2012 escrita por Mallagueta Pepper


Capítulo 12
Tudo aponta para a mesma direção




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27 DE FEVEREIRO DE 2012

No capítulo anterior, a turma decidiu recorrer ao Franja para ajudar a entender o que estava acontecendo e ele mostrou fatos perturbadores. Enquanto isso, alguém espreita Carmen sem que ela perceba.


– E não volte mais aqui, seu tosco! Se eu for mandada embora por sua causa, você vai ver só uma coisa!
– Ah, quer saber? Vou embora mesmo, deve ter muita gatinha por aí que mataria pra sair comigo!
– Então vai com elas e não me atrapalha, que saco!

Titi levantou um dedo para dizer mais alguma coisa quando Aninha pegou a vassoura do faxineiro e apontou em sua direção.

– Vai logo senão eu quebro isso na sua cabeça!

Aquilo foi suficiente para que ele saísse dali na hora, resmungando irritado por não ter dado a última palavra naquela discussão.

“Droga, ela não devia ficar trabalhando com aquela roupa curta, onde já se viu? Humpt! Nem sei por que fico esquentando a cabeça!” no fundo ele sabia, mas não queria admitir que morria de ciúmes ao ver a ex-namorada trabalhando com aquele uniforme tão insinuante.

Depois que ele foi embora, bufando e soltando fogo pelas ventas, Aninha pode voltar ao trabalho aliviada por ter ficado livre dos vexames que Titi estava fazendo por causa do seu uniforme de recepcionista. Não havia nenhuma razão para ele ter ficado tão exaltado, a saia nem era tão curta assim.

“Esse Titi não tem jeito mesmo! Fica achando que é meu dono mas ele mesmo dá de cima de tudo quanto é garota que vê pela frente.”

Ela sentou-se na frente do computador para fazer o cadastro de alguns clientes e sentiu um vento gelado em sua nuca, fazendo sua pele se arrepiar de uma forma estranha.

– Hum? Eu heim, que estranho... – por um instante, numa fração de segundo, ela pensou ter visto o vulto de uma pessoa pelo canto do olho. Foi muito rápido e desapareceu assim que ela virou a cabeça para olhar melhor. – Afe! Esse Titi me deixou tão nervosa que até tô vendo coisa!

Quando ela voltou-se para o computador novamente, algo do lado do vídeo lhe chamou a atenção. Era uma caixinha na cor branca, sem nenhum outro enfeite a não ser um pequeno laço preto em cima da tampa. De onde aquilo tinha saído? Ela não se lembrava de ter visto aquela caixa ali minutos antes.

Ainda intrigada, ela tirou a tampa e viu, para sua surpresa, um biscoito da sorte.

– Quem pôs isso aqui? Humpt! Deve ter sido o Titi, só pode! Tá bom, deixa eu ver...

Ela tirou o papelzinho do biscoito e leu a frase:

“Viva o hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã talvez não venha.”

– Que estranho! – ela leu e releu a frase várias vezes, tentando entender o significado daquilo. Por mais que pensasse, aquela frase não fazia nenhum sentido. Teria sido mesmo o Titi quem deixou aquela caixa ali? Não fazia o estilo dele.

Outro arrepio estranho percorreu sua espinha e ela resolveu voltar logo ao trabalho, por isso colocou o papel de volta na caixa e tudo em sua bolsa tentando não se preocupar com aquele fato inusitado.

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– “Não foi possível completar a chamada. Esse número encontra-se desligado ou fora de área.”

Nimbus desligou o celular, contrariado. Há dias Ramona não tem dado notícias e ele não conseguia entrar em contato com ela. Ele tentou telefonar, mandar SMS, e-mails, torpedos e nada parecia funcionar.

