A Última Black escrita por Adrielli de Almeida


Capítulo 2
Amaldiçoada, resgatada e machucada.


Notas iniciais do capítulo

Aí está



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280477/chapter/2

Pense em algo bom, em algo bom, excepcionalmente bom...


A casa inteira estava cheirando a biscoito queimado quando vovó apareceu. Era agora. Ia vir uma bronca daquelas.

– Samantha! – ela correu até o forno, enquanto eu olhava mortificada, os biscoitos pretos feito carvão sibilarem de quentes.

– Caramba – sussurrei.

– Pelas barbas de Merlim, garota! – riu minha avó – Quase botou fogo na casa!

Olhei incrédula, enquanto minha avó ria, e jogava meus biscoitos no lixo... Eu tinha levado a manhã inteira para fazê-los. Droga.

– Venha Sam – chamou ela – Vamos fazer biscoitos novos....


Ela foi arrancada da lembrança com brutalidade, ao ouvir os gritos delirantes de Belatrix, agora cada vez mais perto... Para um resumo de tudo, Belatrix era tia dela.

– Bebezinha Black, saia, saia, vamos brincar! – mais uma risada delirante – Será tão bom, ver minha sobrinha... – agora todos riram; os dois homens junto com Belatrix.

Droga pensou Samantha, se fizesse o feitiço revelaria onde estava.... Decidida, se levantou e apontou a varinha para o alto:

Expecto Patronum! – um enorme lobo prateado surgiu da ponta de sua varinha, uivou para a lua minguante e subiu correndo em direção as nuvens;

– Ali! – gritou um dos homens – Greyback, ali!

Alarmada, ela virou e correu sabendo que de nada adiantaria. Que ela o visse, que ela o visse, que ela o visse...

– Vai há algum lugar? – perguntou Belatrix, sorrindo cruelmente; tinha acabado de aparatar em sua frente, bloqueando seu caminho. – Acho que não, bebezinha Black. Crucio. – Samantha caiu gritando no chão, antes mesmo de piscar. Então a dor passou e ofegante, ela tentou se levantar. Os homens haviam chegado.

Crucio! – ordenou Belatrix novamente, mas, para surpresa da bruxa, a menina de quinze anos rebateu a Maldição Imperdoável. Trêmula, se jogou pro lado, no momento em que um “ Expelliarmus” voava em sua direção, quase acertando-a. Um “ Estupefaça!” voou a alguns centímetros acima de sua cabeça, não acertando-a porque ela se abaixara na hora certa. Greyback apareceu em sua frente, a expressão de pura fúria; ele ergueu a varinha, mas ela foi mais rápida:

Estupefaça! – gritou, acertando o homem em cheio.

Crucio! – gritou Belatrix novamente, derrubando-a no chão.

– Não vai fugir, menina Black... O Lorde das Trevas quer falar com você... devia se sentir honrada, sabe? – falou Belatrix, com sua voz enjoada; Samantha se debatia no chão febrilmente, implorando por dentro pra que aquilo parasse. POR FAVOR!

Então, ela ouviu uma voz diferente e luzes vermelhas voaram, infelizmente não acertaram Belatrix, que assim que verificou quem vinha, olhou alarmada para Samantha e sumiu com uma mancha negra pelos céus. Samantha ainda estava ofegante. Apertou o punho em torno da varinha, as mãos tremiam tanto que...

– Ela está bem – disse uma voz desconhecida. – Venha, não precisa ter medo, vamos ajuda-la. – uma moça de cabelos rosa chiclete estava parada à sua frente, oferecendo uma mão longa, enquanto a outra segurava uma varinha. Samantha aceitou, se firmou de pé, e vomitou ao lado logo depois. Limpando a mão com a qual empunhava a varinha, lançou um olhar envergonhado e curioso a mulher. A moça sorriu, encorajando-a, e então se ouviu uma voz:

– Eles escaparam – falou um homem grisalho e com roupas amarrotadas. – Não os pegamos.

– Tudo bem – disse a moça – Esse é Lupin. Remo Lupin. E eu sou Tonks. Via ficar tudo bem... Agora, me diga: qual o seu nome?

– Samantha – falou a menina, analisando o homem – Samantha Black.

Ela viu Tonks e Lupin trocarem olhares alarmados.

– Certo – falou Tonks, agora nervosa – Está machucada.

– Não – falou Sam, tentando focar em algo, qualquer que fosse, mas sua cabeça começou a se nublar – Eu... estou b-bem...

– Não – falou Tonks – Não está bem. Quando foi atingida pela Maldição Cruciatus caiu em cima de espinhos e enquanto rolava de agonia se feriu completamente, mas vai ficar boa... Agora, preciso que segure meu braço, vamos aparatar.

– Eu... Eu chamei Dumbledore. Mandei meu patrono a ele. – explicou a garota, cada vez mais tonta. Levou à mão a cabeça, tentando se concentrar. – N-não...

– Sim, chamou Dumbledore, mas ele nos mandou. – explicou Lupin – Ficará segura conosco. Agora... se puder se segurar em Tonks, creio que...

Mas Samantha não ouvia mais nada. Nada a não ser um zumbido no ouvido, ficando cada vez mais alto e mais alto...

– Eu... Dumbledore... Por favor... – ela caiu inconsciente nos braços de Tonks, que a segurou a tempo.

Tonks olhou surpresa a Lupin, enquanto ajeitava o peso da menina nos braços magros.

– Ela foi atingida duas vezes seguidas pela Maldição Cruciatus – falou Lupin, com compaixão – Deixe a dormir. Será melhor que esteja desacordada.

Tonks assentiu e viu Lupin rodopiar e desaparecer; segundos depois, ela e Samantha Black, repetiram o que Lupin havia feito, desaparecendo logo depois.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Como ficou?