Dilemas escrita por Paige Sullivan


Capítulo 27
Capitulo 27


Notas iniciais do capítulo

Senhoooor.... Meus queridos, não abandonei a história não, o problema é que estava atolada no trabalho e agora que fiquei desempregada - hehehehe - estou tentando terminar a história para poder postá-la finalmente....
Minha internet também está um verdadeiro lixo, então é possível que eu tenha problemas para postar... Mas enfim... Lá vai mais um capítulo! Bjuuuu



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" A raiva é um vento que apaga a lampada da mente. (Robert Green Ingersoll)

Tiago levou logo Leticia para dentro. Capaz de ela ficar resfriada com tão pouca roupa que estava. Iria conversar com ela melhor depois, do que ficar emburrado a festa toda. Já que tinha que aproveitar o momento, resolveu desfilar com ela discretamente. Por mais que o vestido não fosse tão próprio pra ocasião, ela era linda, e isso compensava em muita coisa. Todos a olharam de maneira discreta e não foram mal educados. De qualquer forma, ela não era a única da noite a estar com as pernas e as costas de fora.

Então, ele foi a apresentando a cada um até chegar em seu pai. Manoel era discreto, mas observador. Já tinha reparado na beleza dela desde o dia que a viu no escritório. Mas claro, em um jantar não seria muito difícil ela estar ainda mais bonita. Assim que Tiago a trouxe pra perto, finalmente ela foi apresentada formalmente. Conversaram, riram e ela conseguiu sua atenção. Parecia ser uma menina ambiciosa, mas não tinha jeito de alpinista social. Era inteligente e engraçada. Tinha um espírito livre a primeira analise.

Charles chegou perto deles e a cumprimentou também. Conversaram por pouco tempo, até o casal se retirar e ir para o bar improvisado do lado de fora da casa e terem um pouco de privacidade. Tiago era homem afinal de contas, e aquela roupa dela o deixou animado até demais.

Dennis chegou com Aline também para cumprimentar o pai. Como ele não sabia se eles dois estavam tendo mesmo um relacionamento, preferiu se conter e esperar que eles dois se explicassem. Charles a cumprimentou e até abraçou, já que eram amigos e praticamente todo mundo já sabia disso. Conversaram e riram e até trocaram algumas confidencias. Elogiaram-na por estar tão linda aquela noite e por chamar a atenção por onde estivesse passando. Ela preferiu agradecer a fazer qualquer outro comentário, já que sentia que estava pegando fogo no rosto de vergonha.

– Ele está te tratando bem? – apontou com o rosto para Dennis, que se sentia aqueles adolescentes pedindo aos pais da namorada oficialmente em namoro – Pode falar, eu sou primo dele e posso fazer muita coisa com ele depois.

– Não. – ela sorriu – Ele tem me tratado muito bem.

– Acho bom. – Manoel se manifestou – Não ia querer que meus filhos tivessem uma reputação ruim por ai. – olhou sério para Dennis.

– Calma ai, ela me elogia e vocês me olham de cara feia? Não entendo isso.

– A cara feia é só um alerta do que eles podem fazer com você. – ela falou e ele a olhou surpreso – To falando algo errado?

– Viu? Ela captou a situação. – Manoel comentou sarcástico e todos riram – Diana, minha querida. – olhou por detrás do ombro de Aline e eles se viraram para falar com ela.

Charles ainda não tinha a visto. E era tão bom em olhar todos os detalhes dela e guardar em sua cabeça que ninguém seria capaz de perceber. Só ela. Ela o conhecia muito bem para saber que ele já tinha feito um raio X dela, se bobear desde a hora que entrou naquela casa.

E seria mentira dos dois se não dissessem a si mesmos que a tensão característica estava tão bem posta entre os dois, que até quem estava em volta era capaz de sentir. Abaixou a cabeça descontraidamente para disfarçar, mas até Dennis não entendeu o que se passava.

– Venha cá e me cumprimente como se deve. – Manoel a puxou praticamente para tirar aquele silencio quase que mórbido entre o grupo. Aline olhou para Charles que ia virar para falar com ela, não fosse o susto ao levantar o rosto e ver Marcelo parado ao lado de Aline. Como ela...

– Manoel... Saudades de você sabia? – seus pensamentos foram interrompidos pela voz dela ao lado.

– Sabia. – eles gargalharam e Aline foi para o lado de Dennis, o que quase fez Charles a rebocar para ficar na frente dele novo.

– Como sempre modesto. – puxou Marcelo pela mão e ele se sentiu um pouco envergonhado. Mesmo sendo o mais discreto possível, ele pode perceber o desconforto de Charles ao vê-lo ali – Tudo bom Charles? – Diana o olhou e esticou a mão para um cumprimento. Por dento sua vontade era de gritar e perguntar que merda ela estava fazendo, mas contou até mil mentalmente e sorriu como se estivessem na situação mais normal do mundo.

– Tudo bom. – ele olhou para Marcelo – Quanto tempo hein! – esticou a mão educadamente e Diana se virou para falar com Dennis.

– Verdade. – sorriu educadamente – Está muito bem.

– Você também.

– Fiquei impressionado com o que fez pela empresa do seu tio. – olhou para Manoel – Tudo bom com o senhor?

– Rapaz... Não chama meu pai de senhor. – Dennis olhou para o pai e brincou – O tempo fecha aqui hein.

