Desavenças Às Avessas escrita por RoBerTA, Apenas Uma Sobrevivente


Capítulo 13
Idosos, gatos, garoto desconhecido, mochila a jato


Notas iniciais do capítulo

Mil perdoes pela demora, o nyah nã ta entrando no meu not, e só agora me dei conta de entrar pelo pc '-', mas assim posso lhes desejar uma feliz pascoa, repleta de chocolates!!
Boa leitura.



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John me encarava com uma face confusa e assustada ao mesmo tempo. Até o véio da banana cair duro no chão, sim ele desmaio, e bem em cima de meus pés, fazendo-me dar um gritinho assustado.

-Vô, vô...- falava em pânico John tentando levanta a cabeça do velho. –Me ajude, traste!- manda ele observando agora uma Alice em “forma de estatua”, que sai de sua “formação” após ser ofendida.

-Escuta aqui futuro papaizinho morto, é o seu avô que esta ai, se vira!- e então dou as costas e começo a caminhar rumo a meu prédio, até escutar:

-Por favor, Alice...- sua voz falha, e nessa falha vejo um leve medo de perder um ente querido.

Viro-me.

-Como é que? O que você disse?- faço-me de sínica, imploraria  por escutar essas palavras novamente, vindo daquela boca carnuda e cheia de vermes.

-POR FAVOR, ALICE.- Grita John, com as lagrimas a for da pele, ou olhos, nesse caso. Não pensava que ele era tão sensível assim; isso com certeza me ajudaria futuramente!

Volto em sua direção correndo, então pego as pernas do véio, enquanto John pegava os braços, e adentramos com o corpo no prédio ao lado do meu. Depois do saguão, o temido elevador.

Fico segurando fortemente as pernas do velho. Meu medo de elevadores surgiu as 7 anos, logo depois de um vídeo que assisti de um elevador caindo, e naquele mesmo dia o elevador do meu prédio parou de funcionar comigo sozinha dentro, foi sem duvidas horrível.

A porta do elevador se abre e praticamente me jogo dele. John parece notar, mas não fala nada. Abre a porta, e me deparo com um apartamento lindamente decorado, fico um pouco boquiaberta, mas logo volto ao normal e junto com John deitamos o velho no sofá.

Ficamos nos encarando por ao menos um minuto.

-ONDE ESTOU? SEQUESTRO! SEQUESTRO! POLICIA, SOCORRO FUI SEQUESTRADO! Você garota é minha sequestradora? VOCÊ! AAAAAH JOHN! Que bom te encontra aqui, você também foi sequestrado?- Pelo visto o avô de John já avia despertado do momento “Bela adormecida”.

-Não vô, aqui é minha casa, o senhor desmaio.- explica John.

-Aah, e o que essa dai – aponta para mim- esta fazendo aqui? – pede desconfiado.

-Escuta aqui véio da banana, essa dai uma pinoia! Se não fosse por mim o senhor continuaria desmaiado na calçada, então respeito, pelo amor de “Deus”!- Reclamo dando voltas na mesinha.

-Vamos pro meu quarto, vô.- Fala John colocando o ombro do véio em cima do seu e levando-o a uma das varias portas daquela sala.- Alice, ajuda aqui... – fico o encarando – por favor.

Vou lá e o ajudo.

Após o véio estar confortavelmente deitado e sem reclamar, observo pela janela algo muito familiar. AI SANTA MÃE DA VODKA, PAI TODO PODEROSO, SANTO POSEIDON, UNICORNIOS COLORIDOS, DUENDES VERDES E TODOS OS SERES INCRIVELMENTE MAGICOS QUE HABITAM ESSE PLANETA MALDOSO E SATANICO (?), o qu eu to pensando? Affs Alice!

-John, em que andar nós estamos?- peço, ainda meio confusa pela visão da janela.

- 3º, por quê?

Um pequeno pânico anestesia meu corpo, mas logo volto ao normal. A janela do quarto do John era nada mais e nada menos que o retrato de meu quarto.

