Boa Noite, Cinderela. escrita por Ana Clara


Capítulo 25
Já chega de perdas.


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, mais um capítulooooo. Tentarei postar outro amanhã.



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Abri os olhos vagarosamente, e com a visão ainda embaçada tateei a cama em procura de Noah, porém não achei ele em lugar nenhum, tentei forçar a visão para procurá-lo melhor. Nada. Levantei, vesti a blusa de frio dele que estava na cadeira e sai do quarto.

Desci as escadas rapidamente pois o chão estava frio. Ouvi um barulho na cozinha.

– Noah?

Ninguém respondeu, caminhei na ponta dos pés e entrei na cozinha com cuidado.

– Bom dia, princesa. – Noah falou atrás de mim, me assustando e me fazendo gritar.

– Que sustou Noah! – bati no ombro dele e fiz cara feia.

Ele riu.

– Vem cá, vem. – me puxou e me abraçou.

Noah tinha preparado nosso café da manhã. Pão de queijo, suco de maçã e morangos cortados com leite condensado. Exatamente como amo.

– Senta aqui do meu lado. – ele disse.

Sentei e tomamos o café quietos. Noah me encarava.

– O que foi? – perguntei depois de dar uma mordida no morango.

Ele deu de ombros.

– Nada. Só achei super mal-educado você acorda e nem me dar um beijo.

Sorri e dei um selinho nele.

– Está bom assim? – perguntei.

– Claro que não. – disse me puxando para perto.

Ele me envolveu em um beijo e depois me olhou.

– Você é linda. E fica mais linda ainda com essa cara de sono e esse seu cabelo bagunçado.

Corei.

– Come um morango e para de falar besteira. – falei e enfei um morango na boca dele.

– Não é besteira. – ele sussurrou depois de um tempo, meio que para ele mesmo.

– Ok, então. – falei e beijei a bochecha dele.

Continuamos a comer os morangos. Noah beijou meu pescoço e depois deu uma mordida. Arrepie.

– Noah! – falei quando ele mordeu meu pescoço de novo. – Agora vai ficar duas marcas – ele mordeu mais uma vez.

– Agora são três. – disse e sorriu.

Mostrei a língua para ele.

– Cuidado senão mordo sua língua também. – falou sorrindo e beijou a ponta do meu nariz.

– Vamos para a sala? – propus.

– Vamos.

Noah sentou no sofá, eu sentei ao lado dele e encostei a cabeça em seu ombro. Ficamos assim por um tempo.

O celular de Noah começou a vibrar no bolso da blusa que eu estava usando, peguei o celular. “Mel” fechei a cara pro celular quando vi que era Melody.

– Noah, é a Melody. – falei deixando que a surpresa em minha voz fosse clara.

Ele pegou o telefone.

– Pensei que ela tinha ido pro Canadá passar um tempo com a avó. – sussurrei.

Eu só conseguia ouvir um lado da conversa, o que me deixava meio insegura, não gostava do fato de Noah estar falando com outra garota, ainda mais se essa garota me odeia profundamente. Acho que ela tem ciúmes porque Noah escolheu a mim e não a ela, ou sei lá qual o problema dela. Tentei me controlar, me acalmar e esperar para saber do que se tratava o assunto.

Ele voltou com um sorrisinho, o que realmente me deixou irritada.

– O que ela queria? – falei, meio seca, deixando que ele visse que eu estava com ciúmes.

– Ela voltou. – ele disse abrindo um sorriso largo.

– Por isso está todo feliz? – falei indo até a cozinha e pegando um copo de suco.

Noah veio atrás de mim.

– Ciúmes? – ele perguntou com um sorriso maior ainda.

– Talvez. – dei de ombros.

– Ela está vindo pra cá. – ele sussurrou.

Quase cuspi o suco.

– Noah! – falei faltando pouco para não gritar.

– Oque?

– Você convidou uma amiga que me odeia pra vir na minha casa.

– Ela não te odeia.

– Odeia sim! – virei de costas para ele enquanto falava.

Ele me abraçou por trás.

– Deixa de birra e trate Melody bem.

– Você devia dizer isso para ela.

– Ela vai ser legal, prometo. Se ela for chata eu mando ela ir embora.

– Ok. – respondi de cara fechada, ainda achando uma má ideia.

Ele beijou minha bochecha.

– Vamos pedir uma pizza pro almoço.

Revirei os olhos e suspirei.

– Olha, eu não estou de acordo com isso. – falei virando para ele.

– Eu sei, mas dá uma chance para ela. É minha amiga.

“Amiga” Argh! Acho que vou vomitar. – pensei.

Encarei ele por um tempo. Noah fez biquinho.

– Ah, ok. Tanto faz. – falei.

Noah sorriu e me beijou. Eu meio que não retribui o beijo, fiquei parada. Estava brava.

A campainha tocou e ele deu um sorriso de orelha a orelha.

– Seja legal. – pediu enquanto ia atender a porta.

Revirei os olhos e peguei o telefone para pedir a pizza. Suspirei fundo e fui até a sala, Noah e Melody ainda se abraçavam e sussurravam algo.

– Leah! – ela falou soltando Noah. – Como você está diferente! – ela veio me abraçar. – Quanto tempo!

– Oi, Melody. – respondi aceitando o abraço sem nenhum ânimo.