– E aí, mano? A Ramona continua sumida?
– Pior que sim, cara! Eu não sei o que tá acontecendo! Ela nunca foi de ficar tanto tempo sem ligar.
– Porque não tenta usar magia, telepatia, sei lá?
– E você acha que eu não tentei? Só que nada funciona!
– Nada mesmo? Você tá perdendo o jeito, heim?
– Tem alguma coisa atrapalhando minha magia e eu não consigo abrir um portal pra casa da Ramona e nem falar com ela! Parece que tá tudo bagunçado!
– Estranho. Mas também, você foi gostar justo da filha daquela bruxa?
– Não enche! Ela não tem nada a ver com a mãe!
– Ela é legal mesmo, mas se você ficar com ela, vai ter que agüentar uma sogra que é uma bruxa em todos os sentidos. Hahaha!
– Isso não tem graça! Eu tô começando a ficar preocupado. Vou continuar tentando e se a Ramona não der notícia, eu vou lá na casa dela.
– Tá doido? Além de ser longe pra caramba, aquela bruxa vai te transformar em um sapo feio e verruguento!
– Tô nem aí, vou de qualquer jeito.

DC deu de ombros e não falou mais nada ao ver que o irmão estava decidido. Se fosse o caso, ele poderia ir junto para dar alguma proteção. Até que poderia ser divertido.
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– Oh! Parece que a agulha deu um salto!
– Deixa eu ver. Nossa, esse foi um pouco maior do que os outros! – Franja tirou o papel do sismógrafo para ler os dados e viu, preocupado, que o número de tremores estava aumentando. E para sua preocupação, a maioria era acima de três sendo que antes eles oscilavam entre 2 e 3.

Marina também olhava os gráficos junto com o namorado, tentando entender por que toda aquela preocupação.

– Não é estranho que esteja ocorrendo tantos tremores de terra no bairro?
– Agora que você falou... ah, vai ver sempre foi assim e só agora a gente tá notando, não?
– Não, Marina. Aqui no Brasil não tem essa quantidade de tremores. Em poucos dias, esse sismógrafo registrou mais tremores do que todo o século 20!
– Gente! É mesmo?
– Sim! E o pior é que a intensidade parece ter aumentado também.
– Ainda assim eu não sinto nada!
– É porque mesmo esses tremem muito pouco. É parecido com a sensação de quando um caminhão com carga pesada passa perto da gente.
– Ah, é? Eu já senti isso algumas vezes! – ela falou, já ficando um pouco assustada.
– Eu também. De repente não é nada demais, só que isso tá muito estranho. Melhor falar com a Mônica e o Cebola.
– Já? Você disse que ia esperar uma semana e só tem quatro dias!
– Acho que não precisa esperar mais, tá mais do que na cara que tem algo fora do normal acontecendo. Melhor não esperar.

Franja fez algumas ligações, chamando Mônica e os outros para o laboratório. Ele já tinha material suficiente para mostrar aos amigos.

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– Então esse é o primo do louco... cruzes, quanta falta de estilo! – ela falou para si mesma reparando nas roupas e nos cabelos daquele homem que parecia não ter noções de moda e higiene pessoal.

Denise passou várias horas olhando aquele site. Seu objetivo inicial era apenas dar uma olhada por alto, mas ela foi lendo um artigo, depois outro e assim as horas foram se passando.

Às vezes ela ficava intrigada, outras cética. Ou aquele sujeito era muito inteligente ou era totalmente louco. Talvez um pouco de cada. O que lhe chamou mais a atenção foi a lista de cientistas mortos de forma misteriosa que ela viu exposta no site dele. Pelo que ele dizia, aqueles homens tinham sido silenciados por saberem demais.

– Teorias da conspiração, que coisa mais tosca! Se bem que esses caras morreram de verdade, né... ah, não! Isso não deve ter nada a ver! Ou tem?

Olhando mais um pouco, ela também viu fotos do parque de Yellowstone, onde tudo estava secando e morrendo. Também havia fotos de helicópteros do governo sobrevoando a área, de gêiseres que estavam mais quentes do que nunca e até carros repletos de homens armados com metralhadoras circulando pelo local. Pelo menos naquele ponto, o primo do louco estava certo. Alguma coisa estava de fato acontecendo naquele parque.

– Gentem! Esse cara é bom mesmo! Olha só que babado! Como será que ele conseguiu tirar essas fotos sem ser visto?