– Ah desculpa. – sorriram e mesmo Manoel percebendo algo de estranho aceitou o cumprimento.

– Dennis, fica quieto. Não se preocupa não, Marcelo não é mesmo? – olhou para Charles que assentiu e para ele – Mas realmente... Me chame apenas de Manoel.

– Ok, Manoel.

– Bom, aproveitem. E vocês dois... – apontou para Aline e Marcelo – Convidados dos meus convidados são muito mais do que bem vindos aqui.

– Obrigado(a). – falaram ao mesmo tempo e riram.

– Só preciso roubar meu sobrinho um minuto. Stolt está ali e está nos chamando.

Dennis levou Aline para perto do irmão e da amiga dela, Dominique. Diana permaneceu no mesmo lugar e assim que o garçom passou com duas bebidas, Marcelo prontamente as pegou.

– Toma, vamos precisar.

– Por que? – ela tentou se fazer de desentendida, mas assim que ele tocou suas mãos e sentiu o frio e tremor, sorriu de canto de boca.

– Me trazer foi uma má ideia.

– Continuo fazendo a mesma pergunta.

– Vamos combinar que Charles não gostou muito disso não.

– Não posso fazer nada por ele. – deu de ombros e percebeu que não tinha sido nem um pouco convincente – Vamos nos socializar? – virou a taça de champanhe quando ninguém estava mais olhando para ela.

– Maneira na bebida.

Depois de conversar com Stolt e apontarem onde Diana estava, Charles pegou duas taças de champanhe e partiu para o escritório do tio. Quando ele viu o que ele ia fazer, foi correndo atrás dele.

– Não vai se enfiar na bebida agora não é? – fechou a porta e trancou.

– Fica tranquilo tio, não vou fazer nenhuma besteira. Só preciso de um tempo...

– Quem é aquele rapaz? – ele apontou para trás dele como que indicando para o lado de fora – Você não gostou da presença dele.

– Pensei que tivesse disfarçado bem.

– Para quem não te conhece. – Charles sentou em uma poltrona ali perto e virou a primeira taça – Quem é?

– Ex-namorado da Diana. – Manoel se surpreendeu.

– E por que ela iria querer trazer um ex-namorado para meu jantar?

– Não sei tio, talvez me afrontar, me fazer ciúmes, não dar o braço a torcer... – bagunçou os cabelos – De todos os homens da face da terra ela tinha que trazer logo ele?

Manoel podia ver a dor nos olhos do sobrinho. Era como se ele esperasse que ele pudesse tirar a resposta da cartola. Rapidamente, ele lembrou-se de Marcelo. O rapaz que ela tinha namorado logo depois do término trágico dos dois na época da faculdade. Também não entendia o que a tinha levado a tomar aquela atitude, mas se todas as suas teorias estivessem corretas, só haveria uma resposta: desespero. Da mesma forma que ela tinha usado essa rota de fuga para tentar esquecer o sobrinho, o mesmo ela fazia agora depois do que tinha acontecido entre os dois.

Não acreditava que ela era fria e nem superficial. Diana queria seguir um rumo contrario a corrente dos sentimentos dela. E ele entendia o motivo, mas mesmo achando tudo isso, preferiu apenas sorrir para Charles. Já tinha se envolvido demais na historia, e como dito antes para ele, ela que tinha que começar a correr atrás do próprio prejuízo.

Porque se ela queria mesmo fugir de tudo isso e não encarar os fantasmas do passado, o máximo que eles poderiam ter era paciência. E Charles ia ter que aprender a se conformar. Essa sim seria a maior dificuldade da vida dele.

– Você sabe o que fazer.

– Eu sei, eu entendo, mas não quero. – levantou e começou a andar pela sala nervoso – Não é possível que ela tenha feito isso comigo, tio. Sério.

– Ela não fez por mal.

– Fez sim. – olhou irritado – Não a defenda. Ela está irada porque se deixou levar naquele dia e ficou comigo. É como se tentasse apagar o que aconteceu.

– Não. Não e não. – frisou – Ela não está tentando apagar, porque se for assim ela está fazendo isso desde o dia que vocês terminaram. Ela está fugindo. – pronto, se meteu de novo e era tudo o que não queria – Olha, eu não vou falar mais nada. Eu sei que você tá sofrendo e ela também está. Mas eu já disse que você vai ter que ter paciência e se não tiver eu esqueço que você tem 37 anos nessa cara e te dou uns tapas. – não tinha como não rir. Manoel não conseguia deixar uma situação séria por muito tempo. Ele tinha sempre que fazer uma brincadeira ou um comentário engraçado para aliviar o clima tenso.

– Ok, tio. Por conta dela não é?

– Sim. – ele sorriu de canto de boca – O que você vai fazer?

– Nada me impede de fazer algumas coisas.

– Que coisas Charles? – ele foi indo embora da sala e o tio correu atrás dele – Eu não tenho mais idade pra ficar correndo não. Charles, volta aqui.

Bruno conversava com os meninos afastados. Alberto e Malvina já tinham chegado e conversavam animadamente com Diana e Aline. Charles chegou com Manoel e Stolt também chegou perto do grupo para conversar.

– Espero que vocês tenham gostado dos presentes. – Alberto comentou.

– Claro que gostamos. – Charles parou ao lado de Diana – Não é?

– Claro. – ela sorriu para eles – Muito bom gosto o de vocês.

– Obrigada. – Malvina agradeceu.

