Early In Love escrita por Bia Miranda


Capítulo 12
Casamento


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas! Eu sei, eu sei. Eu demorei demais. E eu peço mil desculpas, embora eu saiba que isso não vai remendar os quatro meses ( ou mais) que eu fiquei sem postar. O tempo pareceu passar tão rápido. Eu juro para vocês que eu não queria isso, eu sei o quanto é ruim quando isso acontece. Eu também sou leitora. Só que aconteceu tantas coisas no ano passado e esse ano foi como se começasse do zero. Escola nova, amigos novos, uma Bia nova. E quando eu vi, quatro meses se passaram. Eu só quero dizer que eu amo essa fic demais e também amo vocês e nunca, nunca, nunca e ia abandoná-los. Então, mais mil desculpas pelo capítulo, eu desacostumei a escrever então não esperem muito.Beijinhos.



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POV Narrador

Annabeth estava sentada inquieta em um pequeno banco de madeira. Sua mãe terminava de arrumar seu cabelo, mas a pequena não facilitava, se mexendo o tempo todo.

– Annabeth! Fique quieta!

– Desculpa mamãe. É que estou nervosa. – diz a pequena de levantando.

– Vai dar tudo certo. Não se preocupe. – diz Atena se abaixando, ficando na mesma altura da filha. – Deixa mamãe arrumar seu laço.

– Você não pode ir comigo? – pergunta Annabeth se virando.

– Não querida. Eu não fui convidada.

O som da campainha foi ouvido dentro da casa. Atena deixou o quarto e a pequena Annabeth se olhou no espelho.

Usava um vestido amarelo rodado, com um grande laço em suas costas. Sapatinhas douradas estavam em seus pés. E seus cabelos estavam compostos por cachos.

Saiu de seu quarto e desceu a escada, pulando de degrau em degrau. Quando chegou em baixo pode ver de relance um garotinho de olhos verdes.

– Annabeth! Você está linda! – diz Sally vindo em sua direção. – Está parecendo uma princesa.

– Obrigada.

Annabeth se virou e viu Percy. Ele usava um terno preto com uma pequena gravata. Ficou muito bem nele para um garoto de oito anos. Ela se dirigiu ao lado dele, enquanto seus pais conversavam com os de Percy.

– Está apertado? – perguntou baixinho.

– Muito.

– Então meninos. Vamos? – diz Poseidon.

Os quatro saem da casa e entram no carro preto da família Jackson.

– Vocês dois vão chamar muita atenção lá. – diz Sally alegre. – Estão lindos!

As duas crianças coraram se olhando.

Annabeth foi convidada para o casamento do tio de Percy. Ia ser uma grande festa e o garoto não queria ir sozinho.

O carro parou em frente a uma igreja. Ela era grande e estava decorada com enfeites azuis e brancos. A arquitetura do local encantou Annabeth. A igreja era de madeira cinza com pedras brancas nas laterais. Um tapete vermelho se estendia pelo chão e uma multidão de pessoas se encontrava na entrada.

– Vamos sentar logo, senão não terá mais lugares. – diz Sally.

Eles adentram a igreja que estava começando a se encher de pessoas. Sentaram em um banco de madeira enfeitado longe da entrada.

– Está tudo tão lindo! – diz Annabeth admirada.

– Está mesmo! Lucy caprichou! – diz Sally.

– Eu acho que vai começar. – diz Percy olhando para trás, onde um amontoado de pessoas – que pareciam ser os padrinhos – estavam em pé na porta.

Em dois minutos mais pessoas haviam entrado na igreja. A banda estava se preparando, os cantores faziam a passagem de som. Uma senhora gorda se sentou do lado de Percy. Ocupava tanto espaço que Percy foi espremido contra Annabeth.

A garota olhou para ele e o mesmo apontou discretamente com a cabeça para a senhora. Annabeth deu um pequeno sorriso, tirando sarro do garoto.

