Um Novo Amor Doce escrita por N Baptista


Capítulo 13
Episódio 5 e 6 (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Alguns avisos sobre o cap:
Os episódios 5 e 6 estão misturados nesse capítulo para conseguir histórias pra todas as personagens.
A estrutura está diferente (POV). Não é certo de que vai ficar assim, estou fazendo um teste para avançar mais rápido na história. De qualquer forma NÃO pretendo fazer todos os capítulos assim de agora em diante, mas alguns se não ficar ruim.
O capítulo ficou muito grande quando escrevi, então dividi, mas pretendo postar a continuação até sábado.
E para finalizar, gostaria que todos dessem a sua opinião nos comentários sobre a nova estrutura, como já disse, é só um teste, então queria saber o que vocês acharam.
Boa leitura



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- Ah, chegou quem eu queria. Senta aí, dona atraso. – Disse Pedí apontando o espaço ao seu lado no banco.

 Sentei-me ao seu lado, Talixka estava do outro e a aula ainda não tinha começado, então estávamos no pátio. A ruiva me ligou ontem a noite combinando de chegarmos mais cedo hoje.

- Pois bem – Ela ficou de pé na nossa frente – Acho que já está mais do que na hora das duas conversarem.

- Conversar sobre o que? – Perguntei me fazendo de sonsa.

- Se eu expressar em palavras vou acabar vomitando encima de vocês. – Respondeu Pedí fazendo uma careta.

- Bem – Talixka suspirou – Posso começar? – Assenti com a cabeça e ela continuou – Você não me contou sobre o encontro com o Castiel em respeito aos meus sentimentos, mas a verdade é que eu já sabia. E... Uma coisa que entendi Hally, é que ele não gosta de mim. Teve tempo pra isso e não aconteceu, então não estou magoada. Se vocês se gostam, vão em frente!

- Esquece – Meu olhar estava no chão – Ele não vai querer mais nada comigo.

- O que? Por que? – É tão legal quando elas falam juntas.

- Bem, ele me beijou... Aí eu disse que não queria ficar com ele... Depois saí correndo.

 As duas ficaram me observando com o queixo caído, mal piscavam.

- (ha ha ha) O Castiel tomou um fora! – Pedí danou a rir.

- Não entendi Hally. – Tali franziu as sobrancelhas – Você não estava gostando dele?

- Estava... Estou... Não sei!

- Pera, como assim? – A de cabelo vermelho se agachou à minha frente.

- Eu... Fiquei confusa. Passei por muita coisa antes de vir para Ville Kiss e não sei se estou pronta para seguir em frente.

 O sinal de entrada tocou e ficamos uns segundos em silêncio olhando uma pra cara da outra, mas ninguém sabia o que dizer, então fomos para a sala.

POV Talixka:

 Estou muito preocupada com a Hally, ela parecia tão mal quando falou com a gente. Não sei se devo perguntar sobreo o que aconteceu na antiga cidade dela, provavelmente não, vou tentar segurar a Pedí também.

 Passei pela escadaria onde Castiel gritava alguma coisa com Lysandre que ouvia calado. O bad boy está mesmo de mau humor hoje, mas sabendo o que a Hally contou, ele tem motivo. Continuei andando pelo corredor e, perto da saída, encontrei o vendedor da loja de roupas.

- Han? Oi, você não é o rapaz da loja de roupas?

- Sou sim – Ele parecia chateado – Me chamo Leigh. Você... você estuda aqui, não é?

- Sim. Precisa de alguma coisa?

- Bem, você conhece a Rosalya? – Assenti com a cabeça – Então, ela é minha namorada, e nós meio que brigamos. Queria falar com ela, mas como não sou aluno, não posso passar daqui.

- Você gostaria que eu falasse com ela? – Me virei já pronta para procurar a Rosa.

- Você faria isso? Obrigado.

POV Pedí:

 Minha mão está doendo de tanto que escrevi na aula de física, mas acho que estou começando a entender a matéria. Escutei a voz irada da diretora na sala dos representantes, ela estava gritando com o Nath, e eu parei para ouvir.

- Escutando atrás da porta, enxerida? – Disse Castiel empurrando a minha cabeça para baixo.

- (Afê) Sai fora! – Protestei chutando o seu traseiro quando ele passou.

 O mala ainda se virou como se quisesse discutir, mas viu alguma coisa atrás de mim que o fez ficar sério e ir embora.

