Dilemas escrita por Paige Sullivan


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capitulo 7

Voltando um pouco nas horas...

                                                               CONDOMINIO MARTIN

Tiago chegou em casa irritado por dois motivos. O primeiro já era conhecido, e o segundo estava relacionado com a volta chata e irritante de São Paulo. Charles tinha realmente avisado que eles perderiam o vôo e não deu outra. O transito os atrasou, fazendo com que tivessem problemas com a companhia para conseguir vaga no vôo seguinte.

Dennis estava sentado no sofá da sala vendo algum filme com mais uma amiga da vida. Marta pegou a mala dele e ofereceu algo para que comesse, ele agradeceu e disse que já ia na cozinha para isso. Ariana apareceu também olhando de rabo de olho para o irmão mais velho e meneando a cabeça negativamente.

- Não acredito que ele esta com outra mulher aqui dentro. – ela chegou sussurrando e Tiago se contendo para não rir – Pelo amor de Deus, vocês não tem pena de mim não?

- Pena? – ele não entende o que ela fala – Por que pena de você?

- Eu que tenho que lidar com as pobres que aparecem aqui procurando por vocês.

- Simples, só mandar nos procurar. – e toma um tapa dela no braço – Está realmente se parecendo com nossa mãe, Ariana. – ele reclama esfregando o braço.

- Eu deveria era deixar os dois de castigo, mas como sou só empregada da casa, não posso fazer nada. Ah se vocês fossem meus filhos!

Dennis levantou ao ouvir aquela exclamação e viu novamente a governanta saindo e reclamando. Ele já chegou rindo e olhou para o irmão que parecia exausto.

- Que cara horrível é essa?

- Tenho tanta coisa pra te contar... – ele olhou para o lugar onde a menina estava e acenou com a cabeça quando ela lhe cumprimentou ao longe – Mas depois conversamos. Curte seu momento ai com ela que vou tomar um banho e tentar comer alguma coisa.

Meia hora depois ele está na cozinha conversando com Marta e falando da tal morena que o enfeitiçou. Ariana senta logo em seguida, fazendo sua refeição também – porque na casa deles, não havia muita distinção de horários com os empregados – e tenta entender o que se passava na cabeça dele.

- Um minuto meu filho. – ela o interrompe – Ela simplesmente sumiu da sua vista?

- Acordei no outro dia e ela não estava. E ainda tomei um sermão do Charles.

- O que eu não entendo é o seguinte: Ninguém a viu? – ela parecia interessadíssima.

- Não, por que?

- Isso não é fruto da sua imaginação não Tiago?

- Ariana!

- Ué, vai que sua consciência está te avisando que já é hora de parar com a libertinagem e que você precisa se tornar um homem sério?

- Não acredito que você disse isso Ariana. – Dennis já entrava na cozinha rindo – Libertinagem? Acha que somos tão impuros assim? Em que século estamos mesmo?

- Ela ainda vive no passado meninos! – Marta comenta fazendo os dois meninos rirem da situação.

- Como se a senhora fosse muito nova, não é dona Marta?

- Pelo menos não fomos nós que inventamos o beijo de língua não é?

- Só porque eu sou francesa, não quer dizer que eu tenha algo a ver com isso! – Ariana se faz de ofendida, para alegria de Marta – E nem venha se fazer de santa que eu sei que você fica de saliência com o zelador.

- Calúnia!

- Epa, calma ai. – Tiago as interrompe já rindo – Dá pra voltar o assunto pra mim? – ele aponta para si mesmo, enquanto Dennis seca as lagrimas de riso que soltava – O problema não é com a saliência de ninguém, e de quem inventou beijo nenhum. E sim da morena linda que mentiu pra mim e me deixou chupando dedo de manhã no quarto de hotel.

- Opa, que a situação está melhorando rapaz! – Dennis se anima ao ver o irmão irritado – Como assim?

- Vou te contar... – depois de contar tudo ao irmão, inclusive da conta que conseguiram com a Extreme, Ariana e Marta já parecem estar de bem novamente, lavando e secando a louça – E é isso.

- Ainda acho que é fruto da cabeça dele. – ela comenta novamente.

- Por que eu ia inventar uma mulher?

- É a primeira vez que te vejo assim cara, e sinceramente não queria estar na mesma que você.

