Finally escrita por Milady Sara


Capítulo 4
Aranhas e pianos


Notas iniciais do capítulo

Povo lindooooooo do coraçãooooooo olha vcs aí *OO*
Desculpem a tia Sara por não ter postado antes mas sabem como é final de ano neh? Trabalhos, provas e quem não estudar se ferra! Fora a fanfic q eu virei co-autora e tbm começou sua segunda temporada estar precisando de mim u3u
Mas agr eu to de volta e vou postar caps sempre que eles estiverem prontos!!
Megustem o cap seus lhimdos :3



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Ravena POV

Não! Não! Não! NÃO!

Aconteceu outra vez! Não acredito! Ele me beijou outra vez! E eu gostei! Argh!

Estava parada no meio do meu quarto, respirando pesadamente, parei um segundo e gritei. Um grito longo e fino, não sei se de fúria, frustração ou o que. Tudo no meu quarto se despedaçou com aquilo, vidros quebraram, livros rasgaram, móveis caíram... Tudo ficou de pernas pro ar.

Respirei fundo, e me sentei na cama, observando meu estrago. Movi lentamente o braço em linha reta e tudo foi sendo consertado e voltou para seu devido lugar. Deitei olhando para o teto. Alguém me mate, por favor.

Ouvi uma batida na porta.

– Quem é?

– Sou eu. – era a voz de Robin. Me sentei e me encostei na cabeceira da cama abraçando um travesseiro.

– Entra. – Robin passou pela porta e sentou na ponta da cama.

– Acho que toda a cidade ouviu o seu grito. O que aconteceu?

– Mutano não contou?

– Contar o que exatamente? – suspirei e falei para Robin tudo o que tinha acontecido. Ele me olhou petrificado até que começou a rir descontroladamente.

– Então foi isso? – e começou a rir mais ainda enquanto eu o fitava confusa. – Desculpa, mas... Pra mim isso estava até demorando pra acontecer.

– Como é? – sabia, a máscara começou a afetar o cérebro dele.

– Olha Ravena... Acho que você foi à única que não percebeu isso. Tá mais do que na cara que o Mutano gosta de você, e muito. Mas você nunca deu muita importância pra isso.

– O que...?

– É você realmente não percebeu. Mas enfim, sei que ele gosta de você, mas, você gosta dele? – apertei mais forte o travesseiro.

– Você sabe muito bem que eu não posso sentir isso...

– E nós sabemos que isso não te impediu de conseguir amigos nem se apaixonar por Malchior. – olhei para baixo. – Anda Ravena, você é minha irmãzinha, não pode esconder nada de mim.

– Nós não somos irmãos de verdade.

– Claro que somos. – ele fechou a mão em punho e bateu no peito. – Bem aqui. – lhe dei meu melhor olhar de, por favor, não me venha com essa de irmãos de coração agora. Ele riu. – Mas falando sério, você gosta dele?

– Eu não sei...

– Bem, acho que é normal você estar confusa com o que esta sentindo, levando em consideração certos... Eventos anteriores. Você se fechou muito pra isso. Mas procura saber, tá? – ele disse fazendo aquela carinha fofa de irmão mais velho. Sorri levemente.

– Tudo bem.

Nesse momento aquele irritante e familiar som do alarme. Bem, ninguém mandou ser heroína.

– Vamos? – Robin perguntou ficando de pé. Assenti jogando o travesseiro na cama e indo atrás dele para a sala. – Qual o problema? – ele perguntou para Ciborgue quando chegamos.

– Acredite ou não é o Fang. (N/A: Lembram daquele menino com cabeça de aranha? Então...) Faz um tempo que ele não dava as caras. – disse Ciborgue. Na tela da TV, Fang assaltava uma joalheria seguida da outra. Provavelmente conseguindo presente para Kitten (N/A: Sabe aquela loira asquerosa que arrastou o Robin pra um baile? Pois é...), se é que eles ainda estavam juntos.

– Vamos lá. – disse Robin. Ele e Ciborgue foram no carro enquanto eu, Mutano e Estelar íamos voando. Não posso negar que tinha um clima tenso no ar. Vimos Fang no meio da rua assustando as pessoas com uma grande sacola, onde com certeza estavam todas aquelas joias.

Estelar desceu em alta velocidade e se chocou com Fang que caiu, espalhando pulseiras e colares de brilhantes e pedras preciosas pelo chão. Robin pulou em cima dele e tentou algemá-lo, mas esqueceu das patas de aranha e foi empurrado para longe. Ciborgue apontou seu canhão para ele, que soltou teia pela boca, prendendo Ciborgue.