- Será que eu passei repelente hoje? – Brincou Hally sem se divertir.

 Abri a boca para tentar responder alguma coisa, mas na mesma hora a diretora saiu da sala gritando:

- Nathaniel, eu vou te prevenir pela última vez. Se você não achar uma solução para este problema rapidamente, eu vou te punir não apenas com uma hora de cópia... Você corre o risco de ser expulso da escola!

 Com isso a mulher saiu batendo os pés. O Nath também saiu da sala, parecia que o mundo tinha desabado na cabeça dele.

- Tudo bem Nath? – Perguntei preocupada e ele negou com a cabeça – O que aconteceu?

- Eu... Bem... As chaves da sala dos professores sumiram e se eu não as encontrar... Na MELHOR das hipóteses perco o cargo de representante.

- Meu Deus! Tão grave assim? – Ele concordou com a cabeça – Então vamos procurar essas chaves! Bora, eu te ajudo!

- O-Obrigado, Pedí...

- Nossa! “Representante na berlinda” – (alguém tinha notado a Peggy?) – Acho que é um bom titulo! Estou impaciente para saber mais sobre tudo isso!

- É melhor você manter essa língua dentro da boca, sua fofoqueira. – Me irritei.

- Ei, você não pode me ameaçar! Liberdade de imprensa, minha querida Pedí.

 E com isso ela foi embora. Não gosto das matérias da Peggy, são invasivas e quase sempre dão em confusão. Ainda lembro de quando ela falou sobre a minha mudança de visual, que coisa desnecessária!

POV Hally:

 Pretendia ajudar minha amiga e Nathaniel na busca pelas chaves, apenas queria guardar primeiro o meu celular na mochila, mandei uma mensagem para o Ken ontem e estava vendo se tinha resposta. Quando abri o zíper na mochila, gelei dos pés à cabeça.

- O que foi Hally? – Pedí se inclinou para olhar também.

- P-Pedí – Gaguejei – Eu emprestei o caderno pra você?

- O diário de bordo? Não. Estava com você.

 Pisquei com dificuldade e balbuciei um “Volto já”. Disparei pelos corredores em direção a sala de biologia, que foi a minha última aula, olhei debaixo de todas as carteiras e só achei papel de bala. Depois vasculhei o meu armário que nem policial atrás de drogas (Nada, que merda!). Corri para o pátio e olhei entre os arbustos e debaixo dos bancos (droga, a aula vai começar).

POV Talixka:

 Encontrei a Rosalya no segundo andar da escadaria, ela estava sentada nos degraus, desolada. Ajoelhei-me à sua frente.

- Então, você namora o Leigh da loja de roupas? – Tentei usar a minha voz mais compreensiva.

- Sim, mas nós estamos brigados.

- Ele me contou. Pediu que eu te procurasse. Disse que quer conversar.

- Mas eu não quero conversar. Leigh é fechado, eu nunca sei o que ele pensa ou sente por mim, isso me deixa insegura. Não vou atrás dele, sou eu quem perdoa tudo... Agora é a vez dele tomar a iniciativa. – Ela saiu correndo com os olhos cheios de lágrimas.

 Estou me sentindo mal pela Rosa, como pode alguém fazer isso com você, se sentir dependente dessa pessoa para ser feliz... Mas o amor não é isso? Duas metades da mesma matéria? Como posso dizer que me apaixonei pelo Castiel se nunca senti isso? Será que eu não me apaixonei de verdade?

 Leigh estava no pátio tão desolado quanto a namorada. Eu me aproximei sem jeito.

- Eu... Falei com a Rosa.

- E Então? – Ele levantou num pulo do banco em que estava.

- Ela tá muito magoada. Quer que você tome a iniciativa pra fazerem as pazes.

- Eu? Mas o que eu faço?

- Não sei – Olhei o relógio – Desculpe, mas preciso voltar para a aula. De qualquer forma vou pensar em alguma coisa caso vocês ainda não tenham feito as pazes quando eu voltar.

- Você é mesmo gentil. Eh...

- Talixka.

- Talixka. Obrigado.

POV Hally:

Minhas aulas são demoradas e chatas, como esperam que eu me concentre em “Memórias póstumas de Brás Cubas” quando as minhas memórias estão perdidas aí em algum lugar. Nunca devia ter começado esse diário estúpido, agora preciso encontra-lo. Não quero nem pensar no que aconteceria se alguém lesse. Se a Peggy  ficasse sabendo da verdade sobre o fantasma da escola e publicasse. Ou se a Ambre descobre que eu não consegui beijar o Castiel. Ou pior ainda... o Cass não pode ficar sabendo que eu passei o final de semana inteiro confusa com os meus sentimentos. Nem pensar! Cadê essa droga de caderno?