A banda começou a tocar, uma música calma e bonita. Logo depois os padrinhos entraram em casais. Sally praticamente babava nos vestidos e Annabeth estava admirada com tudo, nunca tinhas estado em um casamento antes.

Todos os padrinhos haviam entrado e se dirigiram ao lado do altar, onde tinha a primeira fileira de bancos.

Logo depois a mãe da noiva entrou com o pai do noivo e logo em seguida o próprio noivo com sua mãe.

Ele era um rapaz jovem, muito bonito por sinal. Devia ter uns 22 anos. Tinha cabelos loiros e olhos claros. A cor não podia ser identificada, às vezes era verde – um bem claro quase cinza - outras vezes era azul.

Passado um tempo os trompetes começaram a tocar. Do andar de cima saíram mais. Tocavam a típica música de entrada.

– Está muito alto! – Percy teve que gritar para Annabeth ouvir.

– É lindo!

As portas – que antes estavam fechadas – se abriram e as pequenas damas de honra entraram e logo em seguida a noiva acompanhada por seu pai.

As damas de honra estavam vestidas com um vestido branco com azul. Os cabelos estavam com cachos. Uma devia ter nove anos e a outra sete. A mais velha ajudava a mais nova.

Annabeth nunca tinha visto uma mulher tão linda em sua vida. Seus cabelos loiros estavam presos e uma presilha brilhante os enfeitava. Sua maquiagem era linda e bem feita. Um batom rosado nos lábios, um blush claro na maçã do rosto. Seus lindos olhos verdes estavam rodeados por lápis e rímel, que alongava ainda mais seus longos cílios.

O vestido era esplêndido! Era tomara que caia com um cinto brilhante na cintura, embaixo do cinto o vestido tinha detalhes de pequenas flores e na barra era rendado. Simples, mas lindo.

(Vestido: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=73344492&.locale=pt-br

A noiva e seu pai andaram até o altar. Ela não parava de sorrir e piscava para reprimir as lágrimas. Olhava para seu noivo com um olhar apaixonado, um olhar difícil de ver hoje em dia. A maioria dos casais que se casam não tem esse olhar. O olhar genuíno do amor, o olhar que ninguém consegue desconectar. Era o tipo de amor que iria durar para sempre, nem a morte poderia separar.

Ela chegou até o altar, o noivo que sorria como um bobo pegou sua mão e a guiou.

O resto do casamento se resumiu em sorrisos e lágrimas. Foi tudo lindo! Na festa após o casamento havia tantos doces que as crianças não sabiam o que escolher. Annabeth estava indecisa entre um doce de chocolate com recheio de maracujá ou um de morango.

– Eu gosto mais do de maracujá. – diz um homem.

Annabeth se virou e viu o noivo em seu lado.

– Aqui. – disse ele pegando o doce e entregando a menina. – Você não vai se arrepender.

A noiva - que andava de um lado por outro parecendo procurar alguém – olhou na direção de Annabeth e o homem e sorriu, parecendo encontrar o que procurava.

– Querido... Sua mãe está te procurando. Ela quer tirar uma foto conosco.

– Ah! Tudo bem.

– Você é a Annabeth? – pergunta docente a noiva para a garota.

– Sim.

– Sally também está te procurando para tirar a foto. Vamos! – disse a noiva estendendo a mão.

– Vamos.

Os três foram andando pelo salão e Annabeth não parava de pensar em quanto os dois eram simpáticos. Percy era muito sortudo em ter eles como tios.

Os noivos e Annabeth chegaram ao local da foto, algumas pessoas da família estavam lá, todas conversando e sorrindo. Annabeth passou os olhos pelo local e procurou Percy. Ele estava perto de uma fonte – era um jardim – com outras crianças.

– Pode ir lá querida. Quando for a vez de vocês eu chamo. – diz a noiva.