Mutano assumiu a forma de um tigre e junto com Estelar, investiu diretamente com ele enquanto eu arremessava tijolos de uma construção em suas patas. Ficou nisso por um tempo, Mutano e Estelar atacando a uma distância segura e eu tentando defende-los, mas, Mutano aparentemente cansou disso e mordeu e se agarrou a uma pata de Fang, este a levantou na altura dos olhos e mordeu o pescoço do tigre verde, que caiu no chão voltando à forma humana.

Essa era a deixa para acabarmos com aquilo rápido. Estelar começou a voar em volta dele lançando raios pelos olhos para atordoa-lo, quando o garoto aranha estava devidamente confuso, me aproximei.

– Azarath, metrion, zinthos! – e atirei uma rajada negra em cima dele, que o enrolou como uma corda e logo, Fang estava em um casulo de energia negra se debatendo. Ouvi dizer qualquer coisa como “ela não vai ficar feliz”. Foi bem na hora que Robin voltou e Ciborgue se livrou da teia, todos fomos em direção a Mutano que continuava caído.

Chegando perto, vimos que ele estava em posição fetal se contorcendo e gemendo um pouco. Ele suava muito.

– O que aconteceu? – perguntou Robin.

– Ele foi mordido por Fang. – disse Estelar.

– Maravilha, agora aquele cara tem veneno. – ele abaixou o ombro de Mutano dando uma visão de seu pescoço. Haviam quatro furinhos ali e estava muito roxo ao redor, com as veias um pouco dilatadas. – Ravena...?

– Meus poderes só podem impedir que o veneno se espalhe. – disse tocando o pescoço de Mutano e usando energia para não deixar o veneno correr pelo sangue. – Precisamos levá-lo para a Torre. – e assim foi. Ciborgue o jogou dentro do carro e voltamos para a Torre.

Quando chegamos, levamos Mutano para a enfermaria e Ciborgue o deitou em uma maca. Novamente examinei o pescoço dele. Eu ia ter que sugar o veneno.

– Saiam daqui. – disse pra os outros.

– Por quê? – perguntou Ciborgue.

– Isso não vai ser bonito. Saiam! – assim que eles saíram, peguei um pequeno bisturi no armário e uma vasilha de metal. Tentei ao máximo não pensar na nojeira que ia fazer.

Com o bisturi, fiz finos corte nos buracos das presas de Fang. Respirei fundo, coloquei minha boca ali e suguei o sangue de Mutano, depois, cuspi na vasilha. Repeti isso muitas vezes até ele parar de suar e voltar a respirar novamente. Coloquei a mão em seu pescoço, tinha removido todo o veneno. Fui até a pia e joguei o sangue da vasilha nela, liguei a torneira e lavei a boca.

Limpei o ferimento de Mutano e fiz um curativo. Ele abriu um pouco os olhos parecendo confuso.

– Como se sente? – perguntei.

– Rae? – ele me observou. – Acho que... Bem... O que aconteceu?

– Fang te mordeu. Está tudo bem agora, estamos em casa. – ele continuou meio dopado olhando para o teto.

– Vem. – disse. – Vou te levar pro seu quarto. É melhor que você descanse lá. – ajudei ele a se sentar e depois apoiei seu braço em volta do meu pescoço. Ele mal conseguia andar, saímos da enfermaria e preferi usar o elevador para leva-lo já que ele provavelmente ia cair e me levar junto.

Ao chegar no quarto dele, o deitei na cama e tentei sair, mas ele segurou minha mão.

– Rae, eu...

– Shiu! – disse passando a mão em sua testa. – Você precisa descansar. Depois conversamos ok? – o fiz soltar minha mão e desci para a sala. Estelar cozinhava alguma coisa (lembrete: não jantar hoje.) e Robin e Ciborgue assistiam TV.

– Como ele está? – perguntou Robin.

– Bem. Está descansando no quarto. – ele sorriu e voltou a olhar para a tela. Fiquei parada ali um tempo. Olhei para o lado por acaso e avistei aquele velho corredor e fui até ele.

Era um pouco menos do que eu lembrava. Virei-me para a porta que estava à direita e abri. Fazia muito tempo que não entrava naquele quarto. Passei algum tempo parada na porta só olhando aquele velho, sujo e empoeirado piano.

Andei até ele e passei a mão pela madeira, ficou um rastro do meu dedo quando tirei a poeira. Levantei a pesada tampa de madeira, havia um pano em cima das teclas, o tirei revelando as pequenas peças de marfim. As soprei e uma fina camada de poeira subiu. Sentei no banco e passei levemente o dedo sobre as teclas. Fazia muito tempo que não tocava, e a poeira não me deixava mentir.

Depois de tanto tempo, surgiu a duvida: que música? Pensei um segundo e uma boa me veio à cabeça. Comecei a dedilhar, e me lembrei do porque daquela sala ter sido escolhida para o piano. Tinha a acústica perfeita. Depois de alguns segundos, comecei a cantar baixinho.