- Por que?

- Ta na cara que se apaixonou pela garota. – ele afirma deixando Tiago assustado.

- Não poderia ser apenas orgulho ferido não? – Marta se intromete de novo e eles a olham – Afinal, olha a fama que ele tem.

- Não vê a maneira como ele falou dela? Obvio que ele se apaixonou. Pena que não podemos dizer o mesmo da misteriosa.

- E ela era linda! – ele fala quase babando novamente, deixando a todos estarrecidos.

- Realmente meu querido, acho melhor você procurar um medico, porque pelo visto vai demorar pra esquecer essa menina... Que pena! – eles olham Ariana novamente – Quem sabe não seria ela a te fazer sossegar de verdade? – ela sai deixando os três na cozinha imaginando o quanto ela é “viajada”.

- Vou pro meu quarto descansar. Amanha o dia é longo. Provavelmente o Charles vai me encher de trabalho e isso é bom. Por que quanto mais trabalho, menos penso nela. – Tiago levanta e Dennis vai andando com ele, mas o para no caminho.

- Marta... – eles voltam a olhar a empregada limpando a mesa – Quer dizer que você fica de saliência com o zelador? – eles percebem a fúria nos olhos dela e saem correndo.

- Mas que meninos!

NO OUTRO DIA

CONDOMINIO MARTIN

Dominique estava arrumando a mesa de café quando foi ao quarto procurar pelas amigas e as acordarem. Tudo parecia tranqüilo ao entrar no quarto de Aline e ver que a cama já estava arrumada e que a bolsa dela não estava mais ali. Estranhou um pouco, mas não se preocupou. Quando Aline estava com trabalho atrasado, saía mais cedo ainda para adiantar o que faltava. Por outro lado, Leticia, que sempre acordava junto com ela, parecia que dormia como pedra.

Depois de terminar de adiantar os trabalhos da faculdade, resolveu sair e não disse para onde ia e nem com quem ia. Mas ela não ia dar uma de mãe e perguntar essas coisas. Quem geralmente fazia isso era Bruno, que dava uma de pai para compensar a perda que eles tinham da família. Só de lembrar dele, sentiu calafrios. Era estranho, mesmo depois de tanto tempo, sempre se lembrar dele nos momentos mais sutis do seu cotidiano.

Voltou para a sala e reclamou da mesa já posta e xingou mentalmente pelas amigas que tinha. As vezes não dava para entendê-las. Tocaram a campainha e ela pensou que fosse ser o porteiro, para entregar alguma correspondência gigante, provavelmente algo que Leticia tinha comprado na internet e não coube na caixa de correio.

- Pois não? – assim que abriu a porta, o mundo dela desabou. A pessoa que ela nunca pensou que fosse aparecer na sua vida novamente estava bem ali na sua frente.

- Bom dia. – Bruno não sabia mais se falava, se respirava, ou se pensava. Porque olhando pra Dominique ainda mais linda do que antes, seu mundo parou literalmente.

Letícia já estava saindo do quarto quase escorregando no chão tentando andar e colocar o sapato ao mesmo tempo. Ao ver a cena um tanto quanto constrangedora, teve um surto momentâneo e travou. Não era para a amiga saber da presença do seu irmão assim tão cedo e muito menos sem ela ter lhe falado nada.

- Não sabia que estava no Brasil. – ela finalmente falou, quebrando aquele gelo que se instaurou devido a troca de olhares intensa pelos dois.

- Leticia não te falou nada? – ele se perdeu – Estranho, ela passou o dia todo ontem no meu apartamento.

- Seu apartamento? – ai que o mundo desabou. De que diabos ele estava falando?, ela pensou.

- Bruno, pensei que já tivesse ido para o trabalho. – Leticia finalmente adentrou a sala para não ver a terceira guerra começar – O que está fazendo aqui?

- Bom, você deixou a carteira no meu quarto. – ele saiu entrando assim que Dominique liberou a porta – Vi aqui dentro um recibo de compra e vi o numero do prédio. Fiz mal? – ele realmente parecia perdido no assunto e Dominique parecia fuzilar a amiga com os olhos.

- Nada, que isso! – ela puxou um pãozinho e esticou para o irmão – Que tal descermos? Eu preciso pegar o ônibus e você o metrô.