Isso quer dizer que ele podia muito bem estar varias vezes me observando a qualquer hora e minuto. Ai que horror!

Ainda bem que aquela enorme arvore atrapalhava um pouco não só a minha visão, mas a dele também!

-Alice, você esta bem? – John pede se aproximando de mim.

-Claro que ela não esta bem, ela já nasceu dotada de normalidades, aposto!- range o véio. Mas ignoro.

-Estou ótima.- respondo fechando a janela e sorrindo. Faria de tudo para que John não descobrisse quem era sua vizinha de janela.

-Em John – Chama o véio- então o pegador do vovô vai ser papai!- fala todo alegre batendo palmas.

-NÃO! –Grita John dessa vez me puxando com força pelo braço até a sala.

-Me solta John, ta me machucando!- Grito contra o ouvido John numa tentativa estupida de lhe causar câncer nos tímpanos.

-Já voltamos vô.- anuncia John fechando a porta, e me soltando. Massageio o lugar onde a pouco instantes a mão de John apertava.

Faço uma careta quando ele se vira para me encarar. O que faz ele desistir de me tratar com ignorância.

-Me desculpe...

-Me desculpe? Você quase arranca meu braço fora do meu corpo e pede desculpas!?- esbravejo.

-Tá, chega Alice!- Me corta John sem cerimonias. Parecia irritado e triste. Um tanto decepcionado.

Fico abismada encarando-o.

- Que historia é essa de eu ser pai?

-Simples John, você vai ser pa-pai. –falo calmamente, como se John tivesse problemas mentais.

-Mas como foi que isso aconteceu?- pede agora sentando no sofá. Onde uma gata feia e peluda pulou.

-AAAAAH- grito involuntariamente.- Tira esse satanás de quatro patas daqui!

-Ei!- dessa vez quem grita é John. – Mais respeito com a Bituca, sua desalmada! E pra ficar bem claro, ela não tem nenhum parentesco com satanás, agora você? Se boviar é até filha dele!

Me ofendo profundamente, mas calo-me só observando os próximos movimentos do mini satanás de quatro patas.

-Que diabos nome é Bituca? – peço fazendo carreta enquanto me encaminhava com mínimos movimentos bruscos possíveis. Já disse que não gosto de gatos?

- Alice, eu só não te mato agora por que preciso saber dessa historia de eu ser pai. Então, desembucha nanica!

-Nanica? Desembucha o que? Que o senhor se deleito no corpo da garota e agora ela ta esperando um filho seu?- falo com o máximo de ignorância possível.

-Mas como isso pode ter acontecido?

-Quer mesmo que eu explique!

Ele me ignora e fica pensando com seus botões.

-JOHN! AMIGA GOSTOSA DO JOHN! – O véio da banana os chamavam.

-Ele me chamou de gostosa?- peço aos sussurros para um John que deu de ombros. Que velho abusado!

-Acabou o papel higiênico.- avisa ele saindo pelado do quarto.

Me viro num súbito, ficando com certeza muito vermelha.

-Vô, por favor, põem no mínimo uma cueca!- pede John se levantando e indo em direção ao seu avô fora da casinha.

-Por que John? Não posso aparecer como vim ao mundo?

John  levanta do sofá e vai em direção do seu avô empurrando-o até seu quarto e cochichando algo a ele.

-Então, o que estávamos falando?- pede virando-me para ele.

-De como você engravidou Valentina!-falo erguendo a cabeça encarando-o.

-A é! Que historia é essa?

-Como se o senhorito não soubesse como se engravida alguém, certo?

-A questão não é essa “senhorita”!- John começa a dar voltas ao redor de si, parecendo um cachorro correndo atrás do seu próprio rabo – eu usei camisinha! Sempre uso.

-Bom, o problema é seu! E... a proposito o que eu estou fazendo aqui? Ora bolas, devia estar em casa!

-“Ora bolas”? Do fundo do bau em senhorita Alice.- Debocha John, ignoro-o levando-me até a porta.

-Ei espera!- me chama.

-O que foi?