 Estou procurando até onde tenho certeza de que não está, tipo, rastejei debaixo das arquibancadas do ginásio e fiquei me esticando inutilmente na ponta dos pés para tentar enxergar em cima dos armários no corredor. Alguém me segurou pela cintura e me ergueu.

- Conseguiu ver? – Perguntou Castiel.

- Consegui – Respondi completamente dura e em choque – Obrigada.

 Ele me colocou no chão e ajeitou a jaqueta.

- Você não estava me evitando? – Perguntei mordendo o lábio.

- Isso seria criancice! – Respondeu o bad boy.

- Mas, mais cedo pareceu...

- Não importa. Eu não estou te evitando. – Encerrou o assunto.

  Castiel apoiou as costas nos armários e perguntou sem olhar para mim:

- O que está procurando?

- P-Procurando? Nada. – Eu minto mal.

- Ah (sarcasmo) então olhar em cima dos armários é o seu novo passa tempo?!

- Ora, eu podia só querer saber se tinha dinheiro.

 Com isso ele riu.

- E tinha?

- Não. – Fiz uma cara decepcionada e começamos a rir.

 Depois Castiel ficou quieto me encarando como se pudesse ver os meus segredos mais ocultos, isso assusta.

- Por que acha que eu perdi alguma coisa? – Virei o rosto para o outro lado.

- Não disse que tinha perdido. Mas quer ajuda pra procurar?

- É a primeira vez que você oferece ajuda assim, sem que eu precise me descabelar toda primeiro. Está se sentindo bem?

- Fiquei curioso quando te vi rastejando debaixo da arquibancada.

- Ah, agora o mundo faz sentido de novo! – Abri os braços em exclamação – Primeiro eu vou pro chão, depois você aparece salvador...

- Quer ajuda ou não quer? – Cass cruzou os braços e ficou sério de repente.

- Não obrigada. – Afastei-me – Eu me viro!

POV Pedí:

 Castiel e Hally estavam conversando no corredor, será que eles já se entenderam? Que se dane, tenho assuntos mais importantes pra tratar agora. Minha amiga não demorou a se afastar do acéfalo, bem a tempo de eu me aproximar:

- Achei você! – Disse com autoridade.

 Castiel bufou e me olhou como quem não tava nem aí.

- Você não vive sem mim, né Pedí?

- Estaria melhor sem você, mas ainda não inventaram uma cura pra doença que você representa, então tenho que aguentar.

- O que você quer? – Sua expressão se fechou numa carranca.

- Cadê as chaves? – Cruzei os braços e fiquei bem séria.

- Que chaves?

- As chaves do Nathaniel! Não faça esse cara, você sabe muito bem!

- Eu não sei de nada. O que tenho haver com as chaves desse idiota?

- Nathaniel não é idiota! As chaves da sala dos professores que ficam com ele sumiram, ou melhor, foram roubadas, e como você já tem antecedentes... Né fantasma da escola?

- Errou tampinha de coca, tá muito enganada. Eu tenho mais o que fazer da minha vida do que ficar roubando as chaves do representante mauricinho!

 Com isso deu meia volta e foi embora. Que cara irritante, tenho certeza de que foi ele!

POV Talixka:

 Fiquei na sala até depois que todos saíram, já tinha terminado o exercício que o professor Fraize passou, mas ainda não tinha nenhuma ideia para ajudar a Rosalya e o Leigh. Nunca tive um namorado, como quero juntar um casal? Inclinei minha cabeça para trás até encosta-la na outra carteira e me assustei ao ver (de cabeça para baixo) Lysandre no fundo da sala. Ele parecia perdido em pensamentos, mas não ocupado, então me endireitei e fui até ele (talvez eu precise de um ponto de vista masculino).

- Oi Lysandre.

- Ah, oi... Você...

- Não sabe o meu nome? – Doeu, mas isso é bem comum – Tudo bem, o Castiel deve ter me apresentado como “A amiga da Pedí”.

- Sinto muito – Ele pareceu desconcertado – Mas ela se destaca mais.