A conversa continuou por uns vinte minutos e falaram sobre negócios. Ariana chegou e avisou a Manoel que o jantar estava pronto para ser servido e todos foram convidados para a parte de fora da casa, onde havia mesas demarcadas para o jantar começar.

Bruno e Dominique até aquele momento ainda se mantinham na educação de dois profissionais. Depois do surto dela no carro, ele preferiu não falar nada com ela, já imaginando que algo pior poderia vir. Como Dennis e Tiago tinham facilidade para amizade, os três já pareciam amigos de décadas. Como bons cariocas, já discutiam sobre a próxima pelada do clube, dos jogos do campeonato e Bruno convidou os dois para irem ao seu apartamento para um campeonato de videogame.

– Eu to dentro. – Charles entrou na conversa.

– Opa, mais um para o grupo. – Bruno esfregou as mãos feliz e Leticia meneava a cabeça negativamente – O que foi?

– Impressionante como vocês homens ficam amigos por causa de um videogame.

– Vocês mulheres ficam amigas por causa do batom emprestado dentro do banheiro. – Tiago olhou pra ela.

– Como sabe disso?

– Melhor nem comentar. – Dennis riu sem graça, porque a historia era dele. Aline percebeu e o cutucou.

– O que houve?

– Nada.

– Ih pronto. – Dominique olhou para Bruno – Viu? Culpa sua?

– Minha? – ele não entendeu nada – Mas o que eu fiz?

– Exatamente isso.

O jantar transcorreu bem. A comida foi servida e Ariana se certificou de que cada convidado estivesse bem servido. Manoel, Stolt e Alberto levantaram para um brinde e comentaram da felicidade de mais um projeto caminhando como deveria. Agradeceram a presença de todos, e depois da sobremesa servida, os instrumentistas começaram a tocar. Alguns foram para uma pequena pista improvisada no gramado e alguns permaneceram sentados.

– Vamos desfilar sua beleza? – Dennis falou ao ouvido de Aline. Ela não entendeu e quando ele apontou a pista de dança, ela sorriu.

– Acho que você já fez isso desde a hora que entrei nessa casa.

– É mesmo? Muito pouco. – levantou sorrindo e estendeu a mão. Ela não teve muita alternativa e acabou levantando e aceitando.

Charles estava sentado perto das espreguiçadeiras conversando com uma loira muito atraente. Como toda a família tinha um gene especial para amizades e para saber a vida das pessoas em questão de minutos, ele já sabia que ela era empresaria e que tinha sido convidada por Manoel por Stolt estar interessado em um de seus negócios. Sabia que ela tinha uma casa na França e que seu cachorro, que ela sentia muita falta, estava lá sendo cuidado pela governanta.

Todo o papo seria aproveitável se ele estivesse realmente interessado por ela. Sentia pena da coitada, porque não queria usá-la, e estava se sentindo um idiota, Diana nem olhara pra ele desde que aquele Marcelo tomara sua total atenção.

Wonderful Tonight – Michael Buble e Ivan Lins

Naquele dado momento, ela estava de frente para a pista de dança e o gene não tão educado e polido dele tomou conta. Mesmo vendo que a loira, que se chamava Monalisa, estava também conversando apenas para passar o tempo, não resistiu a tentação e a convidou para dançar. E claro, ela aceitou prontamente. O que um sorriso e um olhar maroto não fazem.

Diana conversava com Aline e Malvina. Quando se deu conta, Charles já embalava a loira de olhos atraentes, ria e tinha a mão na cintura dela de maneira tão segura que a fez engolir em seco.

Dennis e Tiago olharam sem acreditar. Não era todo dia que viam Charles dando em cima de uma mulher.

Manoel estava com Stolt e Alberto, que ao prestar atenção nas pessoas dançando, foi em direção a sua mulher e a levou pra dançar também. Olhou para o sobrinho e tentou entender o que ele estava fazendo, mas assim que viu Diana o olhando mortalmente, a ficha caiu.

– Dança comigo? – Bruno convidou Dominique que estava conversando com Leticia do outro lado da piscina – Pelos velhos tempos.

– Vai logo Nique.

– Não quero não. – ela sorriu educada – Vai com a Leticia.

– Eu quero dançar com você... – delicadamente ele colocou a mão em sua cintura e chegou mais perto – Vem comigo.

– Depois dessa, até eu iria. – Leticia comentou e gargalhou. Dominique o olhou de canto de olho, sorriu e acabou aceitando.

Aline já estava sozinha com Diana. Elas se entreolharam e ela se conteve para não rir. Porque era estranho ver duas pessoas que passaram por tudo aquilo, estarem agindo como dois adolescentes. Dennis chegou por trás dela e a abraçou. Para não dar mais bandeira da situação, Diana resolveu conversar com os dois sobre coisas totalmente diferentes.

Charles resolveu se ater a Monalisa. Não tinha duvidas de que se não fosse tão louco por Diana, ela seria uma candidata e tanto para que ele quisesse algo mais. Ela se deixava tão leve para os movimentos na pista. Os dois eram educados e não flertavam a ponto de deixar na vista que queriam algo a mais. Ela já tinha percebido que ele não a queria mais do que uma companheira de dança e de conversa. Mas ele era lindo, e isso era uma fato incontestável. Tinha todo um charme brasileiro, misturado com o britânico, e aqueles cabelos dele deixavam tudo ainda mais encantador. Ah, se ele desse brecha... Ele valeria a pena pra se ter ao lado de qualquer maneira.