-Nem um beijo de despedida?- pede fazendo cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

Vou até ele.

-Aaahrg! Tira esse troço daqui!- Grito enquanto a gata estranha de John começa a morder e aranhar minha calça.

-Afes Bituca, pra cama, já!- Reclama. A gata sai em direção a um outro aposento.- Onde paramos?- pede ele dessa vez com a voz mais dócil, dirijindo-se a mim.

-Ah, claro.- respondo no mesmo tom meigo e me encaminho até ele. Estava mais decidida do que nunca.

Faltando nem 30 centimetros de distancias de nossas faces, sinto a respiração de John vacilar, ele me olha nos olhos, parecia indeciso, e eu olhava os olhos dele, talvez procurando um fundo, com certeza muito distante; os olhos daquele rapaz parecim “duros” de quem á viveu muitas coisas para a sua idade, olhos de idosos, cansados, mas no fundo, bem lá no fundinho mesmo, pareciam olhos carentes, esperançosos, meigos, que sabem que ainda vão viver muita coisas... estranhos. Essa palavra define tudo.

John fecha os olhos, encurtando ainda mais a nossa distancia. Por um ou dois segundos esqueço o que ia fazer, estava tentada àquele beijo, mas volto a realidade, e chto-o as canelas, fazendo gritar, não só de dor, mas de susto.

-Beijo John!- E saio do seu apartamento.

Entrando em meu quarto, fecho a porta e encosto-me à mesma. “E se eu fosse até o fim? E se eu o beijasse? O que será teria acontecido? Será que o que ele esta fazendo agora? Caralho por que tantos serás, e “es”? Por que em santa consciência estou pensando naquele crápula? Afes Alice, você esta ficando biruta. Ai que merda por que eu estou falando comigo na primeira pessoa. Acho que tenho de parar de fazer isso. Afes Alice, chega!”

Olho para a Janela e vejo John e seu avô discutindo no quarto, nunca avia reparado nisso.

O avô de John lhe deposita um tapa na testa e o xinga, não consigo escutar muito bem, mas então John me encara. Fico imóvel, até me tocar do que estava acontecendo e me jogo ao chão. Não tenho certeza se ele me viu, mas pareceu me fitar por alguns miseráveis segundos; rastejo pelo chão até a janela e a fecho. “Que horror!”

-Alice, filha!- grita meu pai, se anunciando em casa. Acho que era a primeira vez que o via em casa.

Saio do quarto e vou recebe-lo com um demorado abraço.

-Hoje teremos um dia em família!- Anuncia todo feliz- Bom, ao menos como pai e filha!- fala já um pouco aborrecido.

-E Leonel?

-Hoje ele foi pra casa da mãe, parece que ela teve um piripaque, sabe como idosos são.

-Ah claro!- respondo me lembrando do vô de John.

Então saímos, e papai me levou pro parque.

-Serio pai?- peço descendo do carro.

-Claro filha! Você adorava de mais nova!

-E continuo adorando, vamos!- puxo-o até um monte de brinquedos, e assim passamos a tarde.

Churrasquinhos, algodões-doces, carros choques, montanha russa, roda gigante e tudo que um parque pode oferecer a você.

-Deu Alice, vamos pra casa agora!- fala papai me pegando pelo braço.

-Só mais aquela coisa lá!- imploro fazendo a cara do gato de botas do Shrek que acho eu, não saiu como deveria sair, mas cedeu papai.

Então fui naquelas coisas de ar. Como é mesmo o nome? Bom, não sei! Mas da pra pula, então é ótimo!!

É uma guerra para entrar, mas finalmente consigo e me deparo com um monte de crianças. Desespero.

Não foi tão divertido quanto eu esperava, mas foi ótimo ver aquelas crianças caindo por minha causa! MUHAHAHAHA. Em fim, meu tempo no brinquedo terminou, e tive que descer no mesmo escorregador que guerreei para entrar.

Fui tentar sair de “peixinho”, até por que não via outro jeito. Então primeiro eu me abaixei, e quando eu pus a cabeça para fora dou com tudo em uma outra cabeça, um tanto dura.