Assim que ela empurrou o irmão e pediu para que chamasse o elevador, voltou rapidamente para a amiga que estava sentada tentando processar as informações.

- Desculpa, eu ia te contar hoje, mas ele chegou antes.

- Por que não me falou nada ontem?

- Desculpa. – e saiu correndo atrás do irmão.

Na porta do elevador, Bruno tentava analisar a situação por um ângulo bom. Pelo menos ela não quis enfiar a porta na cara dele depois de tanto tempo. Imaginou que a situação poderia ter sido muito pior, mas nada que o tempo não ajude a piorar. Queria não pensar naquilo, mas só de vê-la outra vez, de encarar aqueles olhos verdes exuberantes, algo dentro dele reavivou. E ele não queria nem imaginar o que era.

Dominique continuava sentada olhando para a parede da sala. A porta já estava fechada e ela tentou se levantar e se recompor. Imaginou que teria outra reação ao encontrá-lo, como tratá-lo com frieza ou qualquer coisa do tipo, mas não. Conseguiu ser a mais idiota do mundo, parada igual uma tonta sem conseguir pronunciar uma oração sequer. Tentou terminar o café da manhã e partiu para o trabalho. Afinal, a empresa não tinha culpa se ela tinha visto fantasmas do passado.

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Enquanto isso, Aline já estava terminando todos os relatórios pedidos por Diana. Ela se assustou ao ver a empregada tão cedo na empresa e perguntou se estava tudo bem, e ela lhe garantiu que sim. Mas na verdade, a consciência dela não a deixava em paz, alertando para a grande MERDA que ela tinha feito. Provavelmente já tinha se arrependido, mas os números que via na sua frente lhe impediam de continuar com esse raciocínio.

- Menina... – meia hora depois Leticia praticamente se jogou em cima dela – Nem te conto o que aconteceu.

- Fale. – ela parou tudo e lhe deu atenção.

- Meu irmão apareceu no apartamento hoje de manhã.

- Ai meu Deus, Dominique o viu? – ela se alarmou e Leticia riu.

- Finalmente minha amiga esperta voltou! – Aline riu e Leticia afirmou com a cabeça – Não só o viu, como abriu a porta para ele!

- E você não tinha falado nada?

- Perdi a hora. Ela o viu primeiro, e pela cara dela ficou furiosa comigo.

- Imagino. Mas tu sabe né? Que se ela ficou furiosa....

- E meu irmão também ficou abalado...

- Tem coisa ai. – as duas falaram juntas e riram.

- Na hora do almoço eu falo com ela.

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Mal o dia começou e eles já estavam em reunião. Charles já queria passar tudo de importante do jantar com Stolt e deixou Tiago como supervisor daquele trabalho. Dennis, por sua vez, ficou responsável por todas as outras contas da empresa e teria auxilio de Charles sempre que pudesse. Manoel parecia satisfeito com tudo que estava acontecendo na empresa e percebeu que Charles realmente estava se esforçando para se tornar uma pessoa melhor. Cada dia que passava sentia mais orgulho do sobrinho e dava graças de tê-lo salvo de uma derrocada.

A historia de amor de Tiago foi passada para o pai e ele estranhou o fato do filho não ter feito mais pela situação. A conversa se estendeu até a hora do almoço, quando eles saíram para o restaurante e almoçaram juntos. Na volta para o escritório, Aline ligou para a empresa e pediu para falar com Charles. Ele prontamente lhe atendeu e recebeu a noticia de que Stolt já estava esperando pela primeira campanha, que os produtos já tinham sido enviados por e-mail para analise que teriam que se reunir para começar a transformar todas as suas idéias em projetos concretos.

A reunião ficou marcada para a semana seguinte. De acordo com os cálculos dos dois, o primeiro projeto teria quinze dias de preparação e logo após uma reunião seria marcada com o Stolt para aprovação.

- Essa reunião será ai então?

- Sim, só preciso saber seus horários disponíveis para ver se batem com o da Diana.

- Ok, vou passar para a minha secretária e ela vai te dizer tudo o que você precisa. Eu tenho uma reunião com um cliente agora e mais tarde eu te ligo para confirmarmos.

- Ok.

