And More Confusion escrita por Kaline Bogard


Capítulo 8
Capítulo 08 - Primeiro sinal de perigo


Notas iniciais do capítulo

Olá, confusioners! Okay, essa foi péssima. Sorry xD
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Falando sério, acordei super cedo hoje pra postar isso, por que uma amiga vem de Goias passar uns dias aqui e a gente vai aprontar muito! Rsrsr
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Será que eu saio viva? Espero que sim!
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Boa leitura e boa semana para todos!
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Enjoy.
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PS: Peço desculpas pela demora em responder alguns reviews da semana passada! Eu estava viajando e voltei sabado pra casa, dai acumulou tudo, rsrsrsrs.



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And more confusion

Kaline Bogard


Parte 08

Primeiro sinal de perigo



– O Dean sente falta da mamãe – o lorinho desabafou desanimado e entristecido.

Sam abriu os lábios para responder, porém não foi capaz de emitir som nenhum. Fora pego completamente de surpresa por aquela revelação.


– - - - - - - - - -


Silencioso, Sam abaixou-se e apanhou Dean no colo. O menino passou o braço pelo pescoço do irmão, de modo a ter mais equilíbrio. Depois de segurar as mochilas pelas alças com a mão livre, Sam seguiu até alcançar Bobby que os aguardava na porta do motel.


Uma senhora de meia idade tomava conta de recepção.


– Boa noite – ela foi cumprimentando de forma cordial.


– Dois quartos – Samuel pediu. Quando a funcionaria lançou um olhar curioso na direção de Dean, tratou de emendar – Ele é meu irmão.


– Imagino que tenha todos os documentos? Desculpe, garoto... nos dias de hoje temos que ficar alertas com tudo. É nosso dever de cidadãos.


Bobby e Sam trocaram um olhar, antes que o moreno respondesse.


– Claro, tenho todos os documentos.


A senhora assentiu. Não era comum receber crianças num motel. Obviamente estavam acostumados a acolher viajantes cansados, perdidos na estrada quase deserta e afastada da cidade e não apenas casais afoitos em busca de privacidade. Aquele loirinho cheio de sardas era, talvez, um dos mais jovem cliente que o velho motel já recebera.


– Aproveitem a estadia – a mulher desejou depois de conferir os documentos e preencher os papeis, tudo de forma apressada, pois a visão do garotinho cabeceando de sono no colo do irmão era de se condoer. Quanto antes liberasse os três, melhor, para a criança poder descansar.


– Obrigado – Sam respondeu pegando as chaves – Até que horas a cozinha funciona?


– Por toda a noite. Peçam algo a hora que necessitarem. Os quartos são por aquele corredor.


E com essa frase deu livre acesso para que os recém chegados se instalassem nos quartos alugados que ficavam lado a lado.


– Partimos amanhã bem cedo – Bobby decretou parado a frente do quarto com o número onze – Me chame se precisarem.


– Tudo bem – Sam respondeu, encaixando a chave na porta do quarto número nove – Boa noite.


– Boa noite, garotos.


– Tchau, tio Bobby.


O mais velho bagunçou os fios de cabelo loiros e lisos antes de entrar no quarto em que passaria a noite e trancar a porta. Sam fez o mesmo, entrando no aposento ainda com Dean em seus braços.


Não era um quarto cinco estrelas, mas serviria. A cama de casal parecia confortável. Havia um guarda-roupas, duas cadeiras e um criado-mudo.


– Hora de tomar banho, Dean.


– Ah, Sammy... Dean ta cansado. Tomo amanhã...


– Não! Porquinho...


– Por favorrrr...


O pedido não amoleceu Samuel, que seguiu com o garoto ainda no colo para o banheiro.


– Pode ser um banho de gato. Precisa de ajuda? – provocou pensando que seria engraçado ver Dean cochilando debaixo do chuveiro.


– Não! O Dean toma banho sozinho – e fez um gesto de mão enxotando o moreno.


Sam riu e obedeceu, não sem antes abrir a água, pois o garotinho não conseguia alcançar.


– Lave bem os pés! – e escapuliu dali.


Ao voltar para o quarto pegou a mochila de Dean e separou o pijama do Batman, deixando-o em cima da cama. Depois escolheu uma roupa mais confortável para si e esperou que o irmão aparecesse do banho, fato que aconteceu rápido.


– Tem espuma nas suas orelhas! – Sam exclamou divertido ao ver Dean saindo do banheiro arrastando a toalha pelo chão.


– Eu lavei direito!


