2012 escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 6
Os primeiros sinais


Notas iniciais do capítulo

Aos poucos as coisas vão ficando cada vez mais tensas!



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22 DE FEVEREIRO DE 2012


Ela consultou as cartas mais uma vez para não ter nenhuma dúvida. Todos os meios de adivinhação que ela conhecia foram consultados e todos apontaram para o mesmo resultado. Sua mesa de trabalho estava repleta com pergaminhos, instrumentos de adivinhação e também um calendário Maia, que ela tinha estudado durante anos seguidos.

– Então é isso...

Boris, que até então estava cochilando, acordou na hora ao ver a preocupação dela. Há semanas ela fazia consultas sem parar, estudava mapas, consultava oráculos, runas, tarô, numerologia e por mais que ele dissesse a si mesmo que tudo ficaria bem, o gato sabia que não era verdade.

– Você já chegou a uma conclusão?
– Sim. Isso irá mesmo acontecer e antes do previsto.
– Sério? As profecias não disseram que seria só no fim do ano?
– Profecias não são uma ciência exata. Elas apenas mostram uma aproximação. Além do mais, existem vários fatores que podem mudar, adiar, adiantar e até cancelar os acontecimentos.
– Até que seria bom se ESSES acontecimentos fossem cancelados...
– Mas não serão, seu estúpido. Tudo isso virá abaixo e não restará pedra sobre pedra.
– O que você pretende fazer então?
– Ir embora daqui enquanto ainda podemos. Não há mais nada a se fazer.
– E há locais seguros?
– Na Terra? Mais ou menos. Há locais que são apontados como seguros, mas não há nada garantido. Como eu disse, muita coisa pode mudar.
– Para onde iremos?
– Para outra dimensão. Assim estaremos seguros. Só que teremos de fazer isso enquanto os portais ainda estão seguros e estáveis.
– Como assim?
– Esse ano é de grandes mudanças. A terra estará alinhada com o centro da galáxia e isso causará uma desestabilização em toda a magia. Os portais não estarão mais confiáveis e poderão nos mandar para os locais mais horríveis e perigosos. Temos que ir embora antes que isso aconteça.

Eles olharam pela janela e viram Ramona passeando pelo jardim com um cesto na mão.

– Você falará a verdade para ela?
– Nem pensar! Melhor manter tudo em segredo.
– Ela vai acabar descobrindo e nos dando trabalho por causa daquele namorado dela.

O rosto da bruxa ficou vermelho e ela trincou os dentes com raiva.

– Grrrrr! Nem me lembre disso!

Embora Viviane não fosse a favor daquele namoro, ela tolerava a presença de Nimbus porque foi graças a ele que sua filha passou a se interessar mais por magia, coisa que ela sempre quis. E ela também se tornou menos acanhada, evoluiu um pouco e passou a fazer mais amigos. Do contrário, ela teria transformado aquele mortal fedido em um sapo. Ainda assim, era muito desagradável ver sua filha namorando com um mortal e ainda por cima um membro daquela turma de pirralhos intrometidos. Ela tinha esperanças de que um dia Ramona terminasse aquele namoro e acabasse se interessando por um bruxo de verdade.

– Se eu falar a verdade, ela tentará avisar ao namorado e aqueles amigos abelhudos dele. Eu não vou permitir isso.
– Não vai dizer que você ainda tá de picuinha com a turma da Mônica?
– Estou mesmo, bando de enxeridos! Eles que se virem, eu não estou nem aí. Quando chegar o momento certo, pegarei Ramona e iremos embora daqui sem olhar para trás!

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Souza examinava as paredes da casa, muito contrariado. Como aquilo foi acontecer? Ele não fazia idéia. Eles tinham aquela casa há quase vinte anos e aquele tipo de coisa nunca tinha acontecido.

Mônica desceu para o café da manhã e viu que sua mãe parecia preocupada.

– Que foi, mãe?
– Eu não sei. Parece que andam aparecendo algumas trincas nas paredes da casa.
– É? São muitas?
– Seu pai disse que são. Isso nunca aconteceu antes.

Para matar a curiosidade, Mônica foi até o quintal dos fundos, onde seu pai examinava as paredes coçando a cabeça.

– Nooossaaa! A mãe falou que eram trincas, só que isso aí parecem rachaduras!
– E não é? Agora eu vou ter que chamar um pedreiro pra ver isso!
– Vai custar caro, não vai?
– Fazer o quê... É isso ou deixar a casa cair.

Como não podia fazer nada ali, ela voltou à cozinha para tomar seu café. Era um belo dia de domingo e Carmen tinha convidado os amigos para uma festa na beira da piscina. Festas eram sempre bem vindas.

