And More Confusion escrita por Kaline Bogard


Capítulo 25
Capítulo 25 - Percepções


Notas iniciais do capítulo

Sem notas perigosas hoje '-'



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And more confusion

Kaline Bogard


Parte 25

Percepções



O loirinho, assustado, se escondeu atrás das pernas de Elisa que por puro instinto respondeu rosnando de forma igualmente feroz. Presas e garras foram expostas na mesma velocidade em que os olhos ficaram completamente dourados.


Parecia que as duas sequer se importavam com o mundo ao redor, tão preocupadas que estavam em medir forças.


Dean não conseguiu desviar o olhar das íris douradas da garota chamada Alex. Lembrou-se que já tinha visto Elisa ficar com aparência semelhante no parque florestal. Engoliu em seco quando sentiu algo macio roçar o lado esquerdo do rosto, algo suave como pelúcia ou como uma...


Então uma nova moça, com longos cabelos loiros e lisos, e olhos azuis passou que nem um furacão pela porta.


– Lisa, Alex... que pensam que estão fazendo?! – tal moça não devia ter mais de vinte anos – Querem assustar esse garotinho?


A morena fez uma careta, no entanto se controlou. Logo as garras e presas desapareceram e os olhos readquiriram o tom enegrecido.


– Aff – resmungou de mau humor.


A recém-chegada abaixou-se perto de Dean, olhando de um lado para o outro buscando a certeza de que nenhum vizinho bisbilhoteiro espiava, antes de sorrir calorosa.


– Meu nome é Danilla Simons. Prazer – estendeu a mão.


– Dean Winchester. Prazer – o loirinho respondeu ainda um tanto assustado.


– Aquela é minha prima Alexandra Hosse. Mas pode chamá-la de Alex. E pode me chamar de Dan – lançou um olhar significativo para Elisa, que apenas assistia a cena – Lisa é minha irmã mais velha. Ela me disse por telefone que você veio pra cuidar da gente, é verdade...?


– É – Dean afirmou mais confiante – Meu irmão que pediu.


– Venha comigo, Dean Winchester. Vou mostrar o quarto que preparamos para você. Espero que goste.


O menino respondeu com um sorriso enquanto aceitava segurar na mão da jovem e seguir para dentro de casa.


Assim que os dois desapareceram das vistas, Alex virou-se para Elisa, muito irritada.


– Você... perdeu o juízo, Elisa. Sumiu por dois anos, deixou de dar notícias, nunca respondeu aos nossos telefonemas... e agora aparece com essa criança humana?!


Lisa mordeu o lábio inferior pensando bem na resposta que daria. Acabou suspirando, não tinha como dourar a pílula. Só lhe restava contar a verdade.


– Eu precisava de um tempo. Sempre me culpei pelo que aconteceu, por que eu insisti para que morássemos lá, e tentássemos ter uma vida normal. Por esse sonho idiota Petra, Chris, Cinthia e Pam pagaram com a vida. E o meu bebê – a voz da mulher falhou – Meu pobre bebê...


– Ninguém culpou você – Alex pareceu amolecer um pouco com a dor que a voz da prima revelava – Não devia ter se afastado.


– Eu queria me esconder do resto do mundo. Pensar com calma numa vingança. Quando vi esse menino entendi que tinha a minha chance. Eu pretendia matá-lo.


– Mas não conseguiu – Alex deduziu rapidamente o óbvio – Você viu Tim nesse garoto e não pôde fazer mal a ele.


– É – a outra confirmou simplista – Comecei a pensar que tinha uma segunda oportunidade. E ele é irmão de um caçador. Não deixa de ser uma vingança.


– Virão atrás de nós. Sabe disso – a morena soou amargurada.


– Não. Eles não têm a menor pista. Estamos seguras.


Alex meneou a cabeça e torceu os lábios. Por alguns segundos foi visível a luta interna que travava. Parte de si queria se livrar daquela surpresa desagradável enquanto a outra parte dizia que família era isso mesmo, coisas boas e ruins.


– Você sabe que o garoto será nossa ruína, não sabe...? – ela indagou, dando-se por vencida – Trazer humanos para tão perto nunca foi um bom presságio a nossa raça.


Elisa não respondeu, mas seus olhos transmitiam a determinação de fazer certo daquela vez.


Entrementes, dentro da casa Dan levou o loirinho até o quarto que tinha preparado desde que recebera o telefonema da irmã há cerca de dois dias passados.


– Não deu tempo de organizar tudo – apontou a cama com formato de carro de corrida e o pequeno guarda-roupas azul – Mas faremos com calma. Está bem?


Apesar da situação ruim, o garotinho adorou a cama. O único brinquedo visível no quarto era um urso de pelúcia marrom com um gorro listrado; os outros estavam arurmados dentro de uma caixa de plástico transparente. Dean não se recordava da última vez que tivera um brinquedo.


– Pode pega aquilo? – indicou o ursinho sobre a cama.


– Claro! – Dan sorriu – É todo seu.


