How To Be Brave escrita por Jubilee


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Bom, gente, essa minha primeira oneshot *-* espero que gostem, afinal, este é um dos meus OTPs



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The very beggining – Things that shine (pov 3ª pessoa)

Era um dia nublado, a garoa caía fina e fria e o gramado ainda esta repleto de poças, que se formaram na tempestade do dia anterior.

A brisa fria ricocheteava seus rostos.

— Merida, amor! —a mãe já revirava os olhos. A garota estava com o vestido cheio de lama, os cachos, vermelhos como fogo, estavam arrepiados como nunca.

A garota tinha uma risada doce.

— É culpa dele! — gritou a garota, sorrindo. — Ele me fez comer terra.

Ela apontava para um garoto desengonçado, com sardas e cabelos bagunçados.

— Eu disse para comer poeira. — disse o garoto.

— Não tem poeira aqui. — ela rebateu.

— Você tropeçou. Não foi minha culpa. — ele reclamou soprando uma mecha do cabelo que caía nos olhos.

— Você estava correndo. E tem pernas muito longas.

Ele olhou para as próprias pernas, confuso.

— O que quer dizer com isso?

— Que você vai para Jotunheim no futuro.

— Não sou um gigante! — ele choramingou.

— É sim! — ela sorriu com maldade. Ou o máximo de maldade que uma criança de apenas seis anos poderia inserir em um sorriso.

— Então você vai para Álfheim, ficar com elfos do seu tamanho.

Os pais os encaravam, um pouco assombrados com o conhecimento sobre mitologia dos filhos.

— Soluço, pare com isso. Partiremos para casa em breve. Aproveite seus últimos momentos com Merida. — disse uma voz alta e retumbante.

O garoto passou os olhos pela menina.

— Elfos são bonitos, sabia? — ele disse baixinho.

Ela tascou-lhe um beijo na bochecha.

— Gigantes são enormes, e quanto maior uma pessoa, mais importante ela é. — disse a garota puxando-o pela mão.

Ela o levou para perto de uma árvore, longe dos pais.

Ela sentou na grama e apontou para os dois homens sentados perto do acampamento, conversando e rindo alto.

— Vê? Eles são enoooooooooormes. E tem chifres enormes. E olha pra minha mãe, ela tem uma coroa muito grande e brilhante.

O garoto sentou-se na grama também, de pernas cruzadas.

— Acha que minha mãe tinha uma coroa grande?

— Acho que ela tinha uma coroa imensa... Do tamanho disso aqui. — ela disse abrindo os braçinhos e rindo. — E aposto que era BRILHANTE. Coisas brilhantes também mostram como somos importantes. Você brilha para mim.

Boys, hunft (pov Merida)

— Mamãe...

Ela endireita minha postura.

Eu não posso acreditar que isso esteja acontecendo de novo.

Mamãe aperta o espartilho.

— EU NÃO QUERO CONHECER GAROTO NENHUM, MAMÃE. — grito. — Está me sufocando pare com isso.

— Merida, irei te machucar ainda mais se não colaborar. Prenda a respiração.

Prendo. Ela ajeita as últimas fitas e sinto meus órgãos internos voltarem para seus devidos lugares.

Quando digo isso em voz alta, mamãe revira os olhos.

— O que acha de dragões, querida?

— Seres mais estúpidos. — digo mal humorada.

— Merida!

— São lindos. — revelo com seriedade exagerada.

— Tente ser menos falsa quando conhecê-lo.

Ela pega um vestido creme e azul claro: ele não é bonito. Ele tem mangas compridas e esvoaçantes, o centro é todo em veludo creme e o resto em um tecido brilhante que não sei o nome, é azul. Não é longo, por Asgard, ele chega a ser curto.

Vai até a altura dos joelhos.

— Precisará caminhar um pouco. — mamãe explica com descaso.

Coloco o vestido desajeitadamente e ela o ajusta.

Ela prende meu cabelo em um coque ligeiramente bagunçado, mas ninguém pode culpá-la por não conseguir domá-lo.

Ela coloca minha pequena coroa dourada bem ali, acima da infusão de cachos vermelhos.

Coloco as meias, ligeiramente compridas demais, e as botas marrons.

— Querida. Pode, por favor, para de fazer com que eu me sinta tão mal? — mamãe diz.

— Não. Sabe que não quero saber de garotos.

— Seu pai achou que vocês seriam perfeitos um para o outro. Não há um dedo sequer meu nessa história toda. Juro.

— Hunft. Ainda não estou interessada em conhecê-lo. — digo encarando meus pés.

Argh, girls (pov Soluço)

Meu pai joga meu capacete em minha direção. Os chifres aumentaram desde que o ganhei.

— Pai, eu já te disse que não quero conhecê-la.

— “Eu gosto da Camicazi”— ele diz tentando imitar minha voz, sem sucesso algum, claro. Ao notar minha surpresa, seus olhinhos miúdos me encaram —, sim, eu sei, meu filho. Na verdade, acho que a ilha inteira sabe.

Sinto algo amargo subir pela garganta. Não vejo Camicazi há algum tempo e ouvir sobre ela me deixa envergonhado.

