I Cannot Love You escrita por gabyzutto


Capítulo 41
Capítulo 40 - Trocaria tudo por você, só você


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. é mega especial e triste. Coisas inesperadas irão acontecer. Nossa fic esta na reta final. T.T
Eu odeio finais... mas uma hora ia chegar!

como já disse diversas vezes, repito pra quem já sabe e pra quem ainda não sabe que quando iniciei essa fic, eu não pretendia alonga-la tanto, e eu já tinha em mente tudo que iria acontecer. Mas por motivos de influencia de alguns leitores, alterei algumas coisas.

Mas não fiquem tristes (ainda) esse cap. não é o ultimo e nem penultimo. Ainda poderão curtir muita coisa.
Beijinhos e divirtam-se. Espero os comentários, já que esse cap. é mega importante.
Atoron! Enjoy!

aa eu tinha esquecido de citar antes q houve uma confusão imperdoavel do sobrenome dos protagonistas! eeu troquei Harvey que é o sobrenome do Tiv, e fiz confusão com o do Frank q é Knight! Eu dei uma olhada nas minhas postagens, e dei uma concertada. T____T

ps: eu tinha postado esse cap. à pouco mas deletei quando percebi que estava faltando umas coisas rs



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Tudo a minha volta se tornou distante nesse momento.

Eu só sabia sentir a saliva fria dele pela minha boca.

Ele abaixa a cabeça, interrompendo nosso beijo.

 

    - Agora, devo ir... - ele diz se afastando.

Sinceramente não queria que ele fosse, mas não o impedi.

    - Até amanhã. - ele diz, já na janela.

    - Até amanhã. - respondo.

 

Eu apenas deitei. E sonhei com aquele beijo.

 

 

No dia seguinte...

 

[Stiven's Pov]

 

Minha mãe bateu na minha porta, gritando:

 

    - Stiven levanta, colégio.

 

Eu sei que não é 'certo' um filho ter raiva da mãe. Eu tento olhar o lado dela, mas definitivamente ela é chata.

 

Mas a única coisa que desejo ardentemente agora é colocar fogo na casa do “coisa”. Cara insuportável. Só de pensar que vou vê-lo daqui a pouco me da arrepios. E me da uma agonia maior ainda saber que ele não vai sair da cola da Geovanna.

Eu levanto, tava sem camisa e bermuda caindo, minha cueca era branca, não gosto muito de branco, mas enfim.

Sento no canto do guarda-roupas, debaixo dele tinha uma garrafa de vodca. Eu abro e do alguns goles lavando a boca.

 

    - Stiven! - minha mãe de novo na porta. Eu deixei a porta trancada. Façam tudo comigo mas não me acordem quando estou com um sonho agradável. Essa noite meu sonho foi branco, um buraco. Mas a noite passada juro que por pouco não invadi o quarto da “pirralha nojenta, chorona desagradável” e ataquei ela, ela querendo ou não.

    Mas esses são pensamentos sujos, que não queremos pensar mas acabamos pensando. Coisa vaga, claro que não faria tal coisa sem ela querer, mas ela querendo pra mim ia ser minha salvação.

 

Eu sou um cara gostoso, é claro basta olhar pra mim. Qualquer garota sonha em ter algo comigo. Qualquer uma. Jamais levei um fora na vida.

Mas quem eu quero não me quer.

Porra! É dificil entender, suportar, me pergunto porque isso tem que acontecer logo comigo. Porque eu? Será que é o 'Deus'? Será que ele não gosta de mim?

Ando com a garrafa na mão pelo quarto, procurando minha camisa de colégio.

Eu ouço a voz da Geovanna no corredor.

Adoraria ouvir essa voz dizendo que me ama, bem baixinho no meu ouvido.

Mas não. Eu vou acabar com isso. Vou catar qualquer mina, e esquecer um pouco esse rolo que tenho vivido. Eu já deveria ter feito isso faz tempo. Como é que posso estar tão ligado em uma só pessoa? Sempre achei que isso fosse ser impossível! Achava que coisas assim jamais aconteceria comigo!