– Você ama alguma mulher não é? – olhou bem nos olhos dele, que sentiu-se desconsertado. Era incrível como ela era capaz de lê-lo daquela maneira. Tirando Diana, o único que conseguia isso era seu tio.

– Para o meu total desespero, sim. – embalavam-se e giravam graciosamente na pista. Ela sorriu e o incentivou a continuar – Cometi alguns erros com ela e to tentando consertar.

– Ela está aqui não é? – ele assentiu – Não vou tentar descobrir porque se fosse para todos saberem, ela estaria aqui no meu lugar não é?

– Gostaria muito. Mas nosso relacionamento é tão complicado que mesmo que todos soubessem, capaz de eu ainda não estar aqui com ela. Muito cabeça dura. – riram de novo e aquilo já incomodava Diana ao limite. Que tanto eles dois conversavam de forma tão pessoal que riam daquele jeito?

– Não se preocupe. Não vou tentar descobrir. E azar o dela, pelo menos estou dançando com o homem mais bonito da festa.

– Olha... – ele gargalhou baixo e soltou um sorriso ainda mais encantador – Estou sentindo um tom de malicia ai.

– E se tiver? – ela deu de ombros – A vida foi feita pra ser curtida, meu querido. Não sabia disso?

– Era meu lema na faculdade.

Bruno e Dominique ainda tentavam acertar o passo. Começaram bem lentos, mas Bruno sentia uma resistência dela que estava deixando-o nervoso.

– Será que até pra dançar você tem que ser tão cricri? – ele reclamou e ela o olhou séria.

– Ainda vai levar um tempo para eu me acostumar com a sua presença.

– Pra mim foi muito fácil acostumar com a sua. – ela começou a relaxar dando espaço para ele conduzi-la mais tranquilamente – Assim que eu gosto garota.

– O que você quer de mim Bruno? – depois de algum tempo dançando e se encarando, ela perguntou. Aquilo já estava entalado há um tempo em sua garganta.

– Pra falar a verdade eu nem sei exatamente...

– E porque insiste tanto? – ele desceu um pouco mais a mão e colocou em sua cintura, bem na linha onde ficaria a barra da cintura da calça e a puxou com força medida para mais perto dele.

– Porque estou tentando descobrir. – ela engoliu em seco. Aquele corpo dele quente e tão conhecido, parecia se encaixar com o dela perfeitamente.

Morcheeba – Rome wasn't built in a Day

A musica mudou e para dar mais mobilidade, ele pegou a mão que estava segurando e colocou na altura do seu pescoço. Isso deu espaço para que sua outra mão fosse a sua cintura e isso a deixou ainda mais incomodada. Tinha uma luta interna sobre o que deveria fazer. Mesmo se sentindo encurralada com aqueles braços dela a prendendo mesmo que involuntariamente a ele, todos os pensamentos dela borbulhavam. O cheiro dele tão característico, o olhar, o sorriso bobo, toda a noção de que seu corpo parecia responder a cada toque dele...

Charles e Monalisa foram em direção ao bar para se refrescar e tomar alguma coisa. Diana estava conversando com Manoel para tentar distrair e ele percebeu quando ela não gostou nenhum ao pouco ao ver os dois praticamente trocando confidencias.

– Diana... – Stolt chegou perto deles – Estava conversando com Manoel sobre minha casa. Estou pensando em fazer uma festa para convidar todo mundo.

– Esse jantar acabou virando mesmo uma mini festa. – ela comentou rindo e Manoel assentiu – Então... Diga.

– Pois bem, soube que você tem um excelente Buffet e que indicou ele para o Manoel não é?

– Ah sim, tenho sim. Eu peço pra Aline te dar o nome e o telefone deles.

– Seria muito abuso se eu pedisse para alguém se encarregar disso pra mim? – ele sorriu e todos perceberam um pequeno rubor em seu rosto – Sei que vocês não tem nada a ver com isso e que...

– Claro Stolt! – ela sorriu – Sem problemas, eu vejo com ela e depois eu te aviso.

– Que bom!

O jantar/festa rumava tranquilamente para um pequeno sucesso. Todos os convidados estavam satisfeitos e cada um com seu par correspondente. Bruno e Dominique já dançavam mais tranquilos e bem mais sincronizados, Tiago e Leticia ficaram conversando com um grupo de amigos dele perto das espreguiçadeiras, os mais velhos estavam sentados conversando além de negócios, sobre outros assuntos triviais, Charles acabou se encantando por Monalisa e tentou não se pensar mais em Diana aquela noite. Queria se divertir um pouco e vê-la dançando com Marcelo era mais uma sessão se tortura do que de diversão.

Tiago levantou e levou Leticia com ele para uma parte reservada da casa. Ele já não aguentava mais ver o irmão desfilando com Aline pra cima e pra baixo daquele jantar, conversando com todo mundo, então resolveu aproveitar a namorada.

– O que houve? – não deu muito tempo para pensar. Prensou-a na parede e sorriu sacana – Depois reclama do meu vestido.

– Pro que eu quero fazer ele nem vai ter utilidade. – riram e ele a beijou ensandecido. Pela primeira vez que ela o via daquele jeito com ela. Respondeu a cada caricia e beijo e depois de um tempo o soltou sem ar.

– Quem é você? – ele sorriu de novo, de canto de boca e beijando seu queixo.