Em outra página do blog, ela viu algo que parecia ser um mapa. Segundo Charlie, um tal de prof. Meyers tinha mandado aquilo para ele. Junto tinha um vídeo, que ela tentou assistir e não entendeu muita coisa. Seu inglês era bom apenas para leitura, não para ouvir e falar. Mas pelo que ela conseguiu entender, aquilo parecia ser um mapa para algo que o governo da China estava construindo num tal de vale Cho Ming.

– Vale Cho Ming? Nunca ouvi falar. Deixa eu ver...

Ela tentou pesquisar no Google sobre esse vale e não encontrou muita coisa. Tentando ouvir novamente o vídeo do Charlie, ela entendeu qualquer coisa sobre naves ou espaçonaves e pensou que aquele homem estava delirando. Ou não? Denise tentou fazer mais uma pesquisa só que daquela vez usando o Google Earth. Se aquele tal vale existia, talvez ela pudesse vê-lo em imagens de satélite.

– Olha só! E não é que isso existe mesmo? Deixa eu ver... droga, a imagem tá muito ruim! Mas parece que tem alguma coisa aqui...

A qualidade da imagem deixava a desejar, como se alguém tivesse borrado alguns pontos de propósito. Ainda assim Denise pode ver que havia entre as montanhas algo que parecia ter sido construído pelo homem. Faltava apenas saber do que se tratava. Seriam mesmo as tais espaçonaves? Se ela ao menos pudesse entender direito o que aquele homem falava no vídeo... ainda assim aquilo tudo era bem intrigante, faltava apenas coletar mais informações.

A moça voltou a olhar para o mapa, onde tinha várias anotações e não conseguiu entender nada. Talvez fosse preciso procurar alguém que pudesse entender aquilo e talvez o vídeo também.

– Ah, espera! Esse cara fala de espaçonaves, então eu de sei quem entende disso!


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– E aí, alguma coisa? – Cebola foi logo perguntando assim que os quatro colocaram os pés no laboratório. Ele mal conseguia conter a ansiedade.
– Pior que eu tenho. – ele respondeu com a fisionomia carregada. – Eu notei que o número de tremores aumentou e a maioria é acima de três, embora nenhum chegue a quatro ainda.
(Cascão) – Sinistro... será que vai aumentar ainda mais?
(Franja) – É difícil dizer, não dá pra prever quando um terremoto vai acontecer e nem com que intensidade.
(Cebola) – Só pode ser esse lance com os neutrinos, que nem o primo do louco disse!

Franja voltou a olhar para um dos grandes monitores, onde tinha uma imagem da terra com uma espécie de aura ao redor. Os outros também se puseram a observar a imagem.

(Mônica) – O que é isso em volta da Terra?
(Franja) – É o campo magnético, que protege o planeta dos raios do sol. Tem um satélite deixado pela nave Hoshi que monitora esse campo regularmente e a alguns meses atrás eu tinha conseguido com o Astronauta permissão para acessá-lo só com fins de pesquisa.

Cebola inclinou a cabeça para um lado, depois para o outro e depois perguntou.

– É impressão minha ou esse campo tá assim, tipo, meio ralo?
– Não é impressão sua não, o campo magnético da terra está diminuindo mesmo.

Magali esfregou as mãos para disfarçar o nervosismo e perguntou.