Annabeth sai correndo em direção à fonte, mas para ao perceber que seu vestido estava se arrastando pelo chão. Volta a andar, calmamente dessa vez e olha com mais atenção para a fonte. Era grande de um tom de pedra bem cinzento. Em cima dela tinha uma escultura de uma mulher. Ela usava uma túnica do estilo grego e segurava dois bebês em seu colo. A estátua era bonita, mas Annabeth a achou triste. Alguma coisa no semblante da mulher transbordava tristeza e cansaço. Como se tivesse passado por muita e coisa e soubesse que ainda havia mais pela frente.

A garota foi tirada de seus pensamentos por um grito. Ela olhou na direção do som e percebeu que era Percy. O garoto estava do mesmo jeito de quando se separaram só que seu terno estava bagunçado, a gravata fora jogada em algum lugar e o seu cabelo não tinha mais nenhum vestígio de gel. Havia uma garota ao seu lado. Ela tinha cabelos pretos lisos que batiam na cintura, usava um vestido vermelho e sapatilhas pretas. Percy se aproximou e a garota foi junto.

– Onde você estava? – pergunta o de olhos verdes.

– Na mesa de doces.

– Ah. Annabeth essa é a Hannah. Hannah essa é Annabeth.

– Oi! – disse Annabeth.

– Oi. – Hannah respondeu secamente.

– Quer brincar Annabeth? – pergunta Percy.

– Sim.

Percy, Hannah e Annabeth foram à direção de outras crianças e começaram a brincar. Durante a brincadeira Annabeth percebeu que Hannah fazia o possível para derrubá-la, empurrá-la e excluí-la. Tinha a impressão que a garota não gostava dela.

A brincadeira foi interrompida quando uma mulher que aparentava ter uns cinquenta anos apareceu. Ela usava um vestido vulgar vermelho. Tinha um nariz empinado e um ar de superior. Annabeth não gostou dela na hora.

– Annabeth e Percy é a vez de vocês tirarem a foto.

As duas crianças seguiram a mulher para a área das fotos. Os noivos estavam em posição e os pais de Percy também.

– Percy! O que aconteceu com a sua roupa! – disse Sally.

– Não se preocupe Sally, criança é assim mesmo. O Sam pode ajudar o Percy. – diz a noiva rindo.

O noivo, ou melhor, Sam, puxou Percy para o lado.

– Por que eu fui ter um menino?! Olhe a Annabeth! Ela continua do jeito que chegou.

– Minha mãe diz que meninas são mais comportadas. – diz Annabeth.

– Sua mãe está certa. – diz a noiva. – Annabeth, eu notei que você estava interessada na fonte. Gostou dela?

– Eu estava olhando para a escultura no topo. Quem é aquela mulher?

– Ela é uma deusa da mitologia. Seu nome é Leto e ela é a deusa do anoitecer. Aqueles dois bebês são Apolo e Ártemis.

– Eu gosto de mitologia. – diz Annabeth. – Mas porque ela parece tão triste?

– É por que ela teve uma vida muito difícil. Tendo que fugir sempre. – diz a noiva se aproximando. Annabeth pode perceber que seus olhos eram verdes, mas com rastros de castanho.

– Que triste.

– É sim.

– Me desculpe, mas qual é o seu nome? – pergunta Annabeth timidamente.

– É Lucy querida.

– Hora da foto. – diz Sam chegando com Percy.

Todos se posicionam e a foto é tirada. Lucy e Sam logo tem que sair correndo porque teriam mais fotos para tirar.

– A Quinn é muito legal né? – diz Percy.

– Quem? – pergunta Annabeth confusa.

– A noiva.

– Achei que fosse Lucy.

– O nome dela é Lucy Quinn. Quinn em homenagem a sua avó. Às vezes nós a chamamos de Lucy, outras de Quinn, e até de Quinnie. Cada um chama de um jeito.

– Ah. Respondendo a sua pergunta. Ela é muito legal.

O resto da festa passou rapidamente. A noiva jogou o buquê, todos dançaram muito e comeram também.

Annabeth agradeceu a mãe por tê-la convencido a vir. Foi um dos dias mais inesquecíveis de sua vida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. E espero também que alguém ainda leia a minha fic. Deixem reviews!Beijinhos.



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