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Aline estava no restaurante do prédio esperando pelas amigas. Letícia inventou que ia almoçar com a amiga do setor de RH só para não ter que encarar Dominique. Danilo também não pode almoçar com elas, porque tinha prometido para um novo colega que iria se encontrar com ele para se enturmar com as pessoas da empresa. Dominique sentou a mesa e começou a almoçar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Passado uns dez minutos do mais puro silencio, Aline percebeu que ela não começaria aquela conversa.

- Pode parar, eu sei que você quer me contar do Bruno.

- Eu não estou falando, porque é falta de educação falar comendo.

- Aham, e você acredita tanto nisso quanto eu acredito que ainda sou virgem. Por favor, né Nique? O que aconteceu entre vocês dois?

- Leticia não te passou o BO não?

- Se eu estou perguntando, é claro que não. – Aline se fez de desentendida, o que não colou.

- Você me perguntaria só para saber tudo novamente da minha boca, acho que vocês pensam que sou idiota.

- E você acha que eu também sou me enrolando. Dá pra parar? – Dominique arqueou a sobrancelha e respirou fundo, contou exatamente o que aconteceu, deixando Aline confusa.

- Calma ai, por que os dois ficaram sem palavras? Não deveriam se tratar normalmente como dois desconhecidos?

- Qual a parte do “não terminamos nosso relacionamento amigavelmente”, você não se lembra? E poxa, Leticia bem que podia ter avisado que ele estava no Brasil. Ele está com apartamento... Por acaso ele pensa em ficar aqui muito tempo?

- Bem... – Aline percebeu que tinha sido deixada na linha de fogo e queria enforcar Leticia quando a visse.

- Você sabe de tudo, desembucha.

- E por que se importa? – ela tentou enrolar novamente.

- Não me importo. – e Dominique tentou se fazer de indiferente.

- Então porque era tão importante que ela te contasse que ele estava aqui?

- Pra eu poder me preparar emocionalmente.

- Exatamente, porque ainda sente algo por ele.

- Eu não sinto nada por ele Aline, calma ai! – ela se alterou e Aline riu.

- E por que se alterou dessa maneira? – elas duas bufaram e logo em seguida riram.

- A questão não é estar amando-o, isso eu garanto que não é, mas poxa, eu tinha criado um futuro na minha cabeça com ele. Terminamos nosso relacionamento de uma maneira tão... 

- Vocês tinham prioridades. O amor de vocês não falou mais alto que isso. Acontece em vários relacionamentos.

- E eu tinha tanta certeza que ele era o homem da minha vida... – ela suspira e Aline percebe que tem sentimento embutido ali – Poderíamos ter dado certo, sabia?

- Vocês ainda podem Nique.

- Não podemos não! – ela percebe que estava voltando a ficar presa no passado e se endireita – Passado, é passado. Me desculpa, mas ele me perdeu. Agora já to em outra.

- Se você diz. – Dominique a olha como se ela não fosse muito indicada para contar vantagem – Não me olha assim, você nem sabe o que está se passando comigo.

- Como assim? Parece que esse final de semana rendeu mais do que uma conta milionária. – Aline respira fundo.

- Tenho uma longa historia para lhe contar.

Vinte minutos depois e o almoço delas quase acabando, Dominique parece estarrecida com a situação. Realmente não era nada comum a amiga agir daquela maneira, e tudo que estava sabendo agora era algo surreal vindo de Aline.

- Por que você não armou barraco no restaurante? – ela voltou um pouco na historia – Tinha que ter feito o que Leticia sempre lhe aconselhou: Enfiar aquelas alianças goela a baixo dele. Que cretino!

- E não é?

- Mas o ápice dessa historia foi essa loucura. Quando eu te disse ao telefone para aproveitar... – ela olha para os lados e sussurra – Não era para ser exatamente com um dos sucessores Palmas. Ficou doida?

- Eu sei, eu sei, me arrependi assim que acordei  naquele dia. Mas o que eu poderia fazer? A besteira já estava feita.

- Estava nada. Serinho, acho que você ainda estava bêbada quando acordou. Só pode. E quando eles vierem resolver problemas da conta? Festas que vão participar, reuniões...

- Não fala não, toda vez que penso nisso quase tenho uma sincope.

- O jeito vai ser contar a ele que ficou com vergonha do que aconteceu. Que não pensou muito bem, sei lá, inventa alguma coisa, mas pede desculpas pra ele.