Pego minha roupa, e corro pro banheiro no instante em que a Nina ia entrar.

Bato a porta na cara dela.

 

    - ARGH! Stiven baka idiotaa! Porque você faz isso?

     

Eu sorrio em silencio ouvindo-a esbravejar. Ligo o chuveiro para disfarçar o barulho, sentindo ânsia de vômito. Agacho no vaso sanitário e vomito vodca e tudo que tinha no meu estômago, apenas bebidas e mais bebidas de ontem a noite. O banheiro fica totalmente cheirando a bebida.

Meu estômago ta esmagado. Minha vida esta um estrago total isso se vê a distancias.

 

[Fim de Stiven's Pov]

 

[Geovanna's Pov]

 

Depois de me arrumar, minha mãe diz que não pode nos levar hoje. O Tiv poderia levar-nos de carro, mas mamãe vai usar. Vamos a pé. O Stiven ficou calado o tempo todo. Nenhuma palavra desde que acordou.

Enquanto caminhávamos, eu comentava algumas coisas, dizia coisas simples sem importância. Ele não dava a mínima.

    - É assim mesmo? A lei do silencio? - pergunto por fim sem aguentar.

Ele não responde, apenas andava calado. O celular dele vibra no bolso dele, consigo ouvir. Em seguida começa a tocar um j-rock. Ele olha o visor, e desliga o celular. Porque será que ele não quis atender?

    - Porque não atendeu? - pergunto. Ele não responde. Eu até ficaria mais contente com uma grosseria qualquer, mas o silencio não da!

    - STIVEN! - grito, parando na frente dele, fazendo-o parar de andar.

Ele me olha. Aqueles olhos claros profundos.

 

    - Porque você ta me ignorando desse jeito?

    - Eu só estou mal-humorado.

    - O que? Como assim mal humorado? - ele mordia o lábio me olhando, estava sem mochila só com uns cadernos e livros nas mãos. - e você desconta em cima de mim? Stiven eu quero te ajudar!

    - Me ajudar? Cala a boca! - ele falou desviando brevemente seus olhos esverdeados de mim.

    - Ma... maas eu... - ele me agarra de repente, me beijando.

    Deixa seus livros caírem, me beijando fortemente, penetrando sua mão pelo meu cabelo. Nós estávamos na rua! Meu Deus qualquer um pode estar nos vendo! Eu tentava o empurrar, mas ele me prendia.

    Quando ele afastou momentaneamente seus lábios dos meus, com a clara pretensão de uni-los novamente em segundos, eu consigo me soltar dele, me afastando.

 

    - Stiven!! - eu digo me afastando, dando trôpegos passos pra trás.

    - Eu tive vontade de beijar você.

Eu fico arfante, olhando pra baixo. Ele se aproxima um pouco de mim, após pegar seus livros, à pouco caidos.

    - Estamos na rua! Você ta louco? E se alguém conhecido nos tiver visto? E a mamãe? Você ta saindo de si! Pensa no que esta fazendo!

    - Mamãe não vai saber de nada. - ele começa a andar novamente. As bochechas dele, estavam em um tom vermelho doce.

 

    - Eu não vou pedir desculpas. Você me atiça e quer que eu fique parado? Eu sou um cara de iniciativas. - ele diz um pouco a frente de mim.

    - Você ta louco! - digo voltando a andar.

    - To louco? É devo estar mesmo! - ele diz, colocando as mãos na minha cintura. E dando umas apertadas, como se fossem beliscões mas sem machucar.

    - Tiv para! - digo tirando as mãos dele de mim.

    - “Tiv para!” - ele me imita afinando a voz, andando na calçada da rua com um leve movimento, pulando os degraus das casas e estabelecimentos todos fechados por conta do horário.

    - Deus! - exclamo, colocando uma mão no meu rosto.

