And More Confusion escrita por Kaline Bogard


Capítulo 32
Capítulo 32 - Tomando um rumo inesperado


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós!!

Não foi revisado! Qualquer erro é culpa do revisor do Word, rrsrsrs



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And more confusion

Kaline Bogard


Parte 32

Tomando um rumo inesperado



– Nós já vamos embora, está bem? – Sam perguntou terminando de ajeitar o loirinho no banco de trás do Impala, cobrindo-o com um dos casados da versão adulta.


O menino parecia confortável deitado no banco de couro puído, porém familiar. Era ótimo reconhecer o cheiro do carro, a sensação voltar para casa.


– Tá... – Dean concordou – Vo pode dize “tchau” pra Elisa?


– Hoje não – o moreno falou firme – Mas eu falo pra ela que você queria se despedir. E não tire o pingente do pescoço – o Winchester caçula referia-se a proteção contra possessão demoníaca, que a criança perdera em algum momento daquela separação.


– Hn, hn.


Depois disso Sam bateu a porta de trás do Impala e caminhou até a Pajero, onde Connelly e Singer observavam o porta-malas aberto.


– E então? – o rapaz logo perguntou observando a kitsune de três caudas presa com correntes de ferro, ainda inconsciente.


– Essa criatura não vai acordar tão cedo – o homem respirou fundo – Vou levá-la até o Monge. Ele não tem tido muito progresso com o elixir. Agora se puder testar em uma cobaia...


Deixou a frase reticente no ar. Bobby aproveitou para mudar de assunto.


– Como Dean está?


– Bem – Sam respondeu – Depois conversamos com ele sobre tudo o que aconteceu. Só quero ir embora daqui o quanto antes.


Connelly meneou a cabeça e bateu o porta-malas, trancando-o.


– Eu tinha uma família. Uma família linda. Até esses monstros tirarem minha esposa e minhas duas filhas de mim. Quando vocês começaram a perguntar sobre kitsunes eu temi que fossem entrar no ramo de raposas, garoto. Vingança é tudo o que me sobrou, por isso fui tão... difícil com vocês no começo.


– “Difícil”? – Bobby perguntou sarcástico.


O ruivo teve a decência de parecer sem graça.


– Depois vi o que vocês queriam: salvar aquele garotinho. Sei que não aprova os meus métodos, Winchester...


Sam cortou a frase com um gesto de mão.


– Você tinha razão. Não posso julgar seus métodos ou suas motivações. Meu irmão e eu não somos muito diferentes...


– Ótimo – Bobby Singer se meteu na conversa – Assim que terminarem as juras de amor eterno poderemos voltar com a programação normal, ou vão querer lua de mel também?


Connelly resmungou alguma coisa e foi para dentro da Pajero, sentando-se ao volante.


– Não se preocupem com as outras duas. O elixir vai dar conta delas, dessa vez não deixarei o trabalho incompleto. Depois tenho uma longa viagem até o Maine, entregar essa “encomenda” – terminou fechando a porta do carro.


– E nós temos uma longa viagem até o Colorado.


– Espero que dessa vez a gente encontre mesmo um Cluricaun – Sam desabafou com desanimo.


– Cluricaun? Sério que vocês estão caçando esses monstrinhos? – Connelly soou incrédulo.


– Sim – Bobby confirmou sem querer entrar em detalhes.


– Por que não disseram antes? – o ruivo ergueu as sobrancelhas – Eu tenho dois ou três desses pestinhas torrando a minha paciência. Se quiserem pegá-los, fiquem a vontade.


A surpresa de Sam Winchester e Bobby Singer foi tão grande que, por intermináveis segundos, não conseguiram achar uma resposta.


A vida era totalmente imprevisível.


Vendo a incredulidade dos dois, Connelly sorriu com bom humor, dando o primeiro sorriso verdadeiro desde que se juntara ao resgate de Dean. Rugas simpáticas surgiram no canto dos olhos e suavizaram a expressão sempre sombria. Por um segundo Nicholas não pareceu tão duro.


– Se pudessem ver a cara de vocês!


– Ah, que ótimo que servimos para diverti-lo – Bobby resmungou impaciente.


– Mas é sério, tenho uma fazenda na Dakota do Norte. Tem uns dois Cluricaun morando lá, pelo menos. Como as coisas são, não? Meu avô sempre tinha histórias de pequenas criaturas que realizam nossos desejos, mas nunca dei bola pra isso. Achei que era papo de gente velha.


– Até que a kitsune passou por sua vida – Sam adivinhou o final da história.


– É, garoto. O assassinato da minha família me abriu os olhos. Então passei a acreditar em cada pedaço de merda sobrenatural que a gente escuta por aí. Até em Cluricaun.


