I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 9
Capítulo 8 - Prisoner of Love




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Agora sim posso me sentir mal, estou com a cabeça revirando, minhas roupas, meu cabelo e cada ponto do meu corpo, esta inundado pela agua fria da chuva, estou tremendo muito, me abraçando ainda, agora com os meus dois braços, meus lábios estão sem cor. Respirando rápido, dou poucos passos, o frio esta me deixando ainda mais atordoada. Minha boca ainda ardia. Vejo de relance, meu irmão Stiven descer as escadas com cara de sono, mas ao me ver, arregala os olhos, parando na escada.

- Geovanna! – o escuto gritar. Olho pra ele, estava totalmente indefesa.

Ele desce correndo as escadas, e se aproximando de mim, me pegando, segurando forte meus braços, ele gritava:

- Geovanna! Geovanna! – Ele repetia várias vezes meu nome, ele estava preocupado.

- O que aconteceu? O que houve com você? – ele fazia mil perguntas.

- Nã... não, eu... tenho que... – não conseguia falar direito, e começo a tossir.

- Geovanna, me fala o que aconteceu!

- Eu... uns caras...

- Caras? – ele arregala ainda mais seus olhos, ficando visivelmente atonico, ainda me segurando com as duas mãos. – Que caras? O que fizeram? Aonde? Quem são eles?

- Não sei... eu... explico depois! – digo, querendo me afastar, não me aguento de frio. Percebendo o quanto eu tremia, ele me solta, tira sua jaqueta rápido colocando sobre meus ombros e me guia até o banheiro de baixo, dizendo:

- Calma, eu, eu vou te ajudar! Eu vou!

Me deixo ser guiada até o banheiro por ele, sua jaqueta sobre meus ombros em nada me aquecia.

Ele me encosta no lavatório, tirando a jaqueta dele de cima de mim, ligando o chuveiro, colocando no ‘quente’.

 

- Geovanna, olha pra mim! – meu corpo estava rigido, meus ombros pouco erguidos, minhas mãos agora estavam juntas sob meu queixo.

- Fizeram algo com você? – ele pergunta sério, com força.

- Não! Não! ... Frank! Ele me salvou! – digo, encantada por estar ali, agora.

- Frank? – ele pergunta desentendido.

- Sim! Mas... não é o Frank meu, amigo... bom agora ele é! – meus olhos enchem d’agua.

- Não aconteceu nada com você mesmo? – ele diz me puxando pelos braços, que mantenho proximo do meu corpo.

- Não! Stiven! – digo, quando percebo que ele me colocou debaixo do chuveiro, a agua quente agora invade todo meu corpo, foi como um choque, sinto meu corpo relaxar agora, devagar.

Eu olho pra ele, percebo que ele esta também debaixo do chuveiro, se molhando comigo, sem se importar com sua roupa, ou com o um dos tênis preferidos dele, que ele usava agora.

Meu pulmão respirava forte, rapido, porque ele esta fazendo isso? Quero chorar, estou me segurando. Mas foi meu limite quando ele me abraçou debaixo daquele chuveiro, ambos estavamos encharcados com agua quente, ele me abraçou forte,firme dizendo com uma voz levemente chorosa.

- Me perdoa Geovanna! Eu... te deixei sozinha! Nem ao menos cheguei a tempo de te levar ao colégio! Me perdoa por favor!

- Stiven! – retribuo seu abraço, chorando literalmente. – Esta tudo bem! Nada me aconteceu!

- Mas poderia ter acontecido! E; é... a segunda vez que faço isso! A segunda vez que eu mesmo te coloco em perigo! – e afagando minhas costas, me soltando levemente do forte abraço, me olha dizendo:

- A ... a sua boca! – ele diz ao ver o pequeno corte que já estava lavado do sangue de tanta agua que caiu sobre ele. Ele toca receoso minha boca com seu polegar, dizendo:

- Te machucaram! – eu nunca, em tanto tempo, nunca vi meu irmão assim. Ele estava totalmente aterrorizado com o meu estado.

- Não ta mais doendo! – digo, pegando com minhas duas mãos, a mão dele que tocava minha boca, a afasto. Ele segura minha mão, toca meu cabelo, a agua não atrapalhava seus olhos firmes sobre mim, ele me da um beijo na testa, um beijo forte longo e barulhento. Ele coloca as suas duas mãos na minha cintura, e encosta sua cabeça no meu ombro sussurando:

- Você... esta sentindo alguma dor? – ele estava tão proximo, que eu podia ouvir ele brincar com a sua saliva dentro da sua boca.