Após tomar o café e escovar os dentes, Mônica pegou a mochila com os itens que tinha separado no dia anterior, despediu-se dos seus pais e correu para a casa da Magali. As duas tinham combinado de irem juntas para a casa da Carmen.

– Oi, Magá.
– Oi, Mô.
– Ué, quem são aqueles homens rodeando sua casa?
– São pedreiros que papai chamou. Você acredita que apareceu um monte de rachaduras nas nossas paredes?
– Hã? Na sua casa também?

Magali arregalou os olhos.

– Quer dizer que isso também aconteceu na sua casa? Vixe!

As duas foram comentando a respeito até chegarem à casa da Carmen. Várias teorias foram levantadas, desde infiltração de água até infestação de formigas. O problema foi temporariamente esquecido quando elas chegaram e viram o restante da turma reunido em volta da piscina.

– Olá, queridas! Troquem de roupa que a água está ótima! – Carmen saudou, sentada na borda da piscina. Elas não se fizeram de rogadas.

Alguns jovens jogavam vôlei enquanto outros mergulhavam na piscina ou tomavam um banho de sol. Denise desfilava de um lado para outro exibindo seu biquíni bastante revelador, esperando com isso atrair a atenção de algum rapaz solteiro da turma.

Enquanto isso, Cebola conversava distraidamente com Cascão sobre o jogo que eles tinham jogado na noite anterior e depois de algumas voltas a conversa acabou caindo em um evento estranho que tinha acontecido na casa do Cascão.

– Aí, quando eu fui pegar minha bike na garagem, vi aquele monte de trincas na parede.
– Sério? Que doido! Lá em casa não teve nada disso não.
– Sorte a sua. Pelo jeito que ficou, o velho vai ter que pagar pedreiro pra arrumar tudo.
– Que estranho...
– Ei, vocês dois! Vão ficar aí parados? – Mônica chamou de dentro da piscina. – a água tá ótima!

Cebola acabou esquecendo do assunto e entrou na água com as garotas enquanto Cascão preferiu manter uma distância segura da piscina e tudo parecia tranqüilo quando Carmen começou a reclamar com o mordomo.

– Ai, será que eles vão ficar andando pra lá e pra cá? Eu estou dando uma festa aqui!
– Sinto muito, senhorita. Eles estão examinando toda a propriedade à procura de possíveis danos.
– Ih, que saco!

Ela voltou bufando para a beira da piscina e os amigos se aproximaram, curiosos.

– O que foi, Cacá?
– Ah, são uns pedreiros que estão olhando a casa. Parece que apareceram umas trincas, rachaduras, sei lá! Que coisa chata!
– Eu heim! Lá em casa aconteceu a mesma coisa. – Cascão falou enquanto comia alguns pastéis.

Mônica e Magali se olharam, boquiabertas. Aquilo tinha acontecido na casa da Carmen e do Cascão também?

(Mônica) - Ué, Cascão! Na minha casa aconteceu a mesma coisa!
(Magali) – Lá em casa também. Estranho, né?

Jeremias, Nimbus, Xaveco e Aninha tinham relatado a mesma coisa. Embora aquilo não tivesse acontecido na casa de todos, ainda assim era uma coincidência muito estranha.

O assunto foi comentado durante algum tempo e quando perdeu a graça, a festa foi retomando o seu ritmo normal. Cebola foi o único que ficou pensativo, refletindo sobre o fenômeno. Mônica percebeu sua quietude.

– Você ainda está pensando nisso, Ce?
– E você não?
– Ah, sei lá! Vai ver foi só coincidência.
– Em dois lugares seria coincidência. Mais do que isso é sinal de que alguma coisa aconteceu.
– E o que seria?

Ele ficou pensando se falava ou não falava. Pensando bem, era apenas uma teoria e ele não queria deixar ninguém alarmado por causa daquilo. Além do mais, aquele tipo de coisa era tão improvável de acontecer que ele acabou descartando aquela hipótese e achou melhor não falar nada para não estragar a diversão da Mônica e dos amigos.

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Dudu olhava o mar com ares de tédio. Ir a praia nunca foi algo que o divertia de fato. Seus programas preferidos estavam passando na televisão e ele perdendo todos. Que coisa chata!

– Dudu, por que não entra na água?
– Ah, mãe! Que chato!
– Seu bobo! Pois eu vou dar um bom mergulho. Olha como seu pai está se divertindo!
– Nhé...

Cecília foi entrando no mar quando as águas recuaram e depois voltaram com muita força assustando os banhistas, embora não tivesse acontecido nada de grave. Dudu, que estava sentado, levou uma boa golfada das ondas e ficou se debatendo e choramingando. Cecília também perdeu o equilíbrio e caiu de joelhos sobre a areia.