- É verdade! Sou Talixka. – Ri para tranquiliza-lo – Lysandre, eu queria pedir a sua opinião para uma coisa. Você sabe a Rosalya?

- Sim, conheço. Por que?

- É que ela brigou com o namorado e eu...

- Meu irmão e Rosa brigaram?

- Quê? Você é irmão do Leigh? – Tropecei em uma das cadeiras e quase caí.

- Sou – Ele estendeu a mão para que eu me firmasse – Por que a surpresa?

- Não sei, acho que eu só não tinha pensado nisso.

 Lysandre riu e me ajudou a sentar na cadeira a sua frente.

- Então, você ia dizendo...

- Ah sim. Então, eles brigaram, e eu estava tentando ajudar os dois a fazerem as pazes. Mas a Rosalya não quer falar com o Leigh porque acha que ele precisa tomar a iniciativa, só que o coitado não sabe o que fazer... Eu queria uma ideia.

 Ele coçou o queixo de forma pensativa e eu o observei, ainda não tinha reparado que um dos olhos do Lysandre era verde e o outro castanho claro. Isso é bem diferente!

- Acho que já sei – Ele se ajeitou na carteira – Garotas gostam de poemas e coisas assim, não é?

- É, acho que sim.

- Então, eu poderia escrever uns versos para a Rosalya e o meu irmão entrega.

- Você escreve? – Parei o mais rápido que pude, estava falando besteiras – Nossa, que pergunta! É claro que você escreve, é músico. O que eu quis dizer foi: A Rosa não vai reconhecer a sua letra?

- Não – Ele se inclinou sobre o caderno para escrever – A minha letra é praticamente igual a do Leigh.

- (ha ha) Então vocês fazem acordos do tipo, eu lavo a louça e você faz o meu dever de casa... – Calei a boca tarde demais, a piada já tinha saído – Calma. E-Eu tava brincando.

 Lysandre olhou para mim com a maior tranquilidade e sorriu.

- Estou calmo. Entendi a brincadeira.

- (Ufa) Acho que estou acostumada a lidar com gente explosiva.

- Relaxa. Eu não sou assim. – Ele virou a folha na minha direção – Está pronto.

- Já? Que rápido! – Dei uma olhada no texto – Ficou muito bom! Vou mostrar pro Leigh. Obrigada.

_ Talixka, você poderia me avisar quando eles se entenderem?

 Afirmei com a cabeça, peguei o papel e minha mochila e saí da sala.

POV Pedí:

 Não sei mais o que fazer, já perguntei das chaves para todo mundo que eu conhecia, como Castiel, Iris, Peggy, Kim, Violett, Lysandre, Rosalya, Chino, Talixka. E até para algumas pessoas que eu nem tenho tanta afinidade, como Melody, Bia, e a gangue da minha cunhada, digo, da Ambre. Não adianta, ninguém sabe, ninguém viu.

- Nada ainda. – Falei com Nathaniel quando nos cruzamos pelo corredor.

 Ele passou a mão pelos cabelos loiros e suspirou decepcionado.

- Calma Nath – Coloquei a mão no seu ombro – São só chaves. A diretora está brava agora, mas...

- Não são as chaves, Pedí – Ele se esquivou fazendo a minha mão pender – Usaram as chaves para pegar uma coisa na dala dos professores.

(O que?!)

- E por que você não me disse? – Minha voz saiu impaciente.

- Você não precisava saber.

- O que sumiu?

- Você já achou a chave? Concentre-se nisso!

 Eu ODEIO quando o Nathaniel faz isso! Ele fica frustrado e desconta nos outros. As vezes parece mesmo um garoto mimado, como pôde esconder uma coisa dessas de mim? Como pode falar assim comigo? Como se eu fosse incapaz... Ou será que ele já esqueceu de que só é o vice da Chino porque eu não quis o cargo? Empurrei seu ombro com força e ele afastou os pés para não desequilibrar.

- Que droga, Nathaniel! Como posso te ajudar se não confia em mim pra... Se não me conta...

 Não consigo achar um jeito de terminar essa fala, apenas dei as costas desejando mais que tudo sair correndo.

- Espera! – Ele agarrou o meu punho e me puxou de volta – Desculpe. Não é que eu não confie em você Pedí, é só que... ninguém podia ficar sabendo. – Nath apoiou as duas mãos nos meus ombros e murmurou chegando mais perto – As provas sumiram.

- Caramba, isso é grave!

- Eu sei. – Ele apoiou a testa na minha – A coordenação está enlouquecendo.