– O que vai acontecer se esse campo diminuir?
– Vamos ficar vulneráveis as partículas trazidas pelo vento solar. E o pior é que o sol está emitindo uma quantidade muito grande de neutrinos. Se esse campo continuar diminuindo assim e a quantidade de neutrinos permanecer a mesma, eu não sei como vai ser.
(Cebola) – Acha mesmo que vai acontecer o que o primo do louco falou naquele vídeo?
– É bem provável. A taxa com que o campo magnético está enfraquecendo é constante, então eu calculo que lá pelo mês de julho ele vai estar a cerca de 20% do total.
(Cascão) – Véi, eu não tô entendendo! Se essas paradas estão acontecendo mesmo, porque ninguém fala nada na televisão?
(Magali) – Talvez porque não tenha nada demais mesmo!
(Franja) – Ou então a mídia deve ser totalmente manipulada. Não dá pra acreditar em tudo o que eles falam. Mas uma coisa que eu notei é que ultimamente está acontecendo muito encalhamento de baleias nas praias.
(Mônica) – E o que isso tem a ver?
– Baleias se orientam pelo campo magnético da terra. Além de estar enfraquecendo, parece que o campo também está se deslocando. Se continuar assim, parece que vai haver uma inversão nos pólos magnéticos da terra.
(Cebola) – Sério? Que doideira!
(Franja) – Ainda não há nada confirmado, mas do jeito que as coisas estão andando... Parece que o Ângelo tá mesmo certo, algo de muito grave vai acontecer em julho.

Magali ouvia tudo sem conseguir aceitar nada do que eles diziam. Era absurdo demais para ser verdade e ela não se conteve.

– Gente, que é isso? Vocês estão se precipitando demais, não acham?
(Cascão) – Sei lá, viu... Eu também achava isso, Magá, mas depois do que o Franja falou, agora fiquei bolado!
(Magali) – Pois eu acho que vocês estão não devem estar entendendo direito a mensagem que o Ângelo quer passar. E querem saber? Nem acho que ele quer falar nada, viu? Vocês é que estão vendo coisas!

Eles iam retrucar alguma coisa e mudaram de idéia ao verem a cara que Mônica estava fazendo. Talvez ela não quisesse pressionar demais a amiga e resolveram deixar quieto. Além do mais, Magali não deixava de ter certa dose de razão. Talvez eles estivessem mesmo se precipitando.

Cebola pensou um pouco e falou.

– Vamos esperar mais um pouco para ver se o Ângelo vai continuar deixando pistas pro pessoal. Pode ser que apareça mais alguma coisa pra resolver esse enigma. Melhor a gente não precipitar demais.

Os outros concordaram e Franja ficou de fazer mais pesquisas e medições com o sismógrafo para ter uma base sólida com a qual poderiam tirar conclusões mais acertadas. Depois que todos foram embora, ele sentou-se a frente do seu computador para continuar com os estudos e ouviu uma musiquinha indicando que um e-mail tinha chegado.

– Ué, e-mail da Denise? O que ela quer? – ele ia deletar a mensagem achando que era ela pedindo ajuda para algum trabalho e logo mudou de idéia à medida que foi lendo seu conteúdo. – Interessante... muito interessante...
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Ele ficou impressionado ao ver que ela tinha conseguido estacionar bem o carro depois de poucas tentativas. Quem podia imaginar que aquela garota seria capaz de aprender tão rápido? Quando seu patrão lhe pediu para dar algumas aulas a Carmen, o empregado chegou a suar frio de tanto medo. Em sua cabeça, ele imaginou que Carmen não seria capaz nem mesmo de colocar e girar a chave na ignição, quanto mais dirigir um carro e fazer manobras. Pelo rumo que as coisas estavam tomando, ele foi vendo que estava errado. Aquela patricinha não era tão burra quanto parecia.

– E então, como fui?
– A senhorita foi muito bem. – o chofer respondeu feliz pelo carro não ter sofrido nenhuma batida.
– Que bom! Não esquece de falar pro papi, viu? Ai, eu não acredito! Ano que vem eu vou ganhar meu primeiro carro, iupiiii!

Ela saiu do carro e voltou para dentro de casa dando pulinhos de alegria, feliz por estar indo tão bem em suas aulas de direção. O chato era estudar a legislação de transito e decorar todas aquelas regras, placas e sinais. Tirando aquilo, ela achou que dirigir era bem fácil e até divertido. Seu pai tinha prometido lhe dar um carro depois que ela passasse nos exames de direção e mesmo não gostando, Carmen tentava estudar com afinco. Aquilo podia valer um carro e ela não queria ter que esperar meses a fio só porque não conseguia passar nesses exames.

