogar? – diz Luke.

– Quero! – diz Percy animado.

Os dois garotos passaram horas jogando, Percy só foi voltar para casa às dez horas da noite.

– Filho, onde você estava? Ficamos preocupados. – diz sua mãe o abraçando.

– Desculpa mãe, é que eu derrubei café em um garoto hoje e nós acabamos ficando amigos. – diz Percy.

– Tudo bem, mas na próxima vez avise ok? - diz Sally.

– Ok mãe.

Percy subiu para o seu quarto e ficou vendo fotografias. Quando acha uma que lhe interessa.

Nela estava ele e seu primo Nico correndo da Sra O’Leary a cadela de Percy. Os dois meninos deviam ter cinco anos de idade, e a cadela havia sido recentemente comprada.

Sra O’Leary era uma cadela preta com uma tamanho extraordinário. Na foto ela era um filhote e ninguém esperava que ela ficasse tão grande. Ela foi comprada para Percy, mas infelizmente não pode ficar com ele. Sra O’Leary, como eu disse anteriormente cresceu demais, e como Percy morava em um apartamento não podia ficar. Então Nico a adotou, para felicidade dos dois. Percy sentia falta dela, mas sabia que estava em boas mãos. Ele a visitava às vezes, poucas porque Nico morava em Nova York.
O que agora não era mais um problema.

Percy tomou um banho trocou de roupa e dormiu.