- Com que cara você acha que eu vou encará-lo Nique? Eu o deixei dormindo lá, pelado e sai correndo.

- Pelo menos ele é bom de cama? – Aline a olha estarrecida e a amiga se faz de idiota – Que foi? Algo de bom tem que ter saído de tudo isso, a burrada que você fez tem que compensar de algum lado.

- Sinceramente? – Aline percebia a ansiedade da amiga nos olhos – Acho que foi o melhor homem com quem já estive em toda a minha vida.

- Então, pede desculpas logo.

- Eu não tenho como fazer isso.

- Você quer dizer que não tem peito pra isso? – Dominique para e reflete um momento – Realmente, se fosse há dez anos atrás, eu diria que você era capaz de ser cara de pau a esse ponto, mas hoje...

- Ei! – ela reclama e a amiga ri.

- Enfim... Temos varias opções decorrentes dessa estupidez:

1 – Ele é galinha mesmo como você diz, quando te ver nem vai se lembrar direito, se é que vai lembrar do seu nome...

- Ele não estava bêbado quando me conheceu...

- E daí? Se ele não achar que você foi essas coisas, nem vai lembrar de você. – Aline se assusta de novo e Dominique ri – Desculpa, mas temos que ser sinceros aqui. Continuando:

1 – ... E se por acaso se lembrar, vai fingir que nada aconteceu.

2 – Ele é galinha, gostou de você, vai se lembrar vagamente, fazendo com que você o lembre do ocorrido. Ele vai se lembrar e vai querer dormir mais uma noite com você. Nada demais, casual e fácil, já que vocês estão trabalhando juntos.

3 -  Ele lembra de você, te procurou pelo hotel – porque pelo menos era o que eu faria –, não entende o motivo de você não ter falado o nome verdadeiro, vai te reencontrar, te dar a chance de explicar porque mentiu e entender que você não queria se comprometer e cometeu um erro. Não me é a opção mais viável, já que homem e compreensão, só sendo muito maduro, e geralmente homem muito galinha e safado não tem muita maturidade para esse tipo de coisa.

4 – E claro, ele gostou realmente de você, se sentiu bem por ter passado a noite com você, queria algo a mais, ficou magoado porque acordou no outro dia e a senhorita não estava lá, nem se importou em deixar um bilhete, mentiu o nome, ficou revoltado e quando te ver vai se lembrar exatamente de tudo e ficar irritadíssimo quando você lhe contar a verdade. E sinceramente, contrariando toda a lógica da situação, eu acho que essa é a opção mais viável.

- Como poderia ser viável? Tá doida? O cara coleciona mulher.

- E você consegue prender qualquer um que se sinta atraído por você.

- Lá vamos nós... – Aline revira os olhos e Dominique novamente se endireita na cadeira.

- Seguinte, sua chata: Por mais que a Aline decidida tenha morrido lá no passado, o que me dá realmente nos nervos, eu sei que você sabe que atrai os homens mesmo não querendo. Percebe-se pelo idiota do Caio, que mesmo sendo egocêntrico e prepotente, safado e afins, é capaz de mover mundos e fundos para te ter volta. Então sim, eu acho que você seria capaz de atrair um cara como o Tiago. Então quando ele aparecer na sua frente, reze para eu estar errada e ele ser a opção 3.

- De todas as opções doidas que você me deu, acho que a 2 era a mais viável.

- Quer dizer que você quer ter outra noite sorrida de amor e paixão com ele não é? – as duas riem e levantam para voltar ao trabalho.

- Está andando muito com a Letícia.

- Pensamos parecido nesse ponto. – Dominique solta um sorriso safado e Aline se alerta.

- Epa, viu como você é nojenta? Me enrolou e conseguiu fugir do seu assunto.

- Ih, to indo trabalhar. Fui.

Aline respira fundo já irritada com a amiga. Ela sempre consegue enrolá-la para não expor seus problemas. Ela volta ao trabalho e realmente reza para que quando ele descubra a verdade, não seja a opção 4 a escolhida involuntariamente por ele.


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Notas finais do capítulo

Eta lele... Qual opção vocês acham que ele "involuntariamente" vai escolher hein? sahuhsauhusahuhsauhusahusahusahusa



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