A Última Black escrita por Adrielli de Almeida


Capítulo 15
Um pesadelo, um banheiro e questões do coração.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda e maravilhosa ^^ Como andam? Então... devo uns milhões de pedidos de desculpas por deixar de atualizar A última Black durante TANTO tempo... eu sei '0' Eu sou um monstro, sem alma e sem coração. Mas entendam que eu trabalho, estou no segundo ano do médio e que minha vida é meio corrida. Além do mais, vivo tendo problemas na família e além disso eu escrevo MUITAS outras histórias com outras colegas e algumas só minhas mesmo ~como a AÚB.
Lamento os erros ~tanto ortográficos e no contexto. Quem ganhou a promoção e não apareceu aqui, NÃO SE PREOCUPE. EU VOU ESCREVER UM CAPÍTULO INTEIRINHO PARA CADA. No geral, leiam e digam, pelo amor de Merlim, se existe uma chancezinha de vocês me perdoaram e comentarem a história da nossa maravilhosa Sam. :D
Boa leitura...
XOXO



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Era uma daquelas noites densas e sem luz alguma pra lhe indicar o caminho. Sam subia um degrau por vez, os sapatos deixando marcas na madeira vestida de poeira. Os pelos do braço arrepiados para cima, a nuca molhada de suor frio. Ela estava com medo.

Uma tábua rangeu e ela sentiu a adrenalina correr pelas veias, sentiu a frieza da varinha que trazia no cós da calça. Sentiu o ar morno e mofado da mansão antiga. Continue subindo, dizia algo – dizia alguém. E Samantha Black continuou. Subindo. Degrau por degrau, arrepio por arrepio, medo por medo.

Segundo andar. Um grande corredor. Apenas uma porta semi-aberta e precariamente iluminada. Só. E ela andou até ela – até a porta. Ah, doce criança. Ela empurrou a porta... – e o que viu foi um quarto. Destruído pelos anos, mas um quarto. E então o cheiro – era um cheiro denso, horrível carregado; um cheiro de podridão, de morte, de maldade pura. Uma poltrona virada de costas para a porta. Ah.

Sam prendeu a respiração, os pulmões pedindo clemência.

Tarde – sussurrou uma voz e ela se encolheu na porta.

– O-Olá? – ela gaguejou aterrorizada para a poltrona.

Menina... você veio. Atendeu o chamado.

– Eu.... não sei do que está falando. Não atendi a chamado nenhum. – Sam queria correr. Correr para bem longe. Mas o medo a deixou paralisada ali; sem poder se mexer.

– Ah... você está aqui. Chegou até aqui. Isso basta. – a voz soava fria e áspera... como metal. – veio até mim, menina Black.

– Como... Como...? – Sam tropeçou em si mesma ao tentar se afastar da poltrona velha.

– Sim, menina Black. Eu sei quem você é. O Lord das Trevas sempre descobre seus segredos mais profundos e íntimos... – uma figura negra se elevou da poltrona. Uma mancha escura contra a luz precária da lareira quase apagada. A figura se virou para Samantha. Os olhos da menina se dilataram de medo, a mão branca deslizou até a parte de trás das calças – agarrando o cabo da varinha. Meu Santo Merlim...

– É bom conhece-la, Samantha Black.

– Eu... – Voldemort ergueu a varinha de maneira honrosa e fez uma pequena e sarcástica reverência. Sam começou a tremer. A chuva batia com força na janela de caixilhos de madeira – as tábuas que haviam sido pregadas do lado de fora ameaçavam cair. O vento assobiava cortando o silêncio, cantando uma música estranha e conhecida – a música da morte. A morte de Samantha Black.

Dos ombros de Voldemort, uma cobra gigantesca deslizou, silenciosa. Desceu até o chão e arrastando sua barriga lustrosa percorreu a distância entre Samantha e o Lord das Trevas.

- Sam... – uma voz distante ressoou.

A menina ergueu a varinha para a cobra.

– Escolha errada – murmurou Voldemort. – Nagini... atacar.

– Não! – não deu tempo.

– SAM!

– NÃO! – a cobra pulou em cima dela e uma menina também.

– SAMANTHA!

– HERMIONE! – Sam abraçou Hermione Granger fortemente. Seu corpo estava coberto de suor, o rosto pálido como cera. O coração ressoando por Hogwarts inteira.

– Meu Deus.

– Foi um pesadelo – garantiu Hermione.

– Foi real. – murmurou Sam – Real o bastante para o meu coração estar acelerado. – ela conduziu a mão de Hermione até a parte esquerda de seu peito. A outra grifinoriana deu um suspiro sonolento e perguntou a Sam como havia sido o pesadelo.

– Eu... Eu... Não... Voldemort. – para Hermione o quarto ficou mais frio, mais apagado.

– Não diga esse nome – implorou Hermione num lamurio sussurrado. – Por favor.

– Mas é. É o nome dele.

– Você me lembra tanto o...

– Harry?

Hermione assentiu, constrangida.

