Boa Noite, Cinderela. escrita por Ana Clara


Capítulo 29
Boa Noite, Cinderela.


Notas iniciais do capítulo

GENTE VOCÊS NEM VÃO ACREDITAR: EU ESTOU DE VOLTA. Acreditam nisso? Ai meu Deus que emoção. Me descuuuulpem por deixar sem atualizar aqui a mil anos, estou para postar esse capítulo a quinhentos anos e sempre fico adiando, mas não hoje. Esse é o penultimo capítulo da fanfic e eu espero em Deus que vocês não tenham me abandonado. Enfim, boa leituuuuuura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280925/chapter/29

Acordei com uma forte dor de cabeça e necessidade de um abraço confortante.

Passei as mãos nos olhos e me sentei esperando até que acostumasse com o escuro, conforme as coisas iam ficando claras percebi que eu não estava em meu quarto.

Desesperadamente levantei e tateei as paredes, procurando algum interruptor para acender as luzes, porém não achei nada. Tentei abrir a porta, mas ela se encontrava trancada. Era isso, ele havia conseguido me pegar.

Me sentei no chão e me permiti chorar. Por debaixo da porta pude ver que havia alguém do outro lado, escutei o barulho da chave destrancando a fechadura.

Sem consigo me mexer e com a ausência de qualquer força para lutar continuei sentada esperando a chegada da morte.

Em câmera lenta eu via a morte se movendo. Era assim a morte? Era assim que ela vinha? Na forma de um anjo lindo com cabelos loiros, de alguém que faz meu coração doer de saudades?

Fechei os olhos e me deixei desfalecer nos braços da morte. Senti uma dor profunda no meu braço esquerdo.

– Leah, por favor, preste atenção em mim. - o anjo implorou enquanto eu via o sangue escorrer em meu braço. E mais uma vez a dor tornou a aparecer, e mais sangue jorrou. Como uma mão, a dor me trouxe de volta a realidade.

– Carol? - sussurrei.

– Graças a Deus você está de volta. - disse sorrindo. - Temos que ir antes que nos ache.

– Que quem nos ache? - perguntei cambaleando ao levantar.

– O assassino. Agora segure em meu ombro, você está mole por causa da droga.

– Que droga?

– Te respondo depois meu amor, precisamos ir rápido. - disse me guiando através de um corredor escuro.

Olhei para meu braço que sangrava.

– Porque eu estou sangrando?

– Me desculpe por isso, tive que cortar seu braço para fazer com que você voltasse. Venha cá. - Carol rasgou um pedaço do comprido vestido azul que usava e amarrou em meu braço.

– Carol, o que está acontecendo?

– Não há tempo de explicar, meu amor. Precisamos fugir!

Com uma mão ela me guiava e com outra ela segurava o longo vestido azul. O corredor escuro parecia não ter fim e tudo estava meio embaçado.

Logo entramos em um outro quarto onde Carol me colocou sentada em uma cama, focou sua atenção em meu braço que sangrava e eu continuava lutando para me manter acordada.

– Carol. – sussurrei e ela me olhou.

– Só permaneça acordada meu amor. Por favor. Não posso deixar que te peguem também.

– Quem está fazendo isso? – perguntei com dificuldade.

– Eu ... Eu não posso te dizer.

– É o nosso pai?

– Oque? Não!

– Carol. Eu não vou aguentar. – falei com os olhos pesando.

– Leah, fique comigo. Fique comigo! – ela me chacoalhava.

Permaneci lutando contra o torpor que dominava meu corpo. Era uma sensação estranha que percorria pela minha veias e me deixava fora dos sentidos. Minha visão estava dobrava e eu conseguia ouvir sussurros pelo quarto.

Ouvi passos vindo em direção a porta e Carol me olhou assustada, em segundos ela me apoiou em seus braços novamente e voltamos a correr.

Eu olhava para trás e no meio da escuridão pude perceber uma silhueta. Forcei os olhos e pude notar que o mesmo levava um sorriso maldoso nos lábios e em sua mão uma objeto brilhante. Uma faca talvez.

Carol corria e eu tentava acompanhar seus passos mas parecia que eu tinha perdido o domínio de minhas pernas. Conseguimos despistar quem nos seguia e entramos em um quarto escuro.

Minha irmã apoiou as costas contra a porta, ofegante, e fez sinal para que eu permanecesse quieta.

Segurei minha respiração quando, por baixo da porta notei que tinha alguém. Meu coração estava disparado e eu tinha certeza que dava para escutar o barulho que ele fazia a quilômetros.

Senti as lágrimas caindo no meu rosto e meu coração apertar de medo. Eu não queria morrer. Em um ato de reflexo, fechei os olhos com força e sussurrei “por favor” bem baixinho.

Quando abri os olhos novamente a sombra debaixo da porta havia sumido ... assim como Carol.

Me virei forçando a vista contra o quarto escuro procurando por minha irmã. Consegui ver a garota sentada em uma cadeira de balanço em frente ao espelho. Ela penteava os cabelos loiros e murmurava uma canção de ninar.

– Carol? – sussurrei. – Carol está tudo bem? – me aproximei devagar e toquei em seu ombro.

A cadeira parou de balançar, e a canção que ela sussurrava parou, trazendo a tona o silêncio dominador ao quarto.

Pelo reflexo do espelho pude ver seus olhos abrindo, e os mesmos estavam sem vida. Notei então que seu vestido estava totalmente cheio de sangue.

– Ai meu Deus, Carol. Oque aconteceu com você? – disse segurando a mão da garota que continuava a me olhar com os olhos gélidos e sinistro. Um sorriso assustador tomou conta de seus lábios e eu me afastei.

– Você é a próxima. – ela disse sem expressar emoção. Fui me afastando dela até encostar na parede, tomada pelo medo. – VOCÊ É A PRÓXIMA. VOCÊ É A PRÓXIMA. – ela começou a gritar e junto com ela, muitas vozes gritaram também.

Eu não sabia de onde vinha aquelas vozes mas me incomodavam muito. Levei a mão aos ouvidos, tapando-o para não ouvir o que me diziam. Meu coração batia rápido e o medo passava por minhas veias.

O barulho de vozes começou a ficar maior eu pressionei o ouvido ainda mais. Soltei um grito abafado junto com as lágrimas e de repente, tudo ficou em silêncio.

Ao abrir os olhos pude notar que a cadeira de balanço estava vazia, mas continuava a ranger. Passei os olhos pelo quarto e notei que eu estava sozinha novamente.

As luzes piscaram e pelo reflexo do espelho, me vi sentada na cadeira. Meu braços estavam amarrados e era o meu vestido que se encontrava ensanguentado.

Minha respiração começou a ficar pesada e pude ouvir barulhos de passos pelo quarto. Antes que eu pudesse falar qualquer coisa as luzes se apagaram de novo e a última coisa que ouvi foi:

– Boa noite, Cinderela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem! Eu quero falar com você, e vou tentar postar o ultimo capitulo ainda essa semana meus amores, logo logo saberão o fim e revelações serão feitas. Beijo amo vcs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Boa Noite, Cinderela." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.