– Você ainda tem muito que me conhecer.

Dominique estava com Bruno em uma das mesas conversando animadamente. Aline e Dennis se juntaram ao grupo e decidiram ir para uma boate para continuar a noite. Não viram o outro casal e concluíram que tinham ido fazer sua festa particular. Levantaram, Dennis avisou ao pai e foram embora.

Monalisa e Charles já estavam envoltos naquela aura só deles. Ela o convidou para ir ao seu hotel e mesmo hesitante ele acabou aceitando. Também foram até Manoel e aos outros convidados e se despediram. Ele respirou fundo, não queria nem saber aonde que ele queria chegar com aquilo. Stolt comentou com Manoel de Monalisa, que a tinha achado muito atraente e que tinha perdido a chance de ficar com ela, já que Charles a roubou com seu encanto. Malvina estava conversando com Diana quando percebeu que ela não gostou muito ao ver Charles indo embora de braços dados com a loira.

– Querida? – acordou-a do transe – Está tudo bem?

– Está sim. – Marcelo chegou perto e cumprimentou Malvina – Marcelo Santana.

– Malvina Ramos, eu não te vi rapaz. Você é muito bonito, não é algo que não de pra se perceber.

– Ah sim, desculpa. E obrigado pelo elogio. – olhou pra Diana – Encontrei muita gente conhecida e acabei refazendo alguns contatos de trabalho.

– Isso é bom. – ela sorriu – Vamos embora?

– Está cansada? – ela assentiu – Vamos sim.

Quando chegaram para falar Manoel, este percebeu claramente o motivo do cansaço dela. Reclamou que todos estavam o abandonando e riram. Mas despediu-se educadamente dela e de Marcelo.

Stolt e Alberto continuaram com ele e depois de mais algum tempo o jantar acabou. Como só ficaram os quatro na casa dele, Manoel resolveu dispensar todos os empregados e como ninguém ali estava totalmente sóbrio, esqueceram-se de suas idades e resolveram passar o resto da noite jogando pôquer no jardim.

****

Charles estava na porta do hotel de Monalisa. Como bom cavalheiro levou-a ate lá e conversaram um pouco dentro do carro.

– Por que não sobe? A proposta inicial era essa. – ela sorriu e ele também.

– O que está me pedindo é uma coisa que não posso prometer.

– Não estou pedindo nada Charles. – ela o fez encará-la – Amanha eu volto para França. Acha mesmo que eu quero um compromisso sério com um cara que já tem uma dona em seu coração? – apontou para o peito dele e tocou-o graciosamente. Ele a pegou gentilmente e beijou sua palma.

Monalisa chegou bem perto dele, o suficiente para suas testas encostassem. Ele respirou o cheiro daquele perfume tão bom e pensou que estava mesmo precisando daquilo. Não tinha promessas, não tinha futuro. Era apenas sexo. Sexo com uma mulher linda e encantadora. Tão experiente e vivida como ele.

Assim que ela passou a mão pela sua barba e a fricção com a palma da sua mão foi imediata, todos os pelos do seu corpo se eriçaram. Ele sentiu isso e se aproveitou para chegar ainda mais perto e beijá-la.

Não adianta. Por mais que ele dormisse com todas as mulheres do mundo e o sexo fosse bom, nenhuma delas era quem ele realmente queria. Quando ela começou a correspondê-lo, sentiu-se um canalha por estar satisfazendo seus desejos e frustrações egoístas com uma mulher que ele tinha acabado de conhecer e que não merecia aquilo.

Mas assim que percebeu o que tudo representava pra ela e em todas as frases ditas antes do beijo, ele captou que ela tinha plena consciência dos seus atos. Diana não tinha escolhido ir por outro caminho? Ele também escolheria. Não que aquilo fosse durar muito, mas ele era homem, merda, e ele tinha suas necessidades.

Por que ela tinha que ter levado logo o Marcelo pra lá?

COPACABANA - Boate Nossa Semhora

Let's GO – Calvin Harris

Dennis tinha estacionado em uma rua perto e Bruno o seguiu. Dominique não entendia nada do que estava fazendo, era como se os dois nunca tivessem tido problemas na vida. Ele a olhou preocupado, mas era como ela o repelisse de perguntar qualquer coisa. Mesmo assim, quando saíram do carro, ele a segurou por um momento.

– Esta tudo bem com você?

– Por que não estaria? – ela franziu o cenho.

– Você está maleável demais. Quase me atacou no carro, ia discutir comigo no jantar, mas não fez e veio pra cá sem objetar...

– Eu quero dançar Bruno e beber também. To precisando desestressar. Você não? – ela foi andando em direção a Aline e Dennis que estavam de mãos dadas esperando pelos dois.

– Estou perdendo alguma coisa? – ele perguntou perto do seu ouvido.

– Ex-namorados. Depois te conto. – ele assentiu e ela chegou perto dos dois. Bruno chegou logo atrás.

– Entao, eu recebi uma mensagem no celular. Não é todo dia que convidam pra essa boate e são poucos os que são chamados. Falei com um amigo meu e ele arrumou quatro entradas pra gente. – Dennis falou – Vamos?

– Vamos.

Quando entraram na boate, Dominique e Aline ficaram uma ao lado da outra. Era linda. O ambiente já estava bem cheio porque o lugar não era grande, Dennis puxou Aline e Dominique foi atrás puxando Bruno pela camisa. A musica já tocava estrondosamente, Dennis apontou um espaço com uma bancadinha para elas sentarem.