 

Enquanto andávamos, Stiven estava sim visivelmente sem graça. Eu estava também, mas sabia disfarçar. Já ele não sabe disfarçar em nada, a vergonha fica estampada na cara dele.

 

Foi repentino, Tiv parou de andar. Eu um pouco a frente, olho pra trás. Ele estava olhando pro chão.

    - Tiv? - pergunto franzindo a testa, ele estava com uma expressão, tão... incrivelmente morta! O vermelho de suas bochechas haviam sido instantaneamente substituídos por uma palidez sem descrições.

    - Tiv? - ele olhava pra baixo, foi tão rápido, mas Stiven deu um passo pequeno como se fosse andar, mas caiu pra frente como um boneco de plástico, como um algo sem vida, sem defesas, seus cadernos se espalharam, eu corri naquele instante, era como se eu já soubesse que isso fosse acontecer, e agachei no exato instante, dentro daqueles rápidos segundos, raspando os joelhos no chão, ele caiu sobre mim, como que no meu colo, meu desespero explodiu, o que estava acontecendo?

Quando olhei pra ele, sua boca estava entreaberta, dentro dela, estava no lugar da saliva, somente sangue. Os dentes dele, estavam cobertos de sangue!!! Ele parecia... morto! Por um instante achei que o meu irmão... havia morrido! Eu gritei muito alto. Logo as pessoas em volta vieram socorrer.

 

--------- um tempo depois...

 

Estava no hospital, sentada na sala de espera, sozinha. Minha mãe já estava sabendo do mal súbito do Stiven e estava a caminho. Este hospital era mesmo que havíamos vindo parar no dia do meu sequestro, e o mesmo ao qual o Tiv havia passado em coma por tanto tempo. É horrível a sensação que estou sentindo agora, é uma sensação muito ruim. Eu quero que passe logo! Eu não sei o que o meu irmãos tem, estou com tanto, tanto medo que não sei explicar!

Porque tudo isso esta acontecendo? Porque o meu irmão tem que sofrer tanto?

Agora começo a lembrar do que o Frank havia me dito na noite passada:

 

 

- O Stiven... ele ta doente.

    - Doente?! Como assim??

    - Eu não sei bem, mas ele ta se corroendo muito com toda essa história. Ele ficou em coma por tanto tempo, ele saiu do coma sem nenhuma seqüela; ou quase.

    - Quase? Seja direto por favor Frank! - a cada palavra que ele dizia, mais medo eu sentia.

    - O corpo dele ficou, digamos que... sensível ao extremo! Isso não foi diagnosticado naquela época, mas tudo vem se tornando mais obvio agora. O corpo dele esta vulnerável a qualquer tipo de doença. A mente dele esta vulnerável a uma depressão profunda.”

 

 

    - Ai! Meu Deus! Agora, eu percebo que... o Frank tinha total razão! Eu não deveria ter sido grosseira com o Stiven! Sera que o que esta acontecendo... é culpa minha? - as lágrimas corriam fervorosas pelo meu rosto, no qual eu secava a todo instante. No meu colo estavam os livros dele. Dois livros, um de física outro de história, e um caderno.

Me contendo para manter-me forte ao máximo, “pensamento positivo; pensamento positivo”. Eu abro o caderno dele. Tinha várias pixações dos amigos dele na contra-capa, que diziam:

 

Tiv pegador, irmão não só de consideração, mas de sangue. Eu me caso com você velho!” por Derick.

 

Eu sorrio ao ler isso. Embaixo estava algo do Stiven, a letra dele era de forma e bem pequena:

 

Casamento já é demais mas se for um rolo eu posso pensar... aposkaosakso, eu to zuando sai po”

 

Do Mike estava escrito:

 

As mina caem aos seus pés mas eu que cato elas! Tiv pegador o irmão de verdade. Você é demais – demais baka – Tiv!”

 

E por ultimo, do Reita:

 

Eu sou o mais novo dos quatro irmãos, mas a mente mais imatura é a sua véio! Mas não se preocupa, porque sempre estarei contigo pra te ajudar. Viva Tiv pegador!”