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– Ara, ocê tá boa dimais pra botá ovo! – Chico falou para a galinha enquanto coletava seus ovos. – A Giserda ia ficá toda prosa!

A galinha deu um cacarejo, que ele entendeu como um sinal de satisfação com o elogio. Chico a chamava de Gigi, por ser descendente da Giselda original. Era sua galinha preferida e ele gostava de carregá-la no colo, lhe dava as melhores porções de milho e se sua mãe deixasse, ele a colocaria para dormir dentro do seu quarto. Mesmo sendo uma galinha muito nova, ela já mostrava grande talento para botar ovos.

Quando ia saindo do galinheiro, ele ouviu as galinhas cacarejando freneticamente e correndo em disparada antes que ele pudesse fazer alguma coisa. O rapaz saiu atrás delas com o cesto de ovos na mão, tentando evitar que elas fugissem da propriedade.

– Chico! Que argazarra é essa?
– As galinha tão doida, mãe! Óia só!
– Vixe! Elas tão pior que nos otro dia! – a mulher saiu de casa para ajudar o filho com as galinhas e quando foi descer as escadas da varanda, ela acabou caindo no chão por causa de um forte tremor.
– Mãe? A sinhora tá bem? – o rapaz falou também assustado, ajudando-a a se levantar para que os dois pudessem sair dali.

Os dois foram para o meio do terreiro, correndo com dificuldade por causa do tremor de terra, que na verdade não durou nem um minuto inteiro.

Eles ficaram do lado de fora da casa, abraçados um ao outro e Cotinha chorava de medo.

– Carma, mãe! Já passô!
– O qui tá acontecendo, fio? Eu nunca vi coisa inguar!

De noite, quando chegou do trabalho, Tonico foi colocado a par do incidente e ficou muito aliviado por ninguém ter se machucado.

– Aminhã eu vou oiá a casa pra ver si quebrô arguma coisa. Fica ansim não, muié! Isso num deve di ter sido nada. – ele falou colocando um braço ao redor do ombro da esposa, que tinha ficado muito abalada com o acontecido. – Vamo fazer ansim: aminhã, dispois qui eu saí pra trabaiá, o Chico fica aqui cocê, tá bão?
– Tá bão. – ela respondeu enxugando as lágrimas, mais tranqüila em saber que não ia ficar sozinha em casa no dia seguinte.

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Navegando em sites de notícias, Cebola ficou espantado ao ler uma reportagem sobre um terremoto de 5.5 no interior de São Paulo.

“Essa não... parece que tá ficando mais forte mesmo!” ele pegou rapidamente o telefone e ligou para o Franja, que o atendeu prontamente.

– Eu ia ligar pra você agora. O sismógrafo registrou um tremor que parece ter sido maior que 5!
– Foi de 5.5. Eu li agora pouco que deu um terremoto no interior.
– Também queria te dizer outra coisa. Eu recebi um e-mail da Denise com uns links pro blog daquele primo do louco.
– Nem pensei nisso! Tem alguma coisa lá?
– Cara, tem muita coisa! Tem até um mapa e a Denise falou que estão construindo alguma coisa num tal de vale Cho Ming, no Tibete. Ela mandou imagens do Google Earth que parecem meio borradas. Acho que estão escondendo alguma coisa.
– Será? O que eles estariam fazendo ali?
– Pelo que eu entendi, parecem ser naves, espaçonaves... acho que o primo do louco também não sabe direito. Só sei que tem alguma coisa lá e vou ver se dou uma olhada.

Cebola deu um sobressalto e perguntou ansioso.

– E tem jeito?
– Tem. Há vários satélites da nave Hoshi orbitando a Terra. Esses satélites são independentes de qualquer governo, então vou poder dar uma olhada. Quando eu tiver algum resultado, te falo.
– Beleza, vou ficar esperando.

Franja desligou o aparelho e continuou olhando o material que Denise tinha lhe enviado. Quem poderia imaginar que o espírito fofoqueiro e curioso daquela garota poderia ser útil para alguma coisa? Ele mesmo jamais teria tido a idéia de olhar aquele blog.


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