– Vamos ali comigo pegar umas bebidas? –olhou para Bruno que disse sim e o acompanhou.

– Dominique... – Aline a olhou assim que eles dois saíram de perto – Que merda você está fazendo?

– Eu? – ela cruzou os braços – Eu quero beber.

– E por que veio com o Bruno?

– Ideia da Leticia. – deu de ombros.

– E desde quando você segue o que Leticia pede?

– Me deixa Aline. Não sei o que eu to fazendo, mas que se dane. Não estamos bem? – ela franziu a testa – Eu e o Bruno? Educados, polidos...

– É a mesma coisa.

– Você entendeu. – deu a língua pra ela – Safada é você que ficou com aquele gostoso e nem me deu a chance de falar nada.

– Quando eu cheguei no apartamento vocês tinham ido pro salão fazer o cabelo e as unhas.

– Mesmo assim... Se arrumou cedo e nem pra me dizer nada. Só avisou que ia com Diana.

– Tá... – ela entendeu porque ela estava reclamando – Nique, depois eu conto. Eles estão chegando. Só posso adiantar que foi bom demais.

– Eu percebi. Ele não larga mais de você. – gargalharam e antes que eles sequer chegassem perto, dois homens que também eram muito bonitos, chegaram perto delas e sentaram quase que no canto do banco para conversarem.

Dennis já ia partir pra cima, mas Bruno o segurou. Queria ver até onde aquela banda ia tocar.

Ele entendeu e também ficou parado tomando sua cerveja como se não fosse com ele. Aline foi educada, sorriu, mas disse que estava acompanhada. Dominique tinha achado o rapaz lindo demais e assim que ele a pediu pra dançar, ela prontamente aceitou. Ela não entendeu nada, e o cara ia insistir, não fosse ela apontar para Dennis parado apenas olhando. Ele apenas levantou a bebida e o cara entendeu.

– E você vai deixar a Dominique ir? – Dennis olhou para Bruno que já olhava uma loira do rindo e olhando diretamente pra ele.

– Não somos namorados Dennis. E você sabe como é... Se ela não me quer, tem quem queira. – sorriu para Aline e foi em direção a loira que já estava bem feliz por ele ter ido em sua direção.

– Sério, me explica porque eu não entendi nada dos dois. – Dennis sentou ao lado dela e entregou a cerveja pra ela.

– Digamos que os dois tiveram vários problemas e ela é cabeça dura demais para querer resolver.

– E nós hein? – ele beijou seu ombro e passou pelo cabelo dela – Não conversamos direito depois de ontem.

– E tem alguma coisa pra conversar? – ela riu e ele não entendeu – Digo, a gente se explicou muito bem ontem a noite. – ele gargalhou. Tomou um gole da cerveja e assim que a viu bebendo, não resistiu. Tirou a garrafa da mão dela e tascou-lhe um beijo cheio de significados – A gente pode conversar depois não acha? – respirou tentando recuperar o fôlego depois daquele beijo.

– O que... – falava entre selinhos e beijos em cada lábio dela – você quer... – beijou seu queixo – fazer agora?

– Que tal dançar?

– Seu pedido é uma ordem.

Little bad girl – David Guetta

Assim que se enfiaram em algum espaço no meio da pista, Dennis percebeu que ela chamava uma atenção absurda. Seus amigos olhavam pra ele querendo saber de onde ele tinha tirado uma mulher tão linda e ele não quis responder nem com o olhar. Estava mais preocupado em olhar para ela todinha. Porque ele ia fazer ela se apaixonar por ele, ele ia ter o coração dela. Mal ela sabia que ela praticamente já tinha o dele.

Encontraram um espaço no meio da pista e assim que ele a girou na direção dele, seus corpos se encaixaram perfeitamente. Já dançavam no ritmo da musica e aproveitavam para beijar o que desse. Que as pessoas olhassem. Estavam felizes mesmo por estarem juntos. Rebolavam ao som da musica e desciam aos poucos e depois subiam, como se tivessem sendo guiados pela musica de forma cronometrada. Aline colocou os braços em volta do pescoço dele e se encaixou ainda mais. Era bom estar revivendo essa parte do relacionamento, mas de maneira mais livre e descompromissada. O olhar dele era de posse sim, mas não como se ela já fosse sua. Ele sabia que não era assim que a banda tocava e isso a deixava ainda mais atraída a ele.

Bruno estava encostado na parede aproveitando que a loira tinha dado todas as brechas possíveis para ele. Beijava-a com ardor e tocava em cada parte do corpo que ela permitia. E poderia acrescentar que eram muitas. Como a boate era bem escura naquelas partes e a única iluminação era dos pontos de luz da pista de dança, e das luzes em cima das bancadas, pode dizer que estava aproveitando bastante.

Dominique já tinha terminado de dançar com o rapaz e mesmo depois de tê-lo beijado e ele querer mais, ela percebeu que não era aquilo que queria. Voltou ao lugar onde estavam antes e um novo grupo já estava sentado. Procurou um pouco e viu Aline e Dennis praticamente se fundindo na pista, discretamente, mas ela sabia onde cada mão ia, principalmente por aproveitarem que a escuridão predominava no lugar.