There's a shop down the street

Where they sell plastic rings

For a quarter a piece I swear it

Yeah I know that it's cheap

Not like gold in your dreams

But I hope that

You'll still wear it

Há uma loja na rua

Onde se vendem anéis de plástico

Por vinte e cinco centavos a peça eu juro

Sim, eu sei que é barato

Não é de ouro, como você sonha

Mas espero que

Você ainda ira usá-lo

Era uma bela música... Talvez tivesse tido meus motivos obscuros para pensar em tocá-la.

Yeah, the ink may stain my skin

And my jeans may all be ripped

I'm not perfect but I swear

I'm perfect for you

Sim, a tinta pode manchar a minha pele

E todos meus jeans podem ser rasgados

Eu não sou perfeito, mas eu juro

Sou perfeito para você

Toquei mais rápido ao chegar no refrão.

And there's no guarantee

That this'll be easy

It's not a miracle you need

Believe me

Yeah I'm no angel

I'm just me

But I will love you endlessly

Wings aren't what you need

You need me

E não há nenhuma garantia

Que isso vai ser fácil

Não é um milagre que você precisa

Acredite em mim

Sim, eu não sou nenhum anjo

Eu sou apenas eu

Mas eu vou te amar eternamente

Asas não são o que você precisa

Você precisa de mim

Mutano POV

Me sentei na cama um instante. Que som era aquele? Er... O piano?! Mas hein?! Ravena estava tocando?! Meu quarto era quase em cima da sala do piano, fui até um cantinho e me sentei. Ali conseguiria ouvir melhor.

There's a house on the hill

With a view of the town

And I know how you adore it

So I'll work everyday

Through the sun and the rain

Until I can afford it

Há uma casa na colina

Com uma vista da cidade

E eu sei como você adora isso

Então, eu vou trabalhar todos os dias

Embaixo de sol e de chuva

Até que eu possa pagar por ela.

Ravena era irônica assim de propósito ou ela fazia isso sem querer? Comecei a cantar junto.

Yeah your friends might think I'm crazy

But they can only see

I'm not perfect, but I swear I'm perfect for you

Sim, seus amigos podem pensar que sou louco,

Mas eles apenas podem ver

Eu não sou perfeito, mas eu juro que sou perfeito para você

Ravena POV

Meus dedos simplesmente fluíam pelas teclas a essa altura.

And there's no guarantee

That this'll be easy

It's not a miracle you need

Believe me

Yeah I'm no angel

I'm just me

But I will love you endlessly

Wings aren't what you need

You need me

E não há nenhuma garantia

Que isso vai ser fácil

Não é um milagre que você precisa

Acredite em mim

Sim, eu não sou nenhum anjo

Eu sou apenas eu

Mas eu vou te amar eternamente

Asas não são o que você precisa

Você precisa de mim

(You need me, I know you need me,

You need me, I know you need me)

(Você precisa de mim, eu sei que você precisar de mim,

Você precisa de mim, eu sei que você precisa de mim)

Ink may stain my skin

And my jeans may all be ripped

I'm not perfect but I swear

I'm perfect for you

Tinta pode manchar a minha pele

E todos meus jeans podem ser rasgados

Eu não sou perfeito, mas eu juro

Sou perfeito para você

And there's no guarantee

That this'll be easy (this'll be easy)

It's not a miracle you need

Believe me (don't you believe me)

Yeah I'm no angel

I'm just me

But I will love you endlessly

Wings aren't what you need

You need me (You know You need me)

E não há nenhuma garantia

Que isso vai ser fácil (isso vai ser fácil)

Não é de um milagre que você precisa

Acredite em mim (você não acredita em mim?)

Sim, eu não sou nenhum anjo

Eu sou apenas eu

Mas eu vou te amar eternamente

Asas não são o que você precisa

Você precisa de mim (você sabe que precisa de mim)

Nessa parte, toquei mais devagar, chegando ao final.

There's a shop down the street

Where they sell plastic rings

For a quarter a piece I swear it

Yeah I know that it's cheap

Not like gold in your dreams

But I hope that

You'll still wear it

Há uma loja na rua

Onde se vendem anéis de plástico

Por vinte e cinco centavos a peça eu juro

Sim, eu sei que é barato

Não é de ouro, como você sonha

Mas espero que

Você ainda ira usá-lo

Me virei e vi Robin, Estelar e Ciborgue na porta. Eles aplaudiam baixinho.

– Sabe, não achava que ia ouvir você tocando novamente. – disse Robin.

– Toquei muito alto? – perguntei.

– Não, mas Estelar e sua audição alienígena nos informaram disso. – ri levemente.

Endlessly



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Notas finais do capítulo

O link de hj é a música que a Rae cantou então é obrigatório ouvir u.u
Mandem reviewzes!!!!