– Dá pra ver – riu mais um pouco – Quer comer alguma coisa? Eu peço antes de ir tomar banho.


– Não to com fome, Sammy. Quero cola minhas figurinha. Eu nem colei ontem nem hoje!


– Pode ir colando enquanto...


– Ah, mas você tem que cola pra mim. Senão vai fica tudo torto!


– Então espera eu terminar de tomar banho e a gente cola junto.


– OBA! Combinado!


Sam respirou fundo e foi para o banheiro, enquanto Dean aproveitava para se secar e vestir o pijama.


– Adoro Batman – ele falou pra si mesmo alisando a estampa do pijama antes de saltar para a cama e sentar-se aguardando que o irmão mais novo saísse do banho. Porém Sam pareceu demorar tanto que Dean começou a cochilar. Para não adormecer de vez desceu da cama e fuçou na mochila do caçula até achar uma barra de chocolate. Voltou para o colchão e subiu com um salto ágil. Isso o fez pensar em pedir para Sam o levar até um parquinho novamente.


Acabou sacudindo a cabeça. Estava tão confuso... na sua mente fatos que ele sabia serem antigos se misturavam com o presente. Era cada vez mais difícil pra ele separar os acontecimentos.


Devorou o doce, apesar de já ter escovado os dentes durante o banho. Colocou o papel vazio sobre o criado-mudo e suspirou de forma longa e exagerada. Sam estava demorando tanto... entediado pela espera Dean meteu-se debaixo das cobertas e aconchegou-se. O cansaço bateu com força total e o garoto não resistiu: acabou adormecendo.


Entrementes, no banheiro o moreno tomou um longo banho, tentando relaxar e lavar toda a exaustão do dia. Dirigira por horas e horas. Agora sentia os músculos doloridos, os olhos ardendo e a cabeça começando a latejar.


Fora a pressão da situação sobrenatural.


Colhia os frutos que plantara de forma precipitada e inconseqüente. Precisava dar um jeito e corrigir aquilo o quanto antes. Evitava pensar no quanto era difícil para Dean, por que se assim o fizesse o remorso acabaria com suas forças. Quando o loirinho não fosse mais criança e retornasse a forma adulta, Sam pediria desculpas de forma apropriada. Só não seria de surpreender se o irmão mais velho lhe encaixasse um gancho de direita no meio do nariz. Dean adulto era explosivo às vezes. Aparentemente o contrário de quando era criança, por que até o momento o menino não dera trabalho algum, sendo uma criança surpreendentemente bem comportada. Disso se podia concluir que a morte prematura da mãe e as andanças pelo país caçando monstros tinham ajudado a edificar a personalidade de Dean, transformando-o no homem que era. Assim como moldara Samuel também, mas de uma forma diferente.


Libertando-se dos pensamentos analíticos, o moreno se secou e se vestiu. Então parou na frente do espelho e limpou o vidro embaçado. Observou o rosto exausto por breves segundos antes de desviar os olhos com vergonha de se fitar.


O Dean sente falta da mamãe”.


Uma frase tão singela que estilhaçara seu coração. O quão confusos os pensamentos de Dean estavam? Quanto do passado ele misturava ao presente. Ele ainda se lembrava que a mãe estava morta? Ou essa memória se perdera na confusão que o pedido de Sam causara?


Tinha medo de perguntar diretamente ao irmão mais velho e fazer a criança sofrer...


Que dilema!


Sam estava perdido nesses pensamentos sombrios quando a luz do banheiro falhou. Não estranhou de primeira, porém o sangue do rapaz gelou nas veias quando a iluminação piscou pela segunda e terceira vezes. Um fenômeno peculiar demais para se ignorar. Sua experiência dizia muito bem o que as falhas significavam.


Aquilo indicava a presença de demônios.


Merda!


Sem perder mais tempo Sam Winchester correu para fora do banheiro, praguejando por ter sido descuidado e deixado todas as armas no quarto, junto com seu irmão mais velho que, no momento, estava totalmente indefeso...



Continua...



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Notas finais do capítulo

Sinto muito... eu tenho um prazer meio sádico em judiar dos personagens que eu amo! Não vou fazendo isso logo de cara, por que eu prefiro dar uma amaciada nos leitores... mas qual seria a graça de encolher o Dean e deixá-lo indefeso se não for pra fazê-lo sofrer [risca] muito [/risca] pelo menos um pouco? Não, não, não... vem muita maldade minha por aí... ah, se vem.
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Preparem os coraçõezinhos! Rsrsrsrsrsrsrsrss
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Boa semana e até segunda-feira!



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