Andou mais um pouco e viu a loira praticamente colocando as pernas na cintura de Bruno? Desde quando se permitia esse tipo de obscenidade em plena boate? Foi quando percebeu que aquele era o lugar mais escuro e reservado do lugar e que eles não eram os únicos que estavam fazendo isso. Resolveu beber. As coisas não podiam piorar mais, podiam?

Um tempo depois, Aline e Dennis foram para o bar comprar algo. Dominique estava conversando animadamente com outro cara e Aline balançou a cabeça. Não queria nem saber em como a noite dos dois ia acabar. Bruno chegou também e pelo visto estava agradecendo por ter visto todos ali.

– Cara, esse lugar é pequeno, mas é ruim demais achar vocês. – ele reclamou e pediu uma cerveja.

– Bem sei como é. – Dennis estava abraçado pela cintura com Aline e apontou com a cabeça para Dominique – Se eu fosse você, começaria a me preocupar.

– Ela está bebendo bastante. – ele olhou pra ela que se divertia com alguma coisa da conversa.

– Vou virar baba agora?

– Como se você não gostasse de cuidar dela não é? – Aline piscou e ele riu.

– Não vou me aproveitar.

– Eu não disse pra você fazer isso. – ela o olhou séria – Mas não deixa ela ficar pior. Ela te obedece e isso você sabe que é verdade.

– Ok.

Dennis puxou Aline para outro canto da boate e quando perceberam seus amigos chegaram perto. Elogiaram-na como tudo que quando a via, fazia, e foram todos apresentados.

Bruno sentou ao lado de Dominique e assim que ela o viu, esqueceu o cara ao lado dela. Literalmente. Já não estava muito em seu estado normal, mas sabia que não estava bêbada.

– Pensei que ia ficar a noite toda com aquela loira. – ela o olhou intensamente e chegou perto o suficiente para ele ficar sem ar.

– Você foi dançar com aquele cara. – ele deu de ombros e olhou pra cerveja em cima do balcão antes que surtasse – Por que eu ia ficar olhando vocês dois com tanta mulher bonita?

– Mas nenhuma delas é tão bonita quanto eu. – falou soprando em seu ouvido e ele se assustou. O que tinha na bebida – Está me olhando assustado por que?

– Hei cara. Ela estava comigo.

– Eu não fiz nada. Ela que veio pra cima de mim. – tentou fugir de qualquer problema e ela riu para o cara.

– É meu namorado. – abraçou-o e beijou sua orelha – É que temos um relacionamento aberto. – até o garçom do bar parou de fazer o que quer que estivesse fazendo e olhou para os dois – Mas eu já voltei para os braços dele, não é amor?

– Como é? – ele virou sem acreditar no que ela estava fazendo e foi surpreendido por um beijo de tirar o fôlego. Não sabia se correspondia, mas não tinha escolha. Ela já tinha invadido sua boca com aquela língua feroz e sedenta. Puxou-a pela cintura e os dois praticamente se fundiram na do bar. O outro cara saiu de fininho e o garçom engoliu em seco. Pensou que só tinha maluco nesse mundo e foi atender outro cliente – Vai me bater agora? – ele recuou um pouco e ela gargalhou.

– Não. Mas não gostei de te ver com aquela loira oxigenada. Eu sou muito melhor que ela.

– Isso sem dúvidas. – ele concordou e percebeu que tinha falado alto demais. Ela sorriu vitoriosa e já ia beijá-lo de novo, quando ele a afastou – Você está bêbada.

– Ainda não. – abraçou-o ali mesmo – Mas pretendo ficar. – Bruno já não tinha muita escolha. Estava sendo praticamente estuprado por ela ali e antes que as atenções se voltassem demais para os dois, a rebocou para um canto mais reservado.

Good Feeling – Florida

Não tinha como resistir. Ele a queria mesmo. Ela virou o ultimo gole da cerveja que ainda estava em sua mão e largou a garrafa em algum canto. A mente dela trabalhava a mil, mas cada beijo que ele lhe dava, acendia um fogo que ela não conseguiria e nunca apagar. Ela precisava dele de qualquer maneira.

– Vamos esquecer um pouco quem nós somos, o que já fomos e o que aconteceu. – ela falou entre beijos e ele a encarou sério – Vamos só curtir essa noite e aproveitar.

– Você me quer para apenas uma noite e depois fingir que nada aconteceu? – ele se aborreceu. Não era isso que ele desejava – Vamos embora.

– Não. – cruzou os braços – Eu quero dançar... – puxou-o para perto dela de novo – E com você.

– Acho melhor dançarmos mesmo. De repente, assim ,essa bebida diminui do organismo.

Foram para a pista de dança e ela estava animada. Não restou outra alternativa a não ser rir com ela e se deixar levar pela música. Dançaram bastante, ela rebolava e parecia que a musica estava dentro dela. Ele olhava e sentia como se ela estivesse se libertando de algo. Aline e Denis chegaram perto dos dois e os quatro dançaram juntos até estarem bem exaustos e com sede.

– Preciso ir ao banheiro. – Aline falou pra ela – Vamos ao banheiro. – olhou para os meninos.

– Vamos esperar no bar.

– Ok.

Assim que chegaram no banheiro correram. Dominique estava elétrica e Aline tinha percebido isso e estava admirada dela ainda não ter deixado nenhuma bebida cair no vestido.

– O que está acontecendo com você? – estavam lavando as mãos e ela a olhou pelo espelho.

– Você não está se divertindo? Estou fazendo o mesmo.