– Pedimos pizza pro almoço Mel. – Noah falou.

– Ah, não precisava fazer isso por mim. Obrigado. – disse, meiga.

Não foi por você vadia, não se ache tão importante assim. – pensei.

– Imagina, você deve estar com fome. Aliás já é quase hora do almoço. – respondi sorrindo.

Fomos para a sala, Noah e ela começaram uma conversa calorosa, tinham muito a falar. Eu falava um vez ou outra, mas eles mudavam de assunto tão rápido que eu não conseguia acompanhar.

Finalmente a pizza chegou, fui buscar e enrolei um pouco para voltar até eles. Entrei na sala nas pontas dos pés. Melody segurava as mãos de Noah disse algo e sorriu, ele sorriu sinceramente, colocou as mãos dela em seu peito, falou algo, sorriu e depois beijou a outra mão. Tenho que ser sincera, aquilo acabou comigo.

Noah me viu na porta e soltou rapidamente a mão dela e sorriu timidamente.

– A pizza chegou. Ótimo! Estou faminta. – disse ela quando se virou.

Encarei Noah e levantei uma sobrancelha. Acho que ele entendeu o que eu quis dizer porque ficou vermelho.

Comemos a pizza em silêncio, quer dizer, eu pelo menos porque pelo jeito Melody tinha muitas novidades para falar.

– Eu tenho que ir. – ela disse depois de um tempo. – foi bom ver vocês.

Já vai tarde. – pensei.

Ela se levantou.

– Precisa ir mesmo? – Noah falou.

Fuzilei ele com o olhar.

– Preciso. – respondeu e deu um sorriso. – Ainda vou visitar o Andrew.

– Ok. – ele falou e a abraçou.

– Tchau Leah. – disse saindo.

– Tchau.

Fechei a porta e cruzei os braços olhando para Noah. Ele me olhou e veio me abraçar.

– Não. – eu o empurrei. – Vai abraçar sua amiguinha, vai. – falei indo para a cozinha.

Ele foi atrás.

– Eu vi quando você beijou a mão dela. – falei de costa para ele. – Ela tem uma queda enorme por você. Chega a ser um abismo.

– E ...?

Me virei para ele.

– “E...?” Noah? Ele mexe com você, e você não faz o mínimo de esforço para tentar não deixar que isso aconteça.

– Claro que não Leah!

– Claro que não? Devia ver você, fica igual bobo perto dela.

– Leah, você acha mesmo que ela mexe comigo? Não acredito nisso. Quantas vezes vou ter que dizer que só tenho olhos para você? Que meu coração só pertence a você? Eu amo você, Leah. Só você mexe comigo.

Ele me olhava esperando uma resposta. Eu sorri.

– Achei que era impossível eu me apaixonar mais por você. Mas agora, você acabou de provar que é possível! – falei.

Ele deu um beijo na minha testa.

– Eu te amo, princesa.

– Eu te amo mais.

Ele sorriu.

– Mas ainda estou brava com você. – falei fazendo bico e saindo da cozinha.

Noah me virou pela cintura, pegou no colo e me colocou sobre seu ombro, me segurando pelas pernas.

– Noah, me solta. – falei rindo.

– Só quando você me perdoar. – respondeu.

Ele deitou no sofá e me colocou por cima dele, me prendendo em seus braços.

– Ok, eu te perdoo. – falei me debatendo, tentando sair.

– Mesmo?

– Sim. – deitei nele.

– Ok. – ele me soltou.

Ele me puxou mais para cima para poder me beijar. Sua boca maravilhosa se colou na minha, e todo aquele sentimento que houve no primeiro beijo voltou, as borboletas em meu estômago nunca se foram e nesse exato momento eu tinha quase certeza que elas estavam tentando fugir. Noah se sentou e eu sentei no colo dele. Passei a mão pelo seu pescoço e ele segurou minha cintura e me puxou para mais perto. Ele me beijava de uma maneira feroz e apaixonante. Noah me deitou com cuidado, seu beijo estava me deixando sem fôlego, e então ele começou a beijar meu pescoço para ambos respirarmos. Ele pegou minha mão e me levantou do sofá, e em um embalo entrelacei minhas pernas em sua cintura. Ele andava em direção a escada comigo em seu colo, mas sem nenhum minuto parar de me beijar. Subimos as escadas com dificuldades, mas finalmente chegamos no corredor. Noah me prendeu contar a parede e seu beijo me levava as nuvens.

Meu celular tocou, e Noah murmurou um “droga”. Era meu pai. Olhei preocupada para Noah e atendi o celular.

– Pai?

– Oi filha.

– Está tudo bem?

– Não. – responder seco.

– O que houve? – a preocupação em minha voz era gritante.

Ele começou a chorar.

– Seu irmão não resistiu.

Meus olhos encheram de lágrimas, mas eu não deixei que ele percebesse que eu estava quase chorando.

– Vai ficar tudo bem, pai. Eu prometo. E a mamãe?

– Ela ainda não sabe, não está estável.

– Entendi.

– Papai ama você, logo estou de volta.

– Amo você também.

Ele desligou.

Olhei para Noah e o abracei. Acho que ele entendeu o que havia acontecido. Não me permiti chorar por mais que eu quisesse e lutava contra isso. A partir de agora decidi ser forte.


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Notas finais do capítulo

E então? Oque acharam?



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