“Não sabe olhar, não!” – Falamos em coro, e nos encaramos. Era um garoto, pelo seu porto devia ter a minha idade ou mais. E era lindo, não pude deixar de notar.

-Ah desculpe!- desculpasse ele, estendendo a mão numa tentativa de me ajudar a sair de lá. Eu, é claro aceito.

O céu já estava escuro, não totalmente, mas aquilo anunciava que já era passada das 7 horas.

-Então... – começa o garoto bonito- sou Saimom, e você é?

-A-Alice- maldito gaguejo! Ele da um sorriso torto, incrivelmente fofo, até para o meu “paladar”

-Ai esta você Alice, vamos logo!- chega meu pai por trás de Saimom, me pegando pelo braço e me empurrando até a saída do parque. Não tive reação, só olhei para trás, e lá estava ele, observando-me a ser levada pelo meu pai, ele abana para mim, e some entre a multidão.

O trajeto para casa ocorre em silencio, meu pai fica me observando por alguns instantes, mas nada fala. Ele deve achar estranho eu não falar nada.

-Então Alice...- começa ele, quebrando o precioso silencio- esta tudo bem com você?

-Claro pai! Por que não estaria?

-Sei lá! Talvez por esse silencio?

-Ah, só estou cansada.

E a conversa morre até a chegada no apartamento.

-Querido, quanto tempo!- uma velha abraça meu pai, e o beija incansavelmente as maças do rosto.- Quem é essa?- pede apontando com cara de nojo para mim.

-Minha filhe Marlene, Marlene, Alice, Alice, Marlene!- faz as apresentações e eu e a senhora ficamos nos encarando em silencio.

-Oi. – fala fazendo descaso, e voltando-se para papai e Leonel.

-Mamãe vai ficar alguns dias aqui com nós, se vocês não se importarem... –começa Leonel, mas a mãe dele o interrompe.

-É claro que eles não se importam!- responde por nós e se dirige ao sofá, deitando-se e pondo a teve num canal estranho, muito parecido com o do boi.

Viro para papai, que me encara e soa um “desculpa” muito silenciosamente, que só eu consigo escutar.

**

-Alice, vem, o jantar esta na mesa!

-Não quero pai. – E respondendo a ultima pergunta do dia, deito-me e apago.

**

Acordo com batidas incessantes na porta de meu quarto, e com isso minha cabeça começa a latejar insuportavelmente. Levanto-me e tonteio no lugar. “Hoje o dia promete...” penso, “promete um bom filme, chocolate e cama!” termino o pensamento dirigindo-me a porta e abrindo-a.

-AH!- Grito de susto. Dona Marlene estava em minha porta com uma coisa estranha na face, acho que era uma daquelas mascaras faciais verdes.

-Que foi criatura?- pede fazendo pouco caso. – Você não vai pra escola, não?

Olho para ela totalmente desentendida. O que aquela “coisa” estava falando?

-Hã?

-Escola, benhe! Sabe, onde se aprende historia geografia e matemática, essas coisas, sabe?

Não-acredito-que-esqueci-que-tinha-aula-hoje.

-Hoje não tem aula. É feriado!- respondo fecho a porta na cara da mulher.

Ela continua a bater na porta, irritando ainda mais a minha cabeça.

Ela adentra sem permissão, logo após de eu entrar embaixo dos cobertores que ainda armazenavam calor.

-Seus pais, nunca lhe ensinaram educação, e bons modos? Que coisa feia menina. E boa saúde?- Ela pega a borda de meu cobertor e o puxa, me deixando sem cobertores e com frio.

-QUE MERDA A SENJORA PENSA QUE ESTA FAZENDO!? – Grito, sem querer com ela, que finge não ouvir e começa a abrir a cortina.

-NÃO!- Grito novamente, e me dirijo correndo para a cortina que estava sendo aberta, quando piso no tapete e derrapo, caindo de bunda no chão. A mulher finge não perceber e termina de abrir a janela. Me levanto rapidamente, ignorando a dor no traseiro e fecho com a mesma velocidade a cortina.