– Logo com o Bruno, Nique? Vai se arrepender amanhã.

– Não vou não Aline. – ela estava bêbada, só pode – Digamos que vou apenas lembrar da situação com uma boa gargalhada.

– Eu não vou me meter. Ele sabe o que está fazendo e não vai deixar você fazer besteira.

– Ai que está. – ela gargalhou – Somos mulheres meu amor. E quando queremos alguma coisa, o lado deles aflora...

– Eu conto pra ele Nique! – Aline a olhou séria – E ele vai te levar pra casa?

– E daí? – deu de ombros e saiu do banheiro primeiro. Realmente, não parecia que ela estava bêbada, andava normalmente, e mantinha os passos corretos. O que tinha dado nela então?

Voltaram para eles e continuaram dançando. Bruno achou melhor levá-la para o apartamento e perguntou se Aline ia com eles, e ela respondeu prontamente que não. Se o circo ia pegar fogo, não seria ela a apagar e nem ficaria por perto pra ver.

– A gente pode ir pro meu apartamento. – Dennis falou com ela, que hesitou um pouco – Meu irmão está com a namorada na casa do meu pai. E ele nem deve saber disso por sinal. Não tem ninguém, nem as empregadas que devem ter ido dormir lá.

– Ok então.

Tiago Iorc – Blame

Dominique saiu com Bruno da boate. Iam em direção ao apartamento quando ele viu que precisava reabastecer o carro. Assim que pararam em um posto de gasolina, ela correu para a loja de conveniência. Ele já ate sabia o que ela ia fazer, mas preferiu não ir atrás. Não queria arrumar confusão dentro de um lugar pequeno como aquele.

– Prontinho. – ela chegou toda feliz com uma garrafa de vodka.

– O que pretende fazer com isso?

– O que você acha? – ela arqueou as sobrancelhas. Ele a olhou sério e ela riu – Até parece que você não gosta.

Quando chegaram no prédio dela, ele estacionou o carro e subiram. Ela já tinha aberto a garrafa e tomava do gargalo o que o preocupava ainda mais. Se não estava bêbada, estava caminhando para aquilo rapidamente. Ela procurou pela chave em todos os lugares possíveis e foram para o carro. Procuraram por lá e não acharam.

***

Assim que pegaram o elevador do prédio dele, Dominique fez o que não pensaria. Mesmo sendo claustrofóbica, a quantidade de álcool no organismo era tão grande, que ela parou o elevador no meio do caminho. Bruno estranhou e quando viu o olhar de leoa para ele, ficou apavorado.

– Para Nique! – ele acabou sendo prensado na parede por uma mão ao lado da cabeça e uma perna quase que desnuda do outro lado. Pelo visto ela estava mesmo querendo ir até o final com ele. Ela pegou sua mão e colocou em sua perna. Olhava para ele faminta e assim que sua mão chegou bem perto de sua calcinha, ele a tirou bruscamente e empurrou-a – Eu já disse pra parar.

– Você não entende mesmo não é? – ela chiou – Eu quero você.

– Eu também te quero. – ele falou sério – Mas não assim. Já viu seu estado?

– Continuo linda e sexy como sempre fui. – fez uma pose estilo Marylin Monroe e lhe mandou um beijo – Só você ainda não percebeu isso.

– Você está bêbada.

– Eu estou muito sã!!! – ela começou a fazer o quatro com as pernas – Viu? – sorriu maléfica – A bebida é só um estimulante.

– To vendo. – engoliu em seco e conseguiu apertar o botão. Assim que chegaram na porta do seu apartamento, ele pegou as chaves e ela o abraçou por trás. Puxou a camisa dele rapidamente e passou as mãos de cima pra baixo por dentro. Quando chegou na barra da calça, enfiou suas mãos por aquele caminho que ela tanto desejava e ele encostou a testa na porta e bateu uma vez. Ela estava testando seus limites. Quando percebeu que ela ia começar a abrir sua calça, encostou-se ali mesmo e estava arfando. Ela estava quente e aquela mão passeando por ele estava sim deixando-o louco. Caíram no chão assim que a porta se abriu, e quando ele se deu conta e virou, ela já estava fechando a porta com o pé e sentando em cima dele.

– Aproveita Bruno! – ela tirou o vestido e se prendeu ainda mais a ele. Quando viu aquele corpo dela que tanto sentia falta, jogou a cabeça pra trás.

– Eu vou morrer! – ela o beijou e assim que se soltou, arrebentou os botões da blusa em um só puxão. Tateou cada pedacinho do corpo dele todo definido, malhado e quente – Eu não vou deixar.

– Você não está entendendo Nique! – ele a puxou para encará-la e sério – Se eu começar... Eu não vou parar!

– E quem disse que eu quero isso?

– Você que pediu!

Bruno levantou-se rapidamente. Tirou os sapatos, as calças e ficou apenas com aquela cueca sexy e apertada. Dominique viu o homem das cavernas brotar dos olhos dele, e ele a segurou com uma força descomunal. Abraçou sua cintura com as pernas e ele a levou para cima do balcão da cozinha. Beijava-a com uma secura de anos. Não a tinha há tanto tempo que aquela oportunidade única deveria ser aproveitada ao máximo.

– Onde você quer?

– Em qualquer lugar!!!! – falou já sem nenhuma peça de roupa. Como ele tinha conseguido isso sem ela perceber?

– Pois bem então, meus desejos, minhas ordens!


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