– Calma, Dudu, não aconteceu nada. Larga de ser manhoso!
– Eu devia ter ficado em casa!
– Argh! Durval, você está bem?
– Estou sim. Nossa, o que foi isso?
– Nem faço idéia!

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– Ara, finarmente as roupa tão seca! – Cotinha falou para si mesma enquanto tirava as roupas do varal e colocava em um cesto. O dia estava relativamente fresco e com pouco sol, o que retardou um pouco a secagem das suas roupas.

Tudo estava tranqüilo como sempre. As galinhas ciscavam pelo terreiro em sua constante busca de algo para comer. Houve um tempo em que eles tinham uma vaca, um burro, um cavalo e também um bode. Com o passar dos anos, esses animais foram morrendo e eles ainda não tiveram condições de comprar outros. Eles estavam economizando para poderem comprar ao menos um bezerro, que com o tempo ia crescer e se tornar uma vaca. Assim eles voltariam a ter leite fresco todas às manhãs sem terem que recorrer a terceiros.

Chico e Tonico estavam trabalhando na horta da família e iam aparecer a qualquer momento trazendo verduras e legumes frescos, todos colhidos na hora. Quando terminou de recolher a roupa, Cotinha foi andando em direção a casa pensando no que fazer para o almoço. Galinhada ou lombo de porco com arroz, feijão e verdura? Talvez uma rabada?

– Anhé... otro dia o Tonico falô qui tá cum vontade di cumê farofa cum lingüiça. É... Inda tem lingüiça qui ele comprô no armazém. Tamén vô fazê... Eita! Qui é isso?

Ela parou de andar e ficou olhando as galinhas que corriam de um lado para outro batendo as asas freneticamente e cacarejando como se tivesse um bando de raposas invadindo o terreiro. Elas pulavam, corriam em círculos e faziam muito barulho assustando a mulher que olhava tudo sem saber o que fazer.

– Credo, muié! O qui deu nessas galinha? - Seu marido perguntou também assustado com toda aquela confusão.
– Num sei, homi! Tem dias que elas tão anssim! Nunca vi coisa inguar!

A agitação não durou muito e as galinhas se acalmaram novamente, para a surpresa do casal. Há vários dias, talvez duas ou três semanas, aquele fenômeno estava se repetindo. Quase todos os dias, em horários aleatórios, as galinhas ficavam anormalmente agitadas sem que ninguém conseguisse entender os motivos.

Aquilo também estava acontecendo nas casas, sítios e fazendas vizinhas. Na roda de amigos, depois do trabalho, Tonico tinha ouvido falar que houve um estouro de boiada na fazenda do Seu Genésio que acabou machucando dois peões. Ninguém soube explicar o que tinha dado nos bois.

– I cadê o Chico?
– Ele tá vindo. Nóis coiemos uns pé di arface que ficaram uma buniteza qui só vendo! Ele foi levar uns pra Rosinha, ocê sabe.

Ela deu uma risadinha, esquecendo dos momentos estranhos de antes.

– Ara, qui bom! Vamo entrá qui eu já vô fazê o armoço.
– O qui tem hoje?
– Farofa cum lingüiça. Outro dia ocê tava cum vontade di cumê.
– Eita nóis! – sua boca encheu de água e ele entrou satisfeito em saber que ia ter um bom almoço naquele dia.

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– “Um terremoto de 8,6 na escala Richter acaba de atingir da ilha de Sumatra, na Indonésia. Um alerta de tsunami foi emitido para todos os países do Oceano Índico.”

Ele acompanhava as notícias pelo radio do seu carro enquanto dirigia pelas ruas tranqüilas do bairro. De repente, Licurgo parou o carro e ficou em alerta.

“Outro tremor de terra. Isso está ficando mais freqüente...” quando passou, ele continuou dirigindo para sua casa. Ninguém mais além dele percebeu aquele pequeno tremor.

A casa do prof. Licurgo era bem singular, podendo ser reconhecida a grande distância por seu telhado cor de rosa e a posição inclinada sobre um dos lados do telhado, como se a casa tivesse sido tombada pelo vento.

Após entrar e colocar seu paletó em um suporte todo retorcido e repleto de bolinhas coloridas nas pontas, ele ligou o seu computador, que tinha sido decorado com desenhos psicodélicos. Há dias ele estava esperando um e-mail do seu primo, que tinha lhe telefonado falando sobre algo que ele tinha descoberto.

“Hum... vamos ver o que ele tem para mim. Interessante... um vídeo?”

Ele fez o download do vídeo e ficou assistindo em seu computador. Na verdade era uma animação meio rústica, embora essa rusticidade lhe desse um charme especial. O material explicava tudo de forma engraçada e descontraída, não fazendo parecer de que estava tratando de um assunto de grande seriedade.

–“Na antiguidade, o povo Maia foi a primeira civilização a descobrir que este planeta tinha uma data de vencimento.”