Sem afastar sua boca do meu rosto, ele desce um pouco seus lábios, parando a poucos centimetros de encontrar com os meus. Nesse instante, ele me empurra ligeiramente para fora de baixo do chuveiro ligado incesante, me encostando na parede de azulejos acinzentados do banheiro. Ele com os olhos quase fechados, levanta minha blusa, deixando minha barriga a mostra. Ele a toca. Não conseguia reagir. Eu tinha que afasta-lo. Mas não conseguia, não podia me mover. Ele estava agora beijando meu pescoço, passando sua lingua por ele. De um lado, do outro. Ele me puxa pra perto dele, sinto algo encostado em mim, enrijecido nele. Ainda encostada na parede, ele se abaixa, e beija minha barriga. Eu sinto uma cocega forte, quando ele passa a lingua nela. E não consigo evitar de me contorcer, soltando um arfar.

Ambos estamos pingando agua, o piercing no seu lábio inferior, brilhava ao toque com a agua, ele me olhava, não sei que olhar era esse, não sei se era de pena, ou de desejo.

Eu estava com a boca entreaberta, ele olhava pra mim, arfante.Olhando firmamente pra ele, ele se afasta em um susto, saindo e dizendo:

- ...Eu, me desculpa... eu vou buscar uma roupa pra você! E... uma toalha. – ele deixa a porta aberta.

Conforme ele andava, passando pela sala, subindo agora as escadas, de dois em dois degraus, o rastro da agua ficava no chão. Só quando ele saiu eu respirei, soltei um suspiro era como se eu estivesse prendendo o fôlego com ele aqui dentro. Ainda to encostada na parede, coloco a mão na minha barriga que ta revirando, um frio insuportavel.

Lentamente, desligo o chuveiro, tiro minha camiseta que estava esticada, e pouco rasgada a jogo no lixo.

Meu Deus o que foi isso? Meu Deus, meu Deus! Ele me tocou de um jeito, que... que eu não sei explicar. To morrendo de vergonha agora e... ao mesmo tempo, impressionada eu to pasma com o que ele fez. Ele me deseja? Ele... ele é meu irmão! Eu não podia, ter ficado parada, eu... não podia ter deixado ele me tocar dessa forma mas... eu não consegui!

Pego a jaqueta dele, que estava quase enchuta, de cima do lavatório, e a visto, me enrolando nela. Sento no banco branco que tinha no canto da parede do banheiro, tiro meu tênis molhado, e minhas meias, colocando em um canto qualquer.

Logo Stiven aparece, com a toalha dele, que era num tom azul escuro, e com um agasalho meu, com tecido de plush que minha mãe tinha me dado, branco, com listras pretas dos lados, e detalhes em vermelho nos bolsos, e nas pontas.

- D... desculpe,eu... não achei a sua toalha! – ele diz vermelho, sem me olhar

- Tudo bem!... Obrigada.

 

Ele me entrega olhando pra baixo, logo me troco no banheiro e saio com a toalha dele, enrolada no meu cabelo. Me sinto totalmente leve agora, mas fiquei com uma marca roxa na perna e com minha boca cortada.

 

Quando saio, percebo que ele estava com outra roupa, de chinelos, e com o cabelo preto brilhante, ainda molhado bagunçado. Quando ele percebe minha presença, ele vira o rosto, querendo esconder os olhos, eu... por um momento o vi colocar uma das mãos nos olhos, com o rosto virado pra lá, como se... estivesse secando lágrimas dos olhos.

Ele se inclina para a mesinha do lado do sofá, onde se localizava o telefone, e pega um copo de plástico branco, uma caneca, com um desenho de um urso marrom.

Esse era meu copo de infancia. Meu pai havia me dado. Só bebo chocolate quente nele. Até hoje. Faz muito tempo que tenho.

Ele me entrega o copo, dizendo:

- Eu fiz pra você! Espero que tenha acertado! – ele sorria um pouco. E seus olhos, estavam avermelhados, como se estivesse chorando. Será que... o Stiven estava chorando, por mim?

- O que isso? – pergunto, pegando e olhando dentro. Era chocolate quente.

Ele apenas me olhava, ainda sentado, cruzando os braços.

- Você... fez pra mim?

- Sim! Pra você se aquecer mais! Você pegou muita chuva.

 

Eu não reconheço o Stiven que esta a minha frente. Cade o meu irmão grosso, revoltado com a vida e ignorante mal-humorado que eu conheço? Ele não estava aqui. O Stiven que estava aqui agora, era um que não conhecia, gentil, doce, preocupado e totalmente atencioso.

- O ... Obrigada! – solto, olhando para o copo.

- Senta ai! - ele diz, afastando-se, dando um espaço maior no sofá para que eu me sentasse.

Eu me sento, olhando pra ele. Estou me sentindo até um pouco estranha. Porque o Stiven esta totalmente carinhoso comigo.

Não vai beber? – ele pergunta, ao me ver apenas segurar o copo. Dando um leve sorriso, do um gole, não estava como o da minha mãe, estava super doce. Mas mesmo assim, só o fato dele ter feito isso pra mim, fez com que eu gostasse.


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