– Chega a ser cômico que vocês dois se odeiem tanto assim.

– Não é...

– Precisa falar com Dumbledore. Agora.

Agora?

– Sim, agora. Eu... hã.... me preocupei com você e chamei a McGonagall. – Samantha assentiu, desolada. Pretendia tentar esquecer esse pesadelo o mais rápido possível.

– Sem problemas – murmurou a Black e piscou, os olhos pesando graças ao sono. Vai ser uma noite tremendamente longa.


...


O dia seguinte foi realmente doloroso para Sam. Passar a noite inteira acordada, sentada em uma cara desconfortável na frente do diretor de Hogwarts não estava pra ser chamada de “uma boa noite”. Nem de longe. Quando havia sido liberada para sair para as aulas do dia, Fred e Jorge a cercaram e fizeram um interrogatório gigantesco para ela.

Quando ela teve um ataque de choro furioso, Fred enxugou uma lágrima dela e com um sorriso galante colocou uma mecha de cabelo dela atrás da orelha esquerda. Sam piscou surpresa e nesse momento uma menina furiosa da Corvinal se meteu entre eles, pisou no pé de Fred e os empurrou longe um do outro, e prosseguiu caminho – correndo diretamente para o banheiro feminino.

Uma risadinha nojenta passeou no banheiro.

– Mais um caso de coração partido – riu-se uma menina de óculos e cabelos escuros; estava sentada em uma das pias e seu corpo era translúcido. Legal.

– Cale a boca – reclamou Sam, andando pelas portas do banheiro... até que escutou o choro na última porta.

– Oi?

– Vá embora!

– Okay... bem... – Sam molhou a barra das vestes pretas com adornos vermelhos e dourados pelo banheiro inundado. A porta estava levemente encostada e o choro de desespero estava alto do outro lado.

– Sou Samantha... hã, Samantha White.

– VÁ EMBORA! – repetiu a menina da Corvinal.

– Ei! Espere aí... você é a Stilles? É?

Um barulho de algo caindo – algo leve.

– Sim, sou eu. – uma fungada. – Agora, vá embora. Deixe-me em paz. Por favor.

– Por que está chorando, Stilles? Achei que...

– Exatamente. As pessoas acham, acham, acham. Elas só sabem fazer isso. Elas nunca têm certeza de algo.

– O que foi? Por que fez aquilo comigo e com Fred? – silêncio. – Ah... entendi.

A porta se abriu levemente e a menina da Corvinal ergueu os olhos avermelhados para Sam.

– Por que não diz a ele como se sente?

– Por que... – Stilles franziu o cenho. – Sou um ano mais velho que você. Eu devia estar lhe dando conselhos, não o contrário.

– Mais não é o que está acontecendo, não é verdade? – Sam esfregou os olhos cansados e disse em sua voz monótona e adormecida.

– Eu... – Stilles baixou os olhos.

– Venha. Saia daí. Não agüento mais ouvir a voz da Murta-Que-Geme. Está me dando nos nervos. Vou arranjar um Fred Weasley para voc... Digo um suco de abóbora.

Stilles riu e enxugou as lágrimas restantes e deu algumas fungadas. Ajeitou os cabelos volumosos e negros, os olhos verdes brilhando pelas lágrimas.

...


Harry não estava furioso. Não podia estar. O que estava dando nele?

Alguém esbarrou e quando ele ergueu os olhos para xingar, percebeu quem era.

– Cho.

– Harry.

Sorrisos tímidos de um lado, nervosos do outro.

– Como está? – Harry se apressou em perguntar.

Ela mostrou a mão para Harry. Havia palavras cicatrizando na pele de porcelana da Cho. Algo rugiu dentro do peito de Potter, rosnando, um ódio ardendo pelas veias, latejando e lutando para sair. Maldita Umbridge.

– EI, Harry... – Cho começou e então mordeu o lábio inferior. – Hum... sabe... as pessoas andam falando por aí que você e a tal menina que foi expulsa de Beauxbatons estão... estão...

– Namorando? – perguntou Harry com irritação.

Cho assentiu.

– Não, não... Cho... Não é nada. Não estamos namorando. Ela é nada para mim.

Isso pareceu acalmar Cho. Mas não muito a garota morena e com sardas que estava logo atrás deles.

Harry a olhou, em choque e percebeu o que tinha dito.

– Não, Sam! Espere! – Samantha Black não terminou de ouvir o que Harry Potter tinha para dizer. Apenas virou as costas, arrastou uma menina da Corvinal que estava com ela para outro lado e tentou não parecer perturbada com o que acabara de ouvir. Apenas... tentou.

Não devia ser assim, pensou ela amargurada. Eu não fiz absolutamente nada pra ele me odiar desse jeito. Por quê? Pôr que?

Mas Sam não tinha a resposta. Até tinha, mas o medo dela era maior. Não podia... – não queria – estar apaixonada... por Harry Potter.



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Notas finais do capítulo

E então? Mereço o sagrado perdão dos meus amados leitores? D: Não? Otéi... eu entendo '-'