– Dakota do Norte? – Bobby pareceu avaliar as vantagens e desvantagens – É uma viagem quase tão longa quanto ao Colorado. A diferença é que você nos dá certeza de que eles estão vivendo na sua fazenda.


– Essas praguinhas nasceram lá na fazenda. Por mais que se faça um pedido, sempre acabam voltando para lá.


Ao falar isso Connelly voltou-se para dentro do carro e fuçou no porta-luvas até achar um mapa amassado. Sam e Bobby se entreolharam em silêncio, ambos pensando no que deveriam fazer.


– Aqui – o ruivo tornou a falar – É o mapa da fazenda. Eu mantenho as contas em dia, deve ter luz e água. Gás, não. Vão ter que arrumar lenha. E as chaves ficam no caibro principal da varanda.


Bobby aceitou o mapa e o dobrou mais uma vez antes de colocar no bolso de trás da calça.


– Obrigado – agradeceu.


Connelly não respondeu. Ao invés disso ligou o motor da Pajero e se preparou para sair dali, porém Sam ainda tinha uma última questão.


– Espere. Se tem Cluricaun na sua fazenda você já deve ter feito alguns pedidos...


O ruivo inclinou a cabeça de leve, parecendo recordar de alguma coisa. A sombra que lhe cobriu os olhos foi evidência inquestionável de que não foi uma lembrança agradável.


– Eu pedi, garoto, uma vez. Aprendi a minha lição e jurei que nunca mais tentaria esse tipo de atalho. O caminho mais fácil nunca acaba bem.


Finalmente deu partida na Pajero e afastou-se em direção ao centro da cidade. Ainda tinha contas a acertar com duas kitsunes.


Sam e Bobby assistiram o carro se afastar.


– O que acha? – o mais velho perguntou sem olhar para Sam.


– Não custa tentar. Se não der certo, vamos para o Colorado.


– Dakota do Norte – Singer suspirou – Desviamos um pouco pra Dakota do Sul e passamos no ferro velho pra reabastecer. Vamos dar o fora daqui, garoto. Por um pouco de distancia desse lugar.


– Não precisa pedir duas vezes, Bobby – Sam concordou com um sorriso.


Separam-se, cada um seguindo para o próprio veiculo. No Impala o rapaz conferiu se Dean estava dormindo, e não se surpreendeu ao ver o garoto com os olhos bem arregalados, aguardando.


– O que foi, Sardento?


– Nada... eu só...


– Não tenha medo, Dean. Eu não vou mais deixá-lo – viu o garoto movendo-se desconfortável sob a blusa de frio – Você pode falar comigo sobre qualquer coisa. Somos irmãos.


Por um instante Samuel pensou que o garotinho ia desconversar, por que o Dean adulto nunca concordava em falar sobre o que o incomodava, a não ser quando estava sofrendo muita pressão e prestes a surtar. Por isso o rapaz se surpreendeu ao ver a versão infantil falar tão facilmente.


– O Dean tava pensano se é um garoto desobediente. Por isso que a Lisa levou ele embora pra longe? Ela é uma coisa malvada que castiga as criancinha desobediente?


Antes de responder, o moreno ligou o carro e deu partida, arrancando atrás da caminhonete de Bobby.


– Não. Elisa não é uma coisa malvada que pune crianças desobedientes – não podia dizer toda a verdade, que kitsunes se alimentavam de humanos, ou corria o risco de assustar o menino. Por isso resolveu ser apenas metade sincero – Não sei por que ela fez o que fez. Pensei que Elisa queria vingança, mas coisas malvadas são assim, Dean. Nem sempre compreendemos por que elas fazem o que fazem.


– Ah...


– Você é um ótimo irmão. Nenhuma coisa malvada vai castigá-lo por nada, eu nunca vou deixar – e isso incluía um demônio levar o irmão mais velho para o inferno. Sam moveria céus e terras para impedir que tal tragédia ocorresse.


– Ainda bem que o Dean é bonzinho.


– Só precisa ser bonzinho por pouco tempo, Sardento – o Winchester caçula sorriu – Vamos para Dakota do Norte pegar um Cluricaun, e você poderá voltar ao normal.


O loirinho bocejou sonolento e não respondeu. Sam também não insistiu no assunto. Era madrugada alta, talvez o organismo infantil precisasse do repouso.


Foi em profundo silêncio que o Impala rumou para a saída de Franklin, com intenção de ganhar a rodovia interestadual e rumar para as Dakotas.


O silêncio no carro era proporcional a esperança plantada no coração de Sam: finalmente pareciam ter uma chance sólida de concertar aquela burrada.


Continua...


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Notas finais do capítulo

OMG estou totalmente em choque com a season finale de Hannibal. Sério.

Enfim...

Férias a vista, essa linda! Vem nim mim que eu to facim! Rsrrrs

Boa semana para todos!



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