— Sejamos realmente honestos. Ela é uma Ladra do Pântano. Talvez nem volte. Talvez esteja morta. Você é um viking.

Empalideço.

— E essa garota... Ela é, bem, diferente das outras.

Eu o encaro. Como ele pode dizer isso? Ele sabe muito bem que são todas iguais.

— Ela sabe usar o arco muito bem — ele adiciona.

— Ã-ram.

— Certo, Soluço. Faça o que quiser. Espere a Ladra do Pântano para sempre.

Reviro os olhos.

— Ela vai voltar.

— Mas, antes de qualquer coisa, dê uma chance à Merida.

— Não sei como isso pode mudar o fato de que não quero conhecê-la, pai.

Ele dá um soco em meu ombro. Acho que ele pretendia bater fraquinho, algo que os outros pais fazem.

Mas, ele praticamente me lança para o outro lado do quarto.

Things like this happen (pov 3ª pessoa)

— Não vou, mamãe! — gritou a garota, os cachos rebeldes pulando do penteado.

Do outro lado do quarto, o garoto encarava a parede de lona, com um dragão aninhado em seus pés.

Era um dragão preto e esguio.

— Soluço... — ameaçou o pai.

Ele se virou, com as bochechas repletas de sardas coradas.

Tinha cabelos castanhos; não muito curtos, como se não fossem cortados a alguns meses.

Sua pele era alva e seus olhos verdes e faiscantes. Ele encarava as próprias botas.

Merida cobria o rosto com os dedos esguios. Espiava discretamente.

— Hm, ér.

— Mmm...

Ela tirou as mãos da frente dos olhos e encarou-o com seus olhos vítreos, depois, rapidamente voltou os olhos para o chão.

— Gosto do seu cabelo, ele é, hm, brilhante. — Soluço disse em voz baixa.

— Seus chifres são legais... — ela murmurou, sorrindo para o chão.

Ambos com bochechas coradas deixaram que os olhares se cruzassem.

...

Não foi amor à primeira vista. Claro que não.

A troca de olhares significou, na verdade, uma chance para aquela maluquice inventada por seus pais.

...

— Então quer dizer que o nome dele é Banguela por causa disso?— ela disse; rindo e gesticulando para o dragão.

Estavam sentados em um canto da tenda, conversando há horas a fio.

— Sim — ele respondeu com um sorriso torto.

— Posso tocá-lo? — ela perguntou, cuidadosamente.

Soluço concordou com a cabeça e ao perceber a hesitação de Merida, pegou sua mão e colocou-a na cabeça do dragão.

Ela acariciou gentilmente o animal.

— Eles não são tão ruins quanto pensei... — murmurou.

— As pessoas costumam ter ideias erradas sobre eles. — ele disse, dando de ombros.

— As pessoas costumam ter ideias erradas sobre tudo, Soluço.

O garoto arqueou uma sobrancelha.

— Eu achava que você seria só outro idiota, mas... Você é diferente. Algo em você faz com que eu queira sorrir.

— Obrigado, acho... Isso foi um elogio?

— Oh, sim, perdoe-me... Definitivamente um elogio.

Merida colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Você também me faz querer sorrir. — ele disse.

Ela apoiou a cabeça no ombro dele, um tanto hesitante.

— Nós não somos tão diferentes assim... Somos?

Ele mordeu o lábio.

— Amigos?

— Amigos. — ela concordou, alegre.

Can we stay like this...forever?

Eles andavam de mãos dadas, em direção a Grande Fenda.

Tudo parecia perfeito... Ela tinha o melhor amigo de todos. E... Bem, ela estava começando a realmente gostar dele.

Adorava a pequena falha entre seus dentes, suas sardas, como suas orelhas ficavam vermelhas quando ele falava sobre dragões.

Adorava voar com ele e Banguela.

Soluço também se sentia assim. Ele amava o cabelo dela, seu nariz arrebitado e os enigmas que ela gostava de contar.

Amava como seus dedos longos não paravam quietos.

É claro que havia certos... Tabus.

Camicazi era um deles.

Merida e sua família estavam hospedados em Berk há dois meses e a garota não dera as caras.

— Soluço... Ér. Você ainda gosta dela? — ela quis voltar no tempo e não pronunciar aquelas palavras. Estava falando como uma menina mimada... Mas não fora essa a intenção.

Ele pareceu entender, mas uma sombra instalou-se em seu rosto.

— Não sei bem.

Borboletas voavam no estômago de Merida e ela podia sentir o rubor instalando-se em suas bochechas.

— Acho que... — ele deu um passo a frente, chegando mais perto dela. — As coisas mudam.

Seus rostos estavam a menos de cinco centímetros um do outro.

— Para melhor? — ela perguntou.

— Muito melhor. — ele disse, abaixando-se para dar-lhe um beijo meigo e doce. Depois, olhou no fundo daqueles olhos enormes e tirou uma mecha rebelde do rosto dela. — Acho que ao seu lado tudo será melhor.



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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Por favor, adoro dicas, elogios e criticas, então não se acanhem *-*