 

Juro que quando terminei de ler, o meu rosto já estava vermelho em um mar de lágrimas!

Folheio algumas paginas do caderno dele, todas as lições estavam completas. Tinha algumas folhas soltas, dobradas por entre as paginas, eu abro uma, era uma prova de matemática, ele tinha ganhado 10! O meu irmão realmente é mega inteligente! Eu abri uma outra folha, com umas gotas parecendo com as de sangue sobre a mesma, que ficou confirmado quando li:

 

Tiv, juro que o meu amor é mais puro e forte do que pode imaginar.

Derramo aqui o meu sangue, em nome dele, provo amor aterno.

Você é o algo mais importante na vida, tenho aquela camisa

que esqueceu aqui em casa até hoje. Nunca irei desistir de você. Sem você não sou nada.

Você é uma parte de mim.

Te amo Stiven!

 

Ass: Sue Hellen”

 

Estranhei quando terminei de ler! Eu jamais imaginaria que tinha uma garota tão apaixonada assim por ele! Quem será essa Sue Hellen?

 

Minha cabeça saiu daquela onda de pensamentos, quando minha mãe apareceu aflita, muito visivelmente perturbada.

 

    - Geovanna! - ela vinha em minha direção, me abraçando.

    - Mãe! - ao abraçar a minha mãe, veio uma mistura de sentimentos, uma mistura de sensações, lembranças. Coisas que aconteceram comigo e com meu irmão que minha mãe nem sonha. E que deixa minha mente pesada.

    - Cadê o meu filho?

    - Não sei! Levaram ele pra sala de emergência, e não me deixaram entrar!

    - NÃO! Não pode ser! meu filho não! Meu Deus, cuida do meu filho por favor, ele é minha vida!

    - Calma mãe! Vai dar tudo certo!

 

Depois de mais alguma espera, um médico aparece. Era o pai do Frank.

 

    - Senhor Knight! E o meu filho? - minha mãe corre ate ele.

    - Senhora Harvey! O Stiven, bom nós ainda estamos em uma série de exames, mas devo informar que... o caso dele é realmente muito grave! Ele apresenta muita fraqueza e falta de ar, precisamos entuba-lo. Ele esta com anemia hemolítica grave.

    - Anemia hemolítica? - eu pergunto.

    - Meu filho esta entubado? - minha mãe pergunta colocando a mão no pescoço.

    - Sim, mas por favor fiquem calmas, que... ele não corre risco. Não por enquanto. Eu vou dar tudo pela vida dele.

    - Senhor – salva o meu filho – minha mãe se agacha no chão histérica, chorando muito.

    - Mãe, calma! - eu dizia, mas minha mãe ficou fora de si, e uns enfermeiros se aproximam e aplicam um calmante na minha mãe, que fazia um escândalo enorme no hospital.

 

Minha mãe fica dopada, e levam ela pra um quarto onde irá repousar.

Me voltando ao médico, eu digo:

    - Senhor Knight?

    - Sim, Geovanna?

    - Salva o meu irmão!

    - Sim, faremos todo o possível. Eu peço que tenham fé. Nós iremos fazer uns exames, espero que os resultados sejam satisfatórios. Pensamento positivo!

    - Sim. Pensamento positivo. Quando poderei ve-lo?

    - Bom, Geovanna o organismo dele esta incrivelmente vulneral! No momento ele tem que estar fora de todo o ambiente externo. Por isso não tenho previsão de quando. Mas creio que logo.

    - Ele esta no u.t.i?

    - Sim!

    - Ele... esteve em coma, por tanto tempo... eu não queria voltar a ve-lo nesse estado.

    - Vai dar tudo certo. Peço novamente, Nina tenha fé. Eu vou ligar para o Frank, pra que ele te faça companhia.

    - Obrigada. - digo em tom baixo, estava tão triste...


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Notas finais do capítulo

Cap. 40 - Trocaria tudo por você, só você,
end.