– Obrigado!


– Que me diz de um banho? Vocês têm viajado por algum tempo, acho que devia tomar um banho enquanto preparo algo para você comer!


Dean abriu um sorriso enorme.


– Milk shake de chocolate e batata frita!


Danilla sorriu de volta. Não culpava a irmã por ter trazido aquela criança pra casa. Também não a julgava por ter fugido e deixado de dar notícias. A morte de Tim trouxera uma dor terrível, muito maior do que a morte da irmã e das primas. Vendo aquele loirinho, parecia que Timothy estava com elas outra vez, compreendia um pouquinho dos sentimentos de Elisa e não tinha coragem de ir contra. Mesmo que envolver-se com humanos significasse perigo.


Balançou a cabeça espantando os pensamentos, ciente de que o pequenino a olhava de forma ansiosa.


– Parece delicioso. Vou caprichar no chocolate e fazer uma montanha de batata frita, mas antes precisa tomar um banho decente e colocar roupas limpas e confortáveis.


Enquanto a garota ia em direção ao guarda-roupas escolher vestes novas, o sorriso do Winchester desaparecia dos lábios infantis. Dean estava confuso e meio perdido, mas era esperto. Lembrou-se de que os olhos de Elisa já tinham mudado de cor antes. Mas agora o fato parecia assustador e ganhava um novo significado.


Apenas lobisomens, demônios e outras coisas malvadas podiam mudar a cor dos olhos assim. Humanos não. Nunca.


Pelo menos duas daquelas mulheres eram “coisa malvada” e Sammy nunca o mandaria para tomar conta delas. As três estavam mentindo! Apesar disso sabia que não podia entrar em pânico, nem deixar que elas desconfiassem de que ele sabia da verdade.


E o mais importante de tudo: tinha que entrar em contato com o irmão. Urgentemente.


S&D


– Alguma novidade? – Bobby Singer perguntou se aproximando do banco em que Samuel estava sentado. Entendeu um dos copos de café que levava, antes de sentar-se ao lado do jovem.


– Não – Sam aceitou o grande copo com gratidão, dando um longo gole no líquido morno, forte e doce – Obrigado.


– Por nada – Bobby também bebeu; seu pedido era igualmente forte, porém amargo.


– Não encontrei nada a respeito de “Elisa Evans”, somente a tentativa de envenenamento há dois anos atrás. Liguei no Parque Florestal. Lá ela usava o nome de Elisa MacGregor. Também não encontrei nada sobre ela no sistema, nem uma multa de trânsito.


– Óbvio que “Evans” e “MacGregor” são nomes fictícios.


– Sim, ela só mantém o “Elisa”, talvez seja o nome real dessa criatura. Mas nunca vamos encontrar alguma referência só com o primeiro nome – fechou o laptop e concentrou-se no café. O Impala estava estacionado a poucos metros dali, próximo ao parque em que tinham parado, junto à caminhonete de Bobby.


Seguiam rumo ao Kentucky, a única pista que tinham, sem querer alimentar muitas expectativas. Nada provava que as kitsunes mantinham o reduto no estado por todo aquele tempo.


– Consegui falar com Conelly – Bobby respirou fundo – Ele se recusou a conversar por telefone, quer se encontrar com a gente.


– Onde? – Sam perguntou aborrecido. Não gostara nem um pouco dos métodos que o caçador de kitsunes escolhera para matar suas presas. Era traiçoeiro e pouco digno.


– No Kentucky. Conelly riu quando eu insinuei que o reduto delas poderia ser ali. Ele disse que varreu o estado e não encontrou nada. Então marcou de se encontrar com a gente lá, para trocarmos informações.


– O que você acha disso, Bobby?


O caçador mais velho deu de ombros.


– Não temos nada, garoto. Precisamos agarrar qualquer indicio que nos leve ao Dean... por menor e mais sujo que possa ser.


O Winchester concordou com um aceno de cabeça. Se era para o bem e segurança do irmão, que se encontrassem com o tal Conelly.


Continua...



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Notas finais do capítulo

Hohohohohohohoho parece a risada do Papai Noel Hohohohohoho

O dia amanheceu chuvoso e frio. Odeio dias chuvosos e frios quando a gente tem que trabalhar.

Comecei a ver Hannibal e... okay, eu tinha expectativas sobre essa série... mas ela superou todas! É fantástica em cada microsegundo de gravação. Estou total em love com o Will e o Doc Hannibal me seduz facinho. Facinho até demais xD

Meus amigos tiveram que me agüentar o final de semana com milhões de torpedinhos surtando sobre a série kkkkkk shame of me.

Enfim, recomendo. Mais do que isso, se me permitem, um momento propaganda. Gostei tanto da série que escrevi uma fanfic, quem quiser se aventurar:

http://fanfiction.com.br/historia/361701/Freak_Show/

Mesmo quem não se interessar pela fanfic, veja a série! É fantástica de verdade.

Boa semana e até segunda!



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