Nesse momento, um desenho mal feito do planeta terra é rabiscado e um carimbo vermelho escrito “expired” é colocado sobre ele.

–“De acordo com seu calendário, no ano de 2012 vai acontecer um evento catastrófico, causado por um alinhamento dos planetas em nosso sistema solar que só acontece a cada 640 mil anos.”

Então, aparece um tiranossauro verde falando as palavras: “Ah, de novo não!” e depois engole a terra.

– Hahaha! Esse meu primo é hilário!

Logo a seguir, aparece um boneco com o rosto do seu primo segurando uma laranja.

–“Imaginem a Terra como uma laranja” Ele corta a laranja ao meio com uma faca e acaba cortando também os dedos das mãos, arrancando mais risadas de Licurgo.

Depois aparece o sol fantasiado de Rambo e atirando pequenos mísseis com uma metralhadora.

–“Nosso sol vai emitir quantidades enormes de radiação (esses safados que se chamam neutrinos!) que vai derreter o núcleo da terra, o centro da laranja, e a crosta do planeta ficará livre para se mexer.”

Apesar de engraçado, Licurgo sabia que aquilo era sério.

–“Em 1958 o professor Charles Hapgood chamou de isso de ‘Deslocamento da crosta terrestre’. Até Albert Einstein apoiava a idéia.”

Em seguida é mostrado um cenário onde pessoas sofrem com terremotos, vulcões e tsunamis.

–“Gente, vai rolar de tudo. As forças da mãe natureza serão devastadoras. Vão acabar com este mundo no solstício de inverno, 21/12/2012.”

E, para fechar tudo com chave de ouro, ele aparece surfando nas ondas de um tsunami soltando uma última frase antes de ser engolido por um tiranossauro verde que surgiu das águas:

–“E não se esqueçam: vocês ouviram primeiro com o Charlie Frost!”

(quem quiser assistir a animação, pode acessar aqui: http://fatooculto.blogspot.com.br/2012/01/2012-charlie-frost-animacao.html No Menu do vídeo acione o modo com Legenda em Português)

A animação acabou, deixando-o pensativo. Então ele pegou o telefone e discou um numero, torcendo para que seu primo atendesse.

– E aí, Licurgo!
– Oi, Charlie, há quanto tempo! – o louco não se impressionou por seu primo ter adivinhado que era ele. Afinal, aquilo era de família. – Eu acabei de assistir o seu vídeo.
– E aí, o que achou? Demais, não foi? Viu só a parte em que eu corto meus dedos junto com a laranja?

Os dois deram uma risada bem humorada e Charlie continuou.

– Rapaz, quando chegar o dia, isso aqui vai virar um pandemônio!
– Parece que sim. O que você vai fazer?
– O que eu vou fazer? Na boa! Quando eu fiquei sabendo que o bicho vai pegar, falei pra mim mesmo “Charlie, pegue o seu maldito traseiro e vá para Yellowstone!” foi isso que eu fiz!
– Sério? Para perto do local onde será o maior vulcão ativo do mundo?
– É isso aí, primão! Vou te falar uma coisa: os caras do governo já estão aqui. Eles começaram a construir cercas e parece que estão fazendo algumas escavações.
– Você notou alguma mudança?
– Se eu notei? Tá brincando? O lago está quase seco, os gêiseres ficaram mais quentes e tudo aqui está secando e morrendo!
– Então é mesmo pra valer.
– Parece que sim. Fica esperto porque o negócio vai ficar feio!
– Escuta, você se importaria se eu colocasse legendas em português e publicasse no meu blog?
– Vai fundo, cara! Quanto mais gente souber, melhor! Hahaha!

Licurgo desligou o telefone sentindo o peito oprimido. O vídeo do seu primo tinha ficado muito bom e explicativo. O problema era as pessoas levarem aquilo a sério.

– Ah, oi passarinho. Veio me fazer uma visita?

Ângelo se fez visível para o homem, que o olhou com um sorriso triste no rosto.

– Oi, Licurgo. Acho que você já sabe muito bem o que vai acontecer, não sabe?
– Sei sim. Acabei de receber um vídeo do meu primo que irei publicar no meu blog.
– Faça isso. Eu estou tentando pensar em uma forma de avisar a turma. O problema é que eu não posso falar diretamente.
– Sei como é. Eu farei minha parte, só que você sabe... nem sempre me levam a sério. Não sei por que!
– Eu estou pensando em ir dando a eles pistas que apontem na direção certa.
– Isso pode funcionar. Para cada membro da turma, você vai deixando uma pista. Isso deve resolver. Se quer um palpite, comece com o Cenoura. Ele ajudará a juntar as peças do quebra-cabeça.


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Notas finais do capítulo

E aí? Cadê os leitores?