- Se pelo menos nós tivéssemos as chaves, poderíamos procurar pistas na sala dos professores.

 Seu rosto estava tão perto do meu. Eu estava fazendo um esforço enorme para manter o pensamento coerente.

- Pena que não temos – Suspirou.

 Suas mãos despencaram pelos meus braços (deixando uma trilha de pelos arrepiados) e por fim Nath se afastou. Concentrei-me em pensar: Quem poderia querer o cancelamento das provas?

- Nathaniel, não se preocupe. Vou resolver isso. – Afastei-me com o palpite pronto.

POV Talixka:

- Alguma novidade? – Perguntei ao Leigh quando o vi (impressionante, ele ainda está no pátio).

- Não. A Rosa ainda não veio me ver. – Sua voz era triste.

- Eu tive uma ideia... Na verdade o seu irmão me ajudou.

- Lysandre te ajudou? Como?

- Bem – Prendi um cacho atrás da orelha – Ele escreveu um poema, e o plano era que eu entregasse para a Rosalya em seu nome. Pode ser?

- Isso seria muito bom. Obrigado aos dois.

 Voltei para o prédio em busca da Rosa, ela socava os livros dentro do armário.

- Rosalya, o Leigh escreveu isso pra você – Entreguei o papel – Ele quer mesmo fazer as pazes.

 Ela leu o poema se demorando em cada verso e depois me entregou sem esboçar qualquer emoção.

- É um lindo poema, mas eu tenho certeza de que alguém o ajudou. Ele nunca faria algo do tipo sozinho. Eu o conheço bem.

- Talvez ele tenha mudado... Para que você o perdoe.

- Eu acho que não!

- Mas Rosalya, pense. Mesmo que ele tenha tido ajuda, não quer dizer que não gosta de você. Ele está tentando, acontece que é um rapaz fechado. Você deveria dar uma chance.

- Eu... Não sei.

 Ela me deu as costas e sumiu pelo corredor.

POV Hally:

 Minha aparência reflete o desespero interior, meu cabelo está todo emaranhado, o jeans está sujo de me arrastar no chão, e sinto rugas se formando no meu rosto. Toda essa droga e até agora nada de caderno. No pátio, Pedí gritava com Castiel, eu queria passar reto e não dar importância, mas nesse assunto podia intervir.

- Olha, você não vai ser punido, Ok? – Ela dizia – Apenas devolva as chaves.

- Essa merda não está comigo! – Gritou ele – Para de me encher!

- Castiel, fala sério! Você é o encrenqueiro aqui! Odeia o Nathaniel, tira notas ruins, tem mais do que motivos para querer ferrar com a administração...

- Pedí, para! – Interrompi – Não está com ele.

- Hally – Ela se virou para mim – Você não quer ver, mas...

- Não está com ele!

- Como é que você sabe?

 Meti a mão no bolso e puxei o chaveiro de metal com três chaves amarelas penduradas.

- Estava no clube de jardinagem. – Joguei as chaves na sua direção e ela as pegou no ar.

 Castiel olhou para a ruiva com cara de quem estava certo o tempo todo e ela enrubesceu de frustração, revirou os olhos e falou comigo:

- O que você estava fazendo no clube de jardinagem? – Ela cruzou os braços – Já achou o caderno?

- (sarcasmo) Ué, Pedi, eu estava visitando os meus amigos minimois. Até esqueci esse caderno. – Fiquei séria – Olha pra mim, olha o meu estado. É claro que não achei o caderno, garota, estava procurando.

 Ela suspirou pesadamente e voltou para o prédio. Joguei meu corpo para trás, caindo sentada e depois deitei com as costas no chão e os olhos fechados. A claridade por trás das minhas pálpebras foi encoberta quando uma sombra se projetou sobre mim.

- Por que não pergunta se alguém viu? – Castiel estava de pé a minha frente.

- Porque não quero que ninguém tenha visto.

 Ele estendeu a mão para me ajudar a levantar.

- Tem medo que alguém descubra os segredos do seu diário? – Tomei um susto que me fez soltar a sua mão e cair sentada de novo – Fala sério... É mesmo o seu diário?

 Não consegui responder, e isso só fez com que o garoto risse divertindo-se com a minha expressão.

- Preciso achar esse caderno! – Gargalhou o bad boy me dando as costas e entrando no prédio.

 Disparando alerta máximo em 3, 2, 1...


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