-Por um acaso você é vampira?

-Hã?

-Afes Alice, vamos lá, já são 7 horas da manhã e hoje você não vai ter aula. Vamos lá, comigo em casa não vai ser essa moleza, não! Vamos, se ajeita e vamos correr Alice. Não me impressione que você sege tão gorda! Olha só para mim e agora compare com você!

-Hã?- Essa velha tem noção de com que esta falando?

**

-Correr, correr, correr, correr, é o melhor para poder crescer!- cantava ela enquanto corria.

-Não... seria... comer... comer?- peço estre espasmos de ar, correndo logo atrás de Marlene.

A velha me fez levantar as 7 horas da manhã para correr, alguém acredita nisso? Eu já estava entregue, e a velha continuava no pique. Sério, to pensando seriamente que seria melhor ir para a escola.

-Deu, desisto.- paro pondo as mãos nos joelhos, descansando um pouco.

-Como assim, já?

-Isso mesmo, já!- viro-me de costas e começo a caminhar devagar até o apartamento, não aguentava mais, tudo bem que só foram 7 minutos de corrida, mas assim mesmo, era muito para mim.

-Sua fraca! Galinha fraca é isso que você é! – ignoro os insultos da velha, isso mesmo, ignoro, Alice ignorando insultos, que acontecimento histórico!

MIAU, MIAU, MIAU...

Um gato preto começa a se enroscar em minhas pernas.

Ótimo, tudo que eu precisava!!

-Olha só que coisinha mais linda!- fala a velha com voz que se usa com bebes, agachando-se pra pegar o gato no colo.

-Afess.- escapa sem querer por meus lábios. Ignoro novamente os fatos, sem falar mais nenhuma palavra, e chego ao apartamento. A velha continuava com o gato no colo e falava com aquele jeito infantil, que me enojava até a alma. Subo as escadas e vou em direção a meu quarto tomar banho.

Saio do banho e aquele gato preto estava em cima de minha cama.

-AAAH TIRA ESSA COISA DAQUI! – Grito para alguém invisível, afinal, já disse que não gosto de gatos?

-Ai, essa menina malvada assustou você?- entra Marlene com a mesma voz de criança.

-Da pra tirar essa bola de pelos daqui?- peço calmamente.

-Zacarias! Não bola de pelos Alice.- Responde ofendida a velha, que pega a bola... Zacarias no colo e se vai pela porta.

Troco-me sem entusiasmo. Até Marlene entrar me assustando. Pulo, involuntariamente, pelo susto tomado.

-Calma garota! Seu pai ligou dizendo para mim lje pegar na escola e sair fazer compras com você e aproveitamos e almoçamos por lá. Mas afinal Alice, que feriado é comemorado hoje?

Que coisa, era tudo que eu precisava. Pensa Alice, pensa...

-O dia da mochila a jato!- respondo sorrindo, desviando o olhar de minha mochila jogada ao chão. Grande fruto de inspiração.

A velha parece pensar um pouco encucada, mas devolve o sorriso, informando-me que estupidamente acreditou na tola mentira.

-Tudo bem, mas se aprece!- me avisa e se esvai pela porta.

 Olho-me no espelho, não chegava a estar bonita, mas estava ajeitada, com uma cara de cansada um tanto amassada, mas estava ajeitada para sair.

**

Fomos a pé mesmo, e sim, Zacarias foi conosco numa coleira improvisada de cadarços de tênis, eu sinceramente esperava que Marlene o enforca-se sem querer, ai que dó, não, não gostaria que isso acontece! O centro era pertinho do nosso apartamento e Marlene não parava de falar, (finalmente encontrei alguém que fale mais do que eu!) só me lembro dos dois primeiros assuntos: Robert Perttison, o vampiro “gllitinado” e  Justin Bieber (alguém me mata?). Até chegarmos a uma lojinha de coisas de informática, entramos e